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29 de dezembro de 2014

VEJAM O QUE ACONTECE EM PERNAMBUCO NOS PRINCIPAIS CLUBES DA CAPITAL.


O Corinthians superou a concorrência de Cruzeiro, Flamengo e Fluminense e acertou nesta segunda-feira a contratação do volante Jonas, de 23 anos e destaque do Sampaio Corrêa-MA na Série B deste ano.
Ele assinará contrato de quatro anos com o clube paulista, que comprou 50% de seus direitos. Pesou na escolha a vontade pessoal do piauiense de Teresina, de 1,80m e 79kg, de jogar na equipe.
"A gente agradece o interesse dos outros clubes, mas a vontade pessoal dele pesou para o acerto com o Corinthians", afirmou ao ESPN.com.br, por telefone, o empresário Eduardo Maluf, da Dut's Marketing Esportivo.
Em outubro, o ESPN.com.br noticiou que quatro dos 12 principais clubes do país estavam na briga pelo atleta, o que o tornava o volante mais desejado do Brasil atuando no país. No mesmo mês, outra notícia exclusiva do ESPN.com.br mostrou que um documento já dava o jogador como atleta do time paulista, mas uma disputa de empresários ameaçava o negócio.  
Oficialmente, Jonas é o segundo reforço do Corinthians para 2015. Além dele, já está fechado o acordo com o atacante colombiano Stiven Mendoza, de 22 anos, que também acertou por quatro temporadas. 
Vejam como é estranho o que acontece no futebol pernambucano. Enquanto os maiores clubes do Brasil (em orçamento e torcida), vem ao Nordeste e Norte, buscar jogadores, os nossos só querem jogadores do sul e Sudeste (de grifes).
Enquanto os times de lá contratam jogadores da Série B e até de outras séries menos poderosas, aqui em nosso futebol, só se enxerga, jogadores da série A, e ou vem por empréstimo (como barriga de aluguel), ou vem sem estarem devidamente amarrados. E aí, instala-se o caos, todo ano é a mesma coisa, tem de fazer um novo time.

QUEM É APAIXONADO POR FUTEBOL, NÃO DEVE DEIXAR DE VER ISTO.

http://www.youtube.com/watch?v=8OkD7jEd6sg#t=13

https://www.youtube.com/watch?v=Hj3K5eR0wU8 ‪#‎RetrospectivaDoLeão‬


Alguns goals que encheram nossa vista em 2014.

Grupo de atletas comandado por Raí detona novo ministro do Esporte: 'Envergonhados'


O grupo "Atletas pelo Brasil", capitaneado por Raí e que conta com nomes como Bernardinho, Cafu, Kaká, Paulo André, Flávio Canto, Fernando Meligeni, Gustavo Borges, Hortência e Rubinho Barrichello, entre muitos outros, em seu "plantel", divulgou nesta segunda-feira um comunicado detonando a escolha do novo ministro do Esporte, George Hilton, pela presidente Dilma Rousseff.
"Infelizmente, há anos, o Ministério do Esporte é usado na barganha política. Não se trata de decidir quem seria a melhor pessoa para ocupar o cargo, mas qual partido o terá de acordo com as alianças e que decidirá a seu bel-prazer quem o representará. Nem mesmo uma familiaridade com o tema é observada, o que traz enormes prejuízos ao esporte e ao país em um setor que está à frente de um enorme investimento com os megaeventos esportivos", escreveu o grupo, sobre a nomeação de Hilton, um radialista, apresentador de TV e teólogo.
Segundo o "Atletas pelo Brasil", Dilma perdeu uma "chance única" para melhorar o esporte no país às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
"Às vésperas das Olimpíadas, a Presidente Dilma abriu mão de uma oportunidade de melhorar a gestão do esporte. Decepcionou todo um setor de atletas, jornalistas, empresários, organizações, trabalhadores e amantes do esporte em geral", disparou a organização.;
"[...] Reiteramos aqui hoje que, como cidadãos e cidadãs brasileiros, nos sentimos envergonhados e desprestigiados, vendo que o esporte no Brasil continua sendo encarado como algo menor", completaram os atletas e ex-esportistas.
Confira o comunicado completo:
Somos uma organização não governamental que trabalha pela melhoria da política esportiva no Brasil. Desde 2009, trabalhamos para influenciar as decisões governamentais a fim de que haja uma legislação mais moderna, uma alocação de recursos mais eficiente, uma melhor gestão e transparência no esporte e para que o País possa pensar no esporte como fator estratégico para o desenvolvimento humano e social com importante impacto na saúde, educação e planejamento urbano.
Como diz nossa missão, queremos "melhorar o esporte para melhorar o País". Acreditamos piamente nisto. Somos uma associação de mais de 60 atletas de relevância para o esporte.
Tivemos, junto com muitos outros, importância no passado, e continuamos tendo no presente. E, muito mais do que isso, queremos ajudar a construir um País com espirito olímpico. Desejamos uma política esportiva (educacional, de participação e de alto rendimento) que nos orgulhe e que mostre um caminho diferente, que aponte para o Esporte que o Brasil merece.
Temos trabalhado na seara política pois acreditamos na participação ativa da sociedade para as mudanças do País. No esporte, só teremos resultados expressivos e de longo prazo caso ele seja administrado com responsabilidade por nossos governantes e legisladores.
Exigimos muito mais respeito e cuidado com tudo que envolve o tema Esporte no Brasil. O que está muito longe de acontecer quando constatamos os critérios, ou a falta deles, que foram usados para a escolha do novo ministro.
Infelizmente, há anos, o Ministério do Esporte é usado na barganha política. Não se trata de decidir quem seria a melhor pessoa para ocupar o cargo, mas qual partido o terá de acordo com as alianças e que decidirá a seu bel-prazer quem o representará. Nem mesmo uma familiaridade com o tema é observada, o que traz enormes prejuízos ao esporte e ao País em um setor que está à frente de um enorme investimento com os megaeventos esportivos.
A nomeação com critério unicamente político, na maior parte das vezes, traz consigo o aumento da ineficiência de gestão, descontinuidade da política, reinício de convencimentos e processos e tudo isso com custo aos cofres públicos.
Às vésperas das Olimpíadas, a Presidente Dilma abriu mão de uma oportunidade de melhorar a gestão do esporte. Decepcionou todo um setor de atletas, jornalistas, empresários, organizações, trabalhadores e amantes do esporte em geral.
E nós, atletas, não podemos mais ser mais usados simplesmente para fotos conjuntas em momentos de vitória nacional. Vamos ser francos, essas conquistas são muitas vezes obtidas a despeito da política esportiva, da legislação e da condução nacional do esporte. E, em alguns casos, encontrando até forças contrárias a dificultar o caminho. Se os governantes querem estar ao lado das vitórias, devem tomar consciência da sua enorme responsabilidade nas derrotas.
Mesmo assim, seguimos em frente pois acreditamos em um País melhor, mas reiteramos aqui hoje que, como cidadãos e cidadãs brasileiros, nos sentimos envergonhados e desprestigiados, vendo que o esporte no Brasil continua sendo encarado como algo menor.
Nós da Atletas pelo Brasil continuaremos prontos para ajudar, contribuir e dialogar com todos que desejam deixar um lindo legado esportivo para o País.
Na realidade isto é uma falta de vergonha, esta atitude da presidenta (fico imensamente envergonhado e triste, pois, fui um dos que votou nela - novamente). Mas, ainda tem tempo de voltar atrás e procurar alguém que possa somar nos esportes, além de impulsiona-lo como os nossos atletas merecem e o proprio Brasil.

14 de dezembro de 2014

Modesto planeja Santos campeão do mundo: 'Não pode ser diferente'

Eleito presidente do Santos FC., com 1.321 votos e repetindo o feito de seu pai, que teve o mesmo cargo entre 1975 e 1978, Modesto Roma pretende inovar, a começar pelo discurso, sem tom de clichê. Perguntado se ter o cargo máximo do seu clube de coração era um sonho, o jornalista de 62 anos, afirma que não, nunca foi uma possibilidade em sua vida, até o telefone tocar, e Marcelo Teixeira, ex-presidente, começar a falar do outro lado da linha.
Seu amigo pessoal, Teixeira, que dirigiu o Peixe de 1991 até 1993 e depois de 1999 até 2009, foi quem fez o convite para Modesto se lançar candidato, e que não foi aceito prontamente.
- Eu dizia para ele que tinha outras pessoas, que poderiam ser melhores do que eu, mas ele me convenceu que eles não tinham nada a mais que eu, afinal, por que não eu? Consultei minha família e resolvi aceitar - conta logo após o pleito na Vila Belmiro, enquanto os militantes da chapa Santos Gigante o aguardavam para celebrar.
Ciente de quem muitos problemas a resolver, já a partir da próxima segunda-feira, data em que pretende se reunir com Odílio para iniciar o período de transição, Modesto deixa de lado a característica que seu nome lembra e externa um de seus principais objetivos: tornar o Santos campeão do mundo novamente, o que não acontece desde 1963.
- Não pode pensar diferente! Temos que pensar e fazer tudo o que for melhor para o Santos vencer e estar onde merece - afirma em alto som.
Uma de suas primeiras decisões, que já havia sido tomada ainda quando candidato, foi em relação ao seu Comitê de Gestão, que já foi definido meses antes do pleito. Além de César Conforti, seu vice, integrarão a primeira diretoria do Peixe com o novo mandatário: José Renato Quaresma, José Macedo Reis, Jorge Corrêa da Costa, Paulo Roberto Dias, Gastone Righi, Rodrigo Marino e Oswaldo Nico Gonçalves.
Esperemos que agora o Santos seja administrado propriamente e que volte a trilhar seus bons tempos de conquistas e de revelações de novos valores na vila. parabéns.

'Robocop' do futebol já fez sete cirurgias e joga com bala alojada a 2 centímetros do coração







"Vivo ou morto, você vem comigo".
Lembra da frase sempre dita por Robocop, um dos mais famosos personagens dos filmes de ficção dos anos 90? Pois ela poderia muito bem ser usada pelo meio-campista Francisco Avani Figueiredo, mais conhecido como Chiquinho, do Santo André.
Aos 25 anos, ele já sofreu uma infinidade de lesões graves e passou por sete cirurgias. Além disso, levou um tiro durante um assalto e por pouco não morreu. Os médicos preferiram não tirar a bala, e, por isso, ele joga com o projétil alojado a 2 cm do coração.
"Rapaz, me chamam de tanta coisa... Chiquinho Bala, Sete Vidas, Duro de Matar, Bruce Willis do ABC, Robocop...", brincou o atleta, em entrevista à Rádio ESPN, antes de lembrar do dia em que foi baleado em um assalto.
"Parei num farol e o cara anunciou o assalto, daí o carro estava engatado e acabou dando um tranco. Ele achou que eu fosse reagir e atirou. A bala entrou na costela e ficou alojada a dois centímetros do coração. Os médicos resolveram não tirar. Eu penso nisso todo dia, agradeço a Deus por ter uma nova oportunidade na vida", contou.
Já as cirurgias foram principalmente no joelho, vitimado por inúmeros rompimentos de ligamentos. A primeira foi em 2005, e aparentemente havia solucionado seu problema. No entanto, a situação foi bem diferente.
Em 2009, ele sofreu uma nova lesão grave e teve que ser operado de novo. Nos últimos cinco anos, machucou-se outras cinco vezes, tendo que passar por cirurgia em todas. Desde 2010, Chiquinho não consegue jogar os 90 minutos de uma partida de futebol.
Seu último procedimento, contudo, parece ter resolvido de vez o problema. Depois de seis meses de recuperação, e o atleta agora quer deixar as lesões no passado e voltar a atuar em 2015.
"Os médicos me passaram que tive um problema de crescimento e um osso cortava o ligamento. Agora, foi feita a raspagem, e está tudo certo. Fiz três meses de recuperação no CT do Corinthians, que tem uma estrutura incrível, e estou pronto para voltar", relatou.
Para aguentar a pressão psicológica de ter que ficar tanto tempo sem jogar, Chiquinho contou com a força da família e também com livros de auto-ajuda. Seu favorito foi escrito pelos norte-americanos Dick e Rick Hoyt, pai e filho que têm uma famosa história de superação.
"Sempre que posso, leio o livro 'Devoção', que conta a história do pai que corre triatlo e maratona empurrando a cadeira de rodas do filho. Mesmo com tudo que passam, sempre levam um sorriso no rosto. Lendo esse livro, eu pensava: 'Vou superar, não vou desistir'", afirmou.
"Amigo" do "Fenômeno" e proposta do São Paulo
Revelado pelo próprio Santo André, clube no qual jogou com Ricardo Goulart, hoje no Cruzeiro e Bola de Ouro do Brasileirão, Chiquinho "Bala" também passou pelas bases de Portuguesa e São Caetano antes de chegar ao "Ramalhão".
Na infância, quando ainda jogava em um projeto social no ABC paulista, conseguiu conhecer um de seus ídolos no esporte: o ex-atacante Ronaldo, o "Fenômeno".
"Eu jogava num projeto na comunidade do Capuava, em Santo André, que era da Inter de Milão, e o padrinho era o Ronaldo 'Fenômeno'. Um dia, ele veio aqui visitar a sede do clube e ver a garotada, eu tinha 9 anos e estava no meio, até tirei uma foto com ele e a turma toda. Foi emocionante, nunca esqueço! Muitos anos depois, ainda pude enfrentar o Ronaldo num Santo André x Corinthians, em 2009", recordou.
2009, inclusive, foi o melhor ano de sua carreira. O meia teve ótimas atuações no Campeonato Paulista e por muito pouco não foi jogar no São Paulo. No entanto, sua grave lesão no joelho acabou fazendo a equipe do Morumbi desistir do negócio.
"Eu recebi uma proposta do São Paulo após o Paulistão, estava quase tudo certo. Eles tinham interesse em mim até eu me contundir", revelou.
No entanto, Chiquinho não se abala com a oportunidade perdida. Com o a cabeça e o joelho no lugar, ele só pensa em voltar a entrar em campo e completar os 90 minutos depois dos cinco longos anos que passou na mesa de cirurgia e nas salas de fisioterapia. Para o ano que vem, garante estar "100% liberado" para jogar a Série A-2 do Paulista com o clube paulista.
"Eu tenho só 25 anos, apesar de tudo o que já aconteceu comigo. Meu sonho é voltar a jogar. Estou conseguindo treinar, e agora quero jogar bem com a camisa do Santo André, para retribuir todo o apoio que o clube a torcida me deram", disse.
Quem sabe um dia o Robocop possa escrever seu próprio livro de auto-ajuda.
Sem sombra de dúvidas, dois grandes exemplos de superação no futebol e na vida, Chiquinho E Ronaldo Fenômeno. Que Deus continue os abençoando.

13 de dezembro de 2014

Novo patrocinador do Flu é ex-oficial do exército e torcedor do Flamengo

Ganhando cada vez mais espaço no mercado do futebol carioca, o empresário Neville Proa, dono da Viton 44, que foi anunciada como nova patrocinadora do Fluminense nesta quinta-feira, é  rubro-negro e ex-oficial do exército que viu em 1998 a necessidade de criar uma marca de bebidas com o que o público brasileiro já gostava: o guaraná e que atingisse todas as classes do mercado. Algo diferente do refrigerante. A ideia deu certo e hoje a fábrica de 45 mil metros quadrados, na Zona Oeste do Rio, hoje produz 1,44 milhão de copos de Guaravita e 300 mil garrafas de Guaraviton por dia e conta com 750 funcionários.
A marca de Neville começou a investir no futebol e ganhar espaço no mercado da bola ao se tornar patrocinador master do Botafogo, no início de 2011. Torcedor do Flamengo, ele também acertou um patrocínio para a manga da camisa do Rubro-Negro em abril deste ano. O vínculo dura até o fim desta temporada.
Em entrevista ao LANCE!Net quando começou ainda negociava com o Fluminense, Neville revelou que vários clubes brasileiros estão batendo na sua porta atrás de investimento. Além das equipes do Rio de Janeiro, que já contam com a parceria e o contrato de patrocínio, outros clubes também o procuraram em busca de um investidor.
Foi aproveitando esta paixão do brasileiro pelo futebol que ele viu a possibilidade da visibilidade da marca aumentar consideravelmente. A Viton 44 também fechou contrato de patrocínio master com o Consórcio Maracanã, que hoje administra o estádio e tem placas publicitárias em volta de todo o gramado.
Na camisa do Fluminense ficarão estampadas o Mate Viton, na frente, e Guaravita (carro-chefe da empresa), nas costas. Além das que estarão em destaque no uniforme tricolor, a empresa também conta com bebidas como o Guaraviton, Hula Lala, Boca Loca, Ginga Sport, Persona, Superviton e Carioquinha.
Não faltam empresas interessadas em investir no futebol, o que faltam são presidentes atuantes e comerciais como por exemplo, o Alirio do Santinha, que mal assumiu e já trouxe a Cervejaria Petropólis (ITAIPAVA), para assinar um acordo comercial de tres anos. PARABÉNS, portanto, a este executivo, pelo pouco que sei dele, é um Advogado muito bem sucedido e esperemos que continue assim atuante e principalmente no lado que nossos clubes tanto precisam, usando o marketing, e assim trazendo recursos (dinheiro).

12 de dezembro de 2014

Legisladores Suíços aprovaram a 'Lex Fifa' / Swiss lawmakers pass ‘Lex Fifa’ bill


Federações desportivas com sede na Suíça, como FIFA e Comitê Olímpico Internacional (COI), serão ajustados para serem sujeito a um maior controle financeiro por parte dos bancos no país europeu, com um novo projeto de lei aprovado hoje (sexta-feira), 12/12/2014.,  por legisladores suíços. As leis, conhecidas coletivamente como "Lex FIFA ', foram aprovadas por 128 votos a 62 e são uma resposta às acusações de corrupção em curso em torno dos cerca de 60 organismos desportivos existentes na Suíça, mais notavelmente a FIFA. 

A primeira das novas leis, que passaram na votação nesta sexta-feira, deverá levar executivos dos órgãos esportivos e sociais a terem suas contas fiscalizadas e que serão tratados como "pessoas politicamente expostas" - um termo usado por oficiais de justiça para definir aqueles em posições de poder, e que poderiam ser usadas para lavar dinheiro. Além disso, Lex FIFA vai trazer as federações sob as novas leis de lavagem de dinheiro estabelecidas pelo Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI). 

Presentemente, os suíços estão isentos das diretrizes do organismo intergovernamental com sede em Paris. A agência de notícias Reuters disse que o próximo passo é a favor do projeto de ser aprovado antes do governo suíço autorizar e ser escrito como lei. Os bancos suíços são legalmente obrigados a fazer investigações com a certeza que não são de natureza suspeita antes de aceitá-los, ou seja, Lex FIFA vai aumentar o escrutínio destas autoridades desportivas automáticamente. 

Lex FIFA é o resultado de uma campanha de quatro anos pelo deputado Roland Buechel, que tem levantado regularmente preocupações sobre o impacto que os casos de corrupção envolvendo federações desportivas tem na imagem da Suíça no mundo. O exemplo de alto perfil mais recente de um desses casos é a precipitação da investigação de Michael Garcia para o processo de licitação para  as Copas do Mundo da FIFA de 2018 e 2022, que foram concedidas à Rússia e Qatar, respectivamente. 

Alegações amplamente divulgadas de corrupção ligados a esses executivos, e por terem sido negado por todas as partes envolvidas. Até porque o COI e a FIFA pagam uma fatura fiscal muito menor na Suíça do que as empresas do setor privado devido a serem listados como organizações sem fins lucrativos e isto vem gerando muitas reclamações.

Parece que finalmente alguma coisa esta mudando, muito embora os Bancos Suiços tenham se notabilizado por seu sigilo e sua discrição quanto as fortunas lá depositadas. Agora que suas contas estarão podendo sofrer fiscalização, sei que haverá muita gente pulando para outros paraisos fiscais, mas, já é um bom começo.

Tradução: Roberto Queiroz.

Sports federations based in Switzerland, such as Fifa and the International Olympic Committee (IOC), are set to be subject to greater financial scrutiny by banks in the European country under a new bill passed today (Friday) by Swiss lawmakers.

The laws, known collectively as ‘Lex Fifa’, were passed by 128 votes to 62 and are a response to ongoing corruption allegations surrounding the approximately 60 sporting bodies residing in Switzerland, most notably Fifa.

The first of the new laws, which passed the vote on Friday, mean leading executives at sporting governing bodies will be treated as “politically exposed persons” - a term used by justice officials to define those in positions of power that could be abused to launder money.

Additionally, Lex Fifa will bring the federations under new money-laundering laws established by the Financial Action Task Force (FATF). At present, Swiss bodies are exempt from the guidelines of the Paris-based intergovernmental body.

The Reuters news agency said the next step is for the bill to go before the Swiss government and be written into law. Swiss banks are legally required to make sure funds are not of a suspicious nature before accepting them, meaning Lex Fifa will increase the scrutiny of sporting officials by necessity.

Lex Fifa is the result of a four-year campaign by lawmaker Roland Buechel, who has regularly raised concerns over the impact that corruption cases involving sports federations has on Switzerland’s image.

The most recent high-profile example of such a case is the fallout from Michael Garcia’s investigation into the bidding process for Fifa’s 2018 and 2022 World Cups, which were awarded to Russia and Qatar respectively. Widely reported allegations of corruption connected to these bids have been denied by all parties involved.


The likes of the IOC and Fifa pay a far lower tax bill in Switzerland than private-sector enterprises due to them being listed as non-profit organisations.

Source: SportBusiness International Team.

Contratos da Unimed com jogadores garantem: relação termina com rescisão de parceria com Flu

Em que pesem os discursos de conciliação e garantias da UNIMED de honrar os compromissos com jogadores do atual elenco tricolor, a realidade dos contratos isenta a cooperativa. Nos moldes de documentos firmados com alguns atletas do elenco atual existem cláusulas que tiram a obrigação da Unimed de continuar a pagar os direitos de imagem aos atletas com o fim do patrocínio de 15 anos com o Fluminense, tornado público na quarta-feira.
O assunto tem sido debatido pelo conselho da cooperativa. Uma das propostas de médicos que participam da discussão é de que o Fluminense arque com custos desta continuidade ou indenize a cooperativa por valores investidos. Exercer a força de contrato causaria um desgaste à imagem da cooperadora e poderia resultar em questionamentos judiciais de jogadores. A saída mais fácil, por exemplo, seria a negociação dos atletas. Em casos como o de Fred, por exemplo, a UNIMED teria direito a 80% do valor.
Nos contratos aos quais a reportagem teve acesso está estabelecido que, uma vez terminado o patrocínio da UNIMED ao Fluminense, a cooperativa também deixa de ter qualquer obrigação em relação ao pagamento dos direitos de imagem. E isso se dá de forma automática. Como consta no trecho abaixo, na Cláusula Décima Terceira, onde "CONTRATANTE" é a UNIMED, e "CONTRATADA" é a empresa do jogador, que recebe sua fatia de direitos de imagem como pessoa jurídica:

Entre os jogadores cujos contratos não terminam este ano estão nomes como Fred (dezembro/2015), Conca (janeiro/2017), Rafael Sobis (julho/2015), Wagner (dezembro/2015) e Walter (dezembro/2015).
Discursos
No dia do anúncio do fim da parceria, o presidente da UNIMED, Celso Barros, afirmou que vai continuar pagando os direitos de imagem aos jogadores cujos contratos terminam nos próximos anos. Mas internamente, o assunto não é consenso.
Já o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, também disse em coletiva de imprensa que vai honrar os compromissos com os jogadores. No entanto, o que cabe ao clube, na maior parte das vezes, é uma fatia muito menor do que os valores contratados com a UNIMED.
"Os atletas têm vínculo trabalhista com o clube. Vamos procurar honrar o compromisso com os jogadores. Nosso interesse não é a venda desses jogadores", disse Peter nesta quinta-feira.
O presidente do Fluminense deixou claro, também, que as negociações que acontecerem a partir de agora serão de responsabilidade da UNIMED:
"Foi uma opção da UNIMED. A rescisão foi unilateral, portanto, só quem pode responder é a própria UNIMED. Isso foi uma escolha da patrocinadora e não posso responder por ela", completou Peter.
Mesmo em notas em que reafirma a disposição a honrar compromissos há sempre uma ressalva:
"Os contratos serão honrados dentro das condições e particularidades de cada vínculo"
A opção é por uma saída elegante, sem desgaste entre as partes. Por isso conversas com os representantes dos jogadores já acontecem. O ano de 2015, por enquanto, ainda é incerto para Fred, Conca, Sobis e companhia.
Cada dia que passa fico certo que mesmo sabendo das mais recentes normas da FIFA, do Direito, das leis Trabalhistas Brasileiras e de bom senso, fico abismado com as maluquices e arbitrariedades que se promove em nome do futebol. E agora, quem pode apontar a solução, porque onde tem corrupção aliado com fanatismo, o resultado é assombroso, além de ser escandaloso.
Assinar um jogador com salários de 700.00,00 mensais no Brasil, se não for loucura é apenas uma maneira de fazer parte do bolo, nos parece até algo parecido com aquele que recebe 10% do São Paulo pelo contrato com a CAMBUCI S/A (PENALTY), é assim que vejo, é assim que entendo. E tenho certeza de que, nosso futebol e nossa politica, está um mar de lama, alás, o nosso País precisa urgetemente de uma repaginação, do contrário deve ficar muito pior de se viver aqui, porque já estamos na beira do absurdo (não temos segurança, saúde, educação, mobilidade), mas, pode ficar muito pior.

Em nota, Marquinhos Santos pede desculpas ao Vasco e diz que não trabalharia a 100%


A notícia de que Marquinhos Santos não vai mais para o Vasco pegou a todos de surpresa na noite de quinta-feira. O treinador havia sido anunciado um dia antes e pediu desculpas pela decisão, mas confirmou enfrentar problemas pessoais que o impediriam de dar 100% ao clube.
Marquinhos evitou explicar o problema e apenas confessou ser algo de "fórum íntimo", que o impediria de focar apenas no seu trabalho no clube. O treinador agradeceu pela oportunidade e disse que a decisão de abandonar o compromisso antes do início foi difícil, mas que seria pior de outra forma.
Confira o comunicado de Marquinhos Santos.
"Comuniquei ontem a noite o presidente Eurico Miranda.
Eu não posso assumir este compromisso com o Vasco, embora já tivesse dito sim a proposta do clube. É uma questão de fórum íntimo. Uma questão pessoal. Que refleti no dia de ontem e cheguei a esta difícil decisão. Isento totalmente a diretoria do Vasco que me recebeu com muito respeito e correção. Peço desculpas publicamente a diretoria do clube e as pessoas envolvidas. Também me desculpo com os torcedores que se manifestaram favoravelmente a minha contratação. Não teria condições de trabalhar com 100% de dedicação ao Vasco como sempre fiz nos outros clubes. Por isso, prefiro ser honesto ao declinar o convite agora, do que aceitar e ter que voltar atrás depois.
Obrigado pela compreensão.
Marquinhos Santos".
Coisas do futebol brasileiro.

11 de dezembro de 2014

Diretoria do São Paulo limita teto salarial no clube: R$ 300 mil

A diretoria do São Paulo decidiu impor um teto salarial no futebol do clube. A partir de agora, nenhum salário de jogador irá ultrapassar os R$ 300 mil, valor estipulado como máximo para novas contratações. Atualmente, apenas três jogadores recebem mais: Rogério Ceni, Luís Fabiano e Alexandre Pato, emprestado pelo Corinthians.
Quem confirmou foi o vice-presidente Ataíde Gil Guerreiro, que contou com o apoio do presidente Carlos Miguel Aidar: "Temos um limite de R$ 300 mil. Só três jogadores superam isso atualmente no São Paulo: Alexandre Pato, Luis Fabiano e Rogério Ceni. Ninguém vai receber mais do que isso de agora em diante. Todos esses que estão falando de reforços ganham R$ 400 mil, R$ 500 mil por mês. Não vou trazer nenhum deles por isso", afirmou à Rádio Transamérica.
Para a temporada de 2015, Muricy Ramalho pediu algumas contratações, como o meia Cleiton Xavier, atualmente no futebol ucraniano. Porém, segundo o dirigente, a negociação não está nos planos, justamente pelos altos valores pedidos.
"O Cleiton está fora dos planos. O fato de o Muricy elogiar, como elogiou o Edu Dracena, não muda nada. Chamei e disse que não traria. Nosso time já superou a média de idade. Se é para trazer um veterano, trago o Lugano, que todo mundo adora. Se trouxer o Lugano, a torcida acaba comigo se ele ficar no banco e eu acabo com o Toloi e o Lucão. O Cleiton é excelente, mas o salário e o contrato impedem a negociação."
Em tempos mais difíceis no Brasil, os clubes tentam se adequar financeiramente. Apesar do teto, o São Paulo espera pagar menos para os jogadores. Assim, só viria ganhando R$ 300 mil os jogadores mais consagrados. O número de medalhões também deve diminuir e as categorias de base ganharão mais valor.
Uma boa noticia e deve servir também para que os comandantes de nossos clubes se apercebam disso nesta hora que estão contratando. Até acrescentarei, isto pode servir ao Sport Recife com referência ao Diego Souza (tenho certeza que deve ficar), até porque, já vimos esse filme muitas vezes, vai embora e depois o clube tem que contratar outros que vem e não dão certo. 
E para o Náutico também e o goleirão Julio Cesar que precisa por os pés no chão e entender que agora as coisas mudaram e um salário de 160.000 não pode ser pago num clube da segunda divisão, muito embora, não tenha concordado com a saida do Dado, (foi um tiro no pé). Tenho certeza de que ele poderia contribuir muito mais que outros que não conhecem nossa história e se a diretoria fosse profissional, não ficaria sem patrocinadores (é uma pena), e o Sérgio China se foi e aí, será que vão deixar o outro sair também?

O SOTAQUE BRASILEIRO DA CHAMPIONS LEAGUE DE ACORDO COM O SITE UEFA.COM



Agora que a fase de grupos da UEFA Champions League chegou ao fim e a competição goza de uma pausa antes do início da fase a eliminar, a redação portuguesa do UEFA.com aproveita para escolher um "onze" de jogadores brasileiros que deram nas vistas.


De uma retaguarda sólida e pouco permeável até um ataque encabeçado por um goleador tardio, passando por um meio-campo ofensivo, esta formação, para além da característica qualidade técnica "canarinha", também se destaca por conter alguns elementos do FC Porto, uma das poucas equipes invictas na prova até o momento.
Guarda-redes
Fabiano, FC Porto

Só após a lesão do emblemático Helton, na segunda metade da época passada, é que assumiu a titularidade. A sua estreia na principal competição europeia de clubes não podia estar a correr melhor, ajudando os "dragões" a manterem a baliza inviolada em três desafios.
Defesa-esquerdo
Marcelo, Real Madrid CF

Tem cumprido com distinção as suas tarefas primárias e também foi importante para o apuramento imaculado dos "merengues", mantendo o pendor ofensivo que lhe é característico, coroado com duas assistências para golo.
Defesa-central
Maicon, FC Porto

Um dos mais antigos do plantel, assume-se como o patrão da defesa "azul-e-branca", uma das menos batidas até ao momento, graças à sua capacidade de antecipação e desarme.
Defesa-central
David Luiz, Paris Saint-Germain

Manteve o estatuto de jogador fundamental trazido do Chelsea FC,  caracterizando-se por boas prestações nas duas áreas, como é o exemplo do tento marcado ao FC Barcelona, na segunda jornada, e dois cortes providenciais a evitar golos no terreno do APOEL FC.
Lateral-direito
Danilo, FC Porto

Um portento de força física, é uma ajuda preciosa a defender mas também a atacar. Prova disso é a quantidade de jogo ofensivo que canaliza pelo seu flanco e a assistência que fez para golo.
Médio-defensivo
Casemiro, FC Porto

Aceitou o desafio do Porto, onde está emprestado pelo Real Madrid, e tem-se revelado uma agradável surpresa, conferindo segurança e equilíbrio à equipa, na recuperação e circulação de bola, ao mesmo tempo que também dá uma ajuda no processo ofensivo (uma assistência).
Médio-direito
Alex Teixeira, FC Shakhtar Donetsk

Um dos mais utilizados na campanha bem-sucedida dos "mineiros" na fase de grupos, para a qual contribuiu com três golos e muitos problemas para os adversários.
Médio-centro
Willian, Chelsea FC

Faz da sua polivalência uma arma importante para a equipa inglesa, jogando nas alas ou no centro, onde contribuiu com um golo e uma assistência.
Médio-esquerdo
Lucas Moura, Paris Saint-Germain.

O número 7 do Paris foi fundamental no apuramento dos gauleses, fazendo do flanco direito o espaço onde exibiu a sua criatividade e onde também assistiu para golo, no triunfo caseiro sobre o conjunto espanhol.
Avançado
Neymar, FC Barcelona

Continua a sua evolução e adaptação ao futebol europeu no Barcelona, partindo do flanco para o centro do terreno e mostrando cada vez mais apetência pelo golo. Prova disso são os três que marcou na fase de grupos, o último deles na quarta-feira, frente ao Paris, que ajudou os catalães a vencerem o Grupo F.
Avançado
Luiz Adriano, FC Shakhtar Donetsk
Algo discreto em campanhas anteriores, explodiu em termos goleadores esta temporada, em parte graças aos oito golos marcados nos encontros consecutivos com o FC BATE Borisov, que o ajudaram a igualar o recorde de melhor marcador de sempre numa fase de grupos (nove tentos), estabelecido por Cristiano Ronaldo em 2013/14.©UEFA.com 1998-2014. All rights reserved.

PENSAR NO FUTURO E TRABALHAR A BASE, ESTE É O CAMINHO DO SUCESSO NO FUTEBOL PROFISSIONAL.



Hoje o Sport Recife, tem Leonardo, Roberto "Coração de Leão", e Luis Carlos, quem pode duvidar que eles podem fazer muito mais pelos atacantes do clube ?? Acho que ninguém, além é claro de Gilberto trabalhando os goleiros e Neco no meio campo, e o Daniel Paulista, essa é a receita para formar valores. 

Agora precisa ter alguém que saiba definir, identificar e dirigir esta categoria que só vem fortalecer o clube e solidificar seu futuro (como um dos grandes clubes e exportador de valores), sabendo de suas particularidades e necessidades, ledo engano se pensar que qualquer um que venha de outras plagas pode e deve identificar isso. 

E se quiser ainda pode contratar Denô que continua no Recife, para reforçar mais ainda a escolinha de base e quem sabe outros grandes ex-jogadores, basta pensar profissionalmente e remunera-los propriamente, além é claro, de lembrar que os garotos precisam ter uma ajuda de custo, escola e saúde. 

Este é o caminho do sucesso de quem pensa grande, e no futuro.

8 de dezembro de 2014

Vice pede 'fim da sacanagem' no Corinthians: 'Negociações são a Petrobrás do futebol'

Ainda sem treinador para a próxima temporada, o Corinthians agora vive um turbulento momento político, faltando dois meses para as eleições presidenciais. Com pelo menos três candidatos concorrentes para o cargo hoje ocupado por Mario Gobbi, o clima promete esquentar ainda mais nas próximas semanas. Vice-presidente da atual gestão, Luis Paulo Rosenberg deixou a situação ainda mais confusa, na semana passada, quando decidiu anunciar publicamente seu apoio a Antônio Roque Citadini, da oposição.
Infeliz com o momento que vive o clube, tanto dentro quanto fora de campo, o ex-diretor de marketing do mandato de Andrés Sanchez, um dos responsáveis pela contratação de Ronaldo Fenômeno, defende uma urgente alternância de poder no Parque São Jorge, sendo contra o voto para Roberto de Andrade, candidato da situação, quem ele disse que foi "omisso" no tempo que ocupou a diretoria de futebol. 
"Eu estou com medo de que aconteça no Corinthians o que está acontecendo no governo federal. De repente o PT se encastela lá e não tem mais troca. E aí você vê o que acontece quando só os amigos partilham do poder ali. A troca de poder é sempre positiva", disse, em contato com a reportagem.
"Eu gosto muito dele (Roberto) como pessoa física. Fez um trabalho importante no administrativo. Mas foi um diretor de futebol omisso, tudo ficou nas costas do Duílio [Monteiro Alves, ex-diretor adjunto]. Não acho que foi competente e não vejo nele condições de ser presidente do Corinthians. O presidente precisa ter uma legitimidade externa, perante à CBF, e principalmente, perante ao empresariado", completou.
De acordo com Rosenberg, o Corinthians precisa tirar o 'entulho' que tem lá dentro do clube, contratar um técnico por pelo menos cinco anos que possa ajudar a acabar com a 'sacanagem' que existe. Segundo palavras do economista, as negociações de jogadores são a Petrobrás do futebol, que também precisa ser eliminada.
"Todo menino quer jogar no Corinthians. O novo técnico tem de ajudar a construir a base. Com isso, cai a folha salarial, por exemplo, caem os gastos com contratações e, claro, cai a putaria que tem em volta das negociações de jogadores, que é a doença do futebol, a Petrobrás do futebol brasileiro", afirmou o vice do Corinthians.
"A única coisa que parece realmente importante é que venha para ficar cinco anos, que tenha uma estratégia, que faça integração com a base, que limpe a sacanagem, que entenda que ele não está vindo só para treinar um time de futebol. Ele está vindo para liderar uma nação de 30 milhões", prosseguiu.
Luis Paulo Rosenberg ainda falou de outros assuntos, como a renovação do contrato do Guerrero, que ele vê como absurda pelo preço, a influência de Andrés Sanchez no Parque São Jorge, a necessidade de unir a oposição para impor uma derrota para a atual gestão. Veja abaixo, os principais trechos.
Apoio ao Citadini
Eu acho que é uma carreira construída dentro do clube, com dignidade e dedicação. É uma pessoa respeitada e preparada. Ele tem várias qualidades para ocupar o cargo que eu não vejo em outros candidatos.
Ruptura com a situação
Eu me vejo como parte de um grupo que se uniu juntando pessoas para derrubar um ditador e começar um novo momento com transparência e renovação. Com uma governança competente. E eu continuo fiel a esses ideais. Eu acho muito saudável que tenha um novo grupo lá dentro. Eu não acho que o Corinthians se divida entre situação e oposição. A gente tem corintianos e não corintianos. Infelizmente, desde a vitória do Mundial a gente tem visto uma deterioração.
Eu fico muito triste com isso. E eu senti que não tinha condições de governabilidade e por isso eu me afastei. O Corinthians precisa de muito talento nessa hora. Não tem espaço para ambições pessoais. Não é possível que alguém que levou o clube de campeão do mundo para quase série B em um ano tente ser candidato. Não é possível que alguém que foi rechaçado três ou quatro vezes queira também. Vamos procurar quem performou e queira esse desafio. Esse nome é o do Roque Citadini.
Comparação da gestão Dualib com pós-Dualib
É outro momento. O fato de o estatuto do Corinthians permitir eleição já muda o cenário. É um Corinthians mais moderno. Temos que usar o estatuto para garantir a democracia. Eu estou com medo de que aconteça no Corinthians o que está acontecendo no governo federal. De repente o PT se encastela lá e não tem mais troca. E aí você vê o que acontece quando só os amigos partilham do poder ali. A troca de poder é sempre positiva.
Influência do Andrés
169 mil paulistas resolveram esse problema (da influência que o Andrés ainda tem no Corinthians). Ele não sabe o que é ser deputado federal por São Paulo. Ele não vai ter tempo para nada. É isso que torna ainda mais importante a escolha de um presidente mais completo.
Como foi a reação do Andrés e do Mario?
Sempre houve muito respeito entre nós três. Entre eu e o Andrés é muita clara essa separação. Nossa amizade é muito forte. É uma das pessoas com quem tenho mais afinidade lá dentro, um irmão. Mas a postura política é outra. Eu não tenho compromisso com grupos, eu tenho compromisso com a grandeza do Corinthians. Gastei cinco anos da minha vida para construir um novo patamar de qualidade lá dentro e vou continuar apoiando quem fizer isso.
E eu não vou continuar, estou só dando a minha contribuição e vou embora. O clube só precisa de respeito e colaboração. Com o Mario, minha relação sempre foi muito fraternal e muito profissional. Não temos o mesmo estilo de gestão, por isso eu me afastei para que ele ocupasse o espaço de presidente, sem ter um vice a todo momento dando palpites. Já chega ter um ex-presidente para cutucar. Só faltava ter um vice-presidente por baixo também.
Quais foram os principais erros?
É cedo para avaliar. Eu me sinto parte ainda desta gestão, desse processo. A gente pode analisar que houve uma decadência. O debate eleitoral vai ajudar nisso.
O que é a ação entre amigos que tem no Corinthians hoje?
A dominância de um grupo só faz com que as mesmas pessoas façam a mesma coisa sempre. Nem sempre o interesse do clube permanece. Vamos chacoalhar para tirar o entulho e fazer o Corinthians disputar as coisas que merece. Vamos embora. Não dá para ficar fazendo contas se o Corinthians vai pra fase de grupos ou não. Não tem cabimento isso para o Corinthians. Isso aqui é Corinthians.
Na carta, você fala de pessoas que se servem do Corinthians. Quem são esses?
Ao longo das próximas semanas, muitos vão vestir a carapuça e a gente vai ficar sabendo. De forma geral, o importante é que venham pessoas participar da diretoria. Na medida em que a participação é gratuita, já que não é uma empresa, que ela seja feita com amor e empenho. E a pessoa tem que saber que é uma coisa transitória. Não pode criar vínculos eternos lá dentro. Não faça que o Corinthians dependa de alguém. Não pode ser assim. Ou então é melhor transformar numa S.A. e aí sim faz o que quiser com ela.
Na medida em que é um trabalho de sacrifício, com muito prazer ao mesmo tempo, tem de ser transitório. Eu acho isso muito importante. Ou você faz o time virar empresa e trata ele desse jeito, e toma punição nas costas quando deixa de pagar impostos ou fizer algo de errado, quando permitir uma negociação danosa para o clube, por exemplo, ou então tem de ter renovação. Cada um da um pouquinho e muda o tempo todo, sem ter donos no clube. O Corinthians é maior do que isso.
O Corinthians tem dono hoje?
Aparentemente, sim. Faz quatro gestões que nada muda lá dentro. As indicações são feitas tirando do bolso do colete.
Como você vê o Roberto de Andrade?
Eu gosto muito dele como pessoa física, que fez um trabalho importante no administrativo. Mas foi um diretor de futebol omisso, tudo ficou nas costas do Duílio [Monteiro Alves, ex-diretor adjunto]. Não acho que foi competente e não vejo nele condições de ser presidente do Corinthians. O presidente precisa ter uma legitimidade externa, perante à CBF, à federação paulista, e principalmente, perante ao empresariado.
Se você não tem uma diretoria que passa confiança para novos parceiros, não vai dar certo. Uma Perdigão, por exemplo, não vai querer estar lá dentro. O Corinthians tem de crescer. Ele é uma entidade nacional, com uma demanda de zelo e cuidado muito grande. E eu não vejo isso nesse pessoal, de jeito nenhum.
Como o Citadini recebeu o seu apoio?
É interessante. Ao longo dos anos, eu sempre tive uma posição antagônica com o Citadini. Nada pessoal, mas sempre tivemos posições diferentes. Mas eu sempre admirei a forma como ele conduziu tudo isso. É um relacionamento profissional. O que eu fiz foi dar um empurrão. Ele ainda não formalizou. Ele ficou muito contente. Quando isso vem de um adversário tem mais valor do que quando vem de um aliado. E acho que pode ser uma forma de unir todas aquelas pessoas no clube que estão desanimadas, desapontadas e desiludidas. Espero que elas se animem e que essa candidatura sirva como um farol para a renovação do Corinthians.
Muita oposição é ruim?
É muito ruim. Principalmente pelas similaridades. O Ilmar [Schiavenatto, outro candidato] é uma pessoal com quem eu trabalhei e tem muito cuidado com o clube, é de muita credibilidade, muita confiança do quadro associativo. Ele seria um ótimo vice-presidente e ajudaria muito na chapa do Roque. Se o Paulo entendesse o momento político seria um ato de grandeza também, bem capaz, aliás, de vir de uma pessoa como ele. Tem outros cargos grandes no Corinthians para uma pessoa como ele assumir dentro lá dentro. Sua pergunta é muito pertinente. Se os três se unirem, a chance é grande para um Corinthians unido.
Sua próxima carta vai ser para o Ilmar, então?
(Risadas). Chega. Já dei minha posição. Não me mantive omisso. Não vou eu querer ser o padrinho das soluções para o Corinthians.
Impostos atrasados
Na gestão do Mario, minha responsabilidade era maior do que só olhar para o marketing. Eu tinha de cuidar de toda a parte de dinheiro. Eu cheguei, a situação estava difícil, o dinheiro era curto. Dentre os pagamentos que não poderiam ser honrados, a gente tentou fazer que os impostos não estivessem entre eles. Aquele momento de atrasos foi transitório, não faz parte da filosofia do Corinthians.
É muito óbvio que a gente tenha de zelar pela saúde financeira do clube. Quando se fala dos valores da negociação do Guererro, isso não vale nem para um exército inteiro, tampouco para um guerreiro sozinho. Nessa parte de finanças, é importante sempre ter um chato do setor financeiro para falar essas coisas e fazer essas lembranças. Eu tenho certeza que será essa a prioridade do Citani e isso jamais aconteceria na gestão dele.
O Paulo Garcia e o Ilmar falam que o Corinthians está quase quebrado, você enxerga assim?
Está longe de falência. Falência vai para quem tem patrimônio menor que dívidas. Mas ele vai precisar de uma gestão competente para o próximo mandato. A gente precisa de uma gestão responsável, que não saia repatriando qualquer jogador para colocar no Corinthians, sem contratações loucas e, principalmente, que prestigie a base. Todo menino quer jogar no Corinthians.
O Corinthians tem condições de falar: "vem jogar aqui". Eu não quero uma porcentagem, eu quero que o Corinthians tenha de ficar com no mínimo 80% do jogador. Aí sim, avisar o treinador que é filosofia do Corinthians fazer os meninos da base subir. Não adianta vir me pedir para contratar a seleção brasileira. Tem de ajudar a construir a base. Com isso, cai a folha salarial, por exemplo, cai os gastos com contratações e, claro, cai a putaria que tem em volta das negociações de jogadores, que é a doença do futebol, a Petrobrás do futebol brasileiro. Então, esse é o que de principal a gente tem de exigir do próximo treinador e do próximo presidente. O Roque defende isso há muitos anos.
Você acha que a 'Petrobrás' está na base?
Eu acho que está nas negociações de jogadores. Na base e nas contratações de jogadores para o profissional. Na entrada de investidores que caem do céu. De repente, um intermediário está com 30% de um jogador. O que é isso? A vitrine do Corinthians é o patrimônio mais alto que existe no futebol brasileiro. E eu boto um jogador para jogar lá e o Corinthians não fica com nada? Isso tem de mudar. Tem que tirar todo mundo que está lá dentro e colocar gente nova.
Isso faz parte da ação entre amigos que você comentou?
Nada definiria melhor uma ação entre amigos do que isso.
Quem você gostaria de ver como técnico?
Você sabe a minha filosofia. Quem quer que seja será o melhor técnico do mundo. Eu vou torcer por ele. A única coisa que parece realmente importante é que venha para ficar cinco anos, que tenha uma estratégia, que faça integração com a base, que limpe a sacanagem, que entenda que ele não está vindo só para treinar um time de futebol. Ele está vindo para liderar uma nação de 30 milhões.
Relação com torcidas organizadas
Eu acho que a torcida tem de ser respeitada. Ela tem um papel importante. Várias vitórias não teriam acontecido sem a torcida organizada. Mas acho muito importante que fique claro os papeis. Eles não são os donos do Corinthians, eles são clientes preferenciais. Tem de ter o espaço deles e se nesse espaço eles não querem cadeira, não tem problema nenhum. Eu acho justo. Mas eu não dou cobertura para criminoso.
Eu programei o estádio para ter um sistema de identificação para quem está proibido de ir. Tem de separar o joio do trigo. Prestigiar a família no estádio. Sem jamais acobertar criminosos, nem vantagens especiais. E mais, sem permitir que eles se sintam donos do clube, juízes, executores. Uma relação realmente entre duas entidades.
Será que da para acreditar? Somente o tempo pode mostrar.