Na década passada, qualquer argumento sobre a Responsabilidade Social
das Empresas (RSE) no futebol era focada no que poderia ou deveria ser feito
pelos clubes e jogadores. Testemunho do progresso feito nesta área, desde
então, é que esta discussão, em grande parte, mudou e hoje se fala o quanto
pode ser feito.
Mas enquanto o foco deve permanecer no trabalho em progresso e no
desenvolvimento de novos programas para garantir que o bom momento financeiro
do esporte beneficie uma comunidade maior, mais tempo, energia e, sim, até
mesmo dinheiro, precisa ser gasto na divulgação desses esforços.
Muitas vezes eu fico triste ao ler relatos de iniciativas dignas que
lutam para transmitir sua importância e, muitas vezes, o maravilhoso trabalho
que está sendo realizando. Na realidade, o uso habitual dos jargões
corporativos parece sugerir que a parte mais importante da RSE é o aspecto da
“empresa” ao invés da “responsabilidade social”
Se, como dito frequentemente, o “futebol é um veículo” para atrair
participantes a se engajarem com assuntos que podem ser difíceis ou
consideradas pouco atraentes (Como usar o valor da venda de um jogador em um
curso para ensinar matemática), então essas iniciativas ficarão presas em um
engarrafamento sem o uso de uma linguagem própria para conectá-las com a sua
audiência.
Da mesma forma, muitos programas são “entregues” ao invés de organizados
ou planejados. Tal linguagem afasta as pessoas. Onde estão as histórias
inspiradoras, os contos que fazem você se sentir orgulhoso de estar envolvido?
Elas estão lá fora, eu sei, mas há poucas delas em todos os setores da mídia.
Não é totalmente culpa das instituições ou fundações de caridade que
elas sejam incapazes ou não qualificadas para comunicar melhor a natureza de
seu belo trabalho. O financiamento é sempre difícil de ser aprovado e muito
mais as doações, compreensivelmente, contém disposições sobre como este
dinheiro deve ser usado. Claro que a própria empresa deve ser priorizada, por
isso é natural que qualquer grupo ou equipamento requerido sejam contabilizados
antes.
Mas a promoção não pode ser uma reflexão tardia, menos importante,
porque a comunicação eficaz irá exaltar toda a organização, bem como a
iniciativa em questão.
Enquanto algumas pessoas possam argumentar que todo o dinheiro
deve ser usado para ‘fazer o bem’, não há vergonha nenhuma em tentar
ganhar uma imagem positiva, especialmente se ele ajudar a incentivar ainda mais
o financiamento ou doações para a expansão de um projeto novo ou novas
iniciativas.
Muitas vezes a melhor maneira para demonstrar o impacto da RSE é
divulgar as histórias de interesse humano no centro do trabalho que fornece
exemplos explícitos de como a vida das pessoas está sendo melhorada.
E, embora possa ser ingênuo esperar que uma instituição empregue alguém
com talento para caçar essas histórias, uma empresa que se comunica bem
internamente, que regularmente escuta seus grupos que estão na linha de frente,
construindo relações com aqueles que estão sendo ajudados, estará bem
posicionada para traduzir esta intenção em publicidade positiva.
Estes são os pensamentos de Matt Wright (@mattjobob) Chefe de
Comunicação do Back in Football.
No qual concordo plenamente, sendo que aqui no Brasil, necessitaríamos
de algumas variações, pois temos hábitos diferentes e educação também, mas,
certamente que precisamos disto.
Fonte: Soccerex. Comentário:
Roberto Queiroz.
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