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17 de fevereiro de 2011

THE THEATRE OF FOOTBALL IN PERNAMBUCO SHOWS THAT HAS MARKED LETTERS/O TEATRO DO FUTEBOL PERNAMBUCANO MOSTRA QUE TEM CARTAS MARCADAS.


Salgueiro e Cabense se enfrentavam normalmente na primeira rodada do Campeonato Pernambucano, no Cornélio de Barros, quando, aos 29 minutos, ocorreu uma pane elétrica no estádio e causou o adiamento da partida. A Cabense vencia o jogo por 1 a 0, mas, como ainda não tinha passado dos 30 minutos iniciais, a partida precisaria ser remarcada e reiniciada do primeiro minuto, com o placar zerado.

O presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, marcou a partida para o dia seguinte, mas a Cabense não compareceu. A equipe afirmou que o problema foi causado pela ausência de manutenção das instalações por parte do Carcará, o que daria os pontos automaticamente para o Azulão, pois os sertanejos descumpririam o regulamento da competição, que obriga o mandante a manter o local da partida. A Celpe confirmou no dia seguinte que o problema foi causado por um problema na instalação do estádio.

Mesmo assim a Federação declarou o Salgueiro vencedor da partida pelo placar de 1 a 0. Na última terça-feira, o Tribunal de Justiça Desportiva declarou a Cabense vencedora do jogo pelo mesmo resultado. Agora a decisão vai para o STJD, no Rio de Janeiro, já que a Federação já avisou que vai recorrer.

O exato minuto que deu “pane” no estádio, 29 minutos, se fosse no 30º minuto do “problema técnico” ter ocorrido, o jogo era dado por encerrado e vencido pela Cabense. E olhe que o dono do estádio tem que ter eletricista, gerador, enfim, todo o necessário para a continuação do espetáculo, é sua responsabilidade até porque quem pagou tem direitos a serem respeitados (note, que nem FPF, ou Tribunal falaram disso) do Estatuto do Torcedor onde foi o maior prejudicado.

Não estou vendo nenhum órgão de Defesa de Consumidor falando que alguém tem que devolver o dinheiro e pagar indenizações aos que se sentirem frustrados, roubados e achincalhados. Quem saiu de seu trabalho para ir ao estádio, e até quem viajou? Ou quem tirou licença para comercializar algum produto durante o jogo, e sai por ai os desmandos. Enfim, o torcedor é apenas “povo”, é somente a escória, o babaca que acredita e gosta de futebol.


O TEATRO DO REI.

A certeza de que Carlos Alberto Oliveira permaneceria à frente da FPF existia desde o primeiro ´sussurro` da possibilidade de sua renúncia. Restava compreender o objetivo do factoide, inicialmente disseminado por dirigentes de clubes do interior. Aliados seus, diga-se. Respirem os acontecimentos. Oliveira foi dormir afrontado pela Justiça Desportiva local. Acordou com a necessidade de demonstrar autoridade. Que continuava mandando no Campeonato Pernambucano. Contactou aliados. Encenou o seu teatro. E terminou o dia aplaudido por sua claque. Um rei e a necessidade de demonstrar a sua força.

A interpretação é embasada no perfil antidemocrático de Oliveira, bem conhecido por quem teve contato com o futebol pernambucano nos últimos 16 anos. Presidente eternizado no poder, que tem orgulho de levantar a voz para declarar-se dono do futebol de um estado, acostumado a impor a sua vontade às leis e regulamentos. Orgulho de encerrar seus atos unilaterais com uma sentença simples, desafiadora. ´Eu não disse que faria?`Desta vez, no entanto, ele não fez. Não renunciou. E a razão é simples: em momento algum de ontem Carlos Alberto Oliveira anunciou a sua intenção de deixar a presidência da FPF.

Os comentários de sua renúncia partiram de bocas alheias, distantes da sede da entidade. A 720 quilômetros, 681, 511. Tanto que, ao ser questionado pelo Superesportes, pela manhã, Oliveira recusou-se a comentar o assunto. Limitou-se a anunciar uma entrevista coletiva às 16h30. Conseguira mudar o foco. Fez-se de vítima.

Sem sentido. Afinal, nada há de absurdo na iniciativa da Cabense lutar por um direito que acredita possuir nem na decisão do TJD. Aliás, para Carlos Alberto, existe. Trata-se de uma decisão embasada no regulamento da competição, elaborado sob a sua batuta. Uma intromissão de um órgão julgador numa questão na qual é competente, mas que já havia sido decidida pela Federação. Esta não como instituição. Como pessoa.

Iniciativa e decisão que em nenhum momento retiraram a autoridade da FPF.

Fortaleceram a democracia, ao contrário. Regime, aliás, também à disposição do Salgueiro, grande prejudicado do julgamento. O Carcará poderia recorrer, como, inclusive, anunciou que vai fazer a FPF. Tentar reverter a situação na Justiça. Mas isso não era suficiente. Era preciso vencer a qualquer custo. A qualquer preço. E, mais uma vez, o futebol pernambucano saiu de campo derrotado.

"Eu não queria continuar, mas o clubes me deram um xeque-mate e tive que permanecer` falou Carlos Alberto Oliveira, presidente da Federação Pernambucana de Futebol.

ATÉ TÚ SPORT!

Enquanto alguns torcedores pernambucanos pensavam que, depois de 16 anos, o mando da FPF iria mudar de dono, os clubes se articulavam nos bastidores para seguir à risca o enredo montado para o ´Dia do Fico` de Carlos Alberto Oliveira. Após vários telefonemas durante todo o dia, no fim da tarde, aos poucos, os representantes iam chegando à sede da entidade. Todos para assinar um documento pedindo a permanência de Carlos Alberto Oliveira. Os argumentos foram os mais diversos possíveis.

Até mesmo o Sport, único clube que ainda tinha coragem de discordar do presidente da FPF, assinou o documento. O Leão, inclusive, foi o mais enfático nas declarações. Após entrar na sala onde se realizava uma reunião dos funcionários com Carlos Alberto para pedir a sua permanência, o representante rubro-negro na instituição, Fred Domingos, confirmou que o clube está ao lado do presidente. ´Entendemos a opção dele, mas mostramos o quanto é importante a sua permanência. Ele perdeu uma batalha (contra o TJD), mas não a guerra. Ainda pode e vai recorrer. Se ele saísse, o Sport e o Náutico não entrariam mais em campo e a competição pararia`, afirmou.

Além dos clubes, Carlos Alberto Oliveira também teria recebido algumas ligações de representantes da Rede Globo, dona dos direitos de transmissão do PE2011, do governo do estado e da Coca-Cola. Nenhuma das três se manifestou oficialmente sobre o caso.

RISADA COMO RESPOSTA.

O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco (TJD), Etério Ramos Galvão, não quis polemizar as declarações de Carlos Alberto Oliveira e preferiu silenciar diante das acusações do cartola. Quando questionado sobre qual seria a posição do TJD perante a acusação do presidente da FPF, que afirmou que o tribunal teria tido uma conduta incorreta e por isso abriu um precedente perigoso para o resto do Estadual, Etério se limitou a rir.

Quanto ao fato de a FPF decidir recorrer no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para tentar reverter a situação em favor da Cabense, Etério mais uma vez não quis se pronunciar, mas lembrou que no julgamento realizado na última quarta-feira no TJD, dois auditores pediram para o Salgueiro perder não apenas os pontos como também dois mandos de campo. O pedido não foi aceito pela maioria e por isso o Carcará continua no Cornélio de Barros. O problema é que no STJD a questão pode ser votada novamente. E o time sertanejo perder.

Para aumentar ainda mais o problema com o tribunal, Carlos Alberto Oliveira indicou o nome de Gil Teobaldo para ocupar o cargo de auditor do TJD. A indicação é uma afronta direta a Etério Galvão, que tem problemas de relacionamento com Teobaldo.

Resta saber se o advogado pode assumir, pois teve dois mandatos seguidos e, de acordo com a lei, não pode ficar para um terceiro. Além disso, ele precisa ser nomeado pelo presidente do TJD. Mais um embate entre as instituições?

Então a única saída para o “futebol Pernambucano”, que se diz profissional, é formar sua própria Liga de Justiça, seu próprio Clubes dos 13, fundar sua onipotente Federação, aliás, isto já tem, e seus clubes amadores que se dizem profissionais, porque de resto, tudo é mesmo um conto da Carochinha.

Fonte: Diário de Pernambuco. Comentários de: Marcel Tito, André Albuquerque, A.A. e Roberto Queiroz de Andrade.
Tradução: Roberto Queiroz de Andrade. Foto: Divulgação.

Cabense and Salgueiro in they first game in the first round of the championship Pernambucano in Cornelius de Barros, when, at 29 minutes, there was a power outage at the stadium and caused the postponement of the match. The Cabense won the game by 1-0, but as yet had not spent the first 30 minutes, the match would have to be rescheduled and resumed from the first minute with the score reset.

The president of the Federation of Football of Pernambuco (FPF), Carlos Alberto Oliveira, mark other game for the next day, but Cabense not attend. The team said the problem was caused by lack of maintenance of the facilities by the Carcara (SalgueiroEC), which would give the points automatically to the Bluebird, because the country people disrespect the rules of the competition, which forces the client to keep the place of departure.

The Celpe (energy supply company) confirmed the next day that the problem was caused by a problem installing the stadium. Still, the Federation declared the winner of Salgueiro by the score 1-0. On Tuesday, the Court of Sports Justice declared the winner of the game was Cabense for the same result. Now the decision goes to the STJD, in Rio de Janeiro, since the Federation has said he will appeal.

The exact minute that gave "crash" at the stadium, was 29 minutes, if it was in the 30th minute "technical problem" has occurred, the game was closed and won by Cabense. And look who the owner of the stadium has to have an electrician, generator, in site, and make everything necessary for the continuation of the show, it is your responsibility because those who have paid for have rights to be respected (note that neither FPF, or the Court spoke of it) of Fan Statute (Codigo de Defesa do Consumidor ) which was the worst off.

I'm not seeing any body Consumer Defense saying that someone has to pay back the money and pay reparations to those who feel frustrated, robbed and made fools of. Who left his job to go to the stadium, and even those who travel? Or who took license to sell any product during the game, and leaves around the excesses. Anyway, the fan is just "people" is only the scum, the jerk who believes and loves football/soccer.


THE THEATRE OF THE KING.

The certainty that Carlos Alberto Oliveira stay ahead of the FPF had existed since the first 'whisper' of the possibility of his resignation. It remained to realize the goal of factoid, initially spread by club officials in the interior. Its allies, it is said. Breathe events. Oliveira was opposed by the Sports Justice sleeping place. Agreed with the need to demonstrate authority. What kept sending Pernambucano Championship. Contacted allies. He staged his theater. It ended the day applauded for his cheerleader. A king and the need to demonstrate their strength.

The interpretation is based on the profile of undemocratic Oliveira, well known to those who had contact with football Pernambucano in the last 16 years.

President immortalized in power, who is proud to raise our voices to declare himself owner of a football state, owner of the truth, accustomed to impose its will on the laws and regulations. Proud to terminate its unilateral acts with a simple sentence, challenging. 'I would not say that? `This time, however, he did not. Not resigned. And the reason is simple: At no time yesterday Carlos Alberto Oliveira announced his intention to leave the presidency of the FPF.

The comments of his resignation left mouths of others, far away from the body. The 720, 681, 511km of distance. So much so that, when asked by Superesportes from Diario Newspaper at morning, Oliver refused to comment on the matter. It merely announces a news conference at 16.30. Managed to shift the focus. He became a victim.

Meaningless. After all, there is nothing absurd in the initiative of Cabense fight for a right that believes it has or decision of TJD. Incidentally, for Carlos Alberto, exists. This is a decision based on competition rules, prepared under his baton.

An intrusion of a court judge in a matter in which it is competent, but had already been decided by the Federation. This is not as an institution. As a person.

Initiative and decision that at no time withdrawn the authority of FPF.

Strengthened democracy instead. Regime, moreover, also available from Salgueiro EC, biggest Loser of the trial. Carcara could use as an inclusive, announced it will make the FPF. Try reversing the situation in court. But that was not enough. It was necessary to win at all costs. At any price. And once again, football Pernambuco left the field beaten.

"I did not want to continue, but the club gave me a checkmate and had to stay 'said Carlos Alberto Oliveira, president of the Federation of Pernambuco Football.

EVEN YOU SPORT!

While some supporters of Pernambuco thought that after 16 years the behest of Federation of Football of Pernambuco would change ownership, the clubs were articulated in the wings to stick to the plot set for 'Day of the `”I'm staying” Carlos Alberto Oliveira. After several phone calls throughout the day, late afternoon, little by little, the representatives were arriving to the headquarters.

Everyone to sign a document requesting the stay of Carlos Alberto Oliveira. The arguments were as different as possible.

Even the Sport, the only club that still had the courage to disagree with the president of FPF, signed the document. The Lion, inclusive, was most emphatic in their declaration. After entering the room where he was in a meeting of officials to ask for Carlos Alberto to stay in, the red-black representative in the institution, Fred Domingo, confirmed that the club is next to the president. 'We see the option anywhere, but do show how important it is to stay. He lost a battle (against TJD), but not the war. Still can and will appeal. If he left, the Sport and Nautico not enter more competition in the field and stop, 'he said.

Besides the clubs, Carlos Alberto Oliveira has also received some calls from representatives of Rede Globo, which owns the broadcast rights to the PE2011, the state government and Coca-Cola. None of the three have officially expressed about the case.

LAUGHTER AS A RESPONSE.

The President of the Court of Sports Justice of Pernambuco (TJD), Etério Ramos Galvão, declined arguing the statements of Carlos Alberto Oliveira and preferred silence in the face of accusations of a president. When asked what the position of TJD before the indictment of the president of the Federation, who said the court would have had misconduct and so he opened a dangerous precedent for the rest of the state, Mr. Etério merely laughs.

As to why FPF decide to use the Superior Tribunal of Sports Justice (STJD) to try to turn the tide in favor of Cabense, Etério again declined comment, but noted that the trial held last Wednesday at TJD, two auditors asked for the Salgueiro not only lose the points but also two games at home field. The request was not accepted by the majority and so remains in the Carcara still plays at the Cornelius de Barros Stadium. The problem is that the STJD the issue can be voted on again. And the team lost backcountry.

To further increase the problem with the court, Carlos Alberto Oliveira has named Gil Theobaldo for the office of auditor of TJD. The statement is a direct affront to Etério Galvao, who has issues with Teobaldo. The question is whether the lawyer may take two terms because he had followed and, according to the law, can not stand for a third. Moreover, it needs to be appointed by the president of TJD. Another clash between the institutions.

So the only way out of "football Pernambucano," exist its that, they have to form is own Justice Tribunal, also they have to form his omnipotent Federation, in fact, it already has that, and his amateur clubs that call themselves professionals, because otherwise, everything is really a fairy tale.

Source: Journal of Pernambuco. Guest: Marcel Titus, Andrew Albuquerque, AA de Andrade and Roberto Queiroz.
Translation: Roberto Queiroz de Andrade. Photo: Publicity.

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