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27 de setembro de 2013

Hora de mudanças para a Responsabilidade Social no futebol

Na década passada, qualquer argumento sobre a Responsabilidade Social das Empresas (RSE) no futebol era focada no que poderia ou deveria ser feito pelos clubes e jogadores. Testemunho do progresso feito nesta área, desde então, é que esta discussão, em grande parte, mudou e hoje se fala o quanto pode ser feito.
Mas enquanto o foco deve permanecer no trabalho em progresso e no desenvolvimento de novos programas para garantir que o bom momento financeiro do esporte beneficie uma comunidade maior, mais tempo, energia e, sim, até mesmo dinheiro, precisa ser gasto na divulgação desses esforços.
Muitas vezes eu fico triste ao ler relatos de iniciativas dignas que lutam para transmitir sua importância e, muitas vezes, o maravilhoso trabalho que está sendo realizando. Na realidade, o uso habitual dos jargões corporativos parece sugerir que a parte mais importante da RSE é o aspecto da “empresa” ao invés da “responsabilidade social”
Se, como dito frequentemente, o “futebol é um veículo” para atrair participantes a se engajarem com assuntos que podem ser difíceis ou consideradas pouco atraentes (Como usar o valor da venda de um jogador em um curso para ensinar matemática), então essas iniciativas ficarão presas em um engarrafamento sem o uso de uma linguagem própria para conectá-las com a sua audiência.
Da mesma forma, muitos programas são “entregues” ao invés de organizados ou planejados. Tal linguagem afasta as pessoas. Onde estão as histórias inspiradoras, os contos que fazem você se sentir orgulhoso de estar envolvido? Elas estão lá fora, eu sei, mas há poucas delas em todos os setores da mídia.
Não é totalmente culpa das instituições ou fundações de caridade que elas sejam incapazes ou não qualificadas para comunicar melhor a natureza de seu belo trabalho. O financiamento é sempre difícil de ser aprovado e muito mais as doações, compreensivelmente, contém disposições sobre como este dinheiro deve ser usado. Claro que a própria empresa deve ser priorizada, por isso é natural que qualquer grupo ou equipamento requerido sejam contabilizados antes.
Mas a promoção não pode ser uma reflexão tardia, menos importante, porque a comunicação eficaz irá exaltar toda a organização, bem como a iniciativa em questão.
Enquanto algumas pessoas possam argumentar que todo o dinheiro deve  ser usado para ‘fazer o bem’, não há vergonha nenhuma em tentar ganhar uma imagem positiva, especialmente se ele ajudar a incentivar ainda mais o financiamento ou doações para a expansão de um projeto novo ou novas iniciativas.
Muitas vezes a melhor maneira para demonstrar o impacto da RSE é divulgar as histórias de interesse humano no centro do trabalho que fornece exemplos explícitos de como a vida das pessoas está sendo melhorada.
E, embora possa ser ingênuo esperar que uma instituição empregue alguém com talento para caçar essas histórias, uma empresa que se comunica bem internamente, que regularmente escuta seus grupos que estão na linha de frente, construindo relações com aqueles que estão sendo ajudados, estará bem posicionada para traduzir esta intenção em publicidade positiva.
Estes são os pensamentos de Matt Wright (@mattjobob) Chefe de Comunicação do Back in Football.
No qual concordo plenamente, sendo que aqui no Brasil, necessitaríamos de algumas variações, pois temos hábitos diferentes e educação também, mas, certamente que precisamos disto.

Fonte: Soccerex.  Comentário: Roberto Queiroz.

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