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6 de março de 2015

De substituto a semifinalista, Enderson foi demitido sem perder em 2015

A passagem de Enderson Moreira pelo comando do Santos foi curta. Em apenas seis meses de trabalho, o treinador chegou para substituir Oswaldo de Oliveira e foi demitido com sete jogos invictos no Campeonato Paulista de 2015. Antes disso, alcançou a semifinal da Copa do Brasil e resistiu a troca de presidente do clube, mas entrou em atrito com o elenco e acabou por ser demitido na manhã desta quinta-feira.
A trajetória a frente do Alvinegro Praiano começou ainda em setembro do último ano, quando a demissão de Oswaldo de Olveira também pegou a todos de surpresa. No dia seguinte, a diretoria do Santos anunciou a contratação de Enderson como substituto. A partir daí, a atenção estava voltada para o novo funcionário e as possíveis mudanças no time.
A melhora da equipe aconteceu, e o Santos conseguiu vitórias importantes e avançou na Copa do Brasil, chegando até a semifinal da competição em disputa com o Cruzeiro. O primeiro jogo aconteceu em Minas Gerais e o time da casa ganhou pelo placar mínimo de 1 a 0. No jogo da volta, a eliminação veio com dois gols sofridos nos minutos finais.
Das semanas seguintes até o mês de dezembro, o assunto no CT Rei Pelé passou a ser a eleição presidencial, questão que também deixava na incerteza  de permanência de Enderson Moreira no comando do Peixe. Uma possível demissão caiu por terra quando o presidente eleito, Modesto Roma Júnior, garantiu a permanência do treinador.
Assim, 2015 começou com o Campeonato Paulista e uma sequência de sete jogos sem perder. Apesar dos bons resultados, o técnico acabou entrando em atrito com alguns jogadores do elenco e chegou a declarar que alguns jovens se achavam demais e teve outras atitudes que desagradaram a cúpula do Peixe.
No total, o ex-técnico santista, conquistou 16 vitórias, cinco empates e nove derrotas em 30 partidas realizadas, aproveitamento de 59%.
Infelizmente esta atitude de alguns dirigentes é comum no futebol brasileiro, ser mais torcedor que dirigente é uma constante e atender a caprichos de jogadores que precisam sim, descer das sandálias da fama para encarar uma carreira seriamente. E renovar valores é preciso, tanto de jogadores quanto de técnicos, só que, é difícil resistir a pressão dos nossos conselheiros, que preferem agir mais com a emoção que com a razão.
Mas, assim como os políticos brasileiros que são tratados como verdadeiros deuses e não como homens públicos, a maioria dos atletas, quando tem uma chance de jogar e principalmente em um clube como o Santos FC., mostram que esta frase "Dá fama e dinheiro ao homem e te direi quem és", é uma verdade, verdadeira.

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