Páginas

17 de janeiro de 2015

Nobre vira 'dono' de seis atletas e diminui dívida do Verdão em R$ 43 mi

A dívida do Palmeiras com o presidente Paulo Nobre diminuiu em R$ 43 milhões. Esse foi o valor emprestado por ele para as contratações de Leandro, Mendieta, Tobio, Mouche, Allione e Cristaldo, os únicos atletas comprados pelo clube durante seu primeiro mandato.
No fim do ano passado, os direitos econômicos dos seis jogadores deixaram de pertencer ao Verdão e passaram a ser de uma empresa parceira de Nobre. Na prática, o mandatário se tornou o “dono” do sexteto. Isso significa que, se os jogadores forem vendidos, o dinheiro vai direto para Nobre. É dessa forma que ele vai recuperar o investimento (ou parte dele) – e não recebendo do clube, como será com o resto da dívida.
A manobra é muito arriscada. Se os atletas não forem vendidos, Nobre perderá o direito de receber qualquer quantia assim que os contratos acabarem. Além disso, é consenso no Verdão que dificilmente será possível receber valor semelhante a R$ 43 milhões com esses jogadores.
O dirigente ainda avisou que, se houver lucro, o valor vai para o clube. Por exemplo: se Mouche, que foi comprado por R$ 11 milhões, for vendido por R$ 12 milhões, o Palmeiras receberá o R$ 1 milhão excedente.
Oficialmente, o presidente já colocou R$ 153 milhões no Verdão – ele ainda não esclareceu no clube se teve participação em alguma contratação deste ano. Com a manobra, a dívida caiu para R$ 110 milhões.
O Conselho aprovou o pagamento de R$ 105 milhões desse total – o resto passará por nova votação. A partir de maio, 10% de todas as receitas do clube irão para o presidente. O débito será sanado em cerca de 15 anos.
Os direitos dos seis jogadores custaram cerca de R$ 37 milhões ao Palmeiras, mas o valor abatido da dívida leva em conta outros encargos. É por isso que Tobio, que ficou sem contrato com o Vélez e veio “de graça”, entra na lista: Nobre desembolsou cerca de R$ 1,4 mi para trazê-lo.
O passo a passo da manobra:
Ajuda presidencial - No primeiro biênio de Paulo Nobre à frente do Palmeiras, o clube comprou seis jogadores: Mendieta, em 2013, Leandro, no início de 2014 (após um ano de empréstimo), e os quatro argentinos no segundo semestre do mesmo ano. Nobre emprestou R$ 43 milhões ao Verdão para essas negociações.
Pressão - Nobre sempre recebeu muita cobrança por esses gastos, sobretudo com os argentinos. O argumento de muitos conselheiros era de que, com o valor, o Cruzeiro montou o elenco bicampeão brasileiro.
A operação - Diante das críticas, Nobre decidiu assumir o risco: virou “dono” dos direitos econômicos dos seis e subtraiu o valor da dívida do clube com ele. Além disso, prometeu repassar aos cofres do Palmeiras qualquer lucro que tiver na venda desses atletas. Ele corre o risco até de ficar de mãos vazias: isso ocorrerá se todos cumprirem seus vínculos até o fim.
Sem problema - A nova regra da Fifa, que impede a participação de terceiros em direitos econômicos, começa a ter efeito para acordos fechados em 2015. A manobra foi feita em 2014.
Quem manda se meter a ser o que não é..... ainda bem, que este dirigente está (pelo menos por enquanto), mostrando que é além de torcedor fanático, tem dinheiro para queimar e jogar fora. E agora com as novas determinações da FIFA, vamos ver o que os cartolas irão inventar para continuar fazendo o que não deviam e agora não podem, (só que a maioria deles, sai no lucro), este é raridade, podem crer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário