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16 de março de 2012

LEI GERAL DA COPA EXPLICITA FRACASSO DA ARTICULAÇÃO POLITICA DA PRESIDENTE / GENERAL LAW OF THE CUP EXPLICIT FAILURE OF THE JOINT POLICY OF THE PRESID


A fragilidade do diálogo do governo com o Congresso e os descompassos da articulação política da presidente Dilma Rousseff ficaram ainda mais evidentes nos debates que antecederam a tentativa de votação da Lei Geral da Copa. Bastaram 12 horas para a recauchutada articulação política do Planalto de entrar em curto com a base e promover um vaivém em relação à proposta de liberação de venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante os jogos da Copa de 2014.

Na noite de quarta-feira, comandado pelo Palácio, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), novo líder na Câmara, bancou a decisão de que o governo vetaria a liberação de bebidas. Um comando que na manhã de ontem já se tornara letra morta e escancarou uma séria de trapalhadas que começou na Presidência e se estendeu ao Congresso.

O núcleo da confusão envolveu a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e os novos líderes, que buscam um acordo em torno do projeto de Lei Geral da Copa.

As duas ministras garantiram aos líderes da base que o governo não assumira o compromisso com a FIFA de permitir a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, vetada pelo Estatuto do Torcedor. A posição destoou do que já havia sido negociado antes, quando o projeto estava na comissão especial. 'Ficamos perplexos com a nova situação', resumiu o relator do projeto, deputado Vicente Cândido (PT-SP).

O novo líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), fechou um acordo com a base para retirar o artigo do projeto que permitia a bebida. Horas depois, uma reunião de emergência na Casa Civil reverteu a orientação. 'Só chamando neurologista, um psicólogo para entender o que aconteceu', reagiu o relator.

O ministro Aldo Rebelo confirmou o compromisso brasileiro com a FIFA. Perante o novo entendimento, o relator confirmou, ontem, que manterá no texto a permissão para a venda de bebidas. 'Foi uma trapalhada', disse, após ter ouvido a ministra Gleisi admitir que fora 'induzida' ao erro por assessores.

Fracasso. O Planalto reconheceu que não passou pelo primeiro teste de sua liderança com a questão da votação da Lei Geral da Copa. 'A Casa Civil entendeu tudo errado, achou que poderia mudar este artigo da lei e isso não é possível porque a venda de bebidas faz parte do acerto da FIFA com o Brasil', disse ao Estado um interlocutor de Dilma.

O episódio se soma ao tropeço do início da semana, quando a presidente destituiu os líderes do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), surpreendendo toda a base.

Logo cedo, Dilma mandou o erro ser imediatamente corrigido. 'Contrato é contrato, tem de ser respeitado. Não há o que negociar nisso. A venda de bebidas estava explícita e o Brasil concordou', disse outro interlocutor.

A presidente rechaçou ainda a existência de crise na base. 'Crise, que crise?', desabafou, em conversa com auxiliares, acrescentando que ela tem o direito de mudar os líderes para oxigenar a relação com o Congresso.

Ontem à tarde, Aldo, em nota, esclareceu que 'não existem nem existirão restrições legais ou proibições sobre a venda, publicidade ou distribuição de produtos das afiliadas comerciais, inclusive alimentos e bebidas, nos estádios'. Nesse vaivém, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), admitiu a dificuldade de liquidar a votação do projeto na próxima semana.

Vemos um desencontro de pessoas ditas como “entendidas” e que são Ministros, mostrando que enquanto tivermos estas pessoas em cargos que pedem “profissionais”, as coisas andam para trás ou no máximo em círculos. E quem perde é o País que deixa uma amostra de incompetência.

Realmente as coisas estão deixando muito a desejar e não acredito mais que teremos a copa que pensava, em organização e planejamento. É uma pena.

Por DENISE MADUEÑO, TÂNIA MONTEIRO / BRASÍLIA, estadao.com.br. Foto: Divulgação.

Comentário: Roberto Queiroz. Tradução: Roberto Queiroz e Roberto Queiroz Junior.

The weakness of the government's dialogue with Congress and the drift of political articulation of President Dilma Rousseff became even more evident in the debates that preceded the attempted vote of the General Law of the tournament. It took 12 hours for the revamped political articulation of the government is short with the base and promotes a big confusion on the proposed release for sale of alcoholic beverages in stadiums during the World Cup matches in 2014.

On the evening of Wednesday, led by the Palace, Mr Arlindo Chinaglia (PT-SP), the new leader in the House, financed the decision that the government would veto the release of drinks. A command that yesterday morning had become a dead letter and opened a series of blunders that began in the Presidency and Congress extended.

The core of the confusion involved the Chief of Staff, Gleisi Hoffmann, Minister of Institutional Relations, Ideli Salvatti, the sports minister, Aldo Rebelo, and the new leaders, who seek an agreement on the draft General Law Cup.

The two ministers assured the leaders of the base that the government not had assumed the commitment to FIFA to allow the sale of alcohol in stadiums, Fan vetoed by the Statute. The position disagreed when compared with what had been negotiated before, when the project was on the special committee. 'We were surprised with the new situation', summed up the reporter of the project, Mr Vicente Candido (PT-SP).

The new government leader, Arlindo Chinaglia (PT-SP), signed an agreement with the basis for removing the article from the project that allowed the drink. Hours later, an emergency meeting in the Civil reversed orientation. "Just calling a neurologist, a psychologist to understand what happened," responded the reporter.

The minister Aldo Rebelo confirmed the Brazilian has the commitment to FIFA. Given the new understanding, the rapporteur confirmed yesterday that will keep the text permission for the sale of alcohol. 'It was a mess, "he said, after hearing the minister Gleisi admission he was' induced' into error by her assistants.

So, the mess was on. And the government acknowledged that he don’t passed in the first test of his leadership over the issue of vote of the General Law of the tournament. 'The Civil House got it wrong, thought this article would change the law and it is not possible because the sale of alcohol is part of the deal with Brazil FIFA, "said one caller to the State of Dilma.

The episode adds to the stumbling earlier this week when the president dismissed the government leaders in the House, Candido Vaccarezza (PT-SP), and the Senate, Romero Juca (PMDB-RR), surprising the entire base.

Early on, Dilma sent the error to be corrected immediately. 'Agreement is agreement and the contract, must be respected. There is nothing to negotiate about it. The sale of alcoholic beverages was explicitly agreed and Brazil, "said another caller.

The President also rejected the existence of crisis in the base. “Crisis, what crisis”? She declared, in conversation with aides, adding that she has the right to change leaders to oxygenate the relationship with Congress.

Yesterday afternoon, Aldo, in a footnote, stated that 'does not exist or will exist legal restrictions or prohibitions on the sale, advertising or distribution of products of commercial affiliates, including food and beverages, in stages'. In this shuttle, the mayor, Marco Maia (PT-RS), admitted the difficulty of settling the vote on the bill next week.

We see a mismatch of people said as "understood" at ministers positions and they are showing that while we have these people in jobs that require "professional", things go back or up in circles. And who loses is the country which leaves a sample of incompetence.

Things are really leaving much to be desired and we no longer believe that he thought the crown, in organization and planning. It's a shame.

By DENISE Madueño, TÂNIA MONTEIRO / BRASILIA, estadao.com.br. Photo: Disclosure.
Comment: Roberto Queiroz. Translation: Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior.

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