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12 de fevereiro de 2011

Parreira 3 / 15 times, Brazil is much more possible!/Parreira 3/15 vezes, no Brasil é possível muito mais!


A paixão pelo futebol foi a tônica durante a palestra de Parreira no Footecon 2010 – VII Fórum Internacional de Futebol, realizado no Copacabana Palace nos dias 07 e 08 de dezembro. Ele enumerou 15 fundamentos que caracterizam uma equipe vencedora, exemplificando o time espanhol do Barcelona.

ORGANIZAÇÃO

Se há princípios que, por mais simples e notórios que sejam, são ignorados pelas pessoas responsáveis pelas gestões de qualquer sistema. Num time de futebol não é diferente, assim como em qualquer outra atividade, especialmente no Brasil, onde desprezamos a disciplina, a padronização, e a aplicação de metodologias e tudo isso tem a ver com organização.

Se não houver organização, não haverá condições de disciplina, qualquer tentativa de disciplina sem organização será uma penúria, um sofrimento;

Se não houver organização, fatalmente será impossível padronizar, respeitar padrões, observar parâmetros, manter e melhorar o nível de desempenho;

Se não houver organização, qualquer metodologia aplicada será inócua, ou apenas retórica, e por aí afora.

Parreira não abordou o fundamento da “organização” por estes prismas, mas exemplificou pela amostragem da gestão do Barcelona.

As coisas devem fazer sentido.

O time espanhol é um “case” exemplar em todos os aspectos, e o fundamento organização poderia estar em primeiro lugar, posto que possibilite todos os demais fundamentos: “liderança”, “facilidade" "simplicidade”, “eficiência”, “cronometragem” (Parreira se referia ao time não ter pressa em tocar a bola até o ponto de provocar uma real jogada com perigo de gol), “aproximação” (no sentido de coesão da equipe), “movimentação” (no sentido da ação, em detrimento da passividade), “penetração” (no sentido da agressividade positiva, conseqüente), “posse de bola” (no sentido da posse nas negociações, nas tomadas de decisão), “ganhar os duelos” não perder a disputa por uma bola, “ganhar a segunda bola” (no sentido de, ao perder um ataque, recuperar o comando da situação em seguida, manter-se alerta, ativo, no ataque, no controle), “tocar a bola” (no sentido de compartilhar, ter espírito de equipe), “finalização” (no sentido de finalizar com perfeição, com acuidade, concluir bem), “criatividade” (no sentido de que não adianta ser criativo, sem adotar todos os demais fundamentos, mas não adianta adotar todos os demais fundamentos sem ser criativo).

Por outro ângulo, talvez a organização devesse ser listada por último, para justificar todos os demais fundamentos, posto que, sem organização, nada disso faria sentido.

Do escuro, sentado à primeira fila de cadeiras, como se fosse um dos atentos expectadores, Parreira soltava frases ao ar, com entusiasmo, enquanto passava um filme mostrando as virtudes do time do Barcelona, dentro e fora do campo. A mais significante das frases de Parreira foi a que inspirou o título desta série de capítulos:

Nós temos gente pra fazer a mesma coisa. Nós podemos perfeitamente fazer tudo isso.

Fonte: Footecom e Clinica Literária. Foto: Divulgação.
Tradução: Roberto Queiroz de Andrade.

The passion was the keynote lecture during Footecon Parreira in 2010 - VII International Football Forum, held at the Copacabana Palace in the 07th and 08th December. He listed 15 grounds featuring a winning team, exemplifying the Spanish team Barcelona.

ORGANIZATION.

If there are principles that, as simple and notorious as they are, are ignored by those responsible for the managements of any system. A football team is no different, as in any other activity, especially in Brazil, where despise the discipline, standardization, and implementation of methodologies and it all has to do with organization.

If there is no organization, there will be no discipline, discipline without any attempt at organization will be a hardship, suffering;

If no organization is bound to be impossible to standardize, observe patterns, observing parameters, maintain and improve the level of performance;

If there is no organization, no methodology is ineffective, or just rhetoric, and so on.

Parreira did not address the merits of "organization" by these prisms, but exemplified by the sampling of the management of Barcelona.

Things should make sense.

The Spanish team is a "case" exemplary in all respects, foundation and organization could be in first place, since all other possible grounds of "leadership", "ease and simplicity," "efficiency," timing "(Parreira meant the team did not rush to touch the ball until the point of causing a real danger to move the goal), "approach" (in the sense of team cohesion), "Drive" (in the sense of action, rather than passive ), "penetration" (in the sense of positive aggression, consequent), "possession" (in the sense of ownership in the negotiations, decision making), "win the duels" not lose the race for a ball, "making a second ball "(meaning, to lose an attack, regain control of the situation then keep you alert, active in the attack, control)," touching the ball (in the sense of sharing, have team spirit ), "submission" (to end perfectly, accurately, and finish), "creativity" (in the sense that it is useless to be creative, without adopting all other grounds, but not worth taking all other fundamentals without being creative).

From another angle, perhaps the organization should be listed last, to justify all other grounds, though without the organization, none of this would make sense.

The dark, sitting in the front row of chairs, as if one of attentive viewers, Parreira phrases uttered in the air with enthusiasm, as he ran a film showing the virtues of FC Barcelona, on and off the field. The most significant phrase in the heck was that inspired the title of this series of chapters:

We've got people to do the same thing. We can do it all perfectly.

Source: Clinical Literary and Footecom. Photo: Publicity.
Translation: Roberto Queiroz de Andrade.

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