O Internacional considera cada vez mais difícil a permanência do meia João Paulo e do atacante Lucas Roggia no Beira-Rio. Grandes revelações das divisões de base, eles têm como empresário o italiano Mino Raiola, o mesmo que tirou o lateral-direito Felipe Mattioni do Grêmio, em 2008, colocando-o no Milan praticamente de graça.
Quando um jogador da base completa 16 anos, os clubes fazem com eles um contrato de três anos – o máximo de duração permitido pela FIFA. Ao completarem 18, um ano antes de expirar esse primeiro contrato, o normal é entrarem em acordo com o clube para renovar por cinco anos. A não ser que sejam assessorados por empresários que agem em curto prazo.
- Nesse caso, eles são orientados a não aceitar nenhuma proposta, para ficar livre em um ano depois, ou então, como é o caso de Lucas Roggia e João Paulo, a pedir uma quantia acima da realidade do clube – revelou nesta quinta-feira o vice-presidente de futebol do Inter, Fernando Carvalho, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Lucas Roggia é considerado no Beira-Rio o legítimo sucessor de Pato. João Paulo tem cartaz de “meia” cerebral. O impasse com os dois vem desde o primeiro semestre, quando completaram 18 anos. A estratégia do Internacional foi retirá-los dos jogos e colocá-los a treinar em separado. Depois, negociar com o italiano Raiola a renovação de contrato. Aí, aconteceu a pedida “acima do que recebeu Alexandre Pato em 2006”, contou o dirigente.
- O clube se adaptou bem a todos os aspectos da legislação esportiva, mas encontra dificuldade nesse. O ideal, quando o garoto completa 16 anos, seria fazer contrato de cinco anos. Ele teria tempo para completar sua formação e o clube ficaria protegido. Mas isso só é possível depois dos 18 anos – comentou Carvalho.
Parece que há um mal entendido aqui, pelo que sabemos diretamente da fonte mundial que rege o futebol, ou seja, a FIFA, o contrato inicial deve e pode ser de 5 anos (aos 16 anos, poderá ser feito este 1º. Contrato e de acordo com a Legislação Trabalhista brasileira, o jovem só pode ser contratado com esta idade, ter sua carteira de trabalho feita e assinada) e depois o clube tem a “preferência” para assinar por mais 3 anos (16 + 5 = 21 + 3 = 24) uma idade excelente para ser negociado.
Agora sobre esta “interferência” de pessoas que não são nem mesmo brasileiros, fica difícil qualquer clube trabalhar, se faz necessário que a própria CBF além de acionar a FIFA, use o seu departamento jurídico altamente competente para que tome providências imediatas sobre este tipo de “pirataria”, porque de repente, nossos clubes formadores de atletas ficarão sem nenhum futuro atleta, que seja diferenciado, e o que é pior, sem ter nenhum ressarcimento pelo investimento em formar atletas.
É necessário que a CBF informe todos os direitos que os clubes e jogadores tem além dos direitos de clubes formadores, bem como da legislação trabalhista que rege esta situação.
Recém tivemos este imbróglio aqui mesmo na Ilha do Retiro e quem perdeu foi o clube. Não vamos entrar no mérito da questão, até porque já falamos exaustivamente sobre esta situação.
O próprio jogador deste triste episódio encontrou guarida no sul e olhe o feitiço voltando contra o feiticeiro. Estamos completamente a deriva, sem lei e sem ordem no futebol e como não se tem, além do conhecimento, a transparência, honestidade e comprometimento, salve-se quem puder, este é o lema.
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