8 de abril de 2010
SETE VACILA E CONTINUA NA LANTERNA.
A esperança ainda existe em Garanhuns. Mas só para quem acredita em milagre. Matematicamente, o Sete de Setembro ainda tem possibilidade de escapar do rebaixamento no Campeonato Pernambucano. Mas psicologicamente será difícil. Ontem, o time chegou a estar vencendo o Araripina, adversário direto na luta contra a queda, por 2 x 0. Em poucos minutos, na reta final da partida, sofreu dois gols e cedeu o empate. Permanece a cinco pontos da fronteira da zona de rebaixamento. Só pode somar mais seis na competição.
A distância da 10ª colocação - primeira fora da zona de queda - é ainda maior do que aparenta, no entanto. Isso porque o time de Garanhuns dificilmente conseguirá vencer nas duas últimas rodadas. No próximo domingo, o Sete de Setembro enfrenta o Sport, na Ilha do Retiro. Encerra a sua participação em casa, diante do Central - a Patativa enfrenta o Náutico hoje à noite e ainda luta pela classificação à semifinal do Estadual. Os gols do Sete de Setembro, ontem, foram marcados por Dinda e Diego. Saulo fez os dois do Araripina. Serve como alento para o time de Garanhuns a possibilidade de o Araripina perder três pontos no julgamento na próxima segunda-feira.
Fonte: Diário de Pernambuco.
Vimos hoje um vice-presidente “presidente” falando nos programas locais que o prefeito, o deputado, os empresários de Garanhuns, enfim; o povo de nossa cidade são os culpados por este resultado. Que todas as prefeituras ajudam os clubes de sua cidade e aqui isto não acontece, que os empresários não se envolvem, que o deputado tampouco vai aos jogos, etc., com muito rancor, desabafa de uma situação que ele mesmo provocou; quem mandou sair de seu consultório para ser dirigente de clube com departamento de futebol profissional? Sem ter o conhecimento necessário. Será que ele também está querendo ser “político” ou mesmo, prefeito! Quer usar o Sete de Setembro para alavancar esta outra carreira.
Seria muito bom se todos pudéssemos ser “ator”, “compositor” e “jogador de futebol”, como diz este velho refrão. Seria muito bom que qualquer um pudesse “receitar”, sem ter um “diploma” de Médico, sem ter que estudar muito, sem ter conhecimento adquirido na escola em vários anos de perquisa e continuo aprimoramento e assim por diante.
Meus caros, sem conhecimento não se vai a lugar nenhum, o dinheiro é um complemento e todos sabem disso, basta ver o que acontece na maioria dos clubes brasileiros da 1ª Divisão, por exemplo: o Flamengo recebe somente do Clube dos 13 perto de 30 milhões anualmente, sem falarmos de patrocínios e outrasverbas e está devendo até o que não tem.
Antes de tudo a CBF deveria informar o que deve e tem que ser feito para que alguém possa ser elegível a postular ser dirigente de clube que mesmo sendo associação privada tem que submeter-se aos Estatuto da CBF e da FIFA, as Leis Trabalhistas e outras. Em primeiro plano vemos que a maioria dos clubes que tem departamento de Futebol Profissional autorizado pela sua Federação Estadual, não sabe que o seu Estatuto tem que se adequar as novas Leis e normas que regem o Futebol Profissional atual.
Todo clube teve e tem que mudar seu Estatuto depois de 2002 e quem não o fez, corre o risco de perder pontos, etc., e até ser excluído do futebol profissional de sua Federação (cassada sua permissão). Temos hoje, várias Leis que mudaram a gestão profissional de futebol.
Por exemplo; este garoto que foi atingido na cabeça quando estava nas bilheterias do Arruda, comprando seu bilhete para adentrar ao estádio. Ele tem “direito” de cobertura de despesas médicas, e até de ter uma “pensão” mensal até o final de sua existência, paga pelo Clube que não se cercou de cuidados necessários para a proteção de seus “consumidores”, exigida pelo Código de Defesa do Consumidor (caso se consiga provar).
Muita coisa mudou com a Lei Pelé, Lei Zico, Lei Maguito Vilela e outras determinações feitas e exigidas pelo ECAD, o Código de Defesa do Consumidor e até da Promotoria Pública que tem o dever de fiscalizar o cumprimento de tudo o que se tenta fazer para se dar segurança, transparência e comprometimento na administração dos clubes, mas infelizmente quem deveria exigir o cumprimento destas determinações, não se pronuncia.
E continuamos assistindo uma verdadeira pandominia no futebol profissional pernambucano. Estamos vendo as velhas manias de se fabricar resultados sendo legalizadas, para de se dar um campeonato a quem não merece, para se beneficiar quem não teve competência.
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