Neymar estabeleceu um novo
patamar econômico no futebol brasileiro.
Nunca
um jogador profissional havia faturado tanto em um ano jogando no país.
Nem
Pelé.
O
craque do Santos, de apenas vinte anos, encerra 2012 em alto nível técnico e
com um faturamento pessoal de incríveis R$ 60 milhões (veja aqui).
A
conta vai além do salário no Peixe. Ao todo, um pool de onze patrocinadores
despeja mais de R$ 3 milhões a cada trinta dias. Completa a receita do atleta
aparições em eventos, ações corporativas e seus produtos licenciados. Saiba
mais aqui.
A
renda obtida pela maior aposta do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 foi
superior à receita operacional dos grandes clubes de Pernambuco.
Em
2012, o Sport gastou R$ 55 milhões, a maior cifra da história do clube. O
Náutico chegou a R$ 30 milhões, enquanto o Santa Cruz empacou em R$ 14,3
milhões.
Antes
de Neymar, Ronaldinho Gaúcho era o dono do maior salário no futebol brasileiro,
com R$ 1,8 milhão, quando assinou com o Flamengo em 2011. Contudo, as ações de
marketing de R10 no time carioca foram escassas.
Na
ocasião, Ronaldinho tinha uma renda anual superior ao Santa, mas em um contexto
provocado pela presença coral na Série D, sem cotas de televisão.
Agora
não. Neymar aparece à frente de clubes que disputaram a elite, como o Botafogo.
Não por acaso ele ocupa o 13º lugar entre os atletas mais bem pagos do mundo.
Essa
inversão na ordem do faturamento será uma tendência a partir de agora?
Para
parte dos clubes tradicionais, possivelmente. Mas existem as agremiações que já
estão se adaptando ao novo mercado. Mais do que isso. Estão criando o novo
mercado.
O
Corinthians prevê R$ 300 milhões em 2013, numa escala que não deve terminar tão
cedo.
Enfim, enxergou a Fiel, que deverá formar o maior quadro de sócios do
continente nos próximos meses. Hoje, o Timão tem 106 mil membros em dia.
No
entanto, em um cenário mais amplo, com pelo menos vinte clubes de massa e
mercado viável, a “concorrência” com Neymar será real.
Outros
jogadores de ponta deverão seguir o mesmo modelo no país, aproveitando a
estabilidade econômica. Cada vez mais ações à parte do uniforme clubístico.
Aos
clubes, a necessidade de desenvolver mais ações com as suas torcidas para gerar
novas receitas. Neymar pode ter sido só o primeiro aviso da nova ordem
econômica.
Quem
não se adaptar a esta realidade poderá ficar bem para trás em breve…
Vou
comentar usando como parâmetro nossos clubes nordestinos e principalmente os da
cidade onde vivo e conheço bem, além de ser sócio e torcedor de um deles, há várias
décadas. Infelizmente esta situação é irrevogável e quem não correr atrás e se
atualizar, pensar grande e contratar profissionais para administrar a
instituição, irá sair do mercado (já temos vários exemplos, infelizmente).
Hoje
temos que saber o quanto vale a marca do clube, temos que ir atrás de jovens
torcedores, do público feminino, e pensar comercialmente em dispor de toda uma
gama de negócios que se pode ter ou usar, tanto nacionalmente quanto
internacionalmente, além de produzir nossos próprios atletas. Temos que ter os pés no chão administrativamente, mas a
cabeça nas nuvens e as mãos em todo tipo de merchandising ou seja, de
ferramentas, que se pode ter para faturar.
Não se
consegue continuar vivendo como antes e mentindo para quem o elegeu presidente
do clube, falando que passa a vida toda assistindo jogos, pesquisando e se
inteirando de tudo que é referente a futebol, e que sabe tudo, quando na
realidade, é um profissional competente, mas de um ramo bem diferente do
futebol. Não existe mais lugar para isto, e se continuarmos fazendo isto, o
trem vai passar e ficaremos apenas assistindo futebol pela TV., aliás, como já
é comum no interior.
Ficar
apenas centrado numa cidade ou até num estado do País, é pensar pequeno, é não
ter visão, pois no futebol o mundo é o mercado.
Fonte: Blog do Cassio
Ziporli, Diário de Pernambuco. Foto: divulgação.
Comentário: Roberto Queiroz.
Tradução: Roberto Queiroz e Roberto Queiroz Junior.
Neymar
set a new economic level in Brazilian football.
Never
had a professional player receive as much in a year playing in the country.
Even
Pelé.
The
star of Santos, only twenty years, ends 2012 on a high technical level and with
sales personnel incredible R 60 million (see here).
The
income goes beyond salary in the club. In all, a pool of eleven sponsors turns
over R 3 million every month. Complete the recipe the athlete have appearances at
events, corporate actions and their licensed products sales. Learn more here.
The
income earned by the biggest gamble of Brazil for the World Cup of 2014, the
player, was higher than the operating revenue of the great clubs of Pernambuco,
even at the first national division.
In
2012, the Sport Recife spent R 55 million, the highest figure in club history.
The Nautico Capibaribe reached R 30 million, while the Santa Cruz balked at R 14.3 million, only.
Before
Neymar, Ronaldinho Gaúcho was the owner of the highest salary in Brazilian
football, with R 1.8 million when he signed with Flamengo in 2011. However, the
marketing activities of R10 in Rio team were slim.
At
the time, Ronaldinho had an annual income higher than Santa Cruz, but in a
context induced by coral in Series D, with no quotas in paid television.
Not
now. Neymar appears ahead of clubs that competed in the elite, as Botafogo. Not
surprisingly he occupies the 13th place among the highest paid athletes in the
world.
This
reversal in the order billing is a trend from now?
For
some of the traditional clubs, is possibly. But there are associations that are
already adapting to the new market. And more than this, they are creating the
new market.
The
Corinthians provides R 300 million in 2013, a scale that should not end soon or
at any time. Anyway, they saw the faithful, which should form the greater
membership crowd of the continent in the coming months. Today, the club has 106
000 paid fans/members to this date.
However,
in a broader scenario, at least twenty clubs and mass market viable,
"competition" with Neymar is real.
Other
players tip should follow the same model in the country, taking advantage of economic
stability. Increasingly actions apart from the club budget and salary.
To
the Clubs, they need to develop more shares with their fans in general (not
only with the paid fans), to generate new revenues. Neymar may have been only
the first warning of the new economic order.
Who
does not adapt to this reality may well be out of business soon.
I'll
comment as a parameter using our clubs and especially at the northeastern clubs
and at the city where I live and I know well, besides being a member of one, at
several decades. Unfortunately this situation is irrevocable and who does not
run after and catch up, think big and hire professionals to manage the
institution, will be out of the football.
Today
we have to know how much the club brand is worth, we have to go after younger
fans, the female audience, and think all at the commercially available in a
whole range of businesses that one can have or use, at both market, nationally
and internationally, beside to have our own youth academy to make the players. We have to keep our feet on the ground but our head in the
clouds and the hands in all sorts of merchandising which might have to
transform in income.
You
cannot go on living as before, and lying to who has elected the club president,
and they keep saying that have in a lifetime watching football games and
researching acquainting himself of all that is related to the football matters,
when in reality, is a competent professional, but a quite different branch of football,
is a Lawyer or Engineer, however, have not to do in the career of a football professional.
There is more time and condition to do this, and if they keep doing this, the
train will pass and we just go to watching the football on TV.
Moreover,
as is common in the interior of our state, they are watching games by TV, only.
Staying centered just a city or a state at our country is thinking small and have
not the properly vision, because in football the world is the market.
Source:
Blog Ziporli Cassio, Daily Pernambuco. Photo: publicity.
Comment: Roberto Queiroz.
Translation: Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior.
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