Páginas

25 de junho de 2010

Copa do Japão será transmitida por hologramas / The Japan Cup will be broadcast by holograms.


Até os apitos do juiz, o som das batidas na bola e o barulho das torcidas seriam reproduzidos com perfeição, a despeito de vuvuzelas e outros.

A 60ª edição do Congresso da Federação Internacional de Futebol (FIFA) aconteceu nos dias 9 e 10 de junho, às vésperas do início da Copa do Mundo da África do Sul, e foi realizada no centro de convenções de Sandton, em Johanesburgo, cidade onde aconteceu a partida de abertura do torneio. Mas foram os postulantes a sediar as Copas de 2018 e 2022, como Qatar, Austrália, Rússia e Inglaterra, que chamaram a atenção dos presentes com seus estandes promocionais.

Foi um festival de brindes distribuídos aos participantes a fim de ganhar a simpatia dos dirigentes do futebol mundial. Canetas, camisetas, canecas, pen drives. Mas ninguém tirou da manga um trunfo que superasse uma promessa feita pelos japoneses à entidade máxima do futebol.

O Japão quer voltar a sediar uma Copa do Mundo, desta vez sozinho (em 2002, dividiu a honra com a Coréia do Sul), e, conforme adiantou a revista britânica de tecnologia Wired, o governo nipônico garantiu à FIFA que, uma vez que lhe seja concedido o direito de receber a Copa de daqui a 12 anos, conseguirá transmitir as partidas do evento para os quatro cantos do mundo em imagens holográficas, o que poderia provocar uma verdadeira revolução na maneira como as pessoas assistem a jogos de futebol.

Jogadores em dois lugares ao mesmo tempo.

Para esta Copa do Mundo de 2010, a FIFA anunciou a transmissão em 3D de 25 partidas da competição, o que já soa bastante “futurístico”, por assim dizer. Mesmo as imagens em alta definição que nos chegam da África do Sul ainda surpreendem os olhos que até ontem viam fantasmas na TV (já com a palha de aço pendurada na antena). Elas permitem ver o joelho tremelicando quando a canela é atingida pela chuteira do adversário, o suor respingando do rosto na hora da cabeçada da bola, as feições dos jogadores se transformando nos momentos de alegria, tristeza, fúria e decepção dentro de campo, levando para dentro das casas de telespectadores de todo o mundo detalhes nunca vistos em copas passadas. Mas nada, nada seria comparável ao que uma transmissão em holograma de um jogo de futebol poderia proporcionar.

Seria possível, por exemplo, comprar ingressos para ir ver em um estádio do Brasil uma partida da seleção brasileira disputada no outro lado do mundo. Imagine um Maracanã lotado para assistir a estréia do Brasil na Copa de 2022, que talvez aconteça em Tóquio, Kawasaki, Hiroshima ou Okinawa, não em um telão gigante, mas sim por meio da exata reprodução holográfica dos jogadores pelo gramado, em tempo real. Até os apitos do juiz, o som das batidas na bola e o barulho das torcidas seriam reproduzidos com perfeição, a despeito de vuvuzelas e outros.

Mais de 200 câmeras HD por jogo.

O preço do sonho é salgado. O Japão gastaria o equivalente a R$ 11,95 bilhões para transmitir a Copa de 2022 para 400 estádios de futebol espalhados por todos os 208 países-membros da FIFA, atingindo um público de 360 milhões de pessoas, como foi prometido no projeto da candidatura japonesa. Seriam necessárias mais de 200 câmeras de alta definição por jogo para captar as imagens em 360 graus. E mais: a energia necessária para alimentar tanto equipamento viria, em parte, de eletricidade gerada pelo impacto dos pés dos torcedores saltitantes no chão das arquibancadas.

O processo de escolha dos países-sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 começa logo após o fim da Copa da África do Sul, em meados de julho, e os agraciados serão conhecidos no próximo dia 2 de dezembro. Além de Qatar, Austrália, Rússia e Inglaterra, estão no páreo também os EUA, a Coréia do Sul e as candidaturas conjuntas de Bélgica e Holanda, e Portugal e Espanha. E, claro, o Japão, com sua maior e poderosa carta na manga.

Fonte: Opinião e Noticia, Por Hugo Souza.
Tradução: Roberto Queiroz de Andrade.

Even the judge's whistle, sound hits the ball and the roar of the fans would be perfectly reproduced, despite vuvuzela and the like.

The 60th Congress of the International Football Federation (FIFA) took place on 9 and June 10, the eve of the World Cup in South Africa, and was held at the convention center of Sandton, Johannesburg, city happened in the opening match of the tournament. But it was the candidates to host the World Cup in 2018 and 2022, as Qatar, Australia, Russia and England, who drew attention to these stands with his campaign.

It was a festival of freebies distributed for participants to gain the sympathy of the leaders of world soccer. Pens, shirts, mugs, pen drives. But nobody took the sleeve an asset that overcomes a promise made by the Japanese governing body of soccer.

Japan wants to return to host a World Cup, this time alone (in 2002, shared the honor with South Korea), and as advanced technology for the British magazine Wired, the government of Japan pledged to FIFA that, since will be granted the right to host the World Cup for 12 years from now, you can transmit the matches of the event to the four corners of the world in holographic images, which could cause a revolution in how people watch football games.

Players in two places at once.

For this World Cup 2010, FIFA announced the transfer of 25 matches in 3D Competition, which already sounds pretty "futuristic", so to speak. Even high-definition images coming out of South Africa still surprised eyes until yesterday that they saw ghosts on the TV (now with the steel wool hanging from the antenna). They let you see the knee trembling when the shuttle is hit by the opponent's cleats, sweat splashing of the face at the time of the ball head, the features of the players turning in moments of joy, sadness, anger and disappointment on the pitch, leading to indoors from viewers around the world in unprecedented detail Cups past. But nothing, nothing that would be comparable to a transmission hologram of a football game could provide.

You could, for example, buy tickets to go to a stadium in Brazil, see in a match of the Brazilian team played across the world. Imagine a packed Maracana Stadium to watch the debut of Brazil in World Cup 2022, which may happen in Tokyo, Kawasaki, Hiroshima and Okinawa, not on a giant TV screen, but by exact reproduction of holographic players across the lawn, in real time. Even the judge's whistle, the sound hits the ball and the roar of the fans would be perfectly reproduced, despite vuvuzela and others.

Over 200 HD cameras per game.

The price of the dream is salty. Japan would spend the equivalent of $ 11.95 billion for the Cup of 2022 forward for 400 football stadiums scattered all 208 FIFA member countries, reaching an audience of 360 million people, as promised in the project application Japanese. It would take more than 200 high-definition cameras per game to capture images at 360 degrees. And more: the power needed for both equipment would, in part, the electricity generated by the impact of the feet of fans leaping down the bleachers.

The process of choosing the country-seats of the World Cups of 2018 and 2022 begins right after the World Cup in South Africa in mid-July and blessed is known on December 2. Apart from Qatar, Australia, Russia and England are also in the running the U.S., South Korea and the Joint applications from Belgium and the Netherlands, and Portugal and Spain. And, of course, Japan, with its larger and powerful trump card.

Source: News and Opinion, By Hugo Souza.
Translation: Roberto Queiroz de Andrade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário