O
lateral-direito Daniel Alves ficou fora da primeira lista de convocados de
Dunga, o novo técnico da seleção brasileira. E, ao ser questionado sobre o
assunto nesta quinta-feira, durante entrevista coletiva no Barcelona,
aproveitou para fazer um desabafo.
O
alvo não foi o atual treinador, mas a gestão anterior, de Luiz Felipe Scolari e
Carlos Alberto Parreira, além do planejamento de todo o futebol do país,
sobretudo da seleção.
"Não
me incomoda [fica fora da lista], porque depois de uma Copa do Mundo sempre se
buscam os maus, os culpados, e eu me coloco na linha de frente. Eu sou assim, e
às vezes isso é bom, às vezes é ruim... Mas não se pode competir com a
imprensa", disse o jogador, antes de falar da antiga comissão técnica.
"Primeiro
disseram que eu iria jogar, depois me tiraram... Não entendi. Mas tenho que
estar preparado para aceitar o bom e o mau. Nosso time não foi bem preparado e
encontramos uma equipe que trabalhou bem, que nos deu uma lição do que se deve
fazer, uma equipe que tem 6 anos na mesma base", afirmou o lateral,
elogiando a seleção alemã.
E
foi justamente ao falar da derrota por 7 a 1 na semifinal que Daniel foi ainda
mais duro. "Nós não tínhamos tanto trabalho assim, começamos com ideias
diferentes. No fim, levamos 7, mas poderíamos ter levado 10. Se aprendermos a
lição, poderemos competir nas próximas vezes; se não aprendermos, podemos levar
7 outra vez".
Daniel
começou como titular na Copa do Mundo, mas perdeu espaço ao longo da competição
- a partir das quartas de final, Maicon passou a ser escalado na
lateral-direita. Na primeira lista de Dunga, o lateral da Roma foi mantido e
teve a companhia de Danilo, do Porto.
Disso
não tenho dúvidas, o Brasil deve começar a pensar com um planejamento sério ou
vamos perder tudo o que se conquistou nos últimos 50 anos no futebol. Estamos
caminhando para uma desmoralização completa no que concerne a transparência e
decência na organização do futebol brasileiro.
Comentário:
Roberto Queiroz.
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