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21 de julho de 2009

CLUBES NO BRASIL, ASSOCIAÇÕES OU EMPRESAS.

Um tema muito complicado para se falar no nosso País, todas as agremiações com departamento de futebol “profissional” são “agremiações” fundadas por uma pessoa ou grupo de amigos, para se divertirem e terem algo para fazer nos final de semana. E com o tempo se tornaram os grandes Clubes brasileiros, formadores de grandes torcidas fanáticas, que amam as cores o símbolo ou mesmo o nome da agremiação e chegam a se digladiar e arrumar grandes confusões, chegando ao limite de matar ou morrer.

E quase todos em estado precário de sobrevivência, devendo aos cofres públicos, aos funcionários, entendam-se, administrativo e profissional, todos sem exceção, estão sempre com problemas com a justiça trabalhista ou fiscal. Procuram sempre sair pelo lado que acham melhor ao invés de se prepararem para administrarem de acordo com as regras atuais e vigentes.

Não estudam nem ao menos se preocupam em saber se adequar aos novos tempos, onde existem novas maneiras de se conseguir receita sem tentar burlar as Leis. Não procuram identificar no mercado quais os meios que lhe poderão trazer rentabilidade, continuam querendo administrar a vida profissional dos outros, amadoramente, entendam-se, os atletas que hoje deixaram de ser simplesmente “boleiros” para se tornarem atletas profissionais do futebol, do contrário não irão a lugar nenhum, nunca conseguiriam ganhar a vida jogando da maneira que fazia 30 anos atrás.

Hoje, todos se atualizam, estudam, viajam atrás de conhecimento, de aprender novas técnicas e de aplicar isto em suas vidas para se tornarem viáveis. Cursos de Gestão Esportiva, Direito Desportivo, Marketing Desportivo e tantos outros são disponibilizados em Universidades ao redor do Mundo para qualquer um aprender e usar.

Mas parece que estes nossos “dirigentes” não fazem questão nenhuma em aprender a administrar o futebol como realmente deve ser “profissionalmente”. Pois assim é mais fácil roubar, desviar, saquear o que não lhes pertence e qualquer arbitrariedade fica mais difícil de encontrar um culpado. Mesmo existindo a Lei de Responsabilidade Civil e outras tantas que tentam orientar além de regular a coisa certa dentro destas associações.

Quando temos 15 mil pagantes em um jogo e a renda é apenas em torno de 100.000 reais, ou seja, menos do que o salário de um jogador mensal que esteve em campo e que se levarmos em consideração que este mesmo clube joga apenas 2 vezes por mês em seu próprio estádio (que é onde tem direito a renda total do jogo), e terá apenas + outra renda parecida com esta, de onde se irá tirar o restante do dinheiro necessário para se pagar todo o plantel + a comissão técnica + outros profissionais envolvidos, como médicos, fisioterapeutas, gerentes, etc., além de que normalmente este Clube vive em torno do seu departamento de futebol profissional, que provavelmente é quem sustenta todo o clube??? Dos Direitos de imagem? Da TV? Do marketing? De onde???

Temos então que saber que este clube tem que ser administrado como realmente é, uma empresa, e tem que ter profissionais administrativos de alto nível, trabalhando nesta empresa 24 horas por dia ao invés de presidentes, diretores, vice-presidentes, gerentes, que são conselheiros, torcedores ilustres, pessoas com outras profissões (e que são altamente profissionais naquilo que tem e fazem) mas, que somente dispõem não dispõem de seu tempo hábil, e é isto justamente que acontece, eles costumam usar seu “spare time” para se revelarem como “experts” do futebol e aí vem a desgraça do clube. Já se descobriu que somos um País formador de jogadores diferenciados, somos um celeiro de craques, mas os próprios clubes não sabem como administrar isto, não sabem como planejar esta formação a longo e médio prazo além de não cumprirem as regras criadas pela própria FIFA, sobre como deve ser feito este procedimento.

Temos uma legislação trabalhista altamente complicada e com uma burocracia arcaica, além de altos custos em ser ter um funcionário, completamente diferente da legislação de Países de 1º. Mundo onde não se tem que se terem estes registros desnecessários, obsoletos e arcaicos que maximizam o correto procedimento de se ter divisões de base. Hoje o Brasil vai à contra mão destes Países e conseqüentemente tem ainda como fator para complicar a desvalorização da moeda nacional em relação ao dólar norte americano, a libra esterlina e ao próprio dinheiro criado pela união européia (euro).

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