O governo brasileiro
propôs a introdução de uma proibição aos clubes de venderem os direitos de
transferência/econômicos de jogador aos investidores no mais recente
desenvolvimento no debate em curso sobre propriedade de terceiros (TPO).
A proposta faz parte de
um projeto mais amplo, que será enviado ao Congresso na tentativa de melhorar a
situação financeira do futebol brasileiro, através do Ministério do Esporte do
país, disse a Bloomberg. Os Clubes têm dívidas tributárias não pagas de cerca
de R $ 4 bilhões (EUA 2 milhões de USD), de acordo com Vicente Candido, membro
do Partido dos Trabalhadores na Câmara, na comissão de esportes.
O movimento do governo
vem após um grupo de clubes brasileiros no mês passado afirmar que se proibirem
o TPO no futebol brasileiro, afetaria negativamente a sua situação financeira,
mais ainda. Os 21 clubes, que incluem os do Campeonato Brasileiro Serie A, ou
seja, Fluminense campeão, junto com Flamengo, Internacional e Santos, e outros
mais, enviaram uma carta aberta à FIFA expressando suas preocupações.
O Secretário-geral da
UEFA, Gianni Infantino, em Março afirmou que a prática controversa de TPO
"não tem lugar" no futebol. Infantino disse ainda que o organismo que
tutela o futebol europeu é contra TPO devido a quatro fatores-chave, incluindo
o seu impacto potencial sobre os regulamentos de fair play financeiro. A FIFA
diz que está avaliando o "assunto complexo", enquanto a UEFA manteve sua
palavra e procurará introduzir a sua própria proibição, se a entidade máxima do
futebol mundial não tomar medidas. TPO é dito ser um mercado de 3.000 milhões
dólares americanos por ano e é uma prática comum no sul da Europa e na América
do Sul.
Eduardo Carvalho
Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, saiu em oposição à legislação
proposta. "Eu não acho que é um caso de mudar a lei", disse ele.
"É um caso de gerir o seu clube melhor e usar esse tipo de parceiro de uma
maneira que seja bom para ambas as partes. Mas muitas vezes o clube está em uma
posição tão fraca que eles não fazem bons negócios."
Certamente que
precisamos ter nos clubes gestões com profissionais, do contrário as coisas
tendem sempre a andar na contra mão da modernidade. Até porque como os clubes
no Brasil, são instituições sem fins lucrativos e sua diretoria é normalmente
eleita por seus sócios e membros do conselho, e quem é eleito é normalmente um
torcedor, fica difícil torna-los clubes profissionais de futebol.
E quando se começou a legislar
com a Lei Pelé, o Brasil atravessava um período de inflação galopante, nunca se poderia
tomar um empréstimo bancário para administrar seu clube, além disso, muitos dos
presidentes destes clubes viram como era fácil ganhar dinheiro com seus
jogadores e sem uma auditoria externa, então, muitos se aproveitaram e venderam
parte dos Direitos Econômicos dos atletas do clube, com a desculpa de
precisarem ter dinheiro em caixa, então fica difícil saber quem tem escrúpulos
e quem legisla em favor de seu próprio bolso.
Uma coisa é certa, agora
a coisa já está muito avançada e certamente se encontrará outro meio de se
continuar com esta prática, pelo menos aqui no Brasil, disto tenho certeza. Faz-se
necessário muito mais que isto, proibir uma pratica que ganhou o uso e o costume
no futebol brasileiro e porque não dizer, mundial é andar para trás.
Fonte: Soccerex. Foto: net. Comentário: Roberto Queiroz. Tradução: Roberto
Queiroz e Roberto Queiroz Junior.
The Brazilian government has proposed the introduction of a ban on clubs
selling player-transfer rights to investors in the latest development in the
ongoing debate over third-party ownership (TPO).
The
proposal is part of a wider bill that will be sent to Congress in a bid to
improve the financial position of Brazilian football, the country’s Sports
Ministry told Bloomberg. Clubs have unpaid tax debts of about R$4 billion
(US$1.99 billion), according to Vicente Candido, a member of the ruling
Workers’ Party on the lower house sports committee.
The government’s move comes after a group of Brazilian clubs last month claimed that outlawing TPO in football would negatively impact their financial status. The 21 clubs, which include reigning Campeonato Brasileiro of Serie A the champion Fluminense, along with Flamengo, Internacional and Santos, sent an open letter to FIFA expressing their concerns. UEFA general secretary Gianni Infantino in March stated that the controversial practice of TPO has “no place” in football.
Infantino said that European football’s governing body is against TPO due to four key factors, including its potential impact on financial fair play regulations. FIFA says it is evaluating the “complex matter,” while UEFA has maintained it will seek to introduce its own ban if world football’s governing body fails to take action. TPO is said to be a $3 billion-a-year market and is common practice in southern Europe and South America.
Eduardo
Carvalho Bandeira de Mello, president of Flamengo, has come out in opposition
to the proposed legislation. “I don’t think it’s a case of changing the law,”
he said. “It’s a case of managing your club better and to use this kind of
partner in a way that’s good for both parties. But many times the club is in
such a weak position that they don’t make good deals.”
And when they began to legislate by the Law Pele, Brazil went through a period of runaway inflation, they could never take a bank loan to manage the club, in addition, many of the presidents of these clubs saw how easy it was to make money with the club players and without an external audit, so many took advantage and sold part of Economic Rights of the club athletes, with the excuse of needing to have cash on hand, so it's hard to know who has scruples and who legislates in favor of his own pocket.
One thing is certain, now it is already very advanced and they will
surely find another way to continue this practice, at least here in Brazil, I'm
sure of it. It is necessary much more than that prohibits a practice that has
gained the use and custom in Brazilian football and why not says, worldwide, it's walk at backyard.
Source: Sovccerex. Photo: net. Comment: Roberto Queiroz. Translation:
Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário