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21 de agosto de 2014

Daniel Alves detona seleção e avisa: 'Se não aprender, leva 7 de novo'


O lateral-direito Daniel Alves ficou fora da primeira lista de convocados de Dunga, o novo técnico da seleção brasileira. E, ao ser questionado sobre o assunto nesta quinta-feira, durante entrevista coletiva no Barcelona, aproveitou para fazer um desabafo.

O alvo não foi o atual treinador, mas a gestão anterior, de Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira, além do planejamento de todo o futebol do país, sobretudo da seleção.

"Não me incomoda [fica fora da lista], porque depois de uma Copa do Mundo sempre se buscam os maus, os culpados, e eu me coloco na linha de frente. Eu sou assim, e às vezes isso é bom, às vezes é ruim... Mas não se pode competir com a imprensa", disse o jogador, antes de falar da antiga comissão técnica.

"Primeiro disseram que eu iria jogar, depois me tiraram... Não entendi. Mas tenho que estar preparado para aceitar o bom e o mau. Nosso time não foi bem preparado e encontramos uma equipe que trabalhou bem, que nos deu uma lição do que se deve fazer, uma equipe que tem 6 anos na mesma base", afirmou o lateral, elogiando a seleção alemã.

E foi justamente ao falar da derrota por 7 a 1 na semifinal que Daniel foi ainda mais duro. "Nós não tínhamos tanto trabalho assim, começamos com ideias diferentes. No fim, levamos 7, mas poderíamos ter levado 10. Se aprendermos a lição, poderemos competir nas próximas vezes; se não aprendermos, podemos levar 7 outra vez".

Daniel começou como titular na Copa do Mundo, mas perdeu espaço ao longo da competição - a partir das quartas de final, Maicon passou a ser escalado na lateral-direita. Na primeira lista de Dunga, o lateral da Roma foi mantido e teve a companhia de Danilo, do Porto.

Disso não tenho dúvidas, o Brasil deve começar a pensar com um planejamento sério ou vamos perder tudo o que se conquistou nos últimos 50 anos no futebol. Estamos caminhando para uma desmoralização completa no que concerne a transparência e decência na organização do futebol brasileiro.


Comentário: Roberto Queiroz. 

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