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22 de julho de 2015

Corinthians quer mudar contrato com BNDES e pede mais um ano para pagar estádio.


O Corinthians quer aumentar o prazo de carência para começar a quitar a construção do seu estádio. Pelo contrato assinado em novembro de 2013, o pagamento dos R$ 400 milhões do financiamento do BNDES começa agora, em julho - com o máximo de 180 meses para zerar todos os débitos em parcelas mensais, com juros e correções.
As diretorias do Parque São Jorge e do Fundo que cuida da arena tentam acertar uma mudança nesse sentido. Eles argumentam que pelas regras do banco para o financiamento dos estádios da Copa, há pelo menos 36 meses de carência, a contar do dia em que o documento foi assinado - dia 19 de novembro de 2013, neste caso. 
Ou seja, se os 36 meses fossem seguidos, o Corinthians só precisaria fazer o primeiro depósito só em novembro de 2016. Mas não é o que diz o contrato de financiamento, que estipula 15 de junho de 2015 como a data final da carência.
A conversa acontece com a Caixa Econômica Federal, que é a repassadora do dinheiro, e com o BNDES, mas ainda não há uma definição. Enquanto espera, porém, a cúpula alvinegra diz que já pagou a primeira parcela, de R$ 5 milhões, dinheiro que saiu do fundo em que são depositadas todas as rendas dos jogos em Itaquera.
"Todos os empréstimos para arenas no Brasil são em 36 meses de carência. Somente nós estávamos usando 19 meses. Então, pedimos mais 12 meses, pois as obras só vão acabar agora. É só isso. Já pagamos a primeira parcela", respondeu Andrés Sanchez, superintendente de Futebol do Corinthians, em contato com a reportagem.
"Esse é um direito que temos, está nas regras. Só queremos que seja cumprido, com todo mundo foi assim", completou.
Atrasadas, as obras ainda não têm um prazo definido para acabar. A Odebrecht diz que no final de julho terminará. Internamente, porém, dirigentes do clube têm certeza de que é impossível que tudo esteja pronto até antes do mês de setembro. O valor já chega em R$ 1,2 bilhão, contando juros, empréstimos e contratos extras fechados durante o andamento da construção.
Procurada, a Caixa Econômica Federal informou, por meio de sua assessoria de imprensa, "que as operações são protegidas por sigilo bancário" e esclareceu "que o andamento das parcelas e as liberações dos contratos estão em ritmo normal".
Infelizmente, a palavra dada e os contratos aqui no nosso País virou um motivo de chacota e piada e tudo que se faz, agora se empurra para depois, para mais adiante, pensando apenas em reajustes e por conseguinte, propinas e comissões.

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