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25 de março de 2015

Multa por Neymar não faz cócega na fortuna de ex-presidente do Barcelona

A contratação de Neymar ainda é assunto em Barcelona. A Justiça espanhola quer punir, por crimes financeiros e civis, o clube espanhol, o presidente atual, Josep Maria Bartomeu, e o ex-presidente Sandro Rosell, que deixou o cargo justamente após a divulgação do escândalo gerado pela transferência do brasileiro. Contudo, mesmo se confirmada as indenizações para o dirigente, sua fortuna não sofrerá grandes danos.
O patrimônio de Rosell segundo reportagem do jornal El Mundo em fevereiro de 2014, girava em torno de 250 milhões de euros (R$ 857 milhões). A Justiça espanhola quer que o ex-presidente pague 34,6 milhões de euros, sendo 25,1 milhões por crimes financeiros e 9,5 milhões por crimes civis.
Rosell, Bartomeu e o Barcelona são acusados de sonegar cerca de 12 milhões de euros em impostos ao Ministério da Fazenda durante a negociação por Neymar. Perante a Justiça, o presidente azul-grená alegou, à época, que a contratação de Neymar não passou de 57 milhões de euros (cerca de R$ 192 milhões), quando as contas oficiais sugerem um valor de 94 milhões de euros (cerca de R$ 320 milhões) pela negociação.
Nascido em 1964, Sandro Rosell viveu o Barcelona desde cedo, já que é filho de Jaume Rosell, dirigente do clube na década de 70. Seu início no esporte ocorreu na década de 90, quando trabalhou no Comite Organizador dos Jogos Olímpicos de 1992.
Diretor da ISL, agência de marketing acusada de ter pago propinas aos dirigentes Ricardo Teixeira e João Havelange, Rosell também trabalhou na Nike, onde intermediou contratos com a seleção brasileira e com o Barcelona.
Em 2008, a Ailanto, empresa que tinha Sandro Rosell como sócio, recebeu R$ 9 milhões do governo de Brasília pelo amistoso entre as seleções de Brasil e Portugal, em 2008, quando Teixeira ainda estava à frente da entidade.

Vice-presidente do Barcelona em 2003, ao lado de Joan Laporta, Rosell deixou a diretoria dois anos depois por desavenças com a gestão, tornando-se oposição e sendo eleito em 2010. Quatros anos depois, ele renunciou pelas acusações geradas com a compra de Neymar junto ao Santos.
Se, no âmbito financeiro, Sandro Rosell pode ficar tranquilo mesmo que tiver de pagar milhões a Justiça espanhola, outra punição pode ser bem mais grave. A Procuradoria Anticorrupção da Espanha pediu nesta segunda-feira que Sandro Rosell pegue sete anos e três meses de prisão por conta de irregularidades na negociação de Neymar.
Acabei de falar em tópicos que se relacionam diretamente com isto, assim é o futebol, uma indústria desregulada e cheia de mazelas, agora vamos esperar de quem ou de que, sua re- estruturação.... Duvido que alguém ou algum órgão consiga arrumar e alinhar este negócio.

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