Explica-se: o São Paulo deveria mandar ao time da Flórida uma lista com o valor médio da receita líquida dos jogos pelo Brasileiro antes de 10 de julho de 2014. Pela ordem, eram quatro duelos: contra Botafogo, Coritiba, Grêmio e Atlético-MG. A exigência fazia parte da compensação ao time americano pelo empréstimo de Kaká.
O não envio dessa relação obrigaria o São Paulo a pagar uma multa diária de R$ 32,1 mil a partir do 11º dia após 26 de junho de 2014, data da assinatura do contrato com o Orlando City. Contudo, só enviou a planilha em 13 de fevereiro deste ano, o quer por si só já configuraria uma dívida de R$ 7,32 milhões.
Mesmo assim, como o clube tricolor não mandou comprovantes das rendas nessa ocasião, o time norte-americano considerou que até a última segunda, portanto, passaram-se 378 dias desde que o time tricolor deveria ter enviado o documento e não o fez. Os advogados do Orlando City confirmaram as informações.
Assim, a multa, pela visão dos americanos, totaliza, até esta quarta-feira, quase R$ 12,2 milhões, um dinheiro que não correria risco de sair dos cofres do Morumbi se o São Paulo tivesse feito apenas um documento de Excel com o cabeçalho, a relação das rendas das quatro partidas e o total expresso logo abaixo. Um trabalho de menos de cinco minutos, que rende agora uma baita dor de cabeça.
O São Paulo, por sua vez, alegou à ESPN que mandou os documentos anteriormente, sem conseguir precisar a data. E acrescentou que, se o que foi enviado estava errado, o Orlando em nenhum momento avisou ao clube.
Além da multa pelas informações não repassadas, o Orlando quer mais R$ 1.744.359,26. Esse é o valor, acrescido de multa pelo não pagamento no prazo correto, do que deveria ser a compensação pelo empréstimo de Kaká: 20% da diferença da renda líquida nos jogos do São Paulo no Brasileiro-2014 com e sem o atacante.
Sem a multa, o São Paulo deveria pagar R$ 1,44 milhão pelo empréstimo de Kaká. Agora, caso o Orlando tenha sucesso na Justiça, a negociação pode custar quase R$ 14 milhões.
O time americano ainda havia proposto abater toda a dívida que julga ter direito em troca do meia Paulo Henrique Ganso, mas a equipe brasileira rejeitou a alternativa por considerar que o valor é exagerado.
A exigência que pode custar tamanho prejuízo ao São Paulo está expressa no contrato obtido pela ESPN , no item 2.4.1 e 2.4.2.
Será que preciso falar mais alguma coisa? Acho que não, estamos indo de mal a pior e olhe que este poço não tem fundo.
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