Os responsáveis do Tottenham Hotspur revelaram o ano passado os planos para a construção de um novo estádio e centro de treinos. Hoje se conhecem mais pormenores sobre o projeto, que se prevê uma obra ao nível do Emirates Stadium do Arsenal. Definitivamente ficaram estipulados 58.000 lugares disponíveis para os adeptos para o novo White Hart Lane, tendo os responsáveis do clube (Presidente - Daniel Levy) encomendado à empresa construtora (KSS Group) um recinto que proporcione aos adeptos uma atmosfera fantástica para jogos de futebol.
Os custos do projeto denominado “Northumberland Development Project” estimam-se entre os 400 e os 470 milhões de Euros mas através da venda dos direitos de naming o Tottenham conseguirá reduzir fortemente o custo de construção.
No entanto o clube contará com mais uma série de facilidades que vão servir para amortizar o valor do estádio, nomeadamente a construção e venda de um empreendimento imobiliário com cerca de 500 apartamentos. O novo recinto contará também com um edifício de escritórios para uso da Tottenham Hotspur Foundation, um museu e um shopping center.
Para além do projeto do novo estádio concebido pela empresa KSS Group (também responsável para construção do estádio do Manchester City, Acadêmica de Coimbra e a desenvolver projetos para os jogos Olímpicos de 2012), o clube planejou também a construção de um centro de treinos e academia para jovens jogadores. Com um custo de cerca de 35 milhões de Euros, o novo complexo de treinos do Tottenham será um dos mais modernos a nível mundial.
Fonte: Futebol Finance.
Como venho falando aqui mesmo, no Brasil temos que nos adequar as condições atuais, até para sobreviver como Clubes profissionais de futebol “associações”. Vejam o caso do último jogo do Náutico contra o Santos FC nesta última quarta feira, a renda deste jogo não chegou a 50.000 reais e que chegou apenas a aproximadamente 13.000 $ euros, o dinheiro mal dá para pagar a conta para abrir o estádio. Como pode um clube de 1ª. Divisão que depende do futebol exclusivamente, conseguir pagar seus compromissos ou pelo menos um dos seus executivos, entenda-se seu Técnico, que recebe em torno de 150.000 reais se joga no máximo 4 vezes em seu próprio estádio mensalmente e depende disso e da cota da TV., anual e alguns outros recursos, como "ajuda" de torcedores ilustres, livro de ouro, doações dos "conselheiros", e do quadro social e por último aqueles que fazem parte da elite do futebol, (entenda-se, Clube dos 13) recebem cotas extras mas que não são suficientes para manter o clube em dia com seus compromissos e muito menos apresentarem lucros em seus balancetes e por fim, sustentar suas estrelas e mantê-las no Clube por mais tempo, além de tudo, uns recebem muito mais que outros tornando a competição desigual em qualidade e quantidade de jogadores e por este motivo o Nordeste sofre muito mais que outras regiões, por esta falta de recursos dividida com critérios no minimo duvidaveis.
Se faz necessário que se maximize e aumentem as fontes de rendimentos dos Clubes per si (quem tiver mais conhecimento, visão e profissionalismo sai na frente) e não ficar esperando ajuda do governo federal ou desta entidade que fatura vendendo os direitos de Imagem de transmissão as TVs. E muito menos transferindo aquele atleta revelado nas divisões de base do Clube mesmo antes de amadurecer, porque da maneira que estávamos caminhando, estes futuros atletas seriam levados antes mesmo de terminarem seu aprendizado e até mesmo na puberdade (e ainda bem, foi terminantemente proibido pela FIFA tal transferência, mas sabe-se como é sempre se arranja uma maneira de burlar as Leis) como esta de os clubes usarem somente os agentes credenciados para lidar com estas transferências e contratações que infelizmente ainda não funciona no Brasil.
Também tenho notado muitos estrangeiros vindo residir no Brasil com o intuito apenas de "descobrir" talentos e leva-los com ou sem anuência da FIFA ou CBF. Aproveitando-se de nossas condições extremas de pobreza, falta de informação, educação, deficiência dos nossos grandes clubes que não tem planejamento para captar, ensinar e usar aqueles futuros atletas profissionais.
Diga-se de passagem, nosso País poderia já estar explorando esta excelente veia de negócios, trazendo futuros craques para se aperfeiçoarem aqui, e até mais do que isso, oferecessem condições para times inteiros virem fazer pré-temporadas no Brasil e com isso auferir um bom lucro, tanto os profissionais quanto suas divisões de base. Tem-se isto na Turquia, na Espanha, em Portugal, na Áustria, nos Estados Unidos, enfim em vários Países do mundo menos aqui na terra do futebol.
É urgente que se tenha mais conhecimento de que o futebol brasileiro deve ser tratado como uma "empresa", profissionalmente, para poder ser aliado a nossa capacidade de revelar talentos e ser usado como um meio de tirar da rua o futuro deliquente, promovendo a educação e a inclusão social, transformando em um excelente negócio que possa ser revertido em fonte de renda para todos e ajudar desde a família necessitada até o clube.
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