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24 de setembro de 2014

Em GO, jovens são retirados de alojamento em estado deplorável e que pagavam para ficar


Na última terça-feira, fiscais do Ministério do Trabalho flagraram cerca de 30 jogadores menores de 18 anos em situação considerada deplorável no alojamento do time de futebol de Santa Bárbara de Goiás, a 60 km de Goiânia, noticiou a TV Anhanguera.

A operação aconteceu depois de uma denúncia ser feita na Secretaria de Tráfico de Pessoas. Uma equipe formada por agentes do Ministério Público do Trabalho, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, do Conselho Tutelar e da Polícia Rodoviária Federal foi até o local e fez o resgate dos adolescentes, que retornaram às suas casas.

"Nós chegamos e vimos uma situação degradante. Muitos jovens no mesmo quarto, confinados, dormindo no chão com colchões de fina espessura e sujos", afirmou a auditora fiscal do Trabalho Katleen Lima. Os jovens são de diferentes estados brasileiros.

"As roupas de cama estavam em situação lastimável e os pertences dos atletas eram guardados no meio do quarto, pois não há armários. Os banheiros também apresentam péssimas condições e em número muito menor do que o necessário para a quantidade de pessoas. Também percebemos que não havia nenhuma mesa no estabelecimento para que eles pudessem estudar, fazer refeições. Então não tinha a mínima condição de dignidade", explicou.

O procurador Tiago Rainieri de Oliveira denunciou que os atletas não recebiam nenhum valor para treinar no clube e ainda precisavam pagar para permanecer no local. "Os adolescentes, menores de 18 anos, precisam de um contrato e formação profissional, mesmo sendo time amador, e receber uma bolsa por isso. Mas o que vimos aqui foi o inverso, pois, além de não existir esse contrato, os menores pagavam cerca de R$ 400 por mês para permanecer nesse alojamento precário", garantiu.

O diretor de futebol do Santa Bárbara Futebol Clube, Manoel de Matos, estava no local e se defendeu. "As condições eram as que a gente podia oferecer. A gente não tinha orientação do procedimento, das orientações do Ministério do Trabalho. Aí era o que a gente podia oferecer no momento", declarou o dirigente.

Infelizmente esta situação não é única do Goiás ou deste clube, temos aos montes por todo o Brasil, basta querer fiscalizar. Mas, infelizmente ouvirão as mesmas palavras deste "diretor" (não sei de que), explicando que não sabe/sabia de nada, temos muitos analfabetos, é certo, mais, espertalhões  temos muito mais, certamente e o que é pior, no futebol profissional também.

O Brasil é uma zorra total, não tem CBF ou FIFA que mudem.

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