O Corinthians deu um jeito e arrumou até um jatinho particular para levar Gil e Elias de São Paulo para Minas Gerais, para que chegassem a tempo da decisão dessa quarta-feira, quando a equipe paulista foi derrotada por 4 a 1 pelo Atlético-MG e eliminada da Copa do Brasil. A dupla da seleção brasileira, que viajou cerca de 30 horas após as partidas na China e em Cingapura, acabou ficando no banco de reservas, enquanto Diego Tardelli, na mesma situação dos dois, entrou jogando e só foi substituído no meio do segundo tempo. O técnico Mano Menezes não explicou a decisão de deixá-los de fora.
Logo após o fim do duelo, em coletiva de imprensa, o treinador foi mais de uma vez perguntado sobre o assunto. A resposta, no entanto, não apareceu com clareza.
"São situações diferentes para cada atleta. Tardelli saiu com 20 minutos (do segundo tempo, da partida da seleção contra o Japão), como atacante pode dosar mais, ele é mais leve, transporta menos, desgasta menos, e teve uma viagem mais tranquila. Elias não consegiuiu dormir, Gil é mais pesado por ser zagueiro. Conversarmos com os dois atletas e decidimos que usaríamos na segunda parte (do jogo no Mineirão) se necessário. Não perdemos por causa de um ou outro jogador, deixamos a desejar como equipe, perdemos como equipe", disse Mano.
"A decisão partiu de uma conversa com eles e com toda a comissão técnica", se restringiu a dizer, quando perguntado se os jogadores haviam pedido para começarem em campo, independentemente da viagem.
A resposta gerou interpretações diversas.
De um lado, houve o entendimento de que Mano estaria evitando expor os dois atletas, sem querer revelar um pedido deles para não começarem a partida, por exemplo. Do outro, no entanto, a visão foi de que o técnico tentou se blindar desta forma, não assumindo a responsabilidade completa por não ter colocado ambos como titulares - Elias jogou os minutos finais do segundo tempo.
Conselheiros, que já se falavam depois do jogo por mensagens e telefone, tentarão entender se foi o técnico quem fez a escolha para segurar os dois atletas. Eles querem saber se foi o treinador por não considerarem justo o fato de o clube ter se esforçado para levar a dupla ao estádio e os jogadores não terem sido utilizados.
Não há a informação, no entanto, se o Corinthians pagou pelo jatinho ou se pegou emprestado com alguém ligado ao time.
Vejam o que acontece no futebol brasileiro, os clubes estão falimentares, o técnico tem salário astronômico, os jogadores iden, e os dirigentes "amadores", querem aparecer mais que o ego do técnico e resultado, mais um fracasso. Isto é o nosso futebol.
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