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22 de junho de 2012

O QUE O APAGÃO DE NEYMAR MOSTRA AOS CLUBES VICIADOS EM ESTRELA / WHAT NEYMAR BLACKOUT SHOWS TO CLUBS ADDICTED TO STARS.


Você viu: ter uma estrela na sua equipe nem sempre resolve; mas qual é o plano B?
Neymar, do Santos: exemplo dos riscos de depender demais de uma única estrela
São Paulo – O atacante Neymar, um dos mais talentosos jogadores de futebol do mundo na atualidade, assistiu à eliminação de seu time, o Santos, da Libertadores nesta quarta-feira. A lição óbvia para os gestores: equipes ou empresas viciadas em craque sentirão, mais dia ou menos dia, síndrome de abstinência. Então, o melhor é: não deixe que se viciem.
O primeiro sinal de que sua empresa virou dependente do Neymar é que ela o sobrecarrega. “Quando está em campo, Neymar entorta o jogo para o seu lado”, afirma o consultor de gestão de pessoas José Valério Macucci, da TreinarRH Educação Corporativa.
Neymar marcou 20 dos 57 gols do Santos durante o Campeonato Paulista deste ano. Alan Kardec ficou em um bem distante segundo lugar, com sete gols. “Quando há um grande talento, a equipe corre o risco de ir a reboque dele”, afirma Macucci.
Síndrome de reserva.
O segundo sinal de que sua empresa se viciou em craque? Simples: quando ele não está em campo, ou simplesmente não vive uma boa fase, nada acontece. É o que ocorreu na eliminação do Santos pelo Corinthians na Libertadores. O time de Tite conseguiu neutralizar Neymar com uma marcação adequada, em um momento em que o atleta vive o estresse de uma maratona intensa de jogos.
Às vésperas do jogo decisivo, o presidente do Santos, Luis Alvaro, chegou a insinuar que havia um complô dos dirigentes da Seleção Brasileira, que mantiveram Neymar longe do Santos por 14 dias para amistosos, desgastando-o, enquanto “poupava” as estrelas do Corinthians.
E aí, vem o último sinal de “craque-dependência”: sua equipe não entrega resultados sem o seu Neymar. Por que? Um motivo é que a equipe se acomoda e delega os pepinos para ele. Eles sofrem da síndrome do reserva. Simples assim. “Há quem simplesmente aceite ser o reserva do craque e se acomode”, afirma Anderson Sant’Anna, professor da Fundação Dom Cabral. Outra razão: o craque é fominha (sim, talentos costumam ter egos inchados), não divide o trabalho e impede que a equipe se desenvolva.
Tratamento.
Dá para desintoxicar? Sim, mas o melho.r mesmo é evitar a dependência a todo custo. “Uma empresa ou uma equipe não pode girar ao redor de seu talento”, afirma Sant’Anna. Para ele, o ponto de partida é: qual é o seu objetivo? O resultado de curto ou de longo prazo?
Para o curto prazo, uma alternativa é ter outro Neymar no banco de reservas. Ok, se fosse tão fácil, o próprio Santos teria outro jogador de cabelo moicano na beira do campo com o mesmo potencial de gols.
Por isso, para Sant’Anna, o mais consistente é desenvolver outras pessoas da equipe, de modo a torná-la mais equilibrada. Sendo bem objetivo: qual é a diferença de o Santos ganhar por 2x0, com dois gols de Neymar; ou ganhar de 2x0, com um gol de Borges e outro de Alan Kardec? É nisso que as empresas pecam.
De volta ao básico.
“O Coritiba não tem nenhum Neymar, e eliminou o São Paulo da Copa do Brasil porque tem uma equipe mais equilibrada”, compara Macucci, da TreinarRH. No longo prazo, para os especialistas, é melhor focar no desenvolvimento de todos, até levá-los ao seu limite, que deixar um craque carregar a empresa nas costas.
“O ideal não é ter um funcionário de alta performance; é ter uma equipe de alta performance”, diz Sant’Anna, da Dom Cabral. Os talentos individuais continuarão desequilibrando o jogo, mas o resultado não sofrerá, em caso de um apagão do craque. Outros se apresentarão na área para marcar. Está aí o Santos da Libertadores 2012 para lembrar.
Tivemos aqui mesmo em Recife esta dependência de craque, era no Sport Recife com o Marcelinho Paraiba, que foi embora e pensei que o clube havia entendido a lição e faria o dever de casa. Mas, como só tem uma pessoa que é o faz tudo na instituição, demorou a reformular ou mesmo refazer o time e não contratou ainda os reforços necessários para que o time não venha a ter somente decepções na Serie A.
Com um novo comando técnico, o time foi semi desmanchado e se deu ênfase a velocidade e marcação, mas, com uma equipe limitada e sem reforço, não foram a lugar nenhum, consequentemente sem vitórias, os torcedores e sócios, reclamaram e exigiram imediatamente atitude do presidente e isto é o que caracteriza um clube que tem sua gestão quase que completamente amadora e que é feito por torcedores, desde seu máximo diretor até os diretores “profissionais” de futebol.
E aí, cai-se na “mesmice” de sempre, satisfazer os fãs e vão à busca de medalhões, jogadores em final de carreira ou alijada dos clubes, por problemas dos mais diversos possíveis. Esquece-se de olhar a base e os clubes ao redor, esquece a história da instituição que só teve sucesso quando havia jogadores da terra, com sinergia com o clube, a mesma regra vale para os dirigentes, é muito louvável e salutar se ter um departamento profissional de futebol, aliás, é o certo e correto, mas que estes “profissionais” devem ter a mesma sinergia com a instituição, conhecer sua história, gostar de suas cores, vestir a camisa e sua-la, pouco ou nada adianta trazer pessoas que estão ali sem ter comprometimento, ou seja, raízes com as cores e tradições do clube.
É o mesmo que trocar seis por meia dúzia.
Fonte: Márcio Juliboni, Exame. Foto: Divulgação.
Comentário: Roberto Queiroz. Tradução: Roberto Queiroz e Roberto Queiroz Junior.

You see, have a star on your team does not always solve, but what's Plan B?

Neymar of Santos: example of the dangers of relying too heavily on a single star.

Sao Paulo - Striker Neymar, one of the most talented football players in the world today, witnessed the elimination of his team, Santos AT Libertadores on Wednesday. The obvious lesson for managers, teams or companies feel addicted to star, more days or less days, withdrawal syndrome. So the best is: do not let them vitiating.

The first sign that your company has become dependent on Neymar is that she overloads. "When you're on the field, Neymar bend the game to his side," says management consultant Joseph Valerio Macucci people, TreinarRH of Corporate Education.

Neymar scored 20 goals in 57 of Santos FC., during the Championship this year. Alan Kardec was a very distant second with 7 goals. "When there is a great talent, the team runs the risk of going to his trailer," says Macucci.

Syndrome buffer.

The second sign that your company became addicted to the star? Simple: when it is not in the field, or simply do not live a good run, nothing happens. This is what happened in the elimination of the Santos for Corinthians at Libertadores of America. The Tite team was able to neutralize Neymar with appropriately marked at a time when the athlete experiences the stress of a marathon of intensive games.
On the eve of the decisive match, the president of Santos, Luis Alvaro, has even suggested that there was a plot by the leaders of the Brazilian Confederation, means, Andrés Sanches, director of the National Squad, who maintained Neymar away from Santos for 14 days for friendly, wearing it as "spared" the stars of Corinthians.

And then comes the ultimate sign of "ace-dependence": his team does not deliver results without Neymar. Why? One reason is that the team settles cucumbers and delegates to him. They suffer from the syndrome of the reservation. Simple as that. "Some people just accepted to be the reserve of the star and settle," says Anderson St. Anna, a professor at Fundação Dom Cabral. Another reason is the ace “fominha”, starvation (yes, talent usually have inflated egos), does not divide the work and prevents the team develops.

Treatment.

Can you detox? Yes, but even better is to avoid dependence at all costs. "A company or a team cannot turn around their talent," said Sant'Anna. For him, the starting point is: what is your goal? The result is for short or long term?

For the short term, an alternative is to have another Neymar on the bench. Ok, if it were so easy, even the Santos has another player on the edge of the Mohawk hair style with the same goals potential at the field.

Therefore, to Sant'Anna, the more consistent is to develop other team members in order to make it more balanced. Being very objective, what is the difference in the Santos win 2-0 with two goals from Neymar, or win 2-0 with a goal from another player like Borges and Alan Kardec? That's what company’s sin.

Back to basics.

"The Coritiba has no Neymar, and eliminated from the Copa of Brazil the Sao Paulo because it has a more balanced team," compares Macucci of TreinarRH. In the long run, to the experts, it is best to focus on the development of all, take them to their limit, to leave a playmaker carry the company back.

"The ideal is not having an official of high performance, is to have a high performance team," said Sant'Anna, the Dom Cabral teacher. The individual talents continue unbalancing the game, but the result will not suffer in the event of a blackout of the star. Others present in the area to score. Santos is there to remember the 2012 Libertadores.

We were in Recife this dependence of star, was at Sport Recife with Marcelinho Paraiba, who went away now, and thought the club had understood the lesson and does their homework. But as a person who only has to do this and is all in the institution, was slow to reform or remake the team and still has not hired enough reinforcements to the team for the Serie A so, they will not only have disappointments in Serie A.

With a new coach, the team was dismantled and semi emphasized speed and marking, but with a limited staff and without reinforcement, were not anywhere, hence no wins, the fans and members complained and demanded immediate action of the president and this is what a club that has characterized his administration almost completely amateurish and that is made by fans since its peak president also until the directors are the “professional” football.

And then, falls into the "sameness" of all time, and will want satisfy fans looking for the medallions, players at the end of career or clubs jettisoned for a variety of possible problems. They forgets to look at the base and clubs around, forget the history of the institution that has succeeded only when there were players of the earth, with synergy with the club, the same rule applies to the directors, is very commendable and salutary to have a professional football department, moreover, is the right and correct, but that these "professionals" should have the same synergy with the institution, their history, like its colors, dress shirt and his wit, bring little or no use people who are there without commitment, ie, roots with the colors and traditions of the club.

It is the same as exchanging six per half dozen.

Source: Marcio Juliboni, Examination. Photo: Disclosure.
Comment: Roberto Queiroz. Translation: Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior.

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