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10 de abril de 2010

Engenheiros apresentam projetos de grandes estádios para o mundial.






Arquitetos e engenheiros ligados aos projetos dos estádios que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014 participaram, na manhã desta sexta-feira (09), do 4° Fórum do Time dos Arquitetos da Copa. O evento fez parte do último dia do II Congresso Internacional de Tecnologia Aplicada para Arquitetura e Engenharia Sustentáveis.

Na ocasião, foram apresentados os projetos desenhados para as cidades de Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília. Por recomendação do Governo do Estado, as propostas da Arena Recife não foram comentadas, uma vez que a licitação que definirá a empresa responsável pela concepção do estádio ainda será definida até o final de abril.

O luxuoso projeto do Estádio Nacional de Brasília, no Distrito Federal, que substitui o Mané Garrincha impressiona pela magnitude. São mais de 214 mil m² de área construída em cinco pavimentos, sendo três no subsolo. Além do rebaixamento em cerca de 4 metros do campo, o estádio ganhará pelo menos quinze mil novos lugares, área VIP e ‘very VIP’ e uma estrutura de telões luminosos acima do público.
Um dos problemas apresentados foi o da cobertura retrátil, que, de acordo com o representante do projeto, Eduardo Castro Melo, não ficará pronto até a Copa de 2014. “Há muito entraves e são muitas empresas envolvidas na execução do projeto. De qualquer forma, a cobertura deve ser concluída nos anos seguintes”, afirma.

O complexo Mineirão e o Mineirinho foram contemplados com uma remodelação visual que encontrou entraves desde o início do projeto. Os estádios são patrimônios históricos de Belo Horizonte, em Minas Gerais, e as adaptações para a Copa tiveram que obedecer a critérios pré-definidos que garantissem que as características originais dos dois pontos fossem conservadas.

A principal contribuição da proposta é a intensa geração de energia interna, através da captação de energia solar, além do reuso de água e o reaproveitamento do ar condicionado no ambiente, consolidando uma dinâmica sustentável ao empreendimento. A representante da empresa contratada para conceber o projeto, Laura Pena, destaca que os benefícios vão além da Copa do Mundo. “O Mineirão vai trazer mais conforto e elevar o nível de satisfação encontrado em grandes clássicos, em especial quando há a presença de grandes torcidas como em clássicos entre Atlético Mineiro e Cruzeiro”, lembra.

As intervenções foram levadas a outro nível no estádio do Internacional, o Beira Rio, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O projeto foi concebido para imprimir uma nova dinâmica urbana no entorno do estádio. Além de elevar a capacidade, aumentar estacionamento e padronizar toda a interface externa da estrutura, a proposta inclui a construção de um complexo comercial e hoteleiro na região. De acordo com o engenheiro responsável, Fernando Baluedi, a idéia é “dar uma nova cara ao Beira Rio, concluindo o processo de modernização que ele já vem passando há anos, com o requinte de primeiro mundo”.

Para o diretor do Portal 2014 e um dos idealizadores do fórum, Rodrigo Prada, esta troca de experiências entre os engenheiros e arquitetos trazem benefícios para todos os lados. "Se é preciso padronizar a qualidade e todos vão ter que adquirir, por exemplo, grama, por que não utilizar essa necessidade conjunta? Se doze estruturas precisam juntas de um mesmo produto, ele pode ser adquirido mais barato. Isso não é lobby, é uma forma de o próprio Governo economizar e garantir a qualidade do investimento em nível nacional" garante. Sobre o possível atraso no início das obras, o diretor defende a paciência na concepção dos projetos. "Temos que estudar tudo com cautela e são nestes projetos que obteremos as respostas. Faremos testes de segurança com 100 dias de antecedência para tudo sair nos conformes. É melhor investir em tempo neste momento do que ter que correr atrás de prejuízos estruturais mais na frente", sentencia.

Prada ainda destaca a necessidade de que os projetos estejam alinhados quanto à questão ambiental, uma das principais bandeiras defendidas pela organização da Copa no Brasil. "A idéia da Copa Verde começou com a Alemanha, mas é no Brasil que a proposta pode ser consolidada. Temos uma tecnologia diferente, hoje, da Alemanha de 2006 e superior à postura adotada na África do Sul. Queremos ser referência e contribuir para os eventos do gênero no futuro", conclui.

Exemplo - No que diz respeito à Copa do Mundo, Pernambuco ainda define os pontos básicos. Justamente por isso, o projeto final da Arena Recife ainda não foi apresentado à imprensa. Nenhuma empresa do Estado está envolvida diretamente na concepção dos projetos, mas, de acordo com o vice-presidente de Arquitetura do Sindicato da arquitetura e da engenharia de Pernambuco (Sinaenco-PE), o filão para o setor vai beneficiar o mercado regional de forma sem precedentes. "Não se trata apenas de um estádio, mas de todo um complexo estrutural que está atrelado a um evento como a Copa. Em termos de acesso, construção de hotéis e etc. Tem toda uma lógica que vai ser suprida por empresas pernambucanas, que devem se preparar para aproveitar esse momento", explica.

De acordo com o sub-coordenador do Time de Arquitetos para a Copa, Vicente Melo, o exemplo apresentado pela organização da Copa da África do Sul serve de lição para a postura que deve ser adotada pelo Brasil. De acordo com ele, as distinções de investimentos em diversos estádios tomam proporções absurdas. "É como uma junção de carros e carrocinhas" compara ao comentar o resultado final de estádios como o Ellis Park e o Soccer City, ambos em Joanesburgo. "Precisamos padronizar os estádios para que vendamos uma imagem consolidada da engenharia brasileira", explica.

Ainda segundo Melo os benefícios de sediar uma Copa do Mundo vão além dos fatores regionais e devem levar em consideração as questões culturais atreladas ao Mundial. "Esta é uma oportunidade de empresas de todo o país mostrarem o potencial brasileiro a todo o mundo e transformar esta experiência em capacidade de prestação de serviços e consultorias em todo o mundo. Para isso, é preciso um padrão de qualidade superior e exclusivo para que, com um alto padrão, seja possível criar uma Copa com a cara do Brasil", conclui.

Fonte: Diário de Pernambuco, com fotos de Ed Wanderley.

Hoje mesmo comentei isto no Curso de Gestão Esportiva, na Universidade Católica de Pernambuco, convidado que fui para falar um pouco sobre o futebol profissional brasileiro, que só tem o nome, falido que está. E da organização do futebol mundial, mais precisamente europeu, onde realmente está começando a mudar levando a sério o “negócio”, ou seja, é “business” da mais alta lucratividade.

Deixo meus agradecimentos à tão honrosos expectadores interessadas em aprender realmente o que é ser um Administrador no futebol profissional brasileiro. Espero dentro em breve receber, fotos da classe para colocarmos no nosso site.

Percebi através deste tempo que falei e que fui questionado, que nem tudo está perdido, que temos sim condições de mudarmos este paradoxo: O Brasil é o número 1 em futebol jogado, em atletas transferidos, em campeonatos conquistados, mas um dos últimos em gestão administrativa, aqui ainda tem “escravidão”, ainda se tem “coronéis” ainda temos “irresponsáveis” travestidos de dirigentes que pensam que podem tudo e que podem mudam até uma Lei Federal.

O que é uma pena e espero que a Princesa Isabel (seja lá onde estiver) esteja descansando em paz, mesmo com tudo que acontece no nosso futebol profissional. “Requiescat in pacem” princesa.

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