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21 de junho de 2010

A corrida dos patrocinadores / The sponsors race.

Se paga alto para fazer a marca aparecer em tudo relacionado à Copa, mas corre-se o risco de ver o rival que não pagou nada se dar melhor.

A Coca-Cola está presente na Copa do Mundo em todas as edições do evento desde 1950, primeiro apenas com placas publicitárias nos locais dos jogos, e a partir de 1974 como patrocinadora oficial do evento. Quando renovou o contrato com a FIFA, em 2005, a empresa pagou a bagatela de US$ 600 milhões para permanecer como marca oficial da Copa até 2022, quando o torneio irá acontecer sabe Deus onde. Não importa. É um grande negócio. Veja alguns números da Copa de 2006, realizada na Alemanha: transmissão dos jogos para 214 países; cada partida recebeu, em média, 858 horas de cobertura de mídia; e a página da FIFA na internet teve 4,2 bilhões de visualizações.

A corrida é para ser o único do seu ramo na categoria “Parceiros FIFA”: a Coca-Cola é a única fabricante de refrigerantes, a Visa é a única operadora de cartões de crédito (desbancou a Mastercard, que recebeu da FIFA uma indenização de US$ 90 milhões), a Emirates é a única companhia aérea, a Sony é a única fabricante de produtos eletrônicos, a Hyundai é a única de carros e a Adidas é a única fabricante de materiais esportivos. Logo abaixo na hierarquia das marcas está a categoria “Patrocinadores da Copa do Mundo FIFA”, onde estão, por exemplo, o McDonald’s, a Budweiser e a brasileira Seara.

A guerra dos patrocinadores continua na escala imediatamente inferior aos patrocínios oficiais à Copa como um todo, ou seja, no âmbito de cada uma das seleções. A própria Coca-Cola quer desbancar o patrocínio do Guaraná Antarctica à seleção brasileira para a Copa de 2014, e parece estar disposta a pagar a multa rescisória acertada pela AMBEV com a CBF. Mesmo nesta esfera existe um emaranhado de regras ditadas pela FIFA. Um exemplo: nos treinamentos abertos ao público das seleções que estão na África do Sul só os patrocinadores oficiais da Copa do Mundo podem aparecer nas placas que beiram o campo, mas é permitido estampar os patrocinadores das respectivas federações nacionais de futebol nos uniformes de treino.

Nike x Adidas: a guerra de todas as guerras.

E aparece mais, lógico, quem paga mais alto. No caso do Brasil, as marcas estampadas nos uniformes usados nos treinos são as do banco Itaú, da operadora de telefonia Vivo e do Guaraná Antarctica. A FIFA, entretanto, veta a exposição das marcas patrocinadoras de cada uma das seleções quando os jogadores treinam nos estádios onde acontecerão as partidas, ou mesmo nos reconhecimentos prévios dos gramados, além de proibir patrocínios nos uniformes que as seleções usam nos próprios jogos, salvo a logomarca dos fabricantes das camisas, shorts e chuteiras.

Por falar em chuteiras, é nos pés dos jogadores que as duas maiores empresas globais envolvidas diretamente com o meio futebolístico travam seu interminável duelo particular, o do patrocínio aos grandes astros do esporte mais popular do mundo. Dos 23 jogadores brasileiros convocados pelo técnico Dunga para formar a seleção brasileira que disputa a Copa do Mundo da África do Sul, a maioria, 14, calçam chuteiras da norte-americana Nike. A alemã Adidas, por sua vez, patrocina o astro-rei do Brasil, Kaká, que antes da Copa começar foi rapidamente escalado pela empresa alemã para defender a “Jabulani”, nome de batismo da altamente criticada bola oficial do torneio, fabricada pela… Adidas.

A vantagem nos pés da seleção de futebol que mais atrai holofotes mostra como a Nike vem sendo bem-sucedida em seu esforço para compensar o fato de que é a sua maior rival, a Adidas, a fabricante de produtos esportivos parceira da FIFA. Aliás, mais do que bem-sucedida: um recente estudo feito pela agência de pesquisas de mercado Nielsen junto a blogs, redes sociais e programas de mensagem instantânea mostrou que a Nike tem duas vezes mais menções relacionadas à Copa do Mundo do que a Adidas, patrocinadora oficial do evento. O mesmo desgosto da gigante alemão de materiais esportivos está sendo experimentada pela Budweiser, patrocinadora da Copa, que vê a rival Carlsberg ser mais associada ao torneio mesmo sem ter pagado à FIFA um tostão sequer.

Fonte: Hugo Souza de Opinião e Noticia.
Tradução: Roberto Queiroz de Andrade.

If you pay high to make the brand appear on everything related to the World Cup but there is a risk that the rival who paid nothing do best.

Coca-Cola is present at the World Cup in all editions of the event since 1950, first only with advertising boards in venues, and from 1974 as official sponsor of the event. When renewed its contract with FIFA in 2005, the company paid a cool $ 600 million to remain the hallmark of the Cup until 2022, when the tournament will happen God knows where. No matter. It's a big deal.

Consider some numbers from the 2006 World Cup held in Germany: the games broadcast to 214 countries, each game received an average of 858 hours of media coverage, and the FIFA page on the internet had 4.2 billion page views.

The race is to be the only one of its branch in category "FIFA Partner": Coca-Cola is the only manufacturer of soft drinks, Visa is the only provider of credit cards (MasterCard displaced, who received compensation from FIFA $ 90 million), Emirates is the only airline company, Sony is the only electronics manufacturer, Hyundai is the only car and Adidas is the only manufacturer of sporting goods. Just below in the hierarchy of brands is the category "Sponsors of the FIFA World Cup, where they are, for example, McDonald's, Budweiser and Brazilian Seara.

The war of sponsors continues on the scale immediately below the official sponsorship to the Cup as a whole, ie within each of the selections. Even Coca-Cola wants to debunk the sponsorship of Guarana Antarctica to the Brazilian team for the 2014 World Cup, and seems willing to pay the fine by AMBEV rescission right with the CBF. Even in this sphere there is a tangle of rules dictated by FIFA. An example: in training open to the public of the selections that are in South Africa only official sponsors of the World Cup may appear on the boards that border the field, but the sponsors are allowed to stamp their national football federations in training uniforms.

Nike x Adidas: the war of all wars.

And it appears more logical, pays higher. In Brazil, the stamped markings on the uniforms used in practice are the bank Itau, the phone operator Vivo and Guarana Antarctica. FIFA, however, forbids the exposure of sponsoring brands for each of the selections when the players train in stadiums where the matches take place, or even in previous recognitions of lawns, and prohibit sponsorship in uniforms that the teams wear in the games themselves, except the imprint of manufacturers of shirts, shorts and cleats.

Speaking of shoes, the feet of the players is that the two major global companies directly involved with the football catch your endless duel particular the sponsorship of the greats of the sport more popular in the world. Of the 23 Brazilian players summoned by coach Dunga to form the national team that competes in the World Cup in South Africa, the majority, 14, from shoes to boots U.S. Nike. Germany's Adidas, in turn, sponsors the astro-king of Brazil, Kaka, who before the finals start was quickly scaled by the German company to defend "Jabulani" baptismal name of the highly criticized official tournament ball, manufactured by ... Adidas.

The advantage on the feet of the soccer team that attracts the spotlight shows how Nike has been successful in its effort to offset the fact that it is their biggest rival, Adidas, the sporting goods manufacturer partner of FIFA. Indeed, more than successful: a recent study by market research agency Nielsen with blogs, social networks and instant messaging programs showed that Nike has twice as many entries related to the World Cup than Adidas, official sponsor of the event. The same dislike of German sporting goods giant is being experienced by Budweiser, sponsor of the Cup, which sees rival Carlsberg been linked to the tournament even without paying a penny to FIFA.

Source: Opinion and Hugo Souza News.
Translation: Roberto Queiroz de Andrade.

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