Gente estamos vendo uma verdadeira “enxurrada” de jogadores profissionais estrangeiros entrando nos clubes brasileiros. Não é discriminação o motivo que está me levando a comentar sobre isto, mas sim, uma preocupação com o que pode acontecer com os nossos próprios jogadores de base, aqueles que estão sem oportunidade daqui mesmo.
Joffre David Guerra (Cruzeiro), Edgar Balbuena (Palmeiras), Alejandro Saavedra (São Paulo), Adrian Gonzalez (São Paulo), Figueroa (Palmeiras), Federico (Corinthians), Pablo Armero (Palmeiras), Ezequiel Gonzalez (Fluminense), Maldonado (Flamengo), Internacional, Botafogo, Náutico, Santos, e muitos outros.
Mesmo sabendo que aqui no Nordeste infelizmente o que se faz nas divisões de base ainda é bastante acanhado em relação ao que se deveria fazer. Os clubes pernambucanos e porque não falar, os brasileiros não investe o que deveriam e poderiam nas divisões de base. Vejam que no elenco atual do Cruzeiro temos 3 jogadores pernambunos que não começaram aqui e temos outros exemplos da falta de se acreditar em nosso próprio quintal, temos uma máxima que é a pura realidade, "Santo de casa não faz milagres" isto é uma realidade.
Somos os maiores “exportadores” de jogadores profissionais do mundo e nossos dirigentes ainda não acordaram para esta realidade. Continua deficiente este cuidado com as divisões de base e além de tudo a visão dos dirigentes com uma variante que trás a instituição uma grande fonte de recurso e uma visibilidade maior quanto ao seu potencial formador e ao seu nome como clube de ponta, dentro e fora do nosso País.
Recém escutei uma entrevista de um dos nossos presidentes, que, indagado, falou sobre a evasão de alguns atletas em formação de seu clube. Teria 120 garotos e não poderia “assinar” a carteira de todos eles? E muito menos, pagar “ajuda de custo”, fornecer vale transporte, alojamento, refeições, médicos, etc., ora, a FIFA, para reconhecer um clube formador de atletas, determina que o mesmo deva ter em seus departamentos formadores, várias determinantes que venham a realmente desenvolver, apoiar, formar e colocar na vida, homens, não somente “profissionais de futebol” ou memo, atletas profissionais.
Bem, vamos voltar a este motivo central que nos levou a escrever isto. Esta quantidade enorme de jogadores sul americanos em nossos clubes tenho certeza, irão desviar a atenção de nossos dirigentes, aos nossos próprios jogadores como falei anteriormente, que é fraca e sem foco. E dentro de certo tempo teremos o resultado desastroso de não termos colocado nossos próprios jogadores “desconhecidos e em inicio de carreira” para jogar. O que falta no Brasil é justamente isto, oportunidade.
É preciso estar alerta sobre este detalhe, nunca foi tão grande esta invasão e com a falta de conhecimento de nossos dirigentes, que não sabem acompanhar ainda e o que se deve e pode fazer quando se contrata um jogador para defender sua instituição. De que vale contratar um atleta para jogar 6 meses ou até mesmo 1 ano sem se ter nada em “troca”, o jogador, que logicamente não estava sendo usado, porque teriam outro melhor, vem, porque aqui haveria a "falta", joga, aparece e se vai e o clube que o descobriu, colocou na “vitrine” fica chupando o dedo, somente.
Estamos acompanhando o movimento de vai e vem, e não temos conhecimento de que estão fazendo a coisa certa, trazer um atleta que vá apenas suprir uma determinada posição no time, neste momento é uma coisa sem planejamento e sem pensar no futuro problema que estará se criando. Tem-se que pensar na frente, mesmo que sendo uma projeção difícil, porque estamos, por exemplo, no caso dos nossos clubes (na degola) então, há uma corrida desenfreada para se arrumar aquela deficiência, que é para uns uma necessidade imediata e principalmente quando chega um novo Técnico, ele sempre vai querer “reforços” até para se firmar no novo emprego sem pensar no dia de amanhã mas tudo é uma questão de conhecimento, não adianta falar outra coisa, e a situação não mudará nunca sem esta bendita palavra, CONHECIMENTO.
O jogador vem agora, pode até ajudar, mas assim que começa a despontar como um bom jogador o clube que “emprestou” chama-o de volta e o clube que o colocou em evidência dança literalmente. Além de ter gasto com os salários, obrigações contratuais, e de ter desenvolvido o próprio jogador, seu nome, etc., fica sem nada.
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