'Até
quando o capitalismo vai usar o futebol para encobrir injustiça social?',
questiona o movimento...
No último sábado, pouco depois de Alex Atala trocar as bolas
e roubar a cena no sorteio da Copa das Confederações, cerca de duas mil pessoas
representando mais de 50 grupos saíram da ocupação popular na rua Mauá, próximo
à estação da Luz no centro de São Paulo, e caminharam até o Anhembi, onde se
concentraram os eventos promovidos pela FIFA, para protestar por eventos
esportivos menos elitistas e que incluam, nas respectivas politicas de
prioridades, os anseios das camadas menos favorecidas das cidades-sede.
Chamado de "Copa para quem?", o ato contou também com intervenções de grupos de teatro que encenaram críticas ao Governo Federal e a FIFA; organizado pelo Comitê Popular da Copa, deu voz ainda de atingidos pelas remoções de moradias no entorno do estádio do Corinthians, em Itaquera, até feministas preocupadas com o turismo sexual em eventos desse porte. E como anunciado na própria manifestação, o grupo conseguiu uma reunião com o ministro Aldo Rebelo, no escritório da presidência em São Paulo, na próxima sexta-feira.
Chamado de "Copa para quem?", o ato contou também com intervenções de grupos de teatro que encenaram críticas ao Governo Federal e a FIFA; organizado pelo Comitê Popular da Copa, deu voz ainda de atingidos pelas remoções de moradias no entorno do estádio do Corinthians, em Itaquera, até feministas preocupadas com o turismo sexual em eventos desse porte. E como anunciado na própria manifestação, o grupo conseguiu uma reunião com o ministro Aldo Rebelo, no escritório da presidência em São Paulo, na próxima sexta-feira.
"Fiquei sabendo sim do ato e vamos recebê-los. Queremos ouvi-los",
comentou Rebelo na terça-feira, durante visita às obras do novo estádio do
Palmeiras. Um dia depois, o encontro foi confirmado e terá pelo menos cinco
membros que levarão as principais questões de violação dos direitos humanos ao
representante do Governo - um dossiê sobre o tema, aliás, completa um ano da
primeira publicação no próximo dia 10 de dezembro e, segundo o Comitê, ainda
não teve nenhuma resposta.
"Teremos pelo menos uma pessoa ameaçada por remoção em Itaquera representando a luta por moradia, um vendedor ambulante que corre o risco de não poder trabalhar, um representante da juventude e classe universitária, um representante do Movimento Nacional da População de Rua, e alguém do Movimento Negro, para levar também a questão do extermínio nas periferias e do aparato militar mobilizado para a Copa", explica Juliana Machado, que estará presente no encontro em representação dos jovens paulistanos.
De acordo com números do Comitê, a reinvindicação de moradia envolve cerce de 170 mil pessoas que devem ser removidas de suas casas nas doze cidades que receberão o Mundial em 2014. A conta também é de cerca de 10 mil ambulantes que estão ameaçados de trabalhar no país pela limitação da Lei Geral da Copa que dá poder à FIFA sobre o comércio num raio de 2km dos estádios do torneio. A intenção do grupo é também conseguir levar à conversa com Aldo Rebelo representantes de outras áreas, como as que tratam do feminismo, da parte jurídica e do serviço social.
"Teremos pelo menos uma pessoa ameaçada por remoção em Itaquera representando a luta por moradia, um vendedor ambulante que corre o risco de não poder trabalhar, um representante da juventude e classe universitária, um representante do Movimento Nacional da População de Rua, e alguém do Movimento Negro, para levar também a questão do extermínio nas periferias e do aparato militar mobilizado para a Copa", explica Juliana Machado, que estará presente no encontro em representação dos jovens paulistanos.
De acordo com números do Comitê, a reinvindicação de moradia envolve cerce de 170 mil pessoas que devem ser removidas de suas casas nas doze cidades que receberão o Mundial em 2014. A conta também é de cerca de 10 mil ambulantes que estão ameaçados de trabalhar no país pela limitação da Lei Geral da Copa que dá poder à FIFA sobre o comércio num raio de 2km dos estádios do torneio. A intenção do grupo é também conseguir levar à conversa com Aldo Rebelo representantes de outras áreas, como as que tratam do feminismo, da parte jurídica e do serviço social.
Na Bahia, um exemplo emblemático da lei é o da venda de
acarajés. Em entrevista recente à TV Globo, a chefe de gabinete da SECOPA
(responsável pela organização da Copa no Estado), Liliam Pitanga, disse que o
Estado está tentando garantir a venda da comida típica por meio de um ofício à
FIFA em que solicita a permissão para que as vendas possam acontecer no entorno
e dentro da Fonte Nova pelas próprias vendedoras locais a partir de uma
regulação da entidade que comanda o futebol. "Não fomos chamadas para
participar da licitação. Quando eles contratam uma empresa que provavelmente
não é da Bahia, a empresa vai contratar uma cozinheira, não uma baiana. É com
esse dinheiro que a gente sobrevive e mantém a família", comentou Rita Santos,
presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, à mesma emissora.
Outro fenômeno fruto da Lei Geral é a adaptação de comércios
que ficam em áreas próximas de onde acontecerão os jogos. Reportagem do mês de
setembro no portal UOL contou que bares em frente ao Maracanã receberam toldos
dos patrocinadores da Copa, pagos pela Coca-Cola e pela Brahma. De acordo com a
legislação implantada, a organização do Mundial tem o direito de impedir
qualquer tipo de marketing de concorrentes dos patrocinadores do evento, o que
pode colocar em dúvida o funcionamento de um estabelecimento que estampa a
marca de uma cerveja que não seja a que financia a Copa do Mundo.
Certamente que já passou da hora da Presidente do Brasil pensar em usar seu poder para diminuir essa brutal diferença entre os que
têm e os que não têm, e não estou falando em politica, ou em partidos, social, democrata, republicano, estou me referindo à roubos, expulsões, tirar de quem já tem quase nada para dar a quem tem quase tudo.
Vou usar um exemplo - que pode parecer estranho ao que estou tentando explicar: O Exército assumiu várias obras na transposição do rio São Francisco e as entregou prontas, enquanto que as empreiteiras que assumiram a outra metade ainda não entregou além de abandonar e encarecer alguns trechos do projeto.
Dizem que foi a corrupção - os pagamentos de propina-, e a desonestidade de cobrar mais pelo mesmo serviço que encareceu a obra, o certo é que a justiça precisa averiguar, e punir os culpados. Mas não seria a hora de usar esse contingente do Exército para construir casas para os que não têm? Mesmo que essa não seja sua função principal, chega de ver o Brasil crescendo e as favelas aumentando, o crime e as desigualdades sociais em plena expansão. Não quero meu filho crescendo num País onde a propina e a desigualdade seja tratada de maneira errada ou então, esquecida.
Vou usar um exemplo - que pode parecer estranho ao que estou tentando explicar: O Exército assumiu várias obras na transposição do rio São Francisco e as entregou prontas, enquanto que as empreiteiras que assumiram a outra metade ainda não entregou além de abandonar e encarecer alguns trechos do projeto.
Dizem que foi a corrupção - os pagamentos de propina-, e a desonestidade de cobrar mais pelo mesmo serviço que encareceu a obra, o certo é que a justiça precisa averiguar, e punir os culpados. Mas não seria a hora de usar esse contingente do Exército para construir casas para os que não têm? Mesmo que essa não seja sua função principal, chega de ver o Brasil crescendo e as favelas aumentando, o crime e as desigualdades sociais em plena expansão. Não quero meu filho crescendo num País onde a propina e a desigualdade seja tratada de maneira errada ou então, esquecida.
Por Paulo Silva Jr., de São Paulo, para o ESPN.com.br.
*As fotos foram tiradas do perfil do Movimento Passe Livre
São Paulo no Facebook. Comentário: Roberto Queiroz. Tradução: Roberto Queiroz e
Roberto Queiroz Junior.
"Even
when capitalism will use football to cover social injustice? “ Questions the
move ...
On
Saturday, shortly after Alex Atala replace the balls and steal the scene at the
Confederations Cup draw, about two thousand people representing over 50 groups
left the popular occupation in Maud Street, near the station of the Light in
downtown San Paul, and walked to the Anhembi where focused events promoted by
FIFA, to protest less elitist and sporting events which include, in their
political priorities, the aspirations of disadvantaged sections of the host
cities.
Called
"Cup for whom?", The act also included interventions theater groups
that staged criticisms of the Federal Government and FIFA, organized by the
Popular Committee Cup, gave voice still affected by the removal of houses
around the stadium of Corinthians in Itaquera until feminists concerned with
sex tourism in such events. And as announced at the event itself, the group
secured a meeting with the Minister Aldo Rebelo, the office of the presidency
in Sao Paulo, next Friday.
"I
learned so act and we welcome them. Want to hear them," Rebelo said on
Tuesday during a visit to the works of the new stadium Palmeiras. A day later,
the meeting was confirmed and have at least five members who will lead the main
issues of human rights violations to the government representative - a dossier
on the subject, in fact, completes a year of the first publication on 10
December and , according to the Committee, still had no response.
"We
will have at least one person threatened with removal in Itaquera representing
the struggle for housing, a street vendor who runs the risk of being unable to
work, a representative of the youth and university class, a representative of
the National Movement of Population Street, and someone from Black Movement, to
bring also the question of extermination and the peripheries of the military
mobilized for the World Cup, "said Juliana Machado, who will attend the
meeting on behalf of young paulistanos (paulistas citizens).
According
to figures from the Committee, the housing CLAIM involves Teal 170 thousand
people who should be removed from their homes during the twelve cities hosting
the World Cup in 2014. The bill also is about 10 000 vendors who are working in
the country threatened by the limitation of the General Law of the Cup that
powers FIFA on trade within a radius of 2km of the tournament stadiums. The
intention of the group is also able to take Aldo Rebelo conversation with
representatives from other areas, such as dealing with feminism, from the legal
and social service.
In Bahia,
an emblematic example of the law is the sale of acarajés (a tipic Bahia food
made with beans). In a recent interview with TV Globo, the chief of staff
SECOPA (responsible for organizing the World Cup in the state), Liliam Pitanga,
said the state is trying to secure the sale of typical food through a letter to
FIFA asking for permission so that sales can happen around and inside of the
Fonte Nova own local vendors from a regulating entity that runs the football.
"We were not called to participate in the bidding. When they hire a
company that is probably not of Bahia, the company will hire a cook, not a
Bahian.'s With that money we survive and support our’s family," said Rita
Santos, president of the National Association of Baianas Acarajé, the same
station.
Another
phenomenon is the result of the General Law adaptation of trades that are in
areas close to where the games take place. Report of September portal UOL said
that bars in front of the Maracana received awnings Cup sponsor, paid for by
Coca-Cola and Brahma. According to the legislation in place, the organization
of the World has the right to prevent any competitors from marketing sponsors
of the event, which may call into question the operation of an establishment
which stamps the mark of a beer other than that funds the World Cup.
Likewise it
will be a legacy on public transport, security, and other areas, the World
Cup will bring numerous other problems as these expulsions, the feast for corruption and allocation of important resources and I'm not talking about politics, or parties, like social, democrat, republican, I am referring to the thefts, evictions, take from those who already have almost nothing to give to anyone who has almost everything.
Surely it's time for the president of Brazil, really think about using her power to reduce this brutal difference between those who have and those who have not, I will use a case here, and it may seem strange that I'm trying to explain. The Brazilian Army took several works in the transposition of the São Francisco river and delivered ready, and the contractors who took too many other works, mostly not delivered and abandoned construction site, said it was corruption, payments of bribes to the over pricing the works, it is certain that justice needs to investigate and punish the guilty, but it would not be the time to use this contingent of the army to build homes for those who have not. Enough to see Brazil growing and growing slums, crime and social inequalities, I do not want my son growing up in a country where bribery and inequality is treated wrongly or forgotten, and this makes no sense.
Surely it's time for the president of Brazil, really think about using her power to reduce this brutal difference between those who have and those who have not, I will use a case here, and it may seem strange that I'm trying to explain. The Brazilian Army took several works in the transposition of the São Francisco river and delivered ready, and the contractors who took too many other works, mostly not delivered and abandoned construction site, said it was corruption, payments of bribes to the over pricing the works, it is certain that justice needs to investigate and punish the guilty, but it would not be the time to use this contingent of the army to build homes for those who have not. Enough to see Brazil growing and growing slums, crime and social inequalities, I do not want my son growing up in a country where bribery and inequality is treated wrongly or forgotten, and this makes no sense.
Besides that,
long ago, we're talking here about everything wrong that happens in football at
the world table and in Brazil too, peoples like Mr. Joseph Blatter who take the
presidency and want stay forever and only an intervention that can change this,
because here we have the something at the CBF, Federations, etc. And who has
this power is President Dilma Rousseff, only.
By Paul Silva Jr., of Birmingham, for
ESPN.com.br.
* The photos were taken from the
profile of the Movement Free Pass São Paulo on Facebook. Comment:
Roberto Queiroz. Translation: Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior.
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