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1 de maio de 2010

PARADOXO DO FUTEBOL BRASILEIRO.

O mercado da bola é o mundo, e todos os atletas formados nos clubes brasileiros de 1ª e 2ª Divisão encontram um lugar para eles jogarem independente de aqui não encontrarem oportunidades, aqui os clubes “pequenos” só querem contratar jogadores oriundos de clubes “grandes” e uma coisa independe da outra, se assim fosse, estes clubes “grandes” não contratariam de clubes pequenos. Clubes que irão disputar a 4ª Divisão querem contratar atletas que estão na 1ª Divisão, veja o paradoxo, é complicado e hilário, mas assim é o futebol brasileiro, entremeado de “alquimistas”.

Infelizmente no Brasil é ainda raro o clube profissional de futebol que tem um bom Centro de treinamento. Pelo menos aqui no Recife e no resto do Estado acontece isto, somente recentemente é que se tem noticias do Náutico estar trabalhando em construir o próprio CT., com tudo que se necessita para desenvolver um futebol de base com qualidade.

Quem tem um departamento de “olheiros” profissional, contrata, aceita garotos indicados têm CT e constrói um futuro (se tiver um dirigente honesto) olhem o caso do Santos FC., está na última década, descobrindo grandes valores (desnecessário citar nomes, todos sabem os grandes jogadores que saíram de lá) e entretanto, o clube continua sendo um dos que mais devem e com a tal chamada “divida impagável,” porque será.

Por exemplo; para que vender direitos econômicos de atletas acima da média e que com o mínimo discernimento sabe-se que será sucesso, pois se assim não fosse os “investidores/empresários” não iriam por seu dinheirinho. O clube deveria procurar um banco (em última instância)porque o certo seria ter um departamento de Marketing atuante e profissional, além de outras medidas que atraem patrocinios e condições para se administrar o clube.

Os dirigentes sempre que assumem recebem o clube sem caixa e devendo e muito, precisando pagar folhas e outras despesas, mas devem procurar fazer uma negociação onde a instituição financeira que cobre “juros,” somente, e que neste caso sai muito mais seguro e correto, e muito mais lucrativo (pode até parecer o contrário), mas o clube terá sempre seus atletas como seu patrimônio, e eles sempre rendem mais que "juros" ao invés de simplesmente “passar” a outras instituições ou pessoas os "direitos econômicos" de seu patrimônio ativo.

Ainda ontem estava reunido com um dirigente e falando sobre o que um clube profissional deve fazer para revelar, segurar e negociar com ganhos reais seus atletas, e pagar salários, recolher seus encargos, enfim, administrar o clube como uma empresa saudavel. Infortunadamente eles não sabem o que fazer, ainda não conheci algum que administrasse o clube de acordo com a regulamentação da FIFA, que é o que regula o futebol profissional no mundo inteiro.

E eles ainda relutam em assinar um contrato de trabalho com garotos de 16 anos, com a duração de 5 anos (de conformidade com a legislação trabalhista brasileira) isto é possível, e fazendo isto, asseguram o direito de negocia-lo melhor e por maior valor, mais deixam o atleta diferenciado escapar entre os dedos por pura falta de conhecimento. Tudo bem, é uma faca de dois gumes, mais entrou na chuva tem que se molhar (além de que isto é o diferencial de quem sabe o que faz e de quem "pensa" que sabe o faz).

Vejam o caso do Santa Cruz, em 2010, tem alguns jogadores com bom potencial mas, estipulou “multas” contratuais e fechou contratos “medrosos” de curta duração, porque? Porque não tem segurança no que faz e não tem o devido conhecimento do seu atleta e de valores, nacional e internacional, e invariavelmente deverá ficar sem estes atletas, vai assistir outro clube ganhar em cima do seu trabalho, justamente pela falta de visão e de conhecimento. Além de desfazer praticamente todo o grupo, mesmo precisando manter o time para a 4ª Divisão e vai ter de começar outra vez.

E se consideram profissionais.

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