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25 de maio de 2015

Reunião decidirá se Luxemburgo será demitido do Flamengo


Há dez meses no cargo de técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo nunca esteve tão perto da demissão. Os maus resultados e as fracas atuações da equipe, não só no Campeonato Brasileiro, mas no ano inteiro; fazem o treinador perder força. Reunião entre integrantes da diretoria definirá se ele seguirá à frente do elenco. As chances de demissão cresceram, obviamente, nas últimas semanas.

Além do fraco futebol da equipe, para setores do clube Vanderlei voltou a falar demais. O treinador gosta de se envolver em temas diversos e utiliza suas entrevistas para abordar assuntos além das quatro linhas, o que gera insatisfação. 
Por isso, quando contratado, foi dito a ele que seria apenas técnico de futebol, sem maiores poderes. Essa idéia foi reforçada quando formalizaram a permanência do treinador, na virada do ano. O clube contratou o treinador, não o "manager" que ele gostaria de ser.
Não ha apego por sua permanência, tanto que quando o São Paulo o procurou, foi informado que a chance de qualquer aumento para segurá-lo era zero. E se quisesse ir embora, bastaria pagar a multa. Após o empate com o Sport a avaliação interna sobre o trabalho de Luxemburgo piorou, com o time marcando mal e se mostrando incapaz de explorar seu maior potencial, o contra-ataque. Quem esperava novidade tática se decepcionou e irritação cresceu.
A paciência da diretoria com Luxemburgo depende da ala. Pela mais radical ele sequer teria começado o ano, é visto por esses como "técnico de curta duração, pouco confiável para um projeto mais longo". Se, por exemplo, o ex-vice-presidente de marketing Luiz Eduardo Baptista, o BAP, ainda estivesse no grupo, as chances de já ter deixado o clube seria maiores. Ele seria um dos que mais pressionaria pela demissão.
Também há a ala mais moderada, da qual fazem parte o presidente Eduardo Bandeira de Mello e o vice de futebol, Alexandre Wrobel. Tal grupo considerava Vanderlei a melhor opção no momento da renovação de contrato. Mas essas pessoas também estão perdendo a paciência com o técnico.
Caso caia, Jayme de Almeida assumiria, mas apenas como interino. Hoje não há chance de que o efetivem como treinador. O acordo é para atuar como auxiliar, mas sua presença significa a existência de alguém para dirigir o time por algumas partidas se for necessário. Os cartolas acham que sua efetivação após ganhar a Copa do Brasil 2013 foi um erro, que levou a outro, a contratação de Ney Franco.
Já após o empate com o Sport, uma das avaliações internas era de que contratar dois ou três jogadores não resolveria o problema atual se o time, na "zona da confusão". jogar mais vezes da mesma maneira. Tal ideia se reforçou após a derrota para o Avaí. A proximidade do jogo com o Náutico, quarta-feira, e o clássico com o Fluminense, domingo, podem proporcionar a Luxemburgo mais tempo para uma tentativa de recuperação. O grande risco, para ele, é sequer chegar até lá no cargo.
Esta é a pratica dos nossos dirigentes, qualquer tropeço, e o técnico é mandado embora. Infelizmente eles não tem tempo nem para olhar as máximas do futebol e muito menos os prejuízos que os clubes sofrem com estas demissões ou trocas sem embasamento concreto que é ou seria a solução esta medida, no minimo, tempestuosa. 

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