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21 de outubro de 2014

CBF nega pagar salário de convocados: 'São Paulo lucra com seleção'

A CBF descarta atender a reivindicação do São Paulo, que pede que a entidade pague cerca de R$ 20 milhões por todas as convocações de seus atletas desde 1998. Até mesmo a transferência recorde da revelação tricolor Lucas Moura para o Paris Saint-Germain, em 2012, por 43 milhões de euros (R$ 108,34 milhões, de acordo com a cotação da época), é citada como um retorno que os clubes conseguem através da seleção.
Marco Polo Del Nero, que assumirá o seu comando a partir de abril de 2015, descarta ceder à pressão tricolor, que se baseia na Lei Pelé. Perguntado pela reportagem se pagaria o valor cobrado pelo clube do Morumbi, ele foi sucinto.
"Não", afirma ao ESPN.com.br.
"Não pensamos nisso. Quem não quiser que peça para não chamarmos o jogador", prossegue.
Segundo o diretor jurídico são-paulino Leonardo Serafim, a CBF já havia sido notificada extraoficialmente para que a situação não fosse levada para a Justiça. O prazo venceu e a entidade não respondeu. O clube havia prometido encaminhar o caso para outras após se dizer prejudicado com as convocações de Souza e Kaká para amistosos recentes.
Ele se baseia no parágrafo 1º do artigo 41 da Lei Pelé para exigir o acerto de contas com o passado.
"Art. 41. A participação de atletas profissionais em seleções será estabelecida na forma como acordarem a entidade de administração convocante e a entidade de prática desportiva cedente.
§ 1o A entidade convocadora indenizará a cedente dos encargos previstos no contrato de trabalho, pelo período em que durar a convocação do atleta, sem prejuízo de eventuais ajustes celebrados entre este e a entidade convocadora", diz o trecho.
A exemplo de Del Nero, o presidente José Maria Marin também descartou atender ao levantamento tricolor feito tendo base todas as listas da seleção desde 1998, ano da promulgação da Lei Pelé, e ressaltou a valorização que a camisa amarela proporciona aos atletas que a vestem.
"Eu já disse e volto a repetir. Qualquer presidente de clube que não quiser a convocação, faça um pedido formal, assine esse documento e assuma essa responsabilidade. Tem de manifestar expressamente isso. Volto a insistir. Eu quero lembrar a venda do Lucas. Quando esteve na seleção brasileira, ele e tantos outros jogadores, que depois de vestirem a camisa se valorizaram muito", recordou.
Dunga convoca a seleção na próxima quinta-feira, às 11h (de Brasília) para os amistosos contra a Turquia, no dia 12 de novembro, e contra a Áustria, no dia 18 de novembro.
Concordo plenamente com a afirmação de que um jogador da Seleção Brasileira é visto por outro prisma, outro nivel, passa a valer muito mais e o que também conta, pode ser transferido para qualquer País do mundo. E qual o dirigente que irá pedir para o jogador de seu clube não ser convocado, só se for um imbecil (porque mesmo sendo estagiário e amador, é esperto o suficiente para saber disso).

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