O casamento foi desfeito há quase quatro meses. O que parecia uma excelente relação de amor acabou na Justiça e hoje, às 8h30, na 18ª Vara da Justiça do Trabalho, o ex-técnico do Sport, Nelsinho Batista, deve ficar frente a frente com os advogados do clube. O treinador, que hoje comanda o Kashiwa Reysol, do Japão, não confirmou presença na audiência onde cobra uma dívida de quase R$ 770 mil ao clube rubro-negro. O técnico alega que não recebeu FGTS, 13º salário, a multa pela rescisão do contrato e ainda a premiação pela conquista da Copa do Brasil e 2008.
Há mais ou menos dois meses, a bomba estourou quando o clube foi notificado e as tentativas de acordo não foram concretizadas. O Sport reconhece boa parte do débito com o Nelsinho Batista, mas não aceita a alegação dos advogados do treinador em relação às dívidas de vínculo empregatício. A alegação dos juristas leoninos é que o vínculo do clube não foi realizado com o treinador (pessoa física) e sim com a empresa de Nelsinho.
O vice-presidente jurídico do Sport, Eduardo Carvalho, questiona alguns pontos alegados pelo treinador. "O que causa estranheza é que ele teria sido pressionado pela diretoria para rescindir o contrato de trabalho. Isso é um absurdo. Os apelos foram constantes, pela sua permanência, inclusive, por parte do presidente, Silvio Guimarães", comentou o jurista leonino.
O embate jurídico entre Nelsinho Batista e Sport Clube do Recife pode demorar, ao menos, seis meses para ser concluído. Devido à ausência do ex-treinador leonino, ontem, na sessão da 18ª Vara da Justiça do Trabalho, a juíza Solange Moura de Andrade decidiu tirar o processo de pauta até o final de março de 2010. Durante o período, os advogados de acusação precisam informar quando o técnico estará apto a vir ao Recife para participar de nova audiência. O comandante das conquistas rubro-negras dos dois últimos campeonatos estaduais e da Copa do Brasil justificou a falta alegando não ter sido liberado pelo clube onde trabalha atualmente - o Kashiwa Reysol, do Japão.
As exigências trabalhistas de Nelsinho - cujo salário recebido no Sport começou em R$ 80 mil (de 1º de janeiro a 30 de abril de 2008), pulou para R$ 100 mil (de 1º de maio a 10 de dezembro de 2008) e chegou a R$ 130 mil (de 1º de janeiro de 2009 até a rescisão, ocorrida no último dia 20 de maio)- se dividem em seis fatores: FGTS (R$ 153.933,33), 13º salário (R$ 154.166,66), férias (R$ 205.555,54), premiações (R$ 160 mil), salário pelos 20 dias trabalhados em maio de 2009 (R$ 86.666,66) e ausência de assinatura na Carteira de Trabalho e Previdência Social (R$ 232,50). O ex-treinador ainda exige indenização por danos morais no valor de R$ 455 mil - neste caso, a dívida rubro-negra ultrapassaria a barreira de R$ 1,215 milhão.
As queixas de danos morais se escoram sobre supostos assédio moral e pressão para a saída do treinador. Segundo o processo impetrado pelos advogados de acusação, Nelsinho teria sido exposto a situações humilhantes e constrangedoras e a diretoria leonina teria criado atritos para favorecer a demissão.
Defesa - O advogado rubro-negro Eduardo Coimbra, presente no julgamento, garantiu que não houve imposição para firmar contrato diretamente com a empresa de Nelsinho. "A Nelsinho's Sports existe desde 1999 e o treinador já firmou vínculo com outras equipes pelo mesmo meio. Sem falar que ele não foi demitido do clube, mas sim, pediu demissão", alegou, calculando a real dívida do clube. "Só restam algumas pendências de premiação, que não chegam a um décimo do que ele solicitou."
*Fontes do Diário de Pernambuco.
Lá vamos nós outra vez, mais problemas de falta de competência; de conhecimento e não me venham falar que não é isto. Como se pode administrar uma empresa, sem se ter as obrigações trabalhistas recolhidas e seus salários pagos? E agora presidente, o senhor foi a todos os programas da imprensa falada, escrita e televisada, falar das contas que deixaram e agora? Qual será a desculpa.
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