25 de setembro de 2014
Rússia inaugura primeiro estádio da Copa
Quatro anos antes do início da Copa do Mundo de 2018, a Rússia inaugurou seu primeiro estádio para o evento, em Kazan, na esperança de provar à FIFA que a entidade não voltará a sofrer com o temor de atrasos que viveu antes do Mundial no Brasil.
Mas a FIFA e o Kremlin já vivem sua primeira crise: a organização máxima do futebol insiste em reduzir o número de sedes, ou pelo menos que as seleções sejam agrupadas em regiões, evitando ter de se deslocar pelo país como ocorreu no Brasil, mas os russos rejeitam modificar os planos.
Com 45 mil lugares, a Arena Kazan custou o equivalente a US$ 400 milhões (R$ 900 milhões) e sediará tanto a Copa das Confederações quanto a Copa do Mundo. Ela já havia sido aberta em meados de 2013, mas apenas para competições de atletismo e para a Universidade.
Depois de um ano de reformas, o estádio foi adaptado ao "padrão FIFA" e recebeu no fim de semana seu primeiro jogo oficial de futebol, entre o Rúbin Kazan e Lokomotiv Moscou.
A inauguração não aconteceu no fim de semana por acaso. Os russos esperaram a primeira visita do presidente da FIFA, Joseph Blatter, ao país para marcar a data e tentar mostrar que não haverá atrasos para 2018.
Divergência. Se a inauguração foi um esforço dos russos de tranquihzar a FIFA, a realidade é que a entidade insiste em reduzir o número de estádios (12) e sedes (11, porque há dois estádios em Moscou). No fim de semana Blatter fez a proposta aos russos, mas não teve êxito.
A entidade admite que, mesmo que o plano de 12 estádios seja mantido, vai exigir que a Copa seja dividida em regiões na esperança de que nem as seleções nem os torcedores tenham de viajar como ocorreu no Brasil.
A meta é que os oito grupos estejam divididos em quatro regiões. No norte, seriam usados os estádios de Kaliningrado e São Petersburgo. No centro, as duas arenas de Moscou. Na região do Volga, os jogos seriam em Nizhny Novgorod, Kazan, Samara, Saransk e Volgogrado. E no sul ocorreriam em Rostovon-Don, Sochi e Ekaterinburgo.
Em 2010, as previsões iniciais eram de que a Copa na Rússia custaria US$ 10 bilhões (R$ 30 bilhões). Hoje, o valor já dobrou.
Mas essa não é a única crise. Políticos europeus, entre eles o vice-primeiro-ministro do Reino Unido, Nick Clegg, defendem que a Rússia seja punida pela invasão da Crimeia com a mudança da sede da Copa.
Se não bastasse, a Federação Russa anunciou que aceitou a entrada de três times da Crimeia em seu campeonato, mesmo que a ONU até hoje não tenha reconhecido a anexação do território. A medida é uma violação das regras da FIFA.
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