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26 de dezembro de 2012

O NOVO PATAMAR DO FUTEBOL BRASILEIRO, COM JOGADOR GANHANDO MAIS QUE CLUBE / THE NEW LEVEL OF FOOTBAL IN BRAZIL, WITH PLAYERS EARNING MORE THAN A CLUB


Neymar estabeleceu um novo patamar econômico no futebol brasileiro.
Nunca um jogador profissional havia faturado tanto em um ano jogando no país.
Nem Pelé.

O craque do Santos, de apenas vinte anos, encerra 2012 em alto nível técnico e com um faturamento pessoal de incríveis R$ 60 milhões (veja aqui).

A conta vai além do salário no Peixe. Ao todo, um pool de onze patrocinadores despeja mais de R$ 3 milhões a cada trinta dias. Completa a receita do atleta aparições em eventos, ações corporativas e seus produtos licenciados. Saiba mais aqui.

A renda obtida pela maior aposta do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 foi superior à receita operacional dos grandes clubes de Pernambuco.

Em 2012, o Sport gastou R$ 55 milhões, a maior cifra da história do clube. O Náutico chegou a R$ 30 milhões, enquanto o Santa Cruz empacou em R$ 14,3 milhões.

Antes de Neymar, Ronaldinho Gaúcho era o dono do maior salário no futebol brasileiro, com R$ 1,8 milhão, quando assinou com o Flamengo em 2011. Contudo, as ações de marketing de R10 no time carioca foram escassas.

Na ocasião, Ronaldinho tinha uma renda anual superior ao Santa, mas em um contexto provocado pela presença coral na Série D, sem cotas de televisão.

Agora não. Neymar aparece à frente de clubes que disputaram a elite, como o Botafogo. 
Não por acaso ele ocupa o 13º lugar entre os atletas mais bem pagos do mundo.

Essa inversão na ordem do faturamento será uma tendência a partir de agora?

Para parte dos clubes tradicionais, possivelmente. Mas existem as agremiações que já estão se adaptando ao novo mercado. Mais do que isso. Estão criando o novo mercado.

O Corinthians prevê R$ 300 milhões em 2013, numa escala que não deve terminar tão cedo. 
Enfim, enxergou a Fiel, que deverá formar o maior quadro de sócios do continente nos próximos meses. Hoje, o Timão tem 106 mil membros em dia.

No entanto, em um cenário mais amplo, com pelo menos vinte clubes de massa e mercado viável, a “concorrência” com Neymar será real.

Outros jogadores de ponta deverão seguir o mesmo modelo no país, aproveitando a estabilidade econômica. Cada vez mais ações à parte do uniforme clubístico.

Aos clubes, a necessidade de desenvolver mais ações com as suas torcidas para gerar novas receitas. Neymar pode ter sido só o primeiro aviso da nova ordem econômica.
Quem não se adaptar a esta realidade poderá ficar bem para trás em breve…
Vou comentar usando como parâmetro nossos clubes nordestinos e principalmente os da cidade onde vivo e conheço bem, além de ser sócio e torcedor de um deles, há várias décadas. Infelizmente esta situação é irrevogável e quem não correr atrás e se atualizar, pensar grande e contratar profissionais para administrar a instituição, irá sair do mercado (já temos vários exemplos, infelizmente).
Hoje temos que saber o quanto vale a marca do clube, temos que ir atrás de jovens torcedores, do público feminino, e pensar comercialmente em dispor de toda uma gama de negócios que se pode ter ou usar, tanto nacionalmente quanto internacionalmente, além de produzir nossos próprios atletas. Temos que ter os pés no chão administrativamente, mas a cabeça nas nuvens e as mãos em todo tipo de merchandising ou seja, de ferramentas, que se pode ter para faturar.
Não se consegue continuar vivendo como antes e mentindo para quem o elegeu presidente do clube, falando que passa a vida toda assistindo jogos, pesquisando e se inteirando de tudo que é referente a futebol, e que sabe tudo, quando na realidade, é um profissional competente, mas de um ramo bem diferente do futebol. Não existe mais lugar para isto, e se continuarmos fazendo isto, o trem vai passar e ficaremos apenas assistindo futebol pela TV., aliás, como já é comum no interior.
Ficar apenas centrado numa cidade ou até num estado do País, é pensar pequeno, é não ter visão, pois no futebol o mundo é o mercado.

Fonte: Blog do Cassio Ziporli, Diário de Pernambuco. Foto: divulgação.
Comentário: Roberto Queiroz. Tradução: Roberto Queiroz e Roberto Queiroz Junior.

Neymar set a new economic level in Brazilian football.
Never had a professional player receive as much in a year playing in the country.
Even Pelé.

The star of Santos, only twenty years, ends 2012 on a high technical level and with sales personnel incredible R 60 million (see here).

The income goes beyond salary in the club. In all, a pool of eleven sponsors turns over R 3 million every month. Complete the recipe the athlete have appearances at events, corporate actions and their licensed products sales. Learn more here.

The income earned by the biggest gamble of Brazil for the World Cup of 2014, the player, was higher than the operating revenue of the great clubs of Pernambuco, even at the first national division.

In 2012, the Sport Recife spent R 55 million, the highest figure in club history. The Nautico Capibaribe reached R 30 million, while the Santa Cruz balked at R  14.3 million, only.

Before Neymar, Ronaldinho Gaúcho was the owner of the highest salary in Brazilian football, with R 1.8 million when he signed with Flamengo in 2011. However, the marketing activities of R10 in Rio team were slim.
At the time, Ronaldinho had an annual income higher than Santa Cruz, but in a context induced by coral in Series D, with no quotas in paid television.

Not now. Neymar appears ahead of clubs that competed in the elite, as Botafogo. Not surprisingly he occupies the 13th place among the highest paid athletes in the world.

This reversal in the order billing is a trend from now?
For some of the traditional clubs, is possibly. But there are associations that are already adapting to the new market. And more than this, they are creating the new market.

The Corinthians provides R 300 million in 2013, a scale that should not end soon or at any time. Anyway, they saw the faithful, which should form the greater membership crowd of the continent in the coming months. Today, the club has 106 000 paid fans/members to this date.

However, in a broader scenario, at least twenty clubs and mass market viable, "competition" with Neymar is real.

Other players tip should follow the same model in the country, taking advantage of economic stability. Increasingly actions apart from the club budget and salary.

To the Clubs, they need to develop more shares with their fans in general (not only with the paid fans), to generate new revenues. Neymar may have been only the first warning of the new economic order.

Who does not adapt to this reality may well be out of business soon.

I'll comment as a parameter using our clubs and especially at the northeastern clubs and at the city where I live and I know well, besides being a member of one, at several decades. Unfortunately this situation is irrevocable and who does not run after and catch up, think big and hire professionals to manage the institution, will be out of the football.

Today we have to know how much the club brand is worth, we have to go after younger fans, the female audience, and think all at the commercially available in a whole range of businesses that one can have or use, at both market, nationally and internationally, beside to have our own youth academy to make the players. We have to keep our feet on the ground but our head in the clouds and the hands in all sorts of merchandising which might have to transform in income.

You cannot go on living as before, and lying to who has elected the club president, and they keep saying that have in a lifetime watching football games and researching acquainting himself of all that is related to the football matters, when in reality, is a competent professional, but a quite different branch of football, is a Lawyer or Engineer, however, have not to do in the career of a football professional. There is more time and condition to do this, and if they keep doing this, the train will pass and we just go to watching the football on TV.

Moreover, as is common in the interior of our state, they are watching games by TV, only. Staying centered just a city or a state at our country is thinking small and have not the properly vision, because in football the world is the market.

Source: Blog Ziporli Cassio, Daily Pernambuco. Photo: publicity.
Comment: Roberto Queiroz. Translation: Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior.

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