Vejo que a preocupação do dirigente máximo do Sport é baixar os custos, salários dos jogadores e despesas, nada mais elogiáveis se esta instituição tivesse outras fontes de receitas, e que não vivesse justamente disto, do o que não é verdade, o futebol é quem carrega tudo, é quem move a cidade da Ilha, foi o porque de sua fundação e sua HISTÓRIA é o futebol e sem o sucesso dele o resto simplesmente não existe e já vimos esse filme antes. Lembram do outro presidente que fez a pior administração que em meus quase 60 anos já presenciou, cortaram até o fornecimento de luz, salários dos funcionários com mais de 4 meses de atraso, inúmeras causas trabalhistas, segunda divisão e quase terceira, crise de A a Z.
E lá vamos nós outra vez com planejamento de dentro para fora, quando no meu entender e na experiência passada por outros clubes grandes tanto quanto o Sport, como o Corinthians Paulista e o Vasco, passaram e mostraram que não é por aí, temos pessoas que acham o contrário, que no futebol Nordestino não existe Clube grande. Vamos ver o exemplo dos corintianos de 2 anos atrás, assumiu um presidente que não jogou bola, mas que sempre foi ligado ao futebol, as divisões de base e o que ele fez, foi buscar pessoas para compor um “staff” profissional, um dos melhores homens do marketing brasileiro assumiu e foi buscar contratos que nem na 1ª. Divisão nacional se havia feito antes, valores que na sua cabeça somente existia e foi onde começou a volta desta instituição.
Veja a contratação do “fenômeno”, seu salário, sua participação, sua estratégia, algo inusitado no futebol profissional brasileiro, duvido muito que com esta maneira errônea de planejamento que já está em andamento na Ilha do Retiro, se contratasse ou ao menos se pense em fazer isso ou algo parecido. Nunca, porque as pessoas que aí estão não tem este entendimento e esta visão e pensam que somos diferentes, até parece que não estamos no Brasil, e que na condição de “nordestino” não tenhamos capacidade, entendimento, inteligência para fazer isto e muito mais que isto.
O Corinthians continua até agora colhendo os frutos desta inversão de valores, se descer para a segunda divisão, tem que baixar os salários, as despesas, o nível técnico e outras "perolas" este pessoal não pensou assim e não agiu assim, e desta visão empreendedora e inovadora (para o nosso futebol) de ter uma gestão profissional, estão trabalhando em ter como “parceira” à grande empresa EMIRATES, que patrocina nada menos do que o Arsenal. Com valores de patrocínio que mostram o que é acreditar e trabalhar com conhecimento e acabei de saber o Riquelme está sendo liberado e vem jogar no corinthians em 2010.
Vejo o nosso presidente LULA, mostrou que mesmo tendo cabeça de coco, semi- analfabeto vindo de uma pequena cidade do agreste pernambucano (lembro que não é sertão nordestino), pois também nasci em Garanhuns e com muito orgulho. Um dos maiores estadistas no mundo de hoje, um presidente que é chamado de “o cara” pelo homem mais poderoso do globo e fazendo com que nosso País seja uma das maiores economias do mundo até 2014 juntamente com a Copa do Mundo e a Transposição Nordestina (para mim, maior do que a Copa e as Olimpíadas).
Temos outro exemplo do Vasco da Gama, que ontem voltou a 1ª. Divisão nacional e que também além de ter um dirigente de dentro do campo, boleiro, campeão, artilheiro, tem visão e se faz rodear de pessoas competentes profissionais, acabando com este negócio de nomear seus “amigos” ou simplesmente pessoas que são torcedores, sócios, mas não são profissionais do ramo. Já falei antes que precisamos pensar em estruturar o futebol pernambucano com os exemplos nacionais e internacionais.
Dispensar jogadores, no caso extremo do “volante” que deixou o clube 2 dias atrás, foi correto este acerto, pois ele já deveria esta pensando em pendurar as chuteiras, mas temos outros atletas que tem carreira a seguir, se serão grandes ou diferenciados, não sei, mas que o clube não pode nem deve simplesmente “liberar” o atleta que a priori não faz parte de seus planos para 2010. Estamos na 1ª. Divisão do futebol mundial e tem mercado para quase todos lá fora e até aqui mesmo, temos que ter conhecimento de mercado e juntamente com paciência, traçar planos de transferências que possam render algum dividendo ou no mínimo, pagar o que o clube investiu no próprio atleta.
Estou vendo agora mesmo uma grande reportagem de uma das emissoras de TV. Brasileira que mostra o Luis Pereira, fazendo o trabalho de base neste clube espanhol e falando que todos que lá trabalham são ex-profissionais, pinçados a dedo, trazidos do Brasil e de outros Países. E de todo o planejamento feito sempre pensando no mínimo 10 anos a frente.
Acabou a época de que os dirigentes tinham que ser pessoas “ilustres” que tem o nome de sua família ligado ao clube, ou mesmo pessoas ligadas à política e até conhecidos e amigos além de pessoas que tem uma carreira profissional na polícia militar, por questão de segurança, ordem, disciplinamento e outras, temos que contar com profissionais competentes em cada setor do clube. Este efeito sanfona, de sair e voltar, tem que acabar e só acaba se tivermos visão com discernimento, se olharmos os exemplos e naturalmente adequarmos as nossas necessidades, porque cada caso é um caso, ou seja, cada clube é um clube.
No meu modesto entender, já se começa errado, com a própria declaração do dirigente máximo, “joguei a toalha”, eu já sabia que se ele permanecesse no clube o técnico Chamusca , sairia, seria demitido, o que já ocorreu. Depois de contradizer o seu presidente, como poderia permanecer? Esperaram apenas que ele mostrasse algum deslize, o que não foi preciso aguardar muito e pronto, foi demitido.
Mas quem irá demitir o presidente? Caso ele queira permanecer! Esta é uma questão interessante e importante, a instituição precisa ser remodelada, reestruturada com uma visão de gestão do futebol profissional. É muito bonito pensar e ver-se que está se pagando as dívidas deixadas por gerências irresponsáveis e inconseqüentes, de que adianta ser Campeão e deixar um rastro de dividas? O clube precisa seguir vivo, solvente e no verde, para trazer novas conquistas, trazer mais torcedores.
Não se pode administrar o clube se pensando em seu próprio nome, em sua carreira política, em sua vida na mídia. O que interessa é o clube, a instituição e o seu futuro. Vejam os exemplos malfadados, do Pará, do Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, e tantos outros estados nordestinos e até do norte e demais regiões brasileiras.
O futebol nordestino e principalmente o futebol pernambucano precisa mudar e poderia ser usado esta situação para começarmos um novo futuro, um futuro profissional.
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