Quando correm rumores que Roman Abramovich pode estar interessado em vender o Chelsea FC, Ron Gourlay o substituto de Peter Kenyon como novo chefe executivo do clube pretende trazer novas idéias para expandir as fontes de receita.
O investimento inicial de Abramovich serviu para adquirir o clube e construir uma equipe competitiva, no entanto a fonte terminou e atualmente o Chelsea luta para saldar os mais de 780 milhões de Euros de dívidas (ao seu proprietário e sem juros) e perdas anuais de mais de 70 milhões de Euros.
Os atuais responsáveis do Chelsea constataram agora que embora tenham construído uma equipe vencedora, esqueceu-se de planejar o futuro, algo que os seus rivais de Londres, Arsenal e Tottenham não descuidaram e através do planejamento e da construção de novos estádios, saíram na frente. Eis alguns dados que fizeram despertar os dirigentes do Chelsea:
O estádio do Chelsea (Stamford Bridge) tem capacidade para 42.000 espectadores, o Emirates Stadium do Arsenal para 60.000 e o novo estádio do Tottenham em construção terá capacidade para 58.000 lugares. Para não falar dos 75.000 de Old Trafford e dos 70.000 planejados para o novo estádio do Liverpool.
O Chelsea em 2007/08 gerou aproximadamente 80 milhões de Euros em receitas de bilheteria, o rival Arsenal no seu novo estádio conseguiu alcançar os 105 milhões de Euros, uma diferença que se acentua quando o preço mínimo de um bilhete no Emirates é de 37€ e em Stamford Bridge de 50€.
Devido à zona de expansão do estádio do Chelsea, não existe esta possibilidade de aumentar a atual capacidade do estádio. A construção de um novo estádio poderia significar o dobro da dívida atual do clube e respectivo aumento das perdas anuais, isto se o projeto fosse suportado pelo dono do clube sem o acréscimo dos juros.
Desta forma Ron Gourlay anunciou que o Chelsea pretende vender os direitos de naming de Stamford Bridge por cerca de 165 milhões de Euros pelos próximos 15 anos, ou 11 milhões de Euros anuais. O maior negócio efetuado em termos de direitos de alguém colocar seu próprio nome num estádio pertencente ao Arsenal, com o naming do Emirates Stadium que rende 100 milhões de Euros por um período de 10 anos, ou 10 milhões de Euros por temporada.
A venda dos direitos desses direitos dos estádios de futebol, explodiu no inicio da década através dos clubes Alemães. Em Portugal este tipo de receita continua a não ser aproveitado por diversas razões e no Brasil.
O Estádio AXA do SC Braga é a exceção, gerando 1,5 milhões de Euros por ano, no entanto O Benfica poderá estar negociando um contrato de cerca de 6 milhões de Euros ano, o que se acontecer, colocará o clube ao nível dos maiores clubes europeus em termos de receitas provenientes da venda do naming do seu estádio.
Pois é, no Brasil isto ainda não existe no futebol, porque o Chevrolet Hall existe, e existem outras casas de shows que usam este tipo de negócio para gerar divisas, recursos extras para a manutenção dos mesmos.
Gostaria de ver este tipo de negócio também ser usado em nossos estádios particulares de clubes profissionais de futebol.
Não tenho nada contra em termos o nome do estádio da Ilha do Retiro, comercialmente mudado para “Arena VISA”, “Estádio CHEVROLET” e outros. Por que continuaria valendo para a instituição, seus sócios e torcedores o nome que aí está o Adhelmar da Costa Carvalho e a instituição do Sport conseguiria amarrar em suas receitas mais uma boa entrada de recursos para o futebol e para o próprio clube.
Fica aqui uma idéia que funciona no 1º. Mundo e quem sabe não funcionaria aqui também, levando-se em consideração que deveremos sediar a Copa do Mundo de 2014, isto é viável e concreto, só depende de conhecimento, visão, empreendedorismo e coragem para inovar, aliás, existem outras maneiras de se trazer recursos, só depende da capacidade dos dirigentes e de sua visão, a Copa do Mundo está vindo e com ela os Euros/Dolares/Libras, etc.
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