Você viu: ter uma estrela na sua equipe nem sempre resolve; mas qual é o
plano B?
Neymar,
do Santos: exemplo dos riscos de depender demais de uma única estrela
São Paulo – O atacante Neymar, um dos mais talentosos
jogadores de futebol do mundo na atualidade, assistiu à eliminação de seu time,
o Santos, da Libertadores
nesta quarta-feira. A lição óbvia para os gestores: equipes ou empresas
viciadas em craque sentirão, mais dia ou menos dia, síndrome de abstinência.
Então, o melhor é: não deixe que se viciem.
O primeiro sinal de que sua
empresa virou dependente do Neymar é que ela o sobrecarrega. “Quando está em
campo, Neymar entorta o jogo para o seu lado”, afirma o consultor de gestão de pessoas José Valério Macucci, da TreinarRH
Educação Corporativa.
Neymar marcou 20 dos 57 gols do
Santos durante o Campeonato Paulista deste ano. Alan Kardec ficou em um bem
distante segundo lugar, com sete gols. “Quando há um grande talento, a equipe
corre o risco de ir a reboque dele”, afirma Macucci.
Síndrome de reserva.
O segundo sinal de que sua
empresa se viciou em craque? Simples: quando ele não está em campo, ou
simplesmente não vive uma boa fase, nada acontece. É o que ocorreu na
eliminação do Santos pelo Corinthians na Libertadores. O time de Tite conseguiu
neutralizar Neymar com uma marcação adequada, em um momento em que o atleta
vive o estresse de uma maratona intensa de jogos.
Às vésperas do jogo decisivo, o
presidente do Santos, Luis Alvaro, chegou a insinuar que havia um complô dos
dirigentes da Seleção Brasileira, que mantiveram Neymar longe do Santos por 14
dias para amistosos, desgastando-o, enquanto “poupava” as estrelas do
Corinthians.
E aí, vem o último sinal de
“craque-dependência”: sua equipe não entrega resultados sem o seu Neymar. Por
que? Um motivo é que a equipe se acomoda e delega os pepinos para ele. Eles
sofrem da síndrome do reserva. Simples assim. “Há quem simplesmente aceite ser
o reserva do craque e se acomode”, afirma Anderson Sant’Anna, professor da
Fundação Dom Cabral. Outra razão: o craque é fominha (sim, talentos costumam
ter egos inchados), não divide o trabalho e impede que a equipe se desenvolva.
Tratamento.
Dá para desintoxicar? Sim, mas o
melho.r mesmo é evitar a dependência a todo custo. “Uma empresa ou uma equipe
não pode girar ao redor de seu talento”, afirma Sant’Anna. Para ele, o ponto de
partida é: qual é o seu objetivo? O resultado de curto ou de longo prazo?
Para o curto prazo, uma
alternativa é ter outro Neymar no banco de reservas. Ok, se fosse tão fácil, o
próprio Santos teria outro jogador de cabelo moicano na beira do campo com o
mesmo potencial de gols.
Por isso, para Sant’Anna, o mais
consistente é desenvolver outras pessoas da equipe, de modo a torná-la mais
equilibrada. Sendo bem objetivo: qual é a diferença de o Santos ganhar por 2x0,
com dois gols de Neymar; ou ganhar de 2x0, com um gol de Borges e outro de Alan
Kardec? É nisso que as empresas pecam.
De volta ao básico.
“O Coritiba não tem nenhum
Neymar, e eliminou o São Paulo da Copa do Brasil porque tem uma equipe mais
equilibrada”, compara Macucci, da TreinarRH. No longo prazo, para os
especialistas, é melhor focar no desenvolvimento de todos, até levá-los ao seu
limite, que deixar um craque carregar a empresa nas costas.
“O ideal não é ter um funcionário
de alta performance; é ter uma equipe de alta performance”, diz Sant’Anna, da
Dom Cabral. Os talentos individuais continuarão desequilibrando o jogo, mas o
resultado não sofrerá, em caso de um apagão do craque. Outros se apresentarão
na área para marcar. Está aí o Santos da Libertadores 2012 para lembrar.
Tivemos aqui mesmo em Recife esta
dependência de craque, era no Sport Recife com o Marcelinho Paraiba, que foi
embora e pensei que o clube havia entendido a lição e faria o dever de casa.
Mas, como só tem uma pessoa que é o faz tudo na instituição, demorou a
reformular ou mesmo refazer o time e não contratou ainda os reforços necessários
para que o time não venha a ter somente decepções na Serie A.
Com um novo comando técnico, o
time foi semi desmanchado e se deu ênfase a velocidade e marcação, mas, com uma
equipe limitada e sem reforço, não foram a lugar nenhum, consequentemente sem
vitórias, os torcedores e sócios, reclamaram e exigiram imediatamente atitude
do presidente e isto é o que caracteriza um clube que tem sua gestão quase que completamente amadora e que é feito por torcedores, desde seu máximo diretor até os diretores
“profissionais” de futebol.
E aí, cai-se na “mesmice” de
sempre, satisfazer os fãs e vão à busca de medalhões, jogadores em final de
carreira ou alijada dos clubes, por problemas dos mais diversos possíveis. Esquece-se
de olhar a base e os clubes ao redor, esquece a história da instituição que só
teve sucesso quando havia jogadores da terra, com sinergia com o clube, a mesma
regra vale para os dirigentes, é muito louvável e salutar se ter um
departamento profissional de futebol, aliás, é o certo e correto, mas que estes
“profissionais” devem ter a mesma sinergia com a instituição, conhecer sua
história, gostar de suas cores, vestir a camisa e sua-la, pouco ou nada adianta
trazer pessoas que estão ali sem ter comprometimento, ou seja, raízes com as
cores e tradições do clube.
É o mesmo que trocar seis por
meia dúzia.
Fonte:
Márcio Juliboni, Exame. Foto:
Divulgação.
Comentário:
Roberto Queiroz. Tradução: Roberto Queiroz e Roberto Queiroz Junior.
You see, have a star on your team does not always
solve, but what's Plan B?
Neymar of Santos: example of the dangers of relying
too heavily on a single star.
Sao Paulo - Striker Neymar, one of the most talented
football players in the world today, witnessed the elimination of his team,
Santos AT Libertadores on Wednesday. The obvious lesson for managers, teams or companies
feel addicted to star, more days or less days, withdrawal syndrome. So the best
is: do not let them vitiating.
The first sign that your company has become dependent
on Neymar is that she overloads. "When you're on the field, Neymar bend
the game to his side," says management consultant Joseph Valerio Macucci
people, TreinarRH of Corporate Education.
Neymar scored 20 goals in 57 of Santos FC., during the
Championship this year. Alan Kardec was a very distant second with 7 goals.
"When there is a great talent, the team runs the risk of going to his trailer,"
says Macucci.
Syndrome
buffer.
The second sign that your company became addicted to the
star? Simple: when it is not in the field, or simply do not live a good run,
nothing happens. This is what happened in the elimination of the Santos for Corinthians
at Libertadores of America. The Tite team was able to neutralize Neymar with
appropriately marked at a time when the athlete experiences the stress of a
marathon of intensive games.
On the eve of the decisive match, the president of
Santos, Luis Alvaro, has even suggested that there was a plot by the leaders of
the Brazilian Confederation, means, Andrés Sanches, director of the National
Squad, who maintained Neymar away from Santos for 14 days for friendly, wearing
it as "spared" the stars of Corinthians.
And then comes the ultimate sign of
"ace-dependence": his team does not deliver results without Neymar.
Why? One reason is that the team settles cucumbers and delegates to him. They
suffer from the syndrome of the reservation. Simple as that. "Some people
just accepted to be the reserve of the star and settle," says Anderson St.
Anna, a professor at Fundação Dom Cabral. Another reason is the ace “fominha”,
starvation (yes, talent usually have inflated egos), does not divide the work
and prevents the team develops.
Treatment.
Can you detox? Yes, but even better is to avoid
dependence at all costs. "A company or a team cannot turn around their
talent," said Sant'Anna. For him, the starting point is: what is your
goal? The result is for short or long term?
For the short term, an alternative is to have another
Neymar on the bench. Ok, if it were so easy, even the Santos has another player
on the edge of the Mohawk hair style with the same goals potential at the field.
Therefore, to Sant'Anna, the more consistent is to
develop other team members in order to make it more balanced. Being very
objective, what is the difference in the Santos win 2-0 with two goals from
Neymar, or win 2-0 with a goal from another player like Borges and Alan Kardec?
That's what company’s sin.
Back
to basics.
"The Coritiba has no Neymar, and eliminated from
the Copa of Brazil the Sao Paulo because it has a more balanced team,"
compares Macucci of TreinarRH. In the long run, to the experts, it is best to
focus on the development of all, take them to their limit, to leave a playmaker
carry the company back.
"The ideal is not having an official of high
performance, is to have a high performance team," said Sant'Anna, the Dom
Cabral teacher. The individual talents continue unbalancing the game, but the
result will not suffer in the event of a blackout of the star. Others present
in the area to score. Santos is there to remember the 2012 Libertadores.
We were in Recife this dependence of star, was at
Sport Recife with Marcelinho Paraiba, who went away now, and thought the club
had understood the lesson and does their homework. But as a person who only has
to do this and is all in the institution, was slow to reform or remake the team
and still has not hired enough reinforcements to the team for the Serie A so,
they will not only have disappointments in Serie A.
With a new coach, the team was dismantled and semi
emphasized speed and marking, but with a limited staff and without
reinforcement, were not anywhere, hence no wins, the fans and members
complained and demanded immediate action of the president and this is what a
club that has characterized his administration almost completely amateurish and
that is made by fans since its peak president also until the directors are the “professional”
football.
And then, falls into the "sameness" of all
time, and will want satisfy fans looking for the medallions, players at the end
of career or clubs jettisoned for a variety of possible problems. They forgets
to look at the base and clubs around, forget the history of the institution
that has succeeded only when there were players of the earth, with synergy with
the club, the same rule applies to the directors, is very commendable and
salutary to have a professional football department, moreover, is the right and
correct, but that these "professionals" should have the same synergy
with the institution, their history, like its colors, dress shirt and his wit,
bring little or no use people who are there without commitment, ie, roots with
the colors and traditions of the club.
It is the same as exchanging six per half dozen.
Source: Marcio Juliboni, Examination. Photo:
Disclosure.
Comment:
Roberto Queiroz. Translation: Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior.
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