4 de fevereiro de 2011
Parreira’s principles: in Brazil much more is possible!/Parreira, no Brasil é possível muito mais!
Será que no futebol, como nas empresas e relacionamentos interpessoais em geral, também existe a “muralha de gelatina”?
Parreira apontou os 15 mandamentos para um time de sucesso, inspirado na análise de performance do Barcelona, apresentados no Footecon, em dezembro último, evento sobre gestão do negócio futebol realizado no Copacabana Palace, Rio de Janeiro.
Ambiciosamente, a Clínica Literária vem contextualizando esses fundamentos extrapolando-os da prática do futebol à indústria do esporte, e desta para todas as atividades produtivas.
Neste capítulo abordaremos “a pressa” de Parreira:
NÃO TER PRESSA
Queimando logo um lugar comum, diz-se que o apressado come cru, certo? Mas nem sempre esta expressão, conforme infere, envolve acepções negativas de seus termos. Claro, depende do contexto. Ou seja, cabe aqui introduzir o conceito de “muralha de gelatina” que eu li pela primeira vez num texto de André Moragas (Hora do cafezinho, blog de O Globo), expressão esta que o próprio André admite ter ouvido também pela primeira vez de seu chefe numa reunião. M-u-r-a-l-h-a d-e g-e-l-a-t-i-n-a? Que porcaria é essa?
Em primeiro lugar, desculpa se soar arrogante, ou empastelado, mas é intencional a semântica intrincada acima. Talvez você nem esteja lendo mais... E a minha demora em atacar logo o assunto é por isso mesmo, trata-se de administrar a pressa.
Pois a muralha de gelatina define uma situação nas relações humanas grupais, e, numa empresa assim como num time de futebol, tem tudo a ver com ter ou não ter pressa.
Você está com pressa?
Definindo a coisa
Um dos atributos do time do Barcelona, em campo, é não ter pressa para avançar em direção à meta do adversário, embora o objetivo de gol esteja latente, nos pés, corações e cabeças dos jogadores. Eles são treinados para tocar a bola, manter a posse de bola, ganhar os duelos quando esta posse for perdida, marcar sob pressão, todos atacam, todos defendem, até o goleiro ataca, toca a bola com a defesa, reinicia o jogo de modo conseqüente – há momentos do jogo que até fica monótono.
Quem vê, sem observar o todo, pode pensar que o time está embromando, construindo uma muralha de gelatina, pode pensar que cada jogador está, na verdade, preservando a sua zona de conforto, fugindo do fiasco de perder uma bola, daí simplesmente toca de lado, mas não é isso não...
Numa empresa, ou num grupo de trabalho e até mesmo numa relação interpessoal de negócios, tudo se inverte.
Quem já não vivenciou a situação em que um líder de projeto, chefe ou até mesmo um presidente de uma empresa pergunta, numa reunião, por exemplo, se todos concordam?
Todos concordam. Mas a coisa não anda. Isto é a antítese da muralha de pedra. Aquela barreira para nada ir adiante.
Ninguém concorda e não acontece nada. No caso da muralha de gelatina, todos balançam que sim com a cabeça, mas se escondem na zona de conforto, atrás do biombo, e, na próxima reunião alguém perguntará: como está indo aquele projeto? Está andando, alguém responderá – a muralha de gelatina, que tomba para um lado e em seguida retorna à posição original...
Há quem responda, “deixa comigo”. Não deixe, trata-se de alguém guarnecendo a muralha de gelatina.
Nas redes sociais de negócios, como a LinkedIn, também há muralhas de gelatina. O caso daqueles profissionais que aceitam o seu convite para participar de seu grupo, mas quando recebem um e-mail com uma proposta não respondem, somem num vácuo incompreensível e anulam a própria função da rede. Ora, não estando interessado, basta responder apropriadamente, talvez dar uma rápida sugestão, mantendo lubrificado o sistema.
Isto é a muralha de gelatina. Que parece o exercício negativo da “não pressa”. E qualquer conceito não compreendido acima é uma oportunidade para reflexão, sem pressa...
Não é por acaso que o próximo fundamento de Parreira seja a “aproximação”.
Fonte: Clinica Literária, Luiz Peazê.
Tradução: Roberto Queiroz de Andrade.
Does football/soccer, as in business and interpersonal relationships in general, there is also the "wall of gelatin?
Parreira pointed out the 15 commandments for a successful team, inspired by the performance analysis of Barcelona, presented in Footecon last December, an event management business on football held at the Copacabana Palace, Rio de Janeiro.
Ambitiously, the Clinica Literária comes contextualizing these fundamentals extrapolating them from football/soccer practice the sports industry, and this for all productive activities.
In this chapter we "hurry" to heck:
HAVE NOT HURRY.
Burning just one common place, it is said that the hurriedly eaten raw, right? But not always this expression as follows, involves negative meanings of its terms. Of course, it depends on the context. Namely, it is here to introduce the concept of "wall of gelatin" I first read a text by André Moragas (Time of coffee, blog of The Globe), an expression that Andrew himself admits also heard for the first time his boss in a meeting. M-u-r-a-l-h-a-and--g-e-la-t-i-n-a? Who is this nut?
Firstly, sorry if it sounds arrogant, or jammed, but the semantics are intentionally intricate above. You may not even be reading more ... And soon my delay in attacking the issue is for this reason, it is to manage the rush.
For the gelatin wall defines a situation in human relations group, and a company like a football team, has everything to do with whether or not to hurry. You're in a hurry?
Setting the thing.
One of the attributes of the Barcelona team, on the field is in no hurry to advance towards the opponent's goal, although the objective goal is latent, feet, hearts and minds of the players. They are trained to touch the ball, keep possession of the ball, win the duel when it is lost possession, scoring under pressure, all attack, all argue, by attacking the goalkeeper touches the ball on defense, restart the game so consequent - there are even moments of the game that is boring.
Who sees without observing the whole, may think that the team is messing around, building a wall of gelatin, may think that each player is actually preserving their comfort zone, avoiding the fiasco of losing a ball, then simply touch aside, but that is not no ...
In a company, or in a workgroup and even an interpersonal relationship business, everything is reversed.
Who has not experienced the situation where a project leader, boss or even a president of a business question at a meeting, for example, if everyone agrees? Everyone agrees. But the thing is not moving. This is the antithesis of the stone walls.
That barrier to anything going on. Nobody agrees and nothing happens. In the case of the wall of gelatin, that everyone waves nodded, but hide in the comfort zone, behind the screen, and the next meeting someone will ask: how is that project going?
You are walking, someone will answer - the wall of gelatin, which falls to one side and then returns to its original position ...
There are others, "let me." Do not leave; this is someone manning the wall of gelatin.
Business social networks such as LinkedIn, there are also walls of gelatin. The case with those professionals who accept their invitation to join your group, but when they receive an email with a proposal does not respond, they disappear in a vacuum incomprehensible and defies the very function of the network. However, not being interested, just respond appropriately, perhaps take a quick suggestion, keeping the system lubricated.
This is the wall of gelatin. It appears that the negative exercise of "no hurry". And any concept is not understood up an opportunity for reflection, no rush ...
It is no coincidence that the next ground heck is the "approximation".
Source: Clinica Literária, Luiz Peazê.
Translation: Roberto Queiroz de Andrade.
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