“Comprar aquela Ferrari foi uma das maiores bobagens que eu já fiz”, diz ele em relação ao carrão italiano, pelo qual pagou US$ 500 mil, 12 anos atrás. Hoje, Ronaldo diz ter uma relação tranquila com o dinheiro. “Gasto muito pouco comigo. Não que eu seja pão-duro. É desinteresse mesmo. Tenho tudo”, diz. A relação tranquila com a fortuna que amealhou, e continua amealhando, não significa, porém, que Ronaldo seja displicente em relação às próprias finanças. “Aplico em fundos de perfil conservador.
Há um ano e meio passei a investir em ações e o resultado tem sido ótimo”, afirma. Ele ainda aponta os papéis que compõem sua carteira de ações. “Aplico nas tradicionais, Vale e Petrobras e outras menores.” O craque acompanha tudo de perto. Sempre que pode, entre uma concentração (que, faz questão de lembrar, ele detesta) e um jogo do Corinthians, checa no computador como andam os investimentos.
Não se mete com as despesas de casa. Dessas, Bia Antony, sua mulher, se encarrega de cuidar. “Ela não esbanja, então fico sossegado”, diz o jogador, dando uma boa risada em seguida. Com a agenda carregada que tem, repleta de compromissos ora com o Corinthians, ora com patrocinadores (AmBev, Claro, Vale e Hypermarcas, além da Nike), Ronaldo conta com a assessoria de uma equipe que cuida de seu patrimônio.
Segundo ele, são 20 profissionais entre advogados, economistas e contadores espalhados por três países: Espanha, Suíça e Brasil. A cada trimestre, Ronaldo recebe, e diz ler atentamente, relatórios financeiros enviados pelos consultores e também pelo pessoal do Bradesco, encarregado de gerir os fundos de investimento do craque no Brasil.
O lado empresarial do Fenômeno é conhecido apenas por aqueles que estão à sua volta e estes garantem: Ronaldo estipula metas, prazos para cumpri-las e cobra resultados. “Ele tem um tino comercial e uma capacidade analítica muito apurados”, descreve Fabiano Farah, empresário do jogador há oito anos.
Segundo Farah, não é exagero afirmar que, a cada ano, Ronaldo recebe mais de uma centena de propostas para se tornar sócio de algum “negócio mirabolante” com taxas de retorno “excepcionais”. “Já propuseram sociedade num negócio com retorno sobre o capital investido acima de 30% em menos de um ano”, conta Farah.
Ronaldo ouve com atenção, mostra-se realmente entusiasmado com a ideia alheia, mas só para não ser deselegante com o interlocutor. Os amigos do craque dizem que ele é capaz de demorar meses para tomar uma decisão de investimento.
O que faz a diferença é a capacidade de execução e de entrega.” Hoje, o maior artilheiro da história da Copa do Mundo (com 15 gols) tem participação em negócios diversificados. O
edifício de seis andares, numa área de sete mil metros quadrados onde funciona a Universidade Estácio de Sá, é de Ronaldo.
“O prédio é meu e eu recebo um percentual sobre cada matrícula efetuada”, revela o jogador. Ele tem ainda 8% na holding que comanda a rede de academias A!BodyTech, com 19 unidades, espalhadas em cinco Estados, e faturamento de R$ 130 milhões previsto para este ano.
Na A!BodyTech, Ronaldo tem como sócios os empresários João Paulo Diniz (herdeiro do Grupo Pão de Açúcar), Alexandre Accioly (rei da noite carioca), o consagrado treinador de vôlei Bernardinho e o ex-banqueiro Luiz Urquiza.
O papel de Ronaldo empresário está bem definido na sociedade que ele acaba de firmar com o WPP. “Vou usar minha ampla rede de relacionamentos para promover negócios.” E, tratando-se de Ronaldo, o network é de dar inveja à mais estrelada das celebridades.
Em princípio ele minimiza, mas acaba reconhecendo o peso (sem trocadilhos) que tem. Se você ligar agora para o rei Juan Carlos da Espanha ele te atende, não é? “Acho que sim.” E se você ligar para o Bono Vox (líder da banda U2), ele também te atende na hora? “Acho que sim”, responde o camisa 9, com um ar meio encabulado.
Até o sisudo CEO do grupo WPP, Martin Sorrell se rendeu aos “encantos” do Fenômeno. Sorrell é, ele próprio, um dos empresários mais influentes da Europa. Gosta de ser tratado por “sir”, título dos cavaleiros da rainha da Inglaterra com o qual foi condecorado por Elizabeth II.
Sorrell é quase uma unanimidade entre seus pares no mundo dos negócios – não exatamente pela sua simpatia. Quem acompanhou as primeiras conversas entre Ronaldo e Sérgio Amado foi a vice-presidente do WPP para a América Latina, Ann Newman. É ela quem prospecta novos negócios para o grupo, inclusive a compra e a fusão de empresas na região.
Sorrell só foi conhecer Ronaldo pessoalmente num evento promovido pelo grupo WPP em março deste ano, no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Diante de uma plateia de cerca de 200 pessoas – entre empresários, clientes das agências do grupo e executivos do WPP.
Ronaldo fez um rápido discurso e avisou a plateia que iria chamar ao palco “um inglesinho metido que acha que a Inglaterra vai ganhar a Copa”. Para quem gosta de ser chamado de “sir”, talvez Sorrell tenha ficado impressionado com a falta de cerimônias do novo sócio – que o presenteou com a camisa 9 da Seleção Brasileira.
“O Martin ficou encantado com o Ronaldo. E olha que para o Martin se encantar com alguém é bem difícil”, comenta Sérgio Amado. A partir do encontro no Copacabana Palace, Sorrell deu o sinal verde para a concretização da parceria.
À DINHEIRO o CEO do WPP disse ter ficado realmente impressionado com a força da imagem do craque. “Acredito que esta é a década do Brasil e o País representa uma grande oportunidade no mercado de marketing esportivo. Estou particularmente feliz porque o melhor jogador de futebol do mundo agora joga no meu time”, disse ele.
Claro que o calendário esportivo no Brasil está na mira de empresas do mundo inteiro e não seria diferente com a 9INE. O foco inicial estará na Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada de 2016. Mas a atuação da empresa não ficará restrita ao mercado brasileiro.
“Esta é uma operação que nasce no Brasil e vai para o mundo. A primeira parada será Londres”, diz Ronaldo. Preocupação comum aos três sócios, Ronaldo, Buaiz e Amado, é deixar claro ao mercado que a 9INE não é uma agência de publicidade ou de relações públicas. “Nosso papel será o de aproximar as empresas do esporte e indicar quais são as melhores estratégias para cada marca. Vamos promover eventos e criar conteúdo, inclusive para a tevê”, diz Ronaldo.
Continua Na próxima semana, desculpem mais é muita coisa para se traduzir e para comentar.
Fonte: Revista DINHEIRO. Fotos: Divulgação.
Tradução e Comentario: Roberto Queiroz de Andrade.
Even his posture changed consumerist impulses.
"Buying the Ferrari was one of the biggest nonsense I've ever done," he says in relation to the Italian big car, for which he paid $ 500 thousand, 12 years ago. Today, Ronaldo said he had a peaceful relationship with money. "I spend very little to me. Not that I am a tightwad. It even disinterests with me. I have everything, "he says. The peaceful relationship with the fortune he amassed, and continues garnering does not mean, however, that Ronaldo is careless in relation to their own finances. "I apply conservative mutual funds.
A year and a half I started to invest in stocks and the result has been great, "he says. He also points out the roles that comprise its portfolio. "I apply the traditional, Vale and Petrobras and other minors." Playmaker accompanies it up close. Whenever he can, from a merger (which would point to remember, he hates) and a set of Corinthians, the computer checks how are the investments.
Do not mess with the household expenses. Of these, Bia Antony, his wife is in charge of caring. "She does not ooze, then feel relieved," said the player, giving a good laugh then. With the busy schedule that is full of commitments now with Corinthians, now with sponsors (AmBev, of course, Hypermarcas Valley and, in addition to Nike), Ronaldo has the assistance of a team that cares for its heritage.
He said there are 20 professionals including lawyers, economists and accountants spread over three countries: Spain, Switzerland and Brazil. Each quarter, Ronaldo receives, and says read carefully, financial reports submitted by consultants and also by staff of Bradesco, responsible for managing investment funds in Brazil playmaker.
The business side of the phenomenon is known only by those around them and they guarantee: Ronaldo stipulates goals, deadlines to meet them and collecting results. "He has business acumen and a very refined analytical capacity," describes Fabiano Farah, the player agent eight years ago.
According to Farah, is no exaggeration to say that every year, Ronaldo receives more than a hundred proposals to become a member of some "business preposterous" rates of return "exceptional." "We have proposed a society deal with return on invested capital above 30% in less than one year," says Farah.
Ronaldo listens carefully, seems really excited about the idea of others, but just not to be discourteous to the interlocutor. Friends say he's ace can take months to make an investment decision.
What makes the difference is the ability to execute and delivery. "Today, the leading scorer in the World Cup (15 goals) has interests in diversified businesses. The six-story building in an area of seven thousand square meters where does the University Estacio de Sa, is Ronaldo.
"The building is mine and I get a percentage on each registration effected," says the player. He also has 8% in the holding company that controls the network of academies A! BodyTech with 19 units, spread across five states, and revenue of $ 130 million expected this year.
BodyTech, Ronaldo whose members include entrepreneurs João Paulo Diniz ( to the Pão de Açúcar GroupPresident), Alexandre Accioly (King of the night in Rio de Janeiro), and the renowned volleyball coach and former banker Bernardinho Luis Urquiza.
The role of entrepreneur Ronaldo is well established in society he has just signed with WPP. "I will use my extensive network of relationships to promote business." And in the case of Ronaldo, the network is to envy the starriest of celebrities.
In principle it minimizes, but is acknowledging the weight (no pun intended) it has. If you turn now to King Juan Carlos of Spain, he will answer, is not it? "I think so." And if you call Bono Vox (U2 band leader), he meets you on time? "I think so," replies the 9 shirt, with a slightly embarrassed.
Even the staid CEO of WPP, Martin Sorrell surrendered to the "charms" of the phenomenon. Sorrell is itself one of Europe's most influential businessmen. He likes to be addressed as "sir", title Knights of the Queen of England with which he was knighted by Elizabeth II.
Sorrell is a consensus among its peers in the business world - not just for their friendliness. Those who followed the first talks between Ronaldo and Sergio Amado was the vice president of WPP to Latin America, Ann Newman. It is she who is prospecting new business for the group, including the purchase and merger of companies in the region.
Sorrell was not personally know Ronaldo at an event sponsored by the WPP Group in March this year, in the Hotel Copacabana Palace in Rio de Janeiro. Before an audience of about 200 people - including businessmen, clients of agencies and group executive of WPP.
Ronaldo made a short speech and told the audience that the stage would call "a cocky Englishman who thinks England will win the Cup." For those who like to be called "sir", perhaps Sorrell was impressed with the lack of ceremonies of a new partner - who presented him with the Brazilian national team shirt 9.
"Martin was delighted with Ronaldo. And I have to be charmed by someone Martin is very difficult, "said Sergio Amado. From the meeting at the Copacabana Palace, Sorrell gave the green light to implement the partnership.
THE MONEY CEO of WPP said he was really impressed with the strength of soccer star's image. "I believe this is the decade in Brazil and the country represents a large market opportunity in sports marketing. I am particularly happy because the best footballer in the world now plays for my team, "he said.
Of course the sports calendar in Brazil is in the crosshairs of companies around the world and it would be different with 9ine. The initial focus will be on the World Cup in 2014 and 2016 Olympics. But the company's performance will not be restricted to the Brazilian market.
"This is an operation that was born in Brazil and goes to the world. The first stop is London, "says Ronaldo. Concern common to all three partners, Ronaldo, and Buaiz Beloved is clear that the market is not 9ine an advertising agency or public relations. "Our role is to bring companies closer to the sport and indicate which are the best strategies for each brand. We will promote events and create content, including TV, "said Ronaldo.
Sorry, but next week we continue the part III.
Um comentário:
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