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30 de abril de 2015

UM CAMPEONATO PERNAMBUCANO SEM PÉ NEM CABEÇA.


Ontem à noite aconteceu o penúltimo jogo de um "campeonato", bem, destaquei porque realmente não acredito que foi ou é um campeonato, (mais adiante falaremos disso), então, um  jogo na cidade de Salgueiro num campinho que faz pena e mesmo assim, tivemos mais de 10 mil expectadores, que a despeito de ser ou não um campeonato, amam o futebol e qualquer coisa parecido, se assiste. Mesmo a despeito de todos os esforços da FPF, em acabar com um campeonato que já foi modelo no País.

Como se poderia pensar em termos um Campeonato Pernambucano sem ter a presença dos tres grandes jogando no interior do Estado? Por exemplo, aqui em Garanhuns era uma festa receber o Náutico, Santa Cruz e Sport, então, inventam uma formula que tira isso, não entendo mesmo. Até porque a cidade se enchia de gente, o comércio lucrava, os hotéis enchiam, era um dia diferente, até para o pessoal que nunca via um jogo (dos sítios) vinha para a cidade, era uma verdadeira benção.

E depois destas mirabolantes fórmulas, que esvaziam qualquer torneio, quanto mais um campeonato estadual, aparece um presidente da CBF, falando que em São Paulo, irão começar a realizar os jogos do domingo, as onze horas da manhã, tudo bem, sei que as coisas estão mudando e que temos que aceitar e está abertos a mudanças, (lembro que quando residia nos Estados Unidos o futebol era jogado nas segundas feiras), e pasmem os senhores, os bares lotavam (além dos estádios), então, podemos ver que o que é bom no Nordeste não deve ser bom para o Sul e Sudeste, (temos comidas diferentes, gostos diferentes, falamos diferente e até o clima, é diferente), então, de repente as coisas dão certo lá, vamos pagar para ver, mas, porque aqui, temos o domingo quase que sagrado em suas tardes (16:00), para destinar ir aos estádios, assistir nosso futebol.

Além disso, como fica o nosso futebol interiorano? Já pensaram nisso, por acaso! Com as antenas parabólicas cada dia ficando mais acessivel, logo, logo, só vamos ter e ver o futebol do Sudeste, aliás, isto já está acontecendo e não vejo ninguém pensando como parar isto. Estamos vendo a descaracterização de nosso futebol e principalmente os jovens e as crianças querendo torcer apenas pelos clubes do eixo Rio/São Paulo. E com esta nova fórmula do Campeonato Pernambucano, não temos outra saída, senão de vê-lo desaparecer.

Voltando ao nosso famigerado torneio, que a federação teima em chamar de campeonato Pernambucano, e alguns amigos e cronistas chamam de campeonato da canetada, e vai por aí. O Sport estava com pontos que daria para ganhar este campeonato/torneio, se fosse sério, com um pé nas costas, e de repente, em dois jogos, foi simplesmente tirado sua chance de disputar os dois jogos finais para decidir quem seria o campeão Pernambucano, fico me perguntando, será que isto está certo? Tenho certeza que não.

Além do mais, todos nós sabemos que a diferença técnica é enorme (tudo bem, vão falar que la dentro, são onze contra onze), mas, e aí, esquecem que tem um juiz/árbitro, onipotente (amador), mas, é que decide o Campeonato Profissional de Futebol, pode até errar, mas, sua decisão é intocavel e sua decisão irrepreendida, então, depois de tudo que vi e passei, e de todo o investimento feito pelos clubes, uma pessoa estraga ou melhor, decide tudo, contra o bom senso e a transparência, acredito que estamos vendo que isto está errado. Fazer o que! Temos um presidente de Federação, (empregado dos clubes), pois é assalariado, que define e decide quem vai e quem fica, e ai de quem for contra.

E nem falamos na TV que é quem traz a maioria dos recursos para os clubes e até para a Federação (que recebe o dinheiro dos atletas), o Direito de Arena, mas, ninguém fala nisto, e aí? Como ficamos, sei lá, é melhor ir pescar. Até porque, depois que comecei a escrever o que penso e o que acredito e vejo, puxaram meu tapete, não tem mais um clube que contrate o jogador que agencio.



29 de abril de 2015

CRUZEIRO LANÇA REDE DE FAST FOOD E NOME SERÁ ESCOLHIDO POR TORCEDOR.


Pois é, uma boa idéia, espero que os nossos clubes a copiem, pois, é uma maneira de se ter o torcedor fiel e se conseguir mais recursos para o clube.

28 de abril de 2015

Neymar iguala número de gols de Ronaldo 'Fenômeno' pelo Barcelona

Em sua segunda temporada pelo Barcelona, o atacante Neymar igualou o número de gols de Ronaldo "Fenômeno" pelo Barcelona: 47. O ex-santista chegou à marca ao fazer o 3º gol do time catalão sobre o Getafe, em jogo da 34ª rodada do Campeonato Espanhol.
A média de gols do "Fenômeno", porém, ainda é muito superior à de Neymar. Todos os seus gols pela equipe espanhol aconteceram na temporada 1996/97, quando o carioca anotou incríveis 47 tentos em 49 jogos, o que dá 0,95 gol/jogo.
Já Neymar precisou de 84 jogos para chegar aos 47 tentos, o que dá média de média de 0,55 gol/jogo. De seus gols esse ano, 20 foram em La Liga, seis na Copa do Rei e seis naUefa Champions League.
O ex-jogador do Santos, aliás, já mais do que dobrou seu número de bolas na rede em relação à sua primeira temporada pela equipe da Catalunha, quando marcou 15 vezes em 41 partidas.
Com seus gols, aliás, Neymar ajudou o trio MSN, formado também por Messi e Luis Suárez, a chegar à incrível marca de 100 gols na temporada do futebol europeu.

Sport anuncia a contratação de Hernane, ex-Flamengo

O Sport confirmou na manhã desta terça-feira a contratação do atacante Hernane Brocador. O jogador, que já vinha treinando em separado no CT do Leão desde a última quarta-feira, assinou contrato até o final de 2015.
"É uma contratação importante, que atende a uma reivindicação do treinador. Ele tem um histórico vitorioso, e vem para suprir uma carência nossa quanto a um atacante centralizado, 'matador'. O atleta se apresentou em excelentes condições físicas, mas ainda precisa de uma melhor adaptação ao nosso ritmo para que fique no mesmo nível de competitividade dos demais jogadores", afirmou o vice-presidente de futebol, Arnaldo Barros.
Como não poderá mais entrar em campo pelo Pernambucano, a expectativa é que seu primeiro jogo seja contra a Chapecoense pela Copa do Brasil.
"O atleta se apresentou em excelentes condições físicas, mas ainda precisa de uma melhor adaptação ao nosso ritmo para que fique no mesmo nível de competitividade dos demais jogadores", acrescentou o dirigente.
Hernane conseguiu maior destaque no Brasil jogando pelo Flamengo onde foi artilheiro da Copa do Brasil e vice-artilheiro do Brasileirão. Seu último clube foi o Al-Nassr, da Árabia Saudita. O jogador rescindiu contrato em fevereiro deste ano, depois de ficar três meses sem receber salários.

Ronaldinho deixará Querétaro no meio do ano e EUA deve ser destino


O futuro de Ronaldinho está próximo dos Estados Unidos. Segundo Assis, irmão e empresário do atleta, o meia deixará o México no meio do ano a Major League Soccer (principal liga de futebol dos EUA) pode ser o futuro do craque. 
"O Ronaldo joga até o meio do ano e depois vamos procurar outra casa. A MLS está 'bombando' e precisa de um jogador do nível dele, para aumentar o interesse dos americanos pelo futebol", afirmou ao jornal Estado de Minas
O atleta atualmente defende o Querétaro, do México, e já viveu altos e baixos no clube. Chegou a frequentar o banco de reservas, mas entrou bem nas últimas partidas, chegando a marcar dois gols contra o América, na capital mexicana. 
Futebol brasileiro?
Além de ser especulado no futebol de Angola, onde um dirigente do Kabuscorp chegou a dizer que tem acordo com o gaúcho, existem vários boatos de um retorno ao Brasil. 
Rádio Globo, do Rio de Janeiro, noticiou que Assis teria oferecido o atleta ao Vasco. Em Minas, relacionam o nome do atleta ao Cruzeiro. Assis comenta. 
"Somos profissionais e o Ronaldo ainda tem muita vontade de ganhar títulos. O Cruzeiro é uma grande equipe, mas não nos procurou. O mundo do futebol é muito doido e não descarto nada. De repente, surge uma oportunidade, uma proposta inimaginável, e a gente estuda com carinho", garantiu. 
O empresário revelou ainda uma dívida de R$ 10 milhões do Atlético Mineiro com o jogador, fato este confirmado pela diretoria atleticana. 

27 de abril de 2015

CBF cria ranking de médicos e ativa software para controle de lesões



Entidade quer comprovar qualificação dos médicos e ter base de dados de tratamento.

A CBF anunciou nesta sexta-feira, durante um encontro da Comissão Nacional de Médicos de Futebol (CNMF), a criação de um sistema de ranqueamento dos profissionais de medicina que atuam país. O intuito é que, em pelo menos quatro anos, seja possível exigir a atuação exclusiva de profissionais com capacidade comprovada pela entidade nas competições de elite do país.

Um dos itens a serem avaliados é a contribuição com informações para um software que será usado na Série A a partir deste ano.

Esse controle vai ser interno da CBF. Vamos ter cursos como esses nos anos ímpares, um a cada dois anos. Nos anos pares serão dois workshops, um para o Sul/Sudeste e outro para Norte/Nordeste/Centro-Oeste. Isso vai trazer uma pontuação. 

A CBF TV também vai ter bimensalmente palestras sobre assuntos importantes e depois vai ter um questionário a ser entregue. Isso vai render determinado número de pontos. A adesão ao sistema de envio de dados também vai contar. 

E ainda vamos avaliar os congressos de especialidades que enviam para nós - explicou Jorge Pagura, presidente da CNMF, ressaltando que o programa foi testado na Federação Paulista antes de ser trazido para a CBF.

O objetivo do programa de computador é gerar uma base de dados sobre lesões e tratamentos no futebol nacional.

- O Brasil não tem estatística. É difícil planejar com falta de informação. Isso vai ter uma importância para a melhora do futebol brasileiro. Vamos ver se os jogadores se machucam mais na Série A ou na Série B. Se é no fim do campeonato ou não. Quanto tempo demora a recuperação.

O sistema é criptografado. Só quem tem acesso é o presidente do clube, o médico e o próprio atleta. Mas eu vou saber quantos meias tiveram lesões, em qual pedaço do campo, etc. Vai melhorar até para a Seleção Brasileira. Quanto mais informações tivermos, melhor - acrescentou Pagura.

Com a adaptação ao programa e às avaliações, a CBF crê que o processo de exigência de qualidade nos regulamentos será algo natural.

- Quando tivermos tudo isso, seguramente o departamento de competições vai poder exigir que tenha (exigência no regulamento). É isso que queremos mais para frente. É um trabalho de longo prazo, para os próximos quatro anos. 

Reconhecemos a dificuldade de clubes das divisões menores, mas temos que ajudá-los. Somos pentacampeões do mundo, temos uma estrutura dentro de campo e precisamos crescer fora. E isso passa pelo crescimento da parte médica - completou Pagura.

O evento da CNMF continua neste sábado, com palestras o dia inteiro. Nesta sexta, a adesão foi alta: 52 dos 60 convidados compareceram. O encontro faz parte dos projetos custeados pela FIFA
 com verba deixada para o legado pós-Copa do Mundo de 2014.

Temos ainda muita coisa que se faz necessário em nosso futebol. Somos quem tem o maior números de vitória em competições internacionais mas, em termos de avanço tecnológicos e em se ter um futebol planejado  e bem estruturado, estamos longe e da maneira que estamos indo, iremos ficar atrás até da India, que recém começou a olhar com carinho este futebol. ao invés de se pagar presidentes de Federações e da própria CBF (200.000,00 mensal, vices e até consultores, como o ex-Ricardo Teixeira), deveríamos aplicar este dinheiro em campos de futebol e centros de treinamentos neste País.

Pois os campinhos de varzea estão deixando de existir, e a criação em novas técnicas de treinamento e de estratégia no futebol, estarão deixando nossos garotos ao sabor da correnteza, aliás, os grandes clubes ao redor do mundo estão vindo aqui e treinando nossos futuros craques. Aliciando-os bem aqui, debaixo de nossos narizes.

23 de abril de 2015

Padrão verde para os estádios na Rússia 2.018 / Green standard for Russia 2018 stadiums


A sede da Rússia ™ Comitê Organizador Local da Copa do Mundo FIFA 2018 (LOC) organizou um seminário sobre a aplicação de normas de construção verde para os preparativos para a Rússia de 2018. O evento, organizado pela LOC com o apoio do Ministério russo dos Recursos Naturais e do Ambiente, teve a participação de especialistas russos e estrangeiros, bem como representantes de organizações projeto, incorporadoras e agências ambientais regionais.

Delegados do seminário trocadas sobre globalmente sistemas de certificação ambiental, melhores práticas internacionais e experiência da Rússia e as perspectivas reconhecida no domínio da construção ambientalmente amigável.

Um dos temas-chave da discussão foi o novo padrão de construção verde russo a ser utilizado para certificar estádios da Copa do Mundo de acordo com as exigências da FIFA. Para desenvolver este novo padrão, um grupo de especialistas foi criada em início de 2014, sob os auspícios do Ministério de Recursos Naturais e Ecologia da Rússia.

O grupo é liderado pelo professor Yuri Tabunshchikov, que ganhou o Prêmio Nobel, como parte de um grupo intergovernamental de especialistas que estudam as mudanças climáticas. Prof. Tabunshchikov também é expert 's uma Rússia líder em sistemas de aquecimento, ventilação, ar-condicionado, fornecimento de calor e de construção de física térmica.

"A elaboração de um padrão verde russo é uma tarefa verdadeiramente grande, e um passo importante nessa", disse o Prof. Tabunshchikov. "O estabelecimento de um padrão nacional de meio ambiente especialmente adaptado para estádios de futebol será um enorme passo em frente para a Rússia. O novo padrão será uma parte importante do legado da Copa do Mundo, e pode servir como uma plataforma para o país a desenvolver toda uma nova geração de especialistas de alta qualidade. "

Construção sustentável está se tornando uma tendência líder e está reunindo rapidamente momentum.

Guy Eames, executivo-chefe do Conselho de Construção Verde Russa (RuGBC)

Com o projeto, a construção e reconstrução de Rússia 2018 estádios agora no fluxo total, minimizando o impacto ambiental - tanto durante a construção e uma vez que as arenas estão operacionais - está assumindo importância primordial.

O LOC e as autoridades Estádio da Copa do Mundo da FIFA estão empenhados em garantir que os estádios são certificados como compatíveis com a exigência da FIFA para a construção do estádio sustentável. Além disso, a elaboração de um padrão nacional para certificar estádios está facilitando a construção de infra-estruturas desportivas na Rússia de forma sustentável e rentável.

"Este workshop reuniu especialistas de renome, pessoas-chave neste campo, e o processo de diálogo já começou. É difícil exagerar a importância desse trabalho", salientou Guy Eames, presidente-executivo da Green Building Council russo (RuGBC). "Os efeitos do uso de tecnologias verdes serão sentidos por muitas décadas. Não só todos os Rússia 2018 cidades-sede têm seus estádios certificados como exigido pela FIFA, eles também estão a elaborar planos para outros grandes projetos de construção verde.

"É muito importante para nós ver mentalidades na Rússia mudando", continuou Eames. "Estou falando de arquitetos e desenvolvedores. Cinco anos atrás, não havia muitas pessoas na Rússia que sabiam o que essas normas foram feitos para alcançar, mas agora existem centenas de especialistas que trabalham na indústria da construção sustentável. A construção sustentável está se tornando uma tendência líder e está reunindo rapidamente momentum, apesar das dificuldades econômicas. É claro que todas as instalações construídas com base em padrões verdes irão desfrutar de vantagens indubitáveis. "

A elaboração de um padrão nacional verde para estádios é um elemento importante da estratégia de sustentabilidade 2018 a Rússia, que deve ser lançado oficialmente no Sorteio Preliminar para o torneio, programada para ocorrer em julho deste ano, em São Petersburgo.

"Estamos muito satisfeitos com os esforços empreendidos pelo grupo russo padrão verde de trabalho, o LOC e Ministério dos Recursos Naturais e Meio Ambiente da Federação da Rússia nos últimos meses e acredito que este novo padrão melhorado para edifícios verdes e sustentáveis ​​se tornará o primeiro legado da 2018 FIFA World Cup ™ ", disse Federico Addiechi, diretor de sustentabilidade da FIFA.

De acordo com Alexey Sorokin, CEO da Rússia 2018 LOC, novas abordagens para a certificação ambiental da Rússia 2018 estádios proporcionar uma oportunidade para estabelecer um padrão verdadeiramente elevado para a construção de esportes no país de acolhimento.

"O que estamos vendo agora é a forma como os preparativos para a primeira Copa do Mundo na Rússia estão se tornando um catalisador para mudanças importantes em todos os tipos de áreas da vida", disse Sorokin. "Estádios da Copa do edifício, de acordo com o padrão verde da Rússia vai permitir-nos para criar, segura e arenas de futebol confortáveis, bem como assumir a responsabilidade ambiental a um nível totalmente novo em todo o país eficaz de recursos ".

Enquanto em outros Países sem a tradição que o Brasil tem (no futebol), acham muito importante dar conforto, segurança e acessibilidade ao fã, e pensam no futuro do esporte, aqui acontece o contrário, primeiro se coloca nos postos de comando das Arenas, pessoas por motivos politicos ou por indicações favoraveis a outros interesses, o que interessa apenas é o interesse pessoal e o enriquecimento ilicito. O que é uma pena, estamos indo na contra mão de todos e de tudo.

Tradução: Roberto Queiroz. Comentário: Roberto Queiroz.

The headquarters of the 2018 FIFA World Cup Russia™ Local Organising Committee (LOC) hosted a workshop on applying green construction standards to preparations for Russia 2018. The event, organised by the LOC with the support of the Russian Ministry of Natural Resources and the Environment, was attended by Russian and foreign experts, as well as representatives of design organisations, real estate developers and regional environmental agencies.

Delegates at the seminar exchanged about globally recognised systems of environmental certification, international best practice and Russia's experience and prospects in the field of environmentally friendly construction.

One of the key topics of discussion was the new Russian green building standard to be used to certify World Cup stadiums according to FIFA requirements. To develop this new standard, a group of experts was established in early 2014 under the auspices of the Russian Ministry of Natural Resources and Ecology.

The group is led by Professor Yuri Tabunshchikov, who won a Nobel Prize as part of an intergovernmental group of specialists studying climate change. Prof. Tabunshchikov is also a Russia’ s leading expert in heating, ventilation, air-conditioning, heat supply and building thermal physics.

"Drawing up a Russian green standard is a truly major task, and an important one at that," Prof. Tabunshchikov said. "Establishing a national environmental standard specially adapted for football stadiums will be a huge step forward for Russia. The new standard will be an important part of the World Cup's legacy, and it can serve as a platform for the country to develop a whole new generation of top-quality specialists."

Sustainable building is becoming a leading trend and is rapidly gathering momentum.

Guy Eames, chief executive of the Russian Green Building Council (RuGBC)

With the designing, construction and rebuilding of Russia 2018 stadiums now in full flow, minimising environmental impact - both during construction and once the arenas are operational - is assuming paramount importance.

The LOC and the FIFA World Cup stadium authorities are committed to  ensuring that stadiums are certified as compliant with FIFA's requirement for sustainable stadium construction. Furthermore, drawing up a national standard to certify stadiums is facilitating the construction of sporting infrastructure in Russia in a sustainable and cost-effective manner.

"This workshop brought together leading experts, key people in this field, and the process of dialogue has begun. It's difficult to overstate the importance of this work," stressed Guy Eames, chief executive of the Russian Green Building Council (RuGBC). "The effects of using green technologies will be felt for many decades to come. Not only will all Russia 2018 host cities have their stadiums certified as required by FIFA, they are also drawing up plans for other major green construction projects.

"It's really important for us to see mentalities in Russia changing," Eames continued. "I'm talking about architects and developers. Five years ago, there weren't many people in Russia who knew what these standards were meant to achieve, but now there are hundreds of specialists working in the sustainable building industry. Sustainable building is becoming a leading trend and is rapidly gathering momentum, despite the economic difficulties. Of course, all facilities built on the basis of green standards will enjoy undoubted advantages."

Drawing up a national green standard for stadiums is an important element of the Russia 2018 Sustainability Strategy, which is to be officially launched at the Preliminary Draw for the tournament, scheduled to take place this July in Saint Petersburg.

“We are very pleased with the efforts undertaken by the Russian green standard working group, the LOC and Ministry of Natural Resources and Environment of the Russian Federation in the past months and believe that this new improved standard for green and sustainable buildings will become the first legacy of the 2018 FIFA World Cup™”, said Federico Addiechi, Head of Sustainability at FIFA.

According to Alexey Sorokin, CEO of the Russia 2018 LOC, new approaches to the environmental certification of Russia 2018 stadiums provide an opportunity to set a genuinely high standard for sports construction in the host country.

“What we’re now seeing is how preparations for the first World Cup in Russia are becoming a catalyst for important changes in all sorts of areas of life," Sorokin said. "Building World Cup stadiums in accordance with Russia’s green standard will allow us to create resource-effective, safe and comfortable football arenas, as well as taking environmental responsibility to a whole new level throughout the country."

While in other countries without the tradition that Brazil has (in football), find it very important to give comfort, safety and accessibility to the fan, and think about the future of the sport, here the opposite happens first arises in the Arenas at the command posts, people for political reasons or indications favorable to other interests, what matters is only the personal interest and illicit enrichment. What is a shame, we are going in the hand against everyone and everything.

Translation: Roberto Queiroz. Comment: Roberto Queiroz.

22 de abril de 2015

São Paulo tem projeto de ocupar o Pacaembu caso reforma do Morumbi avance


O São Paulo já pensa em alternativas caso a ideia de reforma do Morumbi avance e o estádio tenha de ficar fechado por dois anos. A preferência no clube é de transferir os jogos para o Pacaembu durante o período das obras de modernização. A reportagem apurou que o estádio municipal supera a Arena Barueri na preferência dos tricolores pela localização e também por estar ocioso no momento. Desde a abertura da nova arena do Palmeiras, em novembro, o Pacaembu não é utilizado por um time mandante fixo.

O São Paulo atuou duas vezes no local em fevereiro enquanto trocava o gramado do Morumbi. Durante o Estadual, Santos e Portuguesa também transferiram partidas para o estádio.

O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, promete apresentar em dois meses um novo projeto para transformar o Morumbi em arena. Os detalhes são mantidos sob sigilo e o plano do dirigente é revelar ao Conselho Deliberativo quando tiver o planejamento completo, com a definição das empresas parceiras do empreendimento e da construtora responsável.

O projeto tem uma semelhança ao elaborado para o Morumbi receber a Copa do Mundo de 2014. Em ambos os planos a arquibancada intermediária seria esticada até chegar ao nível do chão e o térreo passaria a ser um centro comercial.

O São Paulo se empenha na modernização para não ficar atrás das modernas arenas dos rivais Corinthians e Palmeiras. E por apostar ainda que a região do estádio do Morumbi vai atrair mais torcedores graças ao aumento da oferta do transporte público. Nos próximos anos o entorno deve ganhar uma estação de metrô e outra de monotrilho.

A utilização do Pacaembu é uma preocupação da prefeitura. Em janeiro, o órgão abriu um chamamento público de concessão para a iniciativa privada. O objetivo é encontrar empresas interessadas em investir na modernização e instalar facilidades como cobertura retrátil, wi-fi livre, assentos numerados, banheiros novos e vagas de estacionamento. As intervenções devem ainda respeitar a fachada, que é tombada.

Na última semana, seis empresas foram autorizadas a realizar estudos para apresentar os projetos em até 90 dias - o Santos também tem interesse no estádio. O levantamento prévio deve apresentar o projeto arquitetônico, de engenharia, modelo operacional e a viabilidade econômico-financeira.

A prefeitura considera possível a adoção de um "naming rights" para o local e estima que a modernização exija um investimento de até R$ 300 milhões. O custo anual para a manutenção do estádio é de R$ 9 milhões.

Itaquerão rendeu ao Corinthians cinco vezes mais que prêmio por título paulista


Eliminado pelo Palmeiras, o Corinthians faturou com bilheteria no Paulista quase cinco vezes mais do que o torneio paga de premiação ao campeão. Os dez jogos que o time de Tite fez no Itaquerão pelo Estadual renderam R$14,6 milhões aos cofres alvinegros, enquanto a Federação Paulista de Futebol oferece R$ 3 milhões ao campeão. A arrecadação com ingressos supera também o valor pago ao Corinthians pelos direitos de transmissão do Paulista, R$ 13 milhões.

No lucro. Somente com os dois clássicos jogados no Itaquerão pelo Campeonato Paulista, contra Santos e Palmeiras, o Corinthians arrecadou R$ 5 milhões. Foram R$ 3,2 neste domingo pela semifinal e R$ 1,8 milhão contra o time do litoral, pela primeira fase do Estadual.

Vejam a situação inversa do que acontece aqui em Pernambuco com a nossa Arena, que infelizmente tem administradores que não sabem o que é gerenciar, e muito mais que isso, não importa se vão ganhar mais, pois, no prejuizo quem paga somos nós contribuintes. E agora já tem gente falando até em implodir, só pode ser brincadeira de mal gosto e falta de conhecimento.

Foto de suposto novo uniforme 3 do Fluminense vaza na internet

O Fluminense vai lançar o novo uniforme de número 3 nesta sexta-feira, às 19h, na loja da Adidas do Barra Shopping, Zona Oeste do Rio. A fornecedora de material esportivo do clube já iniciou a campanha do lançamento nas redes sociais fazendo mistério sobre o novo modelo, mas uma imagem da camisa já vem rodando pela internet.
Diferentemente da anterior, que era predominante na cor laranja, este novo uniforme será todo verde com detalhes em braco. Outra mudança será na gola da camisa, que desta vez será polo. Na apresentação do modelo, três jogadores já estão confirmados: os zagueiros Marlon e Gum, além do atacante Kenedy, que assinou contrato de patrocínio com a Adidas recentemente.
O torcedor ainda terá que aguardar mais um pouco para matar a curiosidade sobre os uniformes mais tradicionais. O de número 2, na cor branca, também foi aprovado pelo conselho e deve ser lançado em agosto. Já o tricolor, que é o principal e mais tradicional do clube, só deve ser lançado em dezembro.

Por rivais de Corinthians e Flamengo, Del Nero quer mudar verba da TV

Image Getty.
Depois de 12 anos na Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero chegou ao cargo de presidente da CBF na última quinta-feira, após sua cerimônia de posse, realizada no dia 16 de abril. Assumiu de direito o que já tinha de fato, desde o início do ano passado, quando José Maria Marin, seu antecessor, lhe abriu espaço para comandar.
No dia seguinte, sexta-feira, o dirigente recebeu a reportagem do ESPN.com.br para uma entrevista que durou pouco mais de 50 minutos. 
Entre uma e outra resposta, Del Nero afirma enxergar um abismo no futebol brasileiro, por causa das receitas dos direitos de televisão recebidas por Flamengo e Corinthians, as maiores da Série A. E revela: vai tentar aumentar a cota dos outros 18 clubes que se sentem prejudicados.
Ele também fala sobre a briga no Rio de Janeiro, da desconfiaça dos torcedores com a CBF, da sua opinião sobre cerveja nos estádios, sobre ligas, relação com a Globo, horários dos jogosrelação com namoradassalários e comissões, seleção brasileira, Neymar, Dunga, Alexandre Gallo, empresários e mais. Leia, na íntegra, abaixo.
Vocês começaram agora a remunerar presidentes de federações, como foi tomada essa decisão?
Na reunião de diretoria, com o Marin. Na primeira e única que teve na época do Marin.
Você acha isso certo?
Institucionalmente, sim. O ruim é quando você faz remuneração por baixo do pano, escondido. É uma remuneração independente. Isso é institucional.
O presidente de um clube e um diretor de futebol de um time não recebem nenhum salário. Não é estranho a CBF pagar isso para os seus filiados?
Não, não acho estranho. A gente segue um padrão internacional.
Que padrão é esse?
Um padrão internacional. Do mundo do futebol, de todas as confederações do mundo.
E qual é o valor? R$ 11 mil?
Não vou te dar valor, mas é insignificante. É como uma verba de representação.
E fora essa verba, ainda tem a mesada que vocês pagam para as federações...
Sim. Tem uma verba fixa e uma verba variante. Quando há algum projeto, por exemplo, de uma reforma de federação, é um outro valor, que você estuda e que você ajuda. Isso acontece com a Fifa também. Isso acontece em todas as federações do mundo. Tudo para fomentar o futebol.
Essa remuneração mensal também aumenta os gastos com salários, não é?
É muito insignificante perto de todas as obrigações do dia a dia. É bem justa para eles, porque eles representam a entidade. A gente tem de tornar as coisas mais profissionais. Essa remuneração é para diversas utilidades. Eles recebem convites de casamento, recebem convites de não sei o que, é pra esse tipo de coisa. Eles têm a liberdade pra gastar. Se eles não usarem esse dinheiro que estamos dando, eles vão tirar da federação. Nós não queremos que eles tirem das federações dinheiro para esse tipo de coisa.
E eles têm de provar como gastaram?
Não. É uma verba fixa e eles usam como precisam.
A partir do momento que vocês decidem dar essa remuneração, o que vocês esperam das federações?
A gente vai buscar que elas prestem contas de todos os valores da federação. Quando há uma reforma, a gente já tem todas as contas. Mas não temos o do valor fixo. Queremos ver no que eles estão gastando.
Com essa remuneração mensal aos presidentes, não se pode criticar a CBF por estar em uma tentativa de aliciamento das federações?
Não, não tem nada a ver. Se fosse isso, a gente teria feito no ano eleitoral. E não fizemos. Fizemos nesse ano, depois que eu fui eleito.
E não foi uma promessa de campanha? 
Não, não. De forma alguma. Foi uma surpresa.
Surpresa?
Surpresa pra eles. Eles não sabiam que a entidade pensava assim, que pensava em remunerá-los. Estamos pensando em nível internacional.
E você concordou com essa decisão?
Sim, claro.
E o Marin?
Também. Ele era o presidente.
Você também é remunerado. Há quem critique os salários dos jogadores. Não é muito alto o que você recebe?
É muito pouco, né? Perto do que eu deixo de... Na verdade eu não deixo, eu continuo tendo minha remuneração no meu escritório. Mas eu tenho me dedicado muito no esporte, profundamente, totalmente. Eu praticamente não dou atenção ao escritório. Quase nada. Mas eu recebo também do escritório.
Você acha justo o valor?
É... Vamos chamar de justo, sim.
E os salários dos jogadores, como você vê isso no futebol brasileiro?Tem de trabalhar em cima de despesa e receita. Se o clube tem uma receita boa, ele pode ter melhores contratações, fazer melhores pagamentos. Toda vez que aumenta a receita, há um desenvolvimento maior, em relação aos benefícios, aos atletas. Em tempo de pobreza total, ninguém recebe nada. Quando a empresa fica rica, ela distribui os lucros com os funcionários. A gente não foge disso.
Alexandre Pato, por exemplo, ganha R$ 800 mil. Não é fora da realidade?
Você precisa conhecer se o clube pode pagar ou não. Se o clube não pode pagar, é um absurdo. Se pode pagar, está dentro da realidade.
Você mais do que qualquer um deve saber que os clubes estão em uma situação muito complicada, com muitas dívidas. Eles não poderiam pagar isso, não acha?(Silêncio) Precisa fazer análise disso. Não posso administrar os clubes. Posso fazer o que estamos fazendo. Modestamente, mas estamos fazendo. Que é o Fair Play Trabalhista. Os times têm de pagar as obrigações.
Você falou bastante que vai ouvir muita gente. Você vai ouvir o Bom Senso também?Faz parte. Os atletas, o sindicato, outros atletas que não estão ligados ao Bom Senso. Tem atletas que não estão ligados ao Bom Senso. Podemos escutar o Bom Senso, outros atletas...
Não há restrições?Não, de forma alguma.
Quando o Paulo André saiu do Corinthians e foi para a China, foi falado que você teria dado esse conselho ao presidente Mario Gobbi. Isso aconteceu?Não é verdade. Em hipótese alguma. Eu jamais liguei para algum presidente para falar uma coisa dessa. Nunca. De verdade. Nunca falei.
Você acha saudável, então?Vivemos em uma democracia. As pessoas devem falar, devem se queixar, devem se manifestar. E quem administra tem de ver o que fazer.
É o que você pensa também do Romário e do Andrés Sanchez?Eu vejo tudo no macro. Não vejo nomes particulares.
Eles não te incomodam?Não. Se houver ofensa contra a minha honra, eu processo. Exigir, reclamar, tudo isso é normal.
De alguma forma isso pode atrapalhar a relação com o clube, o Corinthians no caso, por causa do Andrés?
Não, de forma alguma.
E nem te chateou o fato de ninguém do Corinthians ter vindo na sua posse?Não. Acho que eles até justificaram... Eles estiveram em outras reuniões.
Na entrevista coletiva, ao ser questionado sobre a venda de imóvel para um parceiro da CBF, matéria da Folha de São Paulo, você disse que "nem tudo é sujo como vocês pensam". Por que as pessoas hoje têm essa impressão da CBF?Porque a CBF tem de mostrar o seu trabalho, o seu jeito de governar. Isso começa da nossa parte. Nós vamos demonstrar isso. A gente está criando algumas coisas, como o Congresso que vamos organizar. A gente precisa reparar isso.
Uma das suas missões, então, será essa, de mostrar que a CBF não é suja?Não, a CBF não é suja. A pessoa pode pensar que é suja, mas ela não conhece a CBF. Algum jornalista fala que ela é suja e a pessoa pensa isso. Temos que mostrar essa transparência para o mundo, para as pessoas, para os jornalistas.
E essa é uma das suas metas de gestão?É, com certeza.
O presidente do Flamengo disse que chegou a você o conflito que eles estão enfrentando aqui. O que você vai fazer?Nós temos conversado muito. Eu estou tentando mediar, ou melhor, eu estou mediando uma pacificação. Tem de haver um entendimento. Tem de ser respeitada a vontade dos clubes e da entidade. Tem de chegar a um denominador comum.
Em alguns casos, é preciso mediar a situação com a televisão também?Olha, com a Globo, pelo menos em São Paulo, ela nunca nos exigiu nada. Nada mesmo. A gente manda a nossa programação, ela nos pede alguns ajustes e nós devolvemos com o que podemos mexer. Mas não há exigência.
Mas tem os horários tradicionais do jogos, da quarta à noite e do domingo à tarde, que acontecem por conta da televisão...
Não é só um pedido. É uma coisa que acaba dando certo e você vai deixando. O horário das 11h da manhã do domingo virou um sucesso de público. Então, por que não repetir?
Mas e o das 22h da quarta-feira?
Ah, você estava falando do horário da noite... Entendi. É... o das 22 horas, nós temos que discutir esse problema.
É uma coisa que você quer mudar?
Lá atrás, o horário das 22 horas era o melhor para o torcedor, a gente tinha estatísticas nesse sentido. Mas hoje isso mudou. Esse horário já não é mais o melhor. Então, se não é o melhor, vamos tentar mudar com a Rede Globo.
Que outro horário você sugeriria?Vamos conversar, vamos ver. Um horário que o torcedor goste. Das 21h30, por exemplo. Até 21h30 eu acho que vai bem.
Sobre uma liga, você disse na coletiva que "se eles querem formar uma liga, eles vão levar as Séries B, C e D também". O que isso significa? É para eles levarem ou você quer dizer que não é um bom negócio?Eu quis dizer que a Série A não custa nada para eles. A administração da Séria A custa dinheiro. Depois vem a Série B, que a gente ajuda. A Série C, a gente ajuda 100%, a Série D, também 100%. Interessa para eles formar uma liga para ter despesas? Essa casa aqui não é minha. Essa casa é deles. Eles têm isso aqui. A CBF pertence aos clubes e às federações. Na verdade, aos clubes, porque as federações também representam os clubes. Se eles já têm a casa deles, por que vão querer criar outra coisa?
Porque talvez as coisas não estejam funcionando da forma como eles gostariam...O que não funciona?
Eles reclamam do formato do Brasileiro, por exemplo.Mas isso nós estamos conversando. Formamos uma comissão, vamos discutir isso. Não existia isso, existe hoje. Eles vão discutir. Se eles entenderem que o Brasileiro precisa de mata-mata e for a decisão de uma boa maioria, é uma outra situação.
Você toparia mudar, se fosse assim?É...Muita coisa que os clubes querem a gente mostra que não é bom pra eles. Mas a gente tem de mostrar que não é bom. Eles voltam atrás. A gente mostra pra eles e eles decidem. Será uma discussão.
Nos estaduais, por exemplo, os clubes reclamam do lucro das federações. O caso do Rio é emblemático. Não chega a ser um absurdo?A gente tem de tratar isso de forma macro, não pode ser no particular. A gente tenta orientar as federações, pautar elas. Elas têm a sua autonomia, mas a gente orienta bastante.
Mas vamos voltar ao caso específico do Rio (interrompe)...Eu não falo do específico.
A Ferj é a única que cobra 10% dos clubes nos jogos (interrompe)...Os clubes devem discutir com Ferj essa posição. Nós entendemos que deveria ser 5%, mas se o presidente entende que é 10%, ele tem de explicar isso aos seus clubes.
Não vai partir de você essa orientação para que se mude?Não. Vai partir dessa conversação que vamos ter. Vamos discutir. Não vamos determinar. Vamos conciliar. A Ferj alega que ela recebe isso para poder ajudar os clubes mais pobres.
Você pretende chamar todos os presidentes envolvidos nessa briga para sentarem aqui na CBF e conversarem?
Isso faz parte dessa comissão. Para conversar e levar ao plenário.
Mas digo para a situação de agora. O Eduardo Bandeira espera uma decisão sua. Eu tenho trabalhado no sentido de conciliar esses interesses. Vamos ter uma reunião na semana que vem para falar sobre isso. Temos que discutir isso. O Flamengo e o Fluminense acham que não pode ter o custo de 10%. Eu conversei com o presidente, que disse que não pode ser menos porque precisa custear os demais clubes. Ele não pode deixar de fazer o que já faz. Ele precisa subsidiar o resto dos campeonatos. E os clubes têm uma posição mais forte contra isso, considerando que no resto do país se cobra apenas 5%. Então, como faz? Sentamos e conversamos. E discutimos.
Você tem esperança?Ficaria muito feliz se pudesse resolver.
O futebol inglês se organiza com duas ligas e a federação ajuda apenas da quarta série para baixo. Você não acha que esse é um modelo?Eu tenho a impressão de que lá eles ganham o dinheiro da televisão, dividem com os clubes. Aqui isso funciona diferente. O formato é todo diferente. Falando sobre cotas, lá eles se organizam diferente. Aqui não recebemos a cota, vai direto para os clubes.
Você pensa nisso?Não. Não tenho interesse. Eu tenho o interesse de resolver o problema de 18 clubes que sentem uma diferença muito grande em relação ao Flamengo e ao Corinthians. Vamos tirar do Flamengo e do Corinthians? Não, não podemos tirar de quem está bem. O que nós podemos fazer é buscar aumentar a cota desses 18 clubes.
Isso te preocupa?Me preocupa muito. O abismo é muito grande. A gente tem de resolver esse problema.
Você já vê esse abismo?Ah, eu já tenho conversado com a TV nesse sentido, para ver o que é possível fazer. Há algumas propostas, mas ainda não sabemos.
Que tipo de proposta?Esse tipo de coisa, que ainda está em negociação, nós não devemos comentar.
Alguns dirigentes entenderam a partir de reuniões com você que sua prioridade será totalmente as seleções. Será?Não. Ninguém nunca me perguntou sobre isso e eu nunca falei nada sobre isso.
Mas não daria para você dizer, então, qual será sua prioridade?Não, tudo é importante. Temas pequenos e grandes, têm a mesma importância.
O que fazer para virar a página do 7 a 1?Não vai virar a página nunca. Nunca. Como não virou a de 1950. A gente fala até hoje. A gente vai falar do 7 a 1 daqui a 50 anos também. O que temos de pensar é no futuro. Buscar glórias, campeonatos, título. Nós não estamos aqui para apagar o que a história registrou. Só daria para tirar se houvesse uma competição igual, com os mesmos jogadores em campo. Mas isso é utopia...
E só se fosse os mesmos 7 a 1 para o Brasil....Isso, e se fosse 7 a 1 para nós (risos).
No dia que aconteceu o 7 a 1 te deu um clique?(Silêncio) Um clique? Acho que sim. Me deu um clique.
De que algo precisava mudar?Alguma coisa precisava mudar.
E qual foi a primeira coisa que você pensou?(Silêncio e um sorriso) Nós temos que trabalhar pensando no futuro.
A maior chateação, naquele momento, foi com quem?Foi com o 7 a 1, com mais ninguém. Ninguém queria tomar de 7, nem o jogador, nem o técnico, mas foi uma tragédia.
Ouro olímpico em casa é uma obrigação?Não podemos chamar de obrigação. Olha só, tiveram várias competições, inclusive de Copa do Mundo, que nós jogamos muito bem e não ganhamos. Temos que fazer e lutar para ser campeão. Esse é o caminho. Não somos fanáticos por ganhar, ganhar e ganhar. Tem de por o pé no chão e ser estrategista. O Gilmar e o Gallo são estrategistas.
Dunga e Felipão: que você viu de diferente no trabalho?Eu não falo do passado. O Felipão e o Parreira foram unanimidade quando foram chamados. Mas houve uma tragédia. Tragédia é aquilo que você não espera e acontece.
Pensaram em outros nomes antes do Dunga?Ah, sempre aparece um monte de nomes.
Você fala muito de modernizar o futebol. O que o Dunga tem de moderno?O que ele tem de moderno? Olha só: o Dunga participou de uma Copa em 1990 e perdeu. Depois, participou em 1994 e ganhou. Depois, foi vice de 1998. Depois, como treinador, disputou uma Copa em 2010 e perdeu. Ele está muito preparado. Eu tenho visto o trabalho dele e ele tem buscado uma parte científica, uma parte técnica. Ele olha o que está acontecendo nos clubes, o que está acontecendo nos outros países. Não só nas seleções. Eles viajam, pesquisam, há um trabalho muito grande.
Como você vai avaliar o Dunga?A gente vê o trabalho que eles propuseram. Esse é o trabalho que eles estão realizando. Não estou falando das oito vitórias. Estou falando dessa parte mais científica. Vamos cobrar com o que eles nos apresentaram.
O que você espera do Neymar na seleção?O Neymar é fora de série. O futebol é opinativo, então, para mim ele é o melhor jogador do mundo.
Como você espera que ele se envolva na seleção?Você tem dúvida de que ele está envolvido? Em toda partida ele faz gol, ele é vibrante, se emociona. O futebol é lúdico, tem de ter alegria para jogar. O cara tem de estar muito feliz para jogar. É isso que a gente espera dele.
Você acha que ele tem maturidade já (interrompe)...Muito, muito. A ponto de quem está com ele no dia a dia achar que ele tinha que assumir o posto de capitão. Não fui eu que falei "Dunga, nomeia o Neymar". Foi ele quem quis, que resolveu. Esse é assunto do Dunga.
Ele te consultou?Conversou. Disse que ia mudar o capitão, mas nem me falou quem seria. Falou que ia fazer algumas alterações...
Um vexame no Mundial agora pode mudar seu plano para a Olimpíada, em relação ao Alexandre Gallo?Hoje o projeto é o Gallo até as Olimpíadas. (Silêncio) E ponto final.
Você mudou muita coisa na base, quase tudo. O que te fez manter o Gallo?Ele fez um trabalho muito interessante de observação de jogadores internacionais, que ninguém conhecia. Que estavam por aí, em outros lugares do mundo. Jogadores que estariam em outras seleções. Ele descobriu outras pessoas.
De quem foi a culpa por ter perdido o Diego Costa?Não pode culpar ninguém. Naquela época... Não pra culpar alguém. Dá pra culpar todo mundo. Os dirigentes, os técnicos que não viram... Não se culpa um só. Eu não falei isso antes. Quando a gente tem esses homens que estão no campo, 90% das sugestões são deles. Uma vez ou outra a gente diz: ah, por que não foi ver o Diego Costa? Então, não posso culpar só os técnicos que não viram. A gente podia ter falado: escuta, vocês olharam tudo, não há mais ninguém? A gente podia ter falado, por isso a culpa não é só deles.
É uma chateação?Não digo pelo jogador, mas pelo sistema.
Como você gostaria de ver o Brasil jogando? Falta futebol arte?A arte é importante. Mas a arte mudou muito. Aquela coisa de parar no peito a bola, deixar ficar no chão, lançar 40 jardas, mudou muito... Ele para a bola no peito e já tomaram a bola dele. Ele tem um ou dois lances para jogar. A velocidade é muito maior que antigamente.
Qual seleção para você é inesquecível?A de 1970, né? Ela é inesquecível. A de 1994... na verdade, todos os cinco títulos são inesquecíveis. Todos.
Mas a de 70 é mais marcante para você?Com a de 70 eu vibrei muito.
Que jogador você vê no mundo hoje, que não é brasileiro, que você gostaria que fosse para poder convocar?Eu gosto dos jogadores brasileiros, não vou falar dos outros.
Você acompanha outros campeonatos, além dos Brasileiros?Dentro do possível, sim.
Tem algum que você goste mais?Eu gosto de campeonatos brasileiros.
Bom, 28 jogadores no Campeonato Paulista. Alguns técnicos reclamaram, muita gente não gostou (interrompe)...Desculpa te interromper, mas olha só. Quem está preocupado com as finanças dos clubes são os presidentes. Quem aprova esse tipo de regra? São os presidentes. Quando você permite 40 ou 50, os jogadores ficam esperando propostas, vendo o mercado. Se tem apenas 28, quem for chamado discute o salário rápido, sem leilão. Isso diminui o leilão.
Você concluiu que foi positivo?Sim. Muito positivo.
Você quer trazer isso para o Brasileiro?Para o Brasileiro seria muito difícil, porque é diferente. Teria que ter um estudo maior e queríamos ver como seria nos estaduais.
Falando desse assunto, vem o tema dos empresários. Eles são um mal para o futebol?O empresário não é um mal. Fatiar os direitos dos jogadores é, sim, um mal.
E se a Fifa voltar atrás nisso?Não vai voltar, não tem como. Eu fiquei pensando muito sobre esse tema para votar lá na Fifa. Vi que haveria uma acomodação no mercado no primeiro momento, no primeiro ano. Mas depois desse período, começa a vir o lucro. E vai vir bastante. Os clubes também não querem facilidades aos empresários. Eles querem igualdade para todos os clubes, de forma equilibrada. Por isso eles gostam do Fair Play.
A questão das comissões e do assédio...A Fifa está tomando providência. Vocês viram o Barcelona. As garras da Fifa estão em todos lugares do mundo. Daqui a pouco elas atingem também o Brasil.
Tem investigações no Brasil....Tem, sim. Algumas investigações.
Pelo menos três...Isso. São três. A Fifa tem os dados, tudo que está acontecendo. Eles já tinham evoluído. Nós estamos fazendo isso agora.
Ajuda a moralizar?Claro. Muito. O clube quer isso. Ele às vezes é pressionado a aceitar um monte de coisas, mas agora é oficial. A gente sente aplausos nas medidas que estamos tomando. A gente sente que o clube quer que tudo ande direito, o que ele realmente não quer é andar direito e ver o do lado andando errado. Isso ele não quer.
Hoje eles não podem contar mais com ajuda de empresário para pagar salários - antes os agentes pegavam os direitos de garotos da base...Pois é. Eles não querem mais isso. Em um ano tudo vai se acomodar.
Eles estão reclamando que o mercado está parado...Os empresários, né? Os clubes não podem reclamar. Daqui a poucos eles vão vender jogador por R$ 15, R$ 20 ou R$ 30 milhões e o dinheiro vai ficar todo pra eles.
Você não acha um problema o contrato de imagem?É bom para o jogador, né?
Quando ele recebe, né?É bom porque ele paga menos imposto.
Mas os clubes acabam deixando esse valor em segundo plano...Então, o bom é que não tivesse isso. Que tivesse tudo no salário.
Já conversou com alguém sobre isso?Não. Mas eu pretendo. Isso é forçado pelos atletas, porque não vão ser descontados dos impostos.
Como presidente agora, não te preocupa a exposição que vai ter?Preocupa. Mas eu sei que ocupando um cargo de grande representatividade, como o da Confederação Brasileira de Futebol, você acaba sendo exposto.
Sua vida ficou exposta também por causa das suas namoradas. Não te incomoda?Incomodou. Eu nunca postei nada. Eu tenho Face, mas nunca abri. Nunca olhei. Eu tenho o Instagram que está cerrado. Agora, uma coloca alguma coisa e sai a notícia. Hoje eu peço que tenham cuidado.
Você pede para evitar a exposição?Peço, agora peço.
Mas o fato de aparecer notícia de que você terminou com uma, começou com outra, isso não te atrapalha no seu contato do dia a dia com os dirigentes?Não me atrapalha, não. Não é bom para mim. Eu não me sinto bem. Eu não sei como eles se sentem, nunca falaram nada para mim, mas eu não me sinto bem.
Ricardo Teixeira te ligou?Sim, para dar parabéns.
Acabou a relação dele com a CBF?Acabou. Falam tanta besteira, né? Quando ele deixou a CBF, ele disse que ninguém que estava lá era obrigado a ficar. Deixou reformular todo mundo. Ele nunca pediu para um funcionário ficar.
Se fala muito isso.Se fala tanta coisa que não é verdade.
Mas ele era remunerado...Sim. Porque a gente pediu, era uma assessoria. Para nos apresentar pessoas, mostrar como as coisas funcionavam. Durou o tempo que a gente combinou.
E o Marin passará pelo mesmo processo?Não. Ele terá a remuneração de vice-presidente.
Te incomoda que seus vices falem muito?Eles não estão falando. Eu não quero que eles falem. Quem fala é o presidente. É uma entidade presidencialista. Foi isso que falamos na reunião. Para falar, tem de nos consultar. Isso com a diretoria.
E com os vices?Com os vices foi hoje. Na reunião hoje foi anotado esse fato.
Como vices, eles representam a entidade. Queria saber se há alguma orientação?Sim, houve orientação nesse sentido.
Vocês estão tentando trazer mais jogos para o Brasil?Claro. Queremos que o Brasil jogue mais vezes aqui.
Alguma previsão?A empresa que cuida disso está trabalhando nesse sentido. Vamos fazer dois agora, no Allianz e no Internacional.
A relação com a Picth, como está? Vocês não gostaram dos últimos lugares que foram jogar, antes da Europa...Nós nos manifestamos contrários, reclamamos e eles procuraram arrumar. A gente pede que antes de fazer o jogo que eles conheçam o gramado. Eles entenderam e estão fazendo isso.
Sobre a matéria da Folha de SP de ontem (quinta-feira, 16), quantos negócios o Wagner Abraão (empresário) faz com a CBF hoje?Apenas com as viagens dos times. Mais nada.
Não tem nenhum outro tipo de participação?Não. Mais nenhum.
Você não acha antiético fazer um negócio com um parceiro da CBF?Se é transparente e público, não há problema. Posso fazer com um vizinho, com um amigo.
Não deveria evitar?Não. Não tem dificuldade nenhuma. Os dados estão lá. As condições já foram explicadas.
Seu diretor de comunicação será o Marcelo Netto?Sim, será ele.
Ele foi assessor do Palocci na época do "caseirogate". Isso não te fez pensar duas vezes?Não. Ele é altamente capacitado. Passou por diversas emissoras, por grandes jornais. Deu assessoria para grandes personalidades, trabalhou no COB. Nosso foco foi esse, de ele ter trabalhado no COB.
Alguma novidade que eu não tenha perguntado?Nada. Estou desde as 9h30 trabalhando, estou cansado (risos).
Os estádios elefantes brancos. O que fazer com eles?Não adianta cobrar caro para jogar lá. É o mercado que regula isso.
Como ajudar?Estamos conversando com o sindicato das arenas, esqueci o nome. É uma associação deles, para poder colaborar.
Estão falando sobre a liberação da venda de bebidas alcoólicas?Estamos vendo isso também. Conversando. Tem de trabalhar. Eu sou favorável à liberação da bebida, da cerveja, mas que seja tomada só no bar, não na cadeira. Na cadeira tem de ser proibido levar o copo. Mas antes, qual o problema? Futebol é entretenimento. É isso. Tem que fazer o torcedor chegar uma hora antes, se divertir. Toma uma cervejinha... O que eles têm feito: bebem na rua, no bar da esquina e lá tem pinga, bebida mais forte. Então, dentro do estádio eles só estariam bebendo cerveja.
Vai lutar por isso?Vou trabalhar nesse sentido. Vou lutar por isso.
A violência tem a ver com bebida?Evidentemente que o álcool acarreta problemas, isso é evidente. Se você analisar que nas décadas anteriores havia álcool e não tinha essas guerras, o que aconteceu? Foi a bebida que mudou? Ou os torcedores? Claro que foram os torcedores. Essa violência de grupo é das torcidas organizadas. Eu lembro de um jogo do Corinthians que havia 3 mil organizados, e 200 brigaram com a polícia. São todos bandidos? Não são.
Tem gente boa na torcida organizada, mas os bandidos têm de pagar pelo que fazem. E eu quero até enaltecer o trabalho da Justiça do Rio de Janeiro, que tomou uma decisão importante de afastar torcedores. Foi um grande exemplo para o Brasil. A Justiça do Rio está de parabéns.
Caso Héverton, foi uma mancha no futebol brasileiro?O Ministério Público está indo atrás, procurando provas, não sei como eles fazem isso exatamente. Mas não foi bom, né? Quando tem um erro assim, nunca é bom para o futebol.
Gera desconfianças também, né?Falam... Falam...
Depois disso e de um caso do Icasa e do Paysandu você decidiu mudar muita coisa. Já deu resultado?Sim, melhorou 90%. A gente teve um erro agora mesmo, mandamos a funcionária embora. Tivemos um outro erro, suspendemos a funcionária. Agora, o que eu fiz, antes de colocar no site os contratos, há duas pessoas que olham. Uma no departamento de competições e uma no de registros. São dois funcionários que foram contratados para isso. Um olha e passa pro outro olhar também. Poderá ter erro? Poderá. Essa funcionária suspensa, por exemplo, eu fui perguntar o que aconteceu e ela respondeu que se embaralhou depois de ver tantos documentos, isso acontece mesmo. Então, falei que era pra ela parar de ver quando ficasse assim. Como ela foi muito sincera e explicou o motivo, achei que ela tinha que ficar suspensa, e não ser demitida.
Que caso foi esse?Não vou dizer. Mas foi essa posição que tomei. O nosso sistema também está trabalhando para impedir também que possa acontecer erros assim. Estamos trabalhando com a máquina e com o ser humano.
O caso do patrocínio aos árbitros em São Paulo...Eu já não estava lá, mas foi corrigido.
Foi um erro?Foi um erro, sim.
Como a Fifa agiu nesse caso?A Paulista consultou a comissão de arbitragem aqui da CBF, a comissão consultou a Fifa, que respondeu com o regulamento e a recomendação. A gente procura acertar, mas não é fácil.
Você teve hoje (sexta-feira, 17) sua primeira reunião de diretoria, como foi?Eu já formei toda a diretoria. Fizemos uma reunião da presidência e da diretoria. É importante fazer isso. Vamos fazer uma reunião por mês, todo final de mês. E vamos prestar contas no final de cada mês. Ter isso em ata. Assim é possível cobrar os departamentos e discutir o que a gente precisa fazer, em conjunto.
Quais mudanças você fez na diretoria?A secretaria geral nós mudamos. Isso já deve ter no site. Mas mudamos algumas coisas, sim. Vai ficar mais ou menos assim.
Já começou a traçar metas para a diretoria?Já. A gente prometeu que tem objetivos. Esses objetivos precisam ser alcançados. Não vamos deixar nada para trás. Temos que buscar os resultados.
Sua principal meta neste momento é a MP?O Rogério [Caboclo, diretor financeiro] e o Walter [Feldman, secretário-geral] estão cuidando disso. Junto com os clubes. Eles estão trabalhando. Já falei muito da minha opinião sobre isso. Tem coisas boas e tem excessos que precisam ser corrigidos.
O tempo de mandato dos presidentes me intriga. Vocês entendem que a intervenção do governo é um problema (interrompe)...Não é um problema pra gente, é um problema para a Constituição. Quando a gente fere a Constituição, isso precisa ser mostrado. Há uma carta maior que precisa ser respeitada.
Mas quando você olha um presidente há 45 anos no poder, não te choca?(Silêncio) Isso é relativo. Nós temos governos democráticos que trocam de quatro em quatro anos e vivem um caos. Nós vemos regimes empresariais que têm presidentes há 15 anos e são um sucesso. Não me choca, então. A própria entidade internacional mantém esse status quo.
Você não pretende então mudar isso?Não, não pretendo. Só se a Fifa mudar. Se a Fifa mudar, a gente tem um norte para seguir. E a gente tem de seguir a entidade maior.
Os gastos com salários na última gestão subiram de R$ 50 milhões para R$ 65 milhões, não é muito?Tiveram muitas demissões. Há as demissões nesse contexto. Há gastos com indenizações. Isso foi muito dinheiro que saiu. Não teve aumento de salário. Isso eu posso te garantir. Foram muitas demissões.
Quantas?Não sei te dizer quantas. Mas foram muitas. E de pessoas que estavam há muito tempo aqui. Toda a diretoria antiga foi sendo demitida. As indenizações são grandes.
Isso somente justifica?Aumento de salário não teve. O pagamento de demissões é uma das razões. Não houve aumento para ninguém. Funcionários também foram demitidos.
40 pessoas demitidas?Não, não chega nisso. Umas 15 pessoas.
Outro gasto que chama a atenção é o de serviço de terceiros, que passou de R$ 40 milhões para R$ 80 milhões. Como você justifica? São comissões?Na medida em que você aumenta o patrocínio, você tem mais comissão para pagar. Isso é normal.
Teve aumento nas comissões?Teve proporcionalmente com o aumento das novas receitas.
A informação que me passaram é de que houve um aumento na porcentagem paga das comissões. Antes era de 5% e agora seria de 15%. Foi isso?Não sei, varia muito. Tem contrato de 6%, de 8%, de 10% e de 15%. Não dá para taxar uma coisa fixa. Varia muito.
Mas esses R$ 80 milhões são apenas de comissões?Eu creio que sim. O financeiro poderia explicar melhor, mas acho que é isso mesmo.
Pois é, uma grande entrevista, ou melhor, um grande relato vazio, porque tudo que precisava de uma resposta conclusiva, acaba em resposta evasiva com uma conotação que me lembra o regime dos anos 60" (infelizmente", e aí de quem for de encontro a o que eles querem.  Além disso também enxergo um grande abismo no futebol Brasileiro, mas, infelizmente, não somente neste hiato de pagamento que a TV realiza entre o Flamengo e o Corinthians, entre o restante dos clubes, mas, sim, entre muita coisa, mal explicada e direcionada apenas  para um lado (o das entidades, lógico que está incluido aí a FIFA também).

E as coisas devem ficar como estão mesmo, os clubes juntamente com o futebol, descendo a ladeira, e as Federações subindo, quero ver até quando, porque quem sustenta tudo isso, não é ninguém mais que os jogadores e os clubes, mesmo que (em sua maioria), sendo dirigidos por amadores ou estagiários e muito mais torcedores que administradores.
Quando se deveria acabar com as Federações centralizando na propria CBF o feitio dos Campeonatos Regionais, bem como a Copa do Brasil, Copa do Nordeste, bem como, os Campeonatos da Serie A, B, C e D, bem como os jogos da Seleção Nacional, enxugando assim os custos desta remuneração paga as Federações, ser direcionada diretamente aos clubes, que são quem deveriam mandar no negócio da bola (já que eles é que são os donos da bola). Uma das aberrações que vejo, são os altos valores cobrados pelas transferências de jogadores entre as Federações, gostaria muito que alguém explicasse o porque desta troca de figurinhas ser remunerada.
E cadê os valores de salários do presidente da CBF e de todos os presidentes de Federações (que normalmente apregoam que não recebem nada), e todos tem um escritório de onde recebem vencimentos de que? Não da para entender, sinceramente, é muita coisa inexplicavel e que estão tornando o futebol um negócio pura e simplesmente mafioso, onde a lavagem de dinheiro tornou-se uma prática constante, basta atentar para as ditas "comissões", pagas para quem arranja as empresas patrocinadoras.