Só faltava mais esta, se fazer um Campeonato Pernambucano para privilegiar os times considerados “pequenos”. Esta fórmula de pontos corridos é considerada nociva aos Clubes do interior, então se fala em fazer um torneio onde Central de Caruarú (por exemplo) pudesse ser Campeão Pernambucano, ou mesmo o Sete de Setembro ou quem sabe a própria Associação Garanhuense de Atletismo “AGA” ou até outros, como o Salgueiro, Cabense, Porto, possam vir a ganha-lo, o que é uma heresia e chega a ser hilário.
Isto é mais uma formula dos nossos cientistas do futebol, uma medida que mostra o quanto são medíocres os nossos “pensadores” e mostram que aqui ainda prevalece aquela famosa máxima de que o que interessa é o que quero e não o que deve ser. Somos já um estado “sine qua non”, diferente por natureza porque aqui temos o “bairrismo” por nossos clubes que, diga-se de passagem, é uma coisa muito boa e importante para continuarmos acreditando no desenvolvimento do nosso futebol “profissional” e na permanência de 1 ou mais clubes na elite do futebol profissional brasileiro.
Agora, escutarmos isto de fontes “formadoras de opinião” e que acreditamos poderiam ajudar a melhorar a qualidade do nosso futebol, é demais, temos é que privilegiar quem que ser realmente profissional e quiser aprender a administrar o futebol como o “profissionalismo” exige. Temos no nosso futebol da capital, muita deficiência administrativa, problemas desde as divisões de base até o topo da cadeia, onde não se respeita quase nenhuma regra de gestão esportiva do futebol profissional, não se respeita o Código dos Consumidores, onde não temos estádios compatíveis com as regras de conforto, higiene e outros mais (se for começar a enumerar o que estamos sentindo falta, ficaríamos aqui por horas escrevendo).
Então, agora surge este comentário de se fazer um Campeonato para “privilegiar” o futebol do interior? O que é isto! Temos sim, que privilegiar o futebol administrado profissionalmente, aquele competente, feito com planejamento e com pessoas comprometidas com a decência e a honestidade de princípios que devem nortear qualquer empreendimento. E acima de tudo com pessoas com comprovado conhecimento do futebol profissional.
Estaríamos (com esta formula) privilegiando o futebol incompetente, o futebol feito por pessoas com interesse em outros negócios, o futebol que continua sem cumprir as Leis ou as regras para seu bom desenvolvimento. Temos sim é que incentivar o futebol profissional seja ele em que tamanho ou nível estejam e que não seja documento ser do interior ou de pequeno porte, mas sim uma identidade para o sucesso.
Temos provas disso, em vários estados brasileiros que se está mudando o futebol profissional “amador” brasileiro com um planejamento correto. Já vemos times sem ter nome, sem “história”, sem ter 100 anos de fundação que estão chegando na 1ª. Divisão do futebol profissional, sendo Campeões, disputando de igual para igual com estes clubes considerados os monstros sagrados do nosso futebol. Isto sim, é o que devemos incentivar e bater palmas e não mudar o campeonato de pontos corridos onde quem ganha é o mais competente ou pelo menos aqui em nosso estado, quem errou menos, quem escondeu melhor as sujeiras.
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