A Traffic poderá colocar no Cruzeiro em 2010 um dos artilheiros da Série B. O atacante Rafael Coelho, de 21 anos e que já marcou 12 gols pelo Figueirense na Segundona, está tendo parte dos direitos econômicos adquiridos pelo fundo. Pessoas próximas ao jogador costumam comparar o estilo de Rafael ao de Kléber, o Gladiador celeste.
O LANCE! Apurou que o grupo negocia a compra do percentual que cabe ao Figueirense, que é de 60%, por cerca de um milhão de euros (cerca de R$ 2,7 milhões). O restante pertence à Energy Sports, grupo de investimento do Hospital São Luiz.
O ex-jogador e agente de Rafael, Marcos Paulo confirma as negociações com a Traffic, mas prefere não adiantar sobre o futuro do atacante e em qual clube ele poderá atuar na próxima temporada do futebol brasileiro. Nesta segunda-feira o empresário estava reunido com diretores da Traffic em São Paulo.
– Isso está sendo conversado com a Traffic e estamos em São Paulo para tentar resolver algumas coisas referentes ao Rafael.
Eu só represento o jogador. Prefiro não confirmar nada sobre clube –
explicou Marcos Paulo ao LANCE!
Perfil dentro do esperado
Rafael Coelho encontra-se na mesma situação de Fernandinho, do Barueri. Conforme o L! Antecipou em sua edição de sábado, a Traffic também negocia com o Barueri a compra de parte dos direitos econômicos do atacante que poderá ir também para o Cruzeiro em 2010.
Em relação ao jogador do Figueirense, além da Raposa, Vasco, Coritiba e Palmeiras são possibilidades estudadas pelo grupo para inserir um dos artilheiros da Série B na próxima temporada.
O Groningen e o Tweende, ambos da Holanda, apareceram como oportunidades, mas que já foram descartados pelo staff de Rafael.
O jogador tem 21 anos e se encaixa no perfil de investimento feito pela Traffic, que usa os grandes clubes da Série A como vitrines.
O exemplo mais recente aconteceu com Keirrison. Goleador do Brasileirão de 2008 pelo Coritiba, o jogador ficou praticamente um semestre no Palmeiras e foi contratado pelo Barcelona.
Como sempre estamos vendo, mas sem deixarmos de noticiar sobre o que está acontecendo no futebol profissional brasileiro, se por um lado temos dirigentes “amadores” dirigindo nossos clubes, por outro lado temos pessoas com visão empresarial, que continuam investindo nos “boleiros” massivamente. Grupos que vão desde a Traffic, que já é uma empresa de cunho desportivo, a empresas que não tem referência nenhuma com o futebol, mas que também estão lucrando com este amadorismo reinante dos “cartolas”.
E é um salve-se quem puder; tiver dinheiro, e vamos ver como isto vai ficar. Porque falta o conhecimento de mercado, de suas nuances e de seus caprichos.
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