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29 de janeiro de 2010

O ESTRANHO CASO DA TRANSFERÊNCIA de MOACIR PARA O CORINTHIANS.


Já não é de hoje que temos problemas com arbitragens, de juízes vendendo resultados, com empresas que estão cada vez mais “investindo”, entenda-se “comprando” direitos de contratos aos clubes no futebol profissional brasileiros, pessoas físicas que estão até fabricando “procurações” para se tornarem “donos” de garotos, escolinhas de formação, sem terem clube de futebol profissional e sem terem a mínima condição de ser o que dizem ser, evasão de rendas, o não cumprimento das normas federais, como é o caso da FPF que mudou as regras do campeonato Pernambucano, novamente, aliás, no período de 3 anos, mudou-se 3 vezes a tal fórmula.

Clubes que não registram seus jogadores, que não fazem exames médicos adequados ou mesmo, nenhum exame. Existe um caos total e geral na administração do futebol brasileiro, infelizmente nosso sistema de termos as instituições (Clubes de associados) com departamento profissional de futebol e os dirigentes advirem dos próprios quadros de sócios conselheiros, deixa o clube a deriva por falta de conhecimento do que é uma gestão de futebol profissional.

Temos presidentes, que vem das mais diversas profissões e que são vencedores nas suas profissões originais e que acham que podem, devem e tem conhecimento do que é o futebol profissional. E, portanto, passam a ser até o próprio “scout” (olheiro), o negociador dos contratos, enfim, passam a ser tudo dentro do clube, nada pode se passar sem o mesmo não ter colocado o dedo, e tem alguns que gostam de ser “notícia” na imprensa, ficam pendurados nas emissoras noticiosas, dando declarações para aparecer na mídia, e assim por diante.

Venho escutando, lendo e vendo os acontecimentos referentes ao “caso” Moacir, jogador formado nas divisões de base do Central Esporte Clube e que foi posteriormente negociado/emprestado ao Sport Clube do Recife por pessoas sem credenciamento e sem “back ground” do que são o futebol profissional e principalmente as normas que o regem.

Temos que destacar que tal procedimento não foi realizado pela atual diretoria, que foi empossada recentemente e que agora padece de informações da tal “transferência” para o Esporte Clube Corinthians. Através de uma empresa, que, diga-se de passagem, não pode nem deve (de acordo com as normas da FIFA) está negociando ou investindo em atletas profissionais.

Resultando num imbróglio que não se resolve, simplesmente depositaram (e não está claro quem o fez) em uma conta do clube uma quantia que não condiz com a realidade da transação, como se fosse uma “doação” e o Central Esporte Clube tem uma participação ativa na negociação, pois é “dono” de 15% dos valores negociados no seu total. Vale ressaltar que isto foi amplamente divulgado pela imprensa especializada aqui e em São Paulo, sobre o “valor” da transação e do valor recebido pelo clube da capital pernambucana.

Quem deve entrar em contato com a diretoria do Central e acertar o valor dos 15% do alteta é o departamento de negociação do próprio Corinthians Paulista, que está interessado no atleta. E não uma empresa que tem participação no direito laboral do jogador, adquiridos junto ao Sport Clube do Recife e muito menos o dirigente deste clube.

Mas, de um lado os dirigentes do Sport não falam a quantia recebida, alegando “fórum intimo”? Ora, todo clube profissional de futebol e principalmente os seus dirigentes tem o dever de ser “transparentes”, todo clube profissional de futebol tem que ter seus relatórios informativos divulgados em seu próprio site e até em jornais de grande circulação, para que não haja nenhuma dúvida sobre sua administração e não pese nenhuma denúncia de desvio de fundos, leiam o Estatuto do Torcedor, que é uma Lei Federal e verão que as coisas podem ser resolvidas no âmbito federal.

E seus sócios patrimoniais, torcedores e publico em geral, tem o direito de saber, e por outro lado e até por uma questão de honestidade e integridade, estes administradores devem informar.

Espero ver este caso resolvido, para o bem do próprio futuro do futebol profissional pernambucano que está descendo a ladeira da improbidade administrativa e de sua competência no futebol profissional brasileiro. Só faltaria agora a entrada neste caso da Polícia Federal e do “leão”, entenda-se, Receita Federal, para apurar onde está de onde veio e para onde foi, o pagamento desta transferência, bem como dos tributos devidos a união.

E a nova diretoria do Esporte Clube Central, não pretende ficar esperando, está acionando seus Advogados para tomar as medidas cabíveis necessárias e esclarecer estas confusões feitas por pessoas despreparadas e sem escrúpulos, que pensam que podem tudo. O Central quer receber o que lhe é devido de fato e de direito, do contrário, não libera a condição do jogador ser transferido.

Sinto muito pelo jogador que está no meio desta confusão e não tem nada com isto. Tendo inclusive seus direitos cerceados de exercer sua profissão livremente, em contrário aos ditames da FIFA através do Board of Equalization que trata esta situação como, uma condição de escravidão humana em pleno século XXI e no Brasil.

Fica o exemplo para todos os dirigentes de clubes com departamento de futebol profissional para não fazerem negócios com pessoas sem a devida qualificação e licença no caso, um Advogado com reg. OAB e experiencia em gestão profissional de futebol ou o Agente Credenciado CBF/FIFA, que foi licenciado justamente por ter este conhecimento.

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