Não passou despercebida pelos dirigentes a acusação de suposta injustiça no sistema de mata-matas em reunião da comissão de clubes na CBF, na última segunda-feira. A princípio, se não podem amenizar o prejuízo técnico, eles surgem com outro caminho para diminuir a resistência à mudança na fórmula do Brasileiro: uma premiação financeira ao melhor colocado na fase de pontos corridos do campeonato.
A discussão ainda é inicial e deve ser aprofundada em novo encontro, no próximo dia 8 de abril, também no Rio de Janeiro.
Essa seria uma alternativa para compensar uma eventual eliminação prematura do primeiro colocado antes da final, por exemplo.
O assunto foi colocado na mesa a partir de apresentação de proposta de modo de disputa do presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr..
Bolzan não se mostra contrário à manutenção do atual modelo com turno e returno, mas defende a classificação ao fim da fase de pontos corridos dos quatro melhores para as semifinais em confrontos de ida e volta e posteriormente com os dois vencedores avançando para a decisão do Brasileiro.
"Ficamos de voltar a conversar sobre isso no dia 8 de abril. Estamos trabalhando em propostas que consideram uma premiação que compense toda a disputa. Essa é uma preocupação que carregamos e estamos pensando em uma compensação financeira ao melhor colocado na fase de pontos corridos", afirma o presidente do Santos, Modesto Roma, ao ESPN.com.br.
"Ainda não refleti profundamente sobre isso, mas não é uma questão de amenizar ou não uma possível injustiça. Quando o regulamento é igual para todos e definido antes do campeonato, esse argumento inexiste", prossegue.
A expectativa é de que a fórmula do Grêmio sofra mudanças para que seja levada adiante.
"Ela foi colocada em discussão e devemos seguir conversando desde que haja alterações. Alguns levantaram o ponto da injustiça com as equipes de maior pontuação e que elas poderiam ter de repente uma premiação para o quadrangular final. Esses pontos estão sendo todos estudados para amenizar qualquer prejuízo e manter a motivação no campeonato", completa o mandatário do Coritiba, Rogério Bacellar.
A reunião contou com a presença do diretor financeiro da CBF, Rogério Caboclo, e do gerente de competições, Manoel Flores.
A comissão de clubes é formada por Atlético-MG, Atlético-PR, Coritiba, Flamengo, Grêmio, Santos, Sport e Vasco.
Sei não, isso está me parecendo mais uma atitude dos 8 ou 10 grandes clubes para que estejam sempre levando vantagem. Até parece que se esquece a diferença dos orçamentos de cada clube grande em relação aos intermediários (Bahia, Vitória, Sport Recife, Náutico), e ou emergentes, (clubes do Paraná, e alguns Nordestinos, que parecem mais sanfonas, sobem e descem a sabor da correnteza), mas, mesmo assim, com uma massa de torcedores expressiva (Ceará, Fortaleza, Paysandú, Remo, América de Natal, Santa Cruz), etc..
Com este sistema de "mata mata", serão os mesmos de sempre que chegarão nas finais (e que devem receber uma ajuda substancial - ainda por cima, mesmo com um orçamento de fazer inveja aos intermediários e emergentes), e os mesmos que nos últimos anos são os campeões. Aliás, falando nisso, não vi estádio vazio nos jogos do Cruzeiro (bi-campeão, com os pés nas costas), vi foi muita incompetência dos outros que ficam dormindo em berço esplendido, com esta dormência de contratar e olhar jogadores (um executivo de futebol destes clubes, trata mais de uma gerência do que fazer seu serviço que é scouting/procurar atletas), basta trabalhar nisto (como eu), que se sabe como é difícil ter uma ligação atendida ou um retorno de e-mail destes "executivos de futebol", no máximo eles tem seus próprios contatos (pois foram jogadores - a maioria), e se limitam a isso, e quando se trata de avaliação de um jogador com potencial, aí sim, tem que gastar e convidar para almoçar.
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