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30 de setembro de 2009

Washington, ídolo do Fluminense, vive 'abandono'.



Indiscutivelmente um dos maiores ídolos da história do Fluminense, Washington, que formou o inesquecível Casal 20 com Assis na década de 80, vive um drama em sua vida pessoal. Com uma grave doença neurodegenerativa, ele tem lutado incessantemente pela vida.


Atualmente utilizando uma cadeira de rodas, por conta da dificuldade de movimentos, o eterno craque tricolor revelou que em nenhum momento o clube o procurou oferecendo ajuda no tratamento.


– Infelizmente, não. Eu várias vezes tentei falar com o presidente (Horcades) e pedi para que me retornasse, mas até agora nada. Mas não guardo mágoas, estou lutando, correndo atrás da saúde – disse ao LANCE! De um hospital de Curitiba onde está internado por conta de uma pneumonia (vai receber alta nesta quarta).


A doença que Washington trava uma batalha chama-se Esclerose Lateral Amiotrófica, ou doença de Lou Gehrig, caracterizada pela degeneração das células do sistema nervoso central, que faz com que, progressivamente, a pessoa vá perdendo os movimentos do corpo.


Na opinião de Washington, por tudo que ele fez pelo clube, o Tricolor poderia dar uma assistência maior.


– Tenho o maior orgulho de ter vestido a camisa do Fluminense, ser reconhecido nacionalmente por isso. Trata-se de um passado, isso ninguém apaga, mas fico triste um pouco. Acho que eu deveria ter uma atenção maior – disse o ídolo, que começou a ter os sintomas há dois anos.


Apesar de se sentir "abandonado", Washington garante que não tem mágoa alguma do Fluminense, clube onde é ídolo.


- De maneira alguma. Sinto muito orgulho de ter vestido a camisa do Fluminense e principalmente pelo carinho que a torcida tem comigo.


Procurado pela reportagem, o presidente do Fluminense, Roberto Horcades, não foi encontrado.


ENTENDA A DOENÇA DE WASHINGTON:


Que doença é essa?


A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), ou Doença de Lou Gehrig, degenera os neurônios motores, que controlam os movimentos voluntários do músculo.


Quais são os sintomas?


Dificuldade de locomoção, alimentação e na fala. Com o passar do tempo, há uma evolução de tais sintomas. A doença, porém, não afeta as capacidades intelectuais.


Como é o tratamento?


Com o decorrer do tempo, há a necessidade de utilização de um balão de oxigênio pelo fato da doença prejudicar o sistema respiratório. Ainda não há um medicamento eficaz. O mais utilizado é o riluzol, que retarda a evolução dos sintomas. Porém, ele é caro para os padrões brasileiros. Uma caixa com 56 compridos custa algo em torno de R$ 1.600.


Há cura?


Ainda não foi descoberta a cura para a doença.


Gostaria de deixar nossa modesta opinião sobre isto.


Infelizmente nossos clubes através de seus dirigentes, não têm memória, deveriam e poderiam ter, para até mostrarem uma atitude digna. É muito triste ver este e outros casos que acontecem diuturnamente em nosso futebol, recém vimos o caso do Marinho Chagas, do Gilmar, do Nilton Santos e tantos outros.


Sei que fica difícil se esperar que os clubes possam atuar como órgão de assistência social ou até de aposentadoria, deveríamos sim, ter uma ATITUDE através do Ministro dos Esportes para criar uma assistência social mais condizente ao ex-esportista, sei que isto parece uma ação diferenciada e até “elitista”, que pode discriminar o povo em geral e todos “são iguais perante a Lei” ou deveriam ser, mas vejam os casos dos políticos, dos servidores federais, estaduais, que tem sempre uma “associação” diferenciada para recorrer e até uma “aposentadoria” polpuda, mesmo depois de terem apenas cumprido um mandato.


Cadê o Sindicato dos jogadores? Porque eles não atuam como deveriam. Poderia partir deles esta iniciativa para resguardar o ex-profissional, não somente da bola ao pé, mas também a todos os ex., desportistas.



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