- Apesar das seguidas denúncias de corrupção que vêm atingindo a cúpula da FIFA, o presidente Joseph Blatter negou nesta segunda-feira que a entidade responsável pelo futebol mundial esteja em crise. O dirigente deverá confirmar seu quarto mandato à frente da FIFA na eleição desta quarta, depois da desistência do seu único concorrente, o catariano Mohamed bin Hammam.
'Crise? Que crise? O futebol não está em crise. Nós não estamos em crise, estamos apenas passando por algumas dificuldades que serão resolvidas - e serão resolvidas dentro desta família', declarou o presidente da FIFA, que admitiu o 'grande prejuízo' causado à entidade pelas últimas denúncias.- Em tom ameno, Blatter disse ainda que as Copas do Mundo de 2018 e 2022, na Rússia e no Catar respectivamente, 'não foram manchadas' pelas suspeitas de compra de votos durante o processo eletivo realizado em dezembro do ano passado. Denúncia de um jornal britânico revelou que membros votantes da FIFA receberam propina antes da eleição.As suspeitas de corrupção sobre a escolha do Catar aumentou nesta segunda-feira, com a divulgação de um e-mail no qual o secretário-geral Jerome Valcke, número dois da FIFA, sugeriu que o país 'comprou' o direito de sediar o Mundial de 2022, por intermédio do catariano Mohamed Bin Hammam, ex-candidato à presidência da FIFA. 'Ele pensou que pode comprar a FIFA como eles compraram a WC [Copa do Mundo]', afirmara Valcke.Horas depois, o secretário voltou atrás e disse que foi mal interpretado. Em sua defesa, ele afirmou que usou o verbo 'comprar' para se referir ao alto investimento feito pela candidatura para fazer lobby em nome do Catar.'Quando me referi à Copa do Mundo de 2022, o que quis dizer foi que a candidatura vencedora usou o seu potencial financeiro para angariar apoio e fazer lobby. Eles tinham um orçamento muito grande e se utilizaram disso para promover a candidatura do Catar por todo o mundo de uma maneira muito eficiente', explicou.A divulgação do polêmico e-mail foi feita pelo vice-presidente da FIFA Jack Warner, que fora suspenso no domingo. Presidente da CONCACAF (Confederação de Futebol das Américas do Norte e Central e Caribe), Warner e Mohamed Bin Hammam foram afastados do futebol de forma provisória por conta de uma denúncia de pagamento de propina a membros da Associação Caribenha de Futebol. O suborno asseguraria votos em Bin Hammam no pleito da FIFA.Bin Hammam acabou retirando sua candidatura, mas acusou o próprio Blatter de usar o mesmo expediente para conquistar votos na eleição. Investigado pelo Comitê de Ética da FIFA, o suíço foi absolvido no domingo, por falta de provas. Na mesma audiência, o Comitê suspendeu Bin Hammam e Jack Warner.
Estas decisões causaram irritação de alguns membros da Ásia, que ameaçaram boicotar o congresso que decidirá o futuro presidente da FIFA nesta quarta. Vice-presidente da Confederação Asiática de Futebol, Yousuf al-Serkal criticou a punição a Bin Hammam, seu aliado, e reforçou a revolta contra o desempenho de Blatter à frente da entidade.
RECURSO - Horas depois de Bin Hammam anunciar que tentaria reverter a suspensão imposta no domingo, Jack Warner disse que consultaria um juiz suíço para avaliar a legalidade da punição, embora a FIFA proíba seus membros de obter decisões judiciais fora da esfera esportiva.
PATROCÍNIO - As denúncias envolvendo membros da FIFA poderão causar sérioprejuízos financeiros no futuro. Depois da polêmica sobre o e-mail de Jerome Valcke, a Coca Cola, uma das principais patrocinadoras da FIFA, mostrou preocupação com a imagem da entidade.'As alegações que estão sendo levantadas geram angústia e não são boas para o esporte', divulgou a empresa, em nota. 'Acreditamos que a FIFA resolverá essa situação de uma forma acertada'. Mais cedo, a Adidas, outra patrocinadora da entidade, declarou que as suspeitas 'não são boas para o esporte e nem para a FIFA e seus parceiros'.Infelizmente depois de tudo isto que está acontecendo a FIFA e o futebol nunca serão os mesmos. Sempre deverá pairar uma nebulosidade sob os dirigentes do esporte e infelizmente estamos assistindo a corrupção e o nepotismo tomarem conta do futebol nacionalmente e internacionalmente.Porque o futebol e sua organização estão em crise aqui, na America Latina, na Europa, na Asia, ou seja no mundo todo, so não ver ou não sabe quem não tem nada no futebol ou mesmo quem é cego, surdo e mudo, logicamente e seus diretores que não largam o osso.
Esperemos que os grandes patrocinadores exijam respeito e peçam uma auditoria independente, para que todas estas acusações sejam passadas a limpo e o futebol passe a ter “fair play”, jogo limpo.
Fonte: Reuters e ESPN.COM Foto: Divulgação.
Comentário e Tradução: Roberto Queiroz de Andrade.
Despite followed allegations of corruption that have afflicted the dome FIFA president Joseph Blatter denied on Monday that the entity responsible for the football world is in crisis. The manager must confirm his fourth term ahead of FIFA in the election this Wednesday, after the withdrawal of its only competitor, the Qatari Mohamed bin Hammam.
'Crisis? What crisis? Football is not in crisis. We are not in crisis, we are just going through some difficulties to be resolved - and will be resolved within this family, "said FIFA President, who acknowledged the" great damage "caused by the latest allegations to the entity.Mild in tone, Blatter said that the World Cups of 2018 and 2022, Russia and Qatar respectively, 'were not spotted' on suspicion of buying votes during the election process held in December last year. Complaint from a British newspaper revealed that voting members received bribes from FIFA before the election.Suspicions of corruption on the choice of Qatar rose Monday, with the release of an e-mail in which the secretary-general Jerome Valcke, FIFA's number two, suggested that the country 'bought' the right to host the World 2022, through the Qatari Mohamed Bin Hammam, a former candidate for president of FIFA. 'He thought he could buy FIFA as they bought the WC [World Cup], "said Valcke.Hours later, the secretary came back and said he was misunderstood. In his defense, he said he used the verb 'buy' to refer to the high investment made by application to lobby on behalf of Qatar. 'When I referred to the 2022 World Cup, what I meant was that the winning bid used its potential to raise financial support and lobbying. They had a very large budget and used it to promote the candidacy of Qatar in the entire world in a very efficient way, "he explained.The release of a controversial e-mail was made by FIFA Vice President Jack Warner, who was suspended on Sunday. President of CONCACAF (Confederation of Football in North and Central America and Caribbean), Warner and Mohamed Bin Hammam was away from football for a provisional account of a termination payment of bribes to members of the Caribbean Association Football. Bribery ensures votes in the poll Bin Hammam of FIFA.Bin Hammam ended up withdrawing her candidacy, but Blatter himself accused of using the same policy to win votes in the election. Investigated by the Ethics Committee of FIFA, the Swiss on Sunday was acquitted for lack of evidence. At that hearing, the Committee suspended Bin Hammam and Jack Warner.These decisions have caused irritation of some in Asia, which threatened to boycott the congress which will decide the future president of FIFA on Wednesday. Vice-President of the Asian Football Confederation, Yousuf Al-Serkalem criticized the punishment for bin Hammam, his ally and strengthened the revolt against Blatter's performance ahead of the entity.APPEAL - Hours after announcing he would try to Bin Hammam reverse the suspension imposed on Sunday, Jack Warner said he would consult a Swiss court to assess the legality of the punishment, although FIFA prohibits its members from obtaining judicial decisions outside of sports.SPONSORSHIP - Complaints involving members of FIFA may cause serious financial harm in the future. After the controversy over the e-mail from Jerome Valcke, Coca Cola, a major sponsor of FIFA, expressed concern with the image of the entity. "The allegations are being raised that generate anxiety and not good for the sport," the company said in a statement. 'We believe that FIFA will resolve this situation in a right way'. Earlier, Adidas, sponsor of another entity, said the suspects "are not good for the sport and not for FIFA and its partners'.Unfortunately after all this is happening to FIFA and football aren’t the same. Where should a cloud hovering under the leadership of the sport and unfortunately we are witnessing the corruption and nepotism take account of football nationally and internationally.Because the football and his organization are in crisis here in Latin America, Europe, Asia, or worldwide, so do not see or know someone who has nothing in football or even who is blind, deaf and dumb, of course and its directors of the organization and do not want drop the bone.We hope that the big sponsors demand respect and request an independent audit, so that all these accusations are be cleaned up and pass to the football "fair play".Source: Reuters and ESPN.COM Photo: Publicity.
Commentary and Translation: Roberto Queiroz de Andrade.
2 de junho de 2011
Blatter minimizes complaints and denies crisis at FIFA/Blatter minimiza denúncias e nega crise na FIFA.
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