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5 de janeiro de 2010

Everton deixa o Flamengo por cerca de R$ 10 milhões.



Jogador acertou com o Tigres, do México, para o ano que vem.


Agora é definitivo. Everton deixará a Gávea e defenderá o Tigres, do México, na próxima temporada. A negociação foi acertada e os mexicanos levaram o meia pela farta quantia de US$ 5,7 milhões, aproximadamente R$ 10 milhões. A Traffic detém 90% dos direitos do atleta, sendo os dez restantes do Flamengo.


Everton tem 21 anos e chegou ao Flamengo em 2008, vindo do Paraná. O Palmeiras chegou a cogitar o nome do jogador para uma possível troca por Vagner Love, mas o rubro-negro não cedeu.


O empresário do meia, Carlos Jatobá, ressaltou que a transação foi benéfica para todas as partes.


- O Tigres não nos deixou outra escolha ao apresentar uma proposta extremamente vantajosa para as três partes: a Traffic, que vendeu 80% dos direitos econômicos para o clube mexicano, mas ainda permanece com 20%, em conjunto com o jogador; para o Flamengo, que ganhará 10% do total do valor da venda; e para o atleta, que ganhou a segurança de um contrato longo e muito bom financeiramente - explicou Jatobá.


Everton optou pelo discurso em tom de agradecimento e carinho ao Flamengo, clube que, segundo ele, ajudou a mostrar seu talento.


- É claro que tudo teve meu consentimento, mas não tenho como negar que fica uma tristeza de deixar o Flamengo. Aqui tive um carinho muito grande de todos e pude mostrar o que sei de melhor. Sem contar que alcancei o topo da minha carreira até o momento conquistando o título brasileiro. Entrei para a história do clube e isso ninguém pode apagar. Carregarei esse orgulho para sempre - declarou Everton.


LANCEPRESS



Não precisei esperar muito para poder exemplificar o que acabei de escrever. Sobre as “empresas” que compram e vendem jogadores como se estivessem aplicando na Bolsa de Valores, ou vendendo um par de tênis usado. E vejam que a própria imprensa especializada cita a transação como FARTA, “farta quantia de US$ 5,7 milhões, aproximadamente R$ 10 milhões de reais.


Veja este caso, o atleta que é o principal artífice, o dono da carreira e o clube o que propiciou que seus sonhos e objetivos se concretizassem, são os que menos recebem. A empresa é dona de nada menos de que 90% dos direitos “federativos” do atleta e o clube que o projetou e que sem isso não haveria jogador, fica com apenas uma sombra do que poderia e deveria receber.


Agora vende 80% e fica o atleta e a própria empresa dona de 20%? O que é isto, meus caros, e quem podem falar que isto é para o bem do Flamengo e do atleta, ninguém! Porque se compararmos o perfil deste atleta, campeão brasileiro, sua idade e o nível de seu futebol, entenderão o porquê da Seleção Nacional Espanhol valer mais do que a Seleção Brasileira. Ele vale muito mais que isto.


“Enquanto os atletas espanhóis não têm isto (empresas donas de sua vida) o clube e o jogador é quem recebem este dinheiro”.


Sendo avaliados dentro do universo europeu de valores, com uma moeda unificada que vale no continente inteiro.


E neste caso, temos uma empresa que tem contas a prestar aos seus acionistas (aqueles que aplicam o dinheiro querendo rendimentos e quanto mais alto melhor) sem se importar quem é quem e o porquê da transação, o que querem é o resultado, ou seja, o dinheiro. E a empresa, quer mostrar que é competente, gerando negócios um atrás do outro, se interessar quem é quem e o por que.


Mais o responsável por isto tudo, não é a empresa, mas sim, o dirigente do clube que por incompetência e ganância entrega o patrimônio do clube ao primeiro que aparece com dinheiro, “cash on hand” dando liquidez para poder cobrir sua folha, para poder cobrir sua falta de visão, de conhecimento, sua negligência pois normalmente tem outra profissão e outro trabalho. Até quando o futebol profissional brasileiro vai está entregue a esta situação.


A dilapidação do patrimônio dos clubes, o endividamento dos mesmos, os processos na justiça do trabalho, os salários atrasados e ou não pagos, os impostos não recolhidos, tudo isto é motivado pelo “amadorismo” dos nossos dirigentes que infelizmente ainda não respondem com seus próprios bens, para sanar os absurdos de ingerência causados por sua fome de poder. Até quando o Ministério dos Esportes, o Ministério do Trabalho e o nosso presidente vão deixar esta situação acontecer, Leis se tem, diretrizes também, basta ler o estatuto da FIFA e suas instruções normativas para entendermos que o que nos falta é somente “vontade”, vontade de consertar o que está errado.


Não adianta falar que a “Lei Pelé”, que hoje tem menos de 5% em seu bojo e que foi modificada pela Lei Zico, Lei Maguito Vilela, Estatuto do Torcedor, e da Regulamentação de Trabalho do Menor e outras, é que transformaram o nosso futebol nesta desenfreada corrida ao pote no final do arco Iris. O que desencadeou esta corrida foi a ganância e a desonestidade, a falta de transparência, e de pessoas que realmente gostem dos seus clubes e acima de tudo sejam “honestos”.




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