11 de junho de 2010
A principal batalha do exército verde-amarelo será na África / The main struggle of the army green and yellow will be in Africa.
Conheça pactos e estratégias que moldaram um batalhão unido pelos ideais de seu comandante.
Dunga começou a montar seu exército para tentar o hexacampeonato com um pacto entre ele e seus primeiros comandados, na Noruega, antes do 1 x 1 com os donos da casa, jogo que marcou sua estréia como técnico da seleção — e na profissão —, em agosto de 2006. “Ele disse, na primeira conversa com a gente: ‘Quem for convocado, se dedicar nos treinos e jogar com amor pela seleção, vai voltar sempre, mesmo que não esteja bem em seu clube’”, diz o goleiro reserva Gomes.
Em vez de olharem desconfiados para o ex-jogador, quase todos os atletas acreditaram na promessa, cumprida a cada convocação. E foram se rendendo ao chefe. “Hoje, todos os jogadores que estão no grupo abraçaram a causa do Dunga”, diz o volante Felipe Melo, resumindo o espírito do time.
Ao assegurar a vaga na África, Dunga renovou o pacto com seus soldados. A promessa da vez: quem roeu o osso vai comer o filé. Um técnico leal a quem o ajudou a segurar seu emprego. Essa é uma das atitudes que os jogadores mais valorizam no futebol.
Mas e Adriano? Por que os outros 22 convocados (sem contar Grafite, que assumiu sua
vaga) não se revoltaram com o corte do Imperador? Eles concordaram com o raciocínio do treinador: Adriano não quis comer o filé. Bastava a ele, para ir à Copa, treinar e jogar pelo Flamengo. Seus sumiços no clube da Gávea foram interpretados como uma quebra no pacto.
Conquistado o respeito dos atletas, Dunga obteve deles uma fidelidade canina. A ponto de realizar a proeza de fazer com que eles dessem mais atenção à seleção do que aos clubes europeus, responsáveis por seus salários. A ausência de Luís Fabiano na final da Copa do Rei da Espanha foi um desses casos.
Às vésperas da convocação e da decisão pelo Sevilla, ele sentiu uma fisgada na coxa. Poderia ir para o sacrifício, mas seu agente, Jose Fuentes, entrou em cena. Intermediou uma conversa entre o médico da seleção, José Luiz Runco, e os médicos do clube. Os espanhóis concordaram em tirá-lo do jogo. Os brasileiros explicaram que não teria como ele atuar sem comprometer sua participação na Copa. A justificativa colou.
Kaká também evitou jogar com dores pelo Real Madrid, apesar de ser criticado por torcedores e jornalistas na Espanha. “Às vezes, um jogador que ficou sem jogar em seu time por causa de contusão chega em melhores condições do que quem estava atuando”, disse Paulo Paixão, preparador físico da seleção no primeiro dia de treinos da equipe nacional, em Curitiba.
MALEÁVEL
O mau humor de Dunga nas entrevistas sugere que ele possa impor suas vontades ao grupo na base da linha-dura. Mas, tirando o dia em que berrou com um funcionário da CBF (ele se demitiu dias depois) na frente de todos os jogadores, durante uma das refeições na Copa das Confederações, são raros os relatos de ataques de fúria do treinador. Pelo contrário: o general Dunga é descrito como hábil negociador. Usou essa habilidade para não ter de proibir os atletas de receberem parentes e amigos na África do Sul.
Teve a ajuda da CBF, que explicou aos convocados que a estadia no país da Copa não seria tão agradável e segura para seus convidados. A entidade não teria como protegê-los. Além disso, as folgas seriam raras, portanto, o tempo para curtir os amigos, escasso. Porém, a entidade se comprometeu a levar dois convidados de cada um caso o time chegue à final.
A viagem será no avião fretado que irá buscar a delegação ao fim de sua participação na Copa. E, nesse caso, a CBF ofereceria segurança à comitiva. Assim, mesmo sem serem proibidos de levar familiares para a África do Sul, a maioria está disposta a não convidar ninguém na primeira fase. E a esperar caso o time vá à decisão. “É um técnico de diálogo, mas que preza pela disciplina”, afirma o volante Ramires.
Com menos parentes por perto, fica mais fácil para Dunga manter a tal da blindagem, que em Curitiba já não foi completa. Na última noite no CT do Atlético-PR, uma sala foi reservada para alguns jogadores receberem poucos convidados. Durante o Mundial, mesmo se nenhum parente aparecer, reuniões vão acontecer com um convidado considerado ilustre pelos jogadores: o pastor Anselmo Alves, que costuma seguir a seleção bancada pelos atletas evangélicos.
Além de saber negociar, Dunga é um comandante que não tem medo de recuar para evitar perder uma batalha. Antes da convocação final, numa reunião, os jogadores perguntaram quando se apresentariam os atletas que chegassem à final da Liga dos Campeões da Europa. De acordo com a assessoria de imprensa da CBF, a resposta foi que eles teriam no máximo três dias de folga.
Até o início da preparação, em Curitiba, a CBF deixou aberta a possibilidade de Júlio César, Maicon e Lúcio viajarem para o Brasil no dia seguinte à decisão entre Inter de Milão e Bayern de Munique. Se isso acontecesse, os três teriam menos dias de folga em relação aos seus companheiros, que jogaram num domingo na Europa e se apresentaram numa quinta-feira em Curitiba. Mas Lúcio surpreendeu afirmando minutos depois de conquistar a Liga dos Campeões que não iria ao Paraná para se encontrar com os colegas.
Pediu à comissão técnica e conseguiu que ele e seus companheiros de Inter pudessem se apresentar só na África, evitando desvantagem em relação aos demais jogadores no quesito descanso. Dunga não criou obstáculos e evitou uma crise com o zagueiro. A seleção teve de encontrar o presidente Lula sem seu capitão. Júlio César recusou a folga esticada e apresentou-se um dia antes da viagem para a África.
Ao atender Lúcio, Dunga provavelmente lembrou-se de quando era ele o capitão da seleção, em 1994. À época fez uma reunião com a comissão técnica para cobrar direitos iguais para todos do elenco no Mundial. “Quando houver folga, vale para todo mundo da delegação?”, perguntou então ao técnico Carlos Alberto Parreira, que respondeu positivamente. “Então, por que tem gente da comissão técnica indo passear em dia que não é de folga?” Os jogadores tinham visto Luís Carlos Prima, um dos preparadores físicos da seleção, deixando o hotel. Suas caminhadas foram canceladas após a queixa de Dunga.
O treinador da seleção também cedeu no dia do anúncio da convocação para a Copa, quando apareceu no estúdio do Jornal Nacional para fazer as pazes com a Globo. Ele tinha prometido não conceder entrevistas exclusivas e afirmou que em sua gestão a emissora não teria acesso mais fácil à seleção do que concorrentes.
Mais um recuo aconteceu em Curitiba, quando decidiu abrir as portas do CT do Caju para o público, um dia após ser hostilizado pelos torcedores. O comandante, sem deixar de ser rigoroso, não quer fortalecer a imagem de inflexível que carrega.
CONFIANÇA
Dunga também confia cegamente em seus atletas. Graças a essa confiança, convocou Doni, em vez do gremista Victor.
A Roma diz que Doni perdeu a vaga porque ele se machucou e voltou quando Júlio Sérgio, o substituto brasileiro, estava bem. Dunga tem outra versão. Na entrevista coletiva em que explicou a convocação, afirmou que Doni perdeu a posição na Itália por ter desobedecido ao clube e ter ser apresentado para jogar com a seleção na Inglaterra.
O técnico confiou na palavra do goleiro e reservou a ele uma das três vagas para a posição. Ao perder o lugar em sua volta à Roma, Doni ligou para Dunga e explicou que seu empresário, um italiano com trânsito no clube, investigou o motivo da “barracão”. Ouviu dos dirigentes italianos que foi uma retaliação à decisão do goleiro, que se apresentou ao time nacional contra a vontade da Roma.
Pela versão contada pelo atleta ao treinador, ele estava recuperado de uma lesão nas costas quando foi convocado. Treinou a semana inteira. Num sábado, avisou à comissão técnica que jogaria e em seguida se apresentaria à seleção. O clube, porém, anunciou que não o liberaria e mandou um documento para a CBF afirmando que ele e Juan não iriam porque teriam que fazer tratamento médico. Mas Doni atropelou as ordens de seu time.
A relação de confiança entre Dunga e seu exército agora depende da terceira etapa do pacto, que começa a valer dia 15, na estréia no Mundial, contra a Coréia do Norte. O combinado é que ninguém tem vaga assegurada no time, nem o astro Kaká. Quem estiver mal ou, principalmente, não se empenhar será sacado. E terá de sair sem reclamar.
É o teste definitivo do espírito de seleção alardeado por todos no time nacional. O objetivo é evitar o que aconteceu em 2006, quando medalhões como Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho não estavam bem, mas foram mantidos entre os titulares. Os mais novos do grupo discordaram, mas não contestaram o técnico Parreira.
ZONA DE CONFLITO
Para chegar até aqui, Dunga impulsionou seus jogadores com os mesmos combustíveis que ele usa para se motivar: conflitos e superação nas adversidades. O ex-volante seguiu essa receita nos momentos decisivos que já enfrentou no comando da seleção, como na final da Copa América, contra a Argentina.
“Na conversa com a gente, antes do jogo, o Dunga disse que estavam criticando muito nosso time. Ninguém apostava que pudéssemos ganhar. Mas ele deixou claro que éramos vencedores e que estávamos ali pela nossa qualidade. Nosso time entrou mordido, querendo muito a vitória, e ela chegou”, afirmou Juan.
“O Dunga se alimenta de raiva”, diz um dos membros da delegação da seleção. Quem convive com o treinador declara que ele se fortalece nos conflitos com a imprensa. Sentem-se à vontade quando o clima é de atrito. Prepara-se sempre para o confronto com a imprensa, que virou um inimigo imaginário. Seu humor depende das notícias que lê no começo do dia. Vez por outra, muda um plano quando ele é revelado antes da hora pelos jornalistas. E depois faz piada em público com a informação que não se concretizou.
A curta preparação no CT do Caju, em Curitiba, foi nesse clima de confronto. Dunga proibiu a colocação de uma cobertura na área de credenciamento diário da imprensa. No primeiro dia, fila de 40 minutos, sob chuva. No dia seguinte a cobertura foi instalada. Foram diversas as discussões entre repórteres e seguranças. Num dos treinos, Dunga acionou um funcionário da CBF para reclamar que viu jornalistas voltando para a sala de imprensa por um caminho não autorizado, que não era próximo aos gramados.
Como fez na final da Copa América, é costume do treinador falar das críticas da imprensa para os atletas, para inflamá-los. Internamente, os atletas costumam reagir com ironia aos comentários dos jornalistas. Acreditam na máxima de que os repórteres sempre criticam o grupo, mas depois têm que engolir seus títulos. Relação semelhante à que Dunga teve com a imprensa na época de jogador. Virou símbolo do fracasso em 1990 e foi capitão do tetra quatro anos depois.
A semelhança entre líder e liderados não é coincidência. Em três anos e meio, Dunga moldou um grupo de jogadores com perfil semelhante ao seu nos tempos de volante. Discretos fora de campo e aplicados taticamente dentro dele.
O resultado é um exército em que quase não há destaques. “Ele fez isso a partir do momento em que priorizou o coletivo em todos os sentidos, deu oportunidades para todos mostrarem seu valor. Isso se vê no dia a dia, nas decisões e nos atos dele.
Todos nos sentimos importantes e com a noção de que dependemos uns dos outros para vencer”, diz Ramires. O contato com a torcida comprova como quase todos estão no mesmo patamar. Em Curitiba, só Kaká, Robinho e Luís Fabiano tiveram o nome gritado pelos fãs. E Michel Bastos era chamado constantemente de Robinho.
A padronização do time faz parte de mais um plano do técnico, que é fazer tudo o que puder de diferente em relação ao time de 2006, decorado por medalhões mais preocupados com seus projetos pessoais do que com a seleção, na opinião de Dunga. Só quem circular dentro do prédio em que a seleção está concentrada poderá ver outras mudanças significativas.
Ao contrário do que aconteceu em 2006, quando alguns jogadores levavam bebidas para o hotel, desta vez o álcool está proibido. Fumaça de cigarro, só se for no apartamento do chefe da delegação, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, fumante compulsivo.
Até aqui, habilmente, Dunga conseguiu tudo que quis. Inclusive tirar patrocinadores da CBF de dentro do quartel da seleção brasileira. Moldou um time disciplinado, aplicado, acostumado a enfrentar adversidades e a valorizar o espírito de equipe.
Falta o último passo: transformar seus jogadores em campeões mundiais, como foi o comandante.
É isto aí DUNGA.
Fonte: Revista PLACAR, Fotos: Alexandre Battibugli, AP., Rodolfo Bohrer(2), Pier Giavelli.
Tradução: Roberto Queiroz de Andrade.
Meet covenants and strategies that shaped a battalion attached to the ideals of their commander.
Dunga started to assemble his army to try (hexacampeonato) means, six times champion with a pact between him and his early followers, Norway, before the 1 x 1 with the hosts, a game that marked his debut as coach - and profession - in August 2006. "He said in the first conversation with us, 'Who is convened, engage in training and playing with love for the selection, will always return, even if not well at his club,'" says the reserve goalkeeper Gomes.
Instead of looking for suspicious former player, almost all athletes believed in the promise, fulfilled every call. And they were surrendering to the head. "Today, all players who are in the group embraced the cause of Dunga," says Felipe Melo driving, summing up the spirit of the team.
By ensuring his place in Africa, Dunga has renewed the covenant with its troops. The promise of time: who gnawed the bone will eat steak. Loyal to a coach who helped him to hold his job. This is one of the attitudes that players value most in football.
But Adriano? Why the other 22 invited (not counting Graffiti, who took his place) is not angered by the court of the Emperor? They agreed with the reasoning of the coach: Adrian did not want to eat steak. Was enough for him to go to the finals, train and play for Flamengo. Their disappearances in the club Gavea were interpreted as a breach in the covenant.
Earned the respect of players, Dunga won them a faithful dog. The point of performing the feat of making them pay more attention to the selection of what the European clubs are responsible for their salaries. The absence of Luis Fabiano in the cup final of the King of Spain was one of those cases. On the eve of the convocation and the decision for Sevilla, he felt a twinge in his thigh. Could go to the sacrifice, but his agent, Jose Fuentes, came on the scene.
Brokered a conversation between the team doctor Jose Luiz Runco, and doctors at the club. The Spanish agreed to remove him from the game. The Brazilian explained that he would not act without jeopardizing their participation in the tournament. The justification pasted.
Kaka also avoided playing in pain for Real Madrid, despite being criticized by fans and journalists in Spain. "Sometimes a player who was out on his team because of injury comes in a better position than someone who was acting," said Paulo Paixao, trainer of selection on the first day of practice for the national team in Curitiba.
Malleable
Dunga's mood in the interviews suggests that it can impose their will on the group's hard-line basis. But apart from the day he shouted to an officer of the CBF (he resigned days later) in front of all players during a meal at the Confederations Cup, there are few reports of attacks of fury of the coach.
Rather, the general Dunga is described as skillful negotiator. He used this ability to not have to prohibit athletes from receiving relatives and friends in South Africa had the help of CBF, which explained to the squad that the country stays in the Cup would not be as safe and enjoyable for your guests. The entity would not protect them.
Moreover, the clearances would be rare, so the time to enjoy friends, scarce. However, the entity has pledged to bring two guests each if the team reaches the final. The trip will be on the chartered plane that will get the delegation to the end of his participation in the tournament. And in this case, CBF would offer security to the party.
Thus, even without being forbidden to take her family to South Africa, most are not willing to invite anyone in the first phase. And if the team will wait for the decision. "It's a technical dialogue, but that prides itself on discipline," Ramirez says the wheel.
With fewer relatives nearby, it's easier to keep Dunga as the cladding, which in Curitiba has not been completed.
On the last night in CT Atletico-PR, a room was reserved for some players receive fewer guests. During the World Cup, even if no relative appears, meetings will take place with an illustrious guest considered by the players: the pastor Anselmo Alves, who usually follows the selection by the athletes, stand evangelicals.
Besides knowing negotiate, Dunga is a commander who is not afraid to retreat to avoid losing a battle. Before the final call in a meeting, when asked if players would have the athletes who reach the final of the Champions League in Europe. According to a spokesperson for the CBF, the response was that they would have at most three days off. Until the early preparation, in Curitiba, CBF left open the possibility of Julius Cesar, Maicon and Lucio traveled to Brazil the day after the decision between Inter Milan and Bayern Munich.
If that happened, the three would have fewer days off compared to their peers, who played in Europe on Sunday and presented a Thursday in Curitiba. But Lucio surprised saying minutes after winning the Champions League would not the Parana to meet with colleagues.
Asked the technical committee and got him and his fellow Inter could be presented only in Africa, avoid disadvantage to other players in the issue rest. Dunga has not created obstacles and prevented a crisis with the quarterback. The selection had to meet President Lula without their captain. Julius Caesar refused the slack stretched and stood one day before the trip to Africa.
While attending Lucio, Dunga probably remembered when he was the team captain in 1994.
At that time did a meeting with the coaching staff to collect equal rights for all the cast in World. "When there is slack, everybody goes for the delegation," he asked the then coach Carlos Alberto Parreira, who responded positively. "So why are people going to ride the technical committee on the day that is not off?" The players had seen Charles Louis Prima, a team of athletic trainers, leaving the hotel. His walks were canceled after complaining of Dunga.
The national coach also gave the day the notice for calling for the World Cup, when he appeared at the studio of the National Journal to make peace with the Globe. He had promised not to grant exclusive interviews and said that under his administration the station would have easier access to selection than competitors.
More a retreat held in Curitiba, when he decided to open the doors of CT Cashew to the public, a day after being harassed by fans. The commander, while being strict, is not to strengthen the image of unyielding bearing.
TRUST
Dunga also relies heavily on its athletes. Thanks to that trust, called Doni, instead of gremista Victor. Roma Doni says lost his job because he got hurt and came back when Julio Sergio, the Brazilian substitute, was fine. Dunga has another version. At the press conference where he explained the convocation, said Doni lost the position in Italy for having disobeyed the club and have to be made to play with the team in England.
The coach has relied on word of the goalkeeper and he has reserved one of three vacancies for the position. By losing the place on his return to Rome, Doni Dunga called and explained that her manager, an Italian with transit in the club, we investigated the reason for the "shack." Heard of the Italian leaders it was retaliation for the decision of the goalkeeper, who presented in the national team against the wishes of Rome.
The version told by the athlete to coach, he was recovering from a back injury when he was summoned. He trained all week. On Saturday, the coaching staff warned that he would play and then would perform the selection. The club, however, announced that it will not release a document and sent to the CBF and Juan saying he would not because that would make medical treatment. But Doni ran over the orders of his team.
The trust relationship between Dunga and his army now depends on the third stage of the pact, which begins to enforce the 15th, his debut for World Cup against North Korea. The combined wave is that nobody has ensured the team, or the star Kaka. Who is wrong or, especially, do not commit will be drawn. And you must leave without complaint. It's the ultimate test of team spirit vaunted by all the national team.
The goal is to avoid what happened in 2006 when medallions like Ronaldo and Ronaldinho were not well, but were kept between the members. The youngest of the group disagreed, but did not dispute the coach Parreira.
ZONE OF CONFLICT
To get here, Dunga has boosted its players with the same fuel that he uses to motivate: the conflicts and overcoming adversity. The former wheel followed this recipe in the decisive moments that have faced in charge of selection, as in the Copa America final against Argentina. "In conversation with us before the game, Dunga said they were very critical of our team. Nobody would have bet that we could win. But he made clear that we were winners and we were there for our quality. Our team came bit, wanting to win too, and she has come, "said Juan.
"The Dunga feeds on anger," says a member of the delegation of the selection. Who lives with the coach says he is strengthened in conflict with the press. They feel comfortable when the weather is friction. Always prepares for confrontation with the press, turned an imaginary enemy. Your mood depends on who reads the news earlier in the day. Occasionally, changes a plan when it is revealed before the time by journalists. And then make jokes in public with the information that has not materialized.
The short preparation on CT do Caju, in Curitiba, it was in this climate of confrontation. Dunga banned the placement of coverage at the registration area daily press. On the first day, row of 40 minutes, rain. The next day the cover was installed. Were several discussions between reporters and security guards? In one practice, Dunga fired an employee of CBF to complain that journalists saw back to the press room by an unauthorized way, which was not close to the pitch.
As he did in the Copa America final, the coach is customary to speak of media criticism for the athletes, to inflame them. Internally, athletes tend to respond with irony to the comments of journalists. They believe in the maxim that reporters always criticize the group, but then have to swallow their titles. Relationship similar to that Dunga had with the press at the time of player.
Became a symbol of failure in 1990 and captained the tetra four years later.
The similarity between leader and led is no coincidence. In three and a half years, Dunga has molded a group of players with a profile similar to yours in times of driving. Discrete off the field and applied tactically inside.
The result is an army in which there are almost no highlights. "He did it from the moment the collective prioritized in all directions, provided opportunity for everyone to show their value. This is seen in everyday life, decisions and acts it.
We all feel important and with the notions that depend on each other to win, "Ramirez says.
The contact with the crowd shows how almost everyone on the same level. In Curitiba, only Kaka, Robinho and Luis Fabiano had the name shouted by fans. And Michel Bastos was constantly called for Robinho.
The standardization of time is part of a more technical plane, which is all you can do differently in relation to the team in 2006, decorated by medallions more concerned with their personal projects than with the selection, according to Dunga.
Only those who move into the building in which selection is concentrated may see other significant changes. Unlike what happened in 2006 when some players took drinks to the hotel, this time the alcohol is banned.
Cigarette smoke, only if the apartment of the head of delegation, the president of Corinthians, Andres Sanchez, compulsive smoker.
Until now, cleverly, Dunga got everything they wanted. Even taking sponsors of the CBF within the headquarters of the Brazilian team. Cast a disciplined team, applied, used to face adversity and enhance team spirit.
Missing the final step: turn your players into world champions, as was the commander.
That’s it Dunga.
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