Páginas

18 de fevereiro de 2013

E SE NÃO TIVÉSSEMOS NEYMAR? / AND IF WE HAD NOT NEYMAR?



Mais uma atuação apagada de Neymar pela Seleção, mais uma onda de debates sobre suas qualidades e seu futuro. Isso se repete de forma costumeira apenas pelo fato de que, hoje, ele é o único jogador de grande destaque do futebol Brasileiro, capaz de atrair as atenções do Mundo, e de manter a ilusão em relação ao finado futebol-arte Brasileiro. São recentes em nossa memória os grandes momentos de craques como Romário, Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho, e ainda não digerimos bem o fato de Robinho e Kaká não terem se tornado os jogadores que imaginávamos. Neymar é o último representante dessa linhagem de grandes jogadores, e que ainda permite nos diferenciar do restante, sem ele ficaríamos órfãos do futebol.

Por trás dessa discussão há uma crise no futebol Brasileiro. É uma crise que vem desde a formação de jogadores, passa pela qualidade do futebol que se joga por aqui, pela falta de craques, o calendário surreal, a situação financeira dos clubes e a falta de atratividade de nossos campeonatos na comparação com os principais centros, para ficar em apenas alguns exemplos. Mas essa crise só tomará a devida proporção caso não ganhemos a Copa do Mundo. Se ganharmos, varre-se a poeira para baixo do tapete e segue a vida. Até lá, assistimos com apreensão ao avanço de seleções como Espanha, Argentina e Alemanha, pressentindo o temor de uma nova decepção em 2014. Não é difícil prever que, neste cenário, a pressão sobre Neymar vai aumentar, e muito.

Em meio às críticas a Neymar, uma se destaca: Neymar é cai-cai? Claro que sim, assim como a maioria dos jogadores brasileiros, pois essa é uma triste característica do nosso futebol. Faria muito bem para sua carreira se as pessoas próximas a ele o orientassem melhor com relação a isso, tiraria um bom argumento dos críticos e geraria uma dose de admiração extra. O argumento de que cai “para se proteger” é contra factual pra dizer o mínimo. E se não bastasse temos duas vezes por semana a possibilidade de assistir a Messi jogando para nos certificarmos do quanto isso não faz sentido.

Neymar é um craque, mas tem apenas 21 anos. Estamos ansiosos para que ele salve a pátria de chuteiras, e talvez isso não seja possível agora. Desde 2009 só falamos nele, e esse excesso de atenção ocorre porque não temos alternativas. Quem são nossos outros grandes craques? Que momentos de brilho temos visto no futebol brasileiro, fora os que ele tem produzido?   Sem Neymar, o que teríamos?

Tenho que discordar da maioria destes argumentos, pois temos sim, revelado muitos outros craques, mas, por estarem longe de casa, a maioria os tem esquecidos. Nesta última semana, vimos o Oscar, dar um banho de futebol, jogando na Inglaterra, pelo Chelsea, e temos também outros, grandes e jovens craques, diferenciados, porque se assim não fossem, não estariam na Europa.

O que precisamos são sim, termos regras estabelecidos para que isto não ocorra a miúde e que se tenham parâmetros que possam mantê-los aqui, como o Santos fez. Muito embora, esta atitude do clube praieiro não pode servir de exemplo, pois está relegando outros futuros e diferenciados jogadores em sua base.

Até quando teremos um futebol que tem que ser profissional, dirigidos por amadores e estagiários, por pessoas  que vivem outras coisas, outros momentos, mas que, insistem em querer aparecer, está na vitrine, ser mais até do que o artista dentro do campo, chega de mentiras, de fanfarronices e outras atitudes, precisamos sim, ter atitude, mas, para mudar isto.

O que falta, portanto, é realmente uma postura de quem comanda nosso País para regularizar e por ordem nesta ordem do futebol brasileiro, se é que me entendem. Estamos buscando desculpas dentro de campo, quando na realidade o que nos faz falta é um planejamento com transparência, uma organicidade do e no futebol de nosso País, partindo dos homens que o comandam e que não tem lisura para isto.

Até porque, o Brasil nunca parou de produzir jogadores diferenciados, a questão é que agora estão saindo cada vez mais cedo e engordando os bolsos de muitos dirigentes de clubes, e os próprios clubes ao redor do mundo que o digam.

Fonte: Fernando Ferreira. Pluri Consultoria. Foto: divulgação.
Comentário: Roberto Queiroz. Tradução: Roberto Queiroz e Roberto Queiroz Junior.

More of a performance erased of Neymar at our National squad, another wave of debates about its qualities and its future. This repeats the usual way just for the fact that, today; he is the only player in major highlight of Brazilian football, able to attract the attention of the world, and to maintain the illusion in relation to football late-Brazilian art. Are recent in our memory the great moments of players like Romario, Rivaldo, Ronaldo and Ronaldinho, and still not well digested the fact Robinho and Kaka have not become the players we thought.

Neymar is the last representative of this line of great players, and still allows us apart from the rest, without it we would be orphans football.

Underlying this discussion is a crisis in Brazilian football. It is a crisis that comes from training players, going by the quality of football that is played here by the lack of superstars, calendar surreal, the financial situation of the clubs and the lack of attractiveness of our championships compared to the main centers, to be in just a few examples. But this crisis will only take proper proportion if not win the World Cup. If we win, sweep up the dust under the carpet and follows the life. Until then, we watch with concern the advancement of teams like Spain, Argentina and Germany, sensing the fear of a new disappointment in 2014. It is not difficult to predict that, in this scenario, the pressure on Neymar will increase a lot.

Amid criticism of Neymar, one stands out: Neymar is bandeau? Sure, like most Brazilian players, because this is a sad feature of our football. Would do well for your career if people close to him will assist in the better about it, would take a good argument of critics and would generate an extra dose of admiration. The argument that falls "to protect" is counterfactual to say the least. And if that was not enough we have twice a week the possibility of watching Messi playing to make sure how much this makes no sense.

Neymar is a playmaker, but has only 21. We look forward to him to save the motherland of football boots, and maybe that's not possible now. Since 2009 only speak it, and that too much attention is because we have no alternative. Who are our other big superstars? What we have seen moments of brilliance in Brazilian football, the outside he has produced? No Neymar, what would?

I have to disagree with most of these arguments because we do have revealed many other superstars, but because they are away from home, most of them have forgotten. This past week, we saw the Oscar, shows a top football at the field, playing in England for Chelsea, and we also have others, top and young superstars, differentiated, because if it were not, would not be in Europe, at tops clubs.

Yes, what we need is under rules established for it not to occur frequently, but which have more parameters that can keep them here, like the Santos did. Although this attitude, the beach club cannot serve as an example because it is relegating other future top players in its youth divisions.

Even when we need to have a football that has to be professional, the clubs are driven for amateur and trainees presidents and by persons who have other living things, other professions, but they insist on wanting to appear on the media, will be on display, to be more than the artist at the field, stop to come with lies, empty talk, and other attitudes, what we need is to have attitude to and change it.

What remains, then, is really an attitude of who runs our country and in order to regularize this order of Brazilian football, if you know what I mean. We are looking for excuses on the pitch, when in fact what we need is a plan with transparency, with the organization of football in our country, because the men who command has no smoothness to it.

Because, Brazil has never stopped producing differentiated players, top players, the point is that now are coming out earlier and fattening the pockets of many presidents of the clubs and also at the clubs around the world I will say and sign under.

Source: Fernando Ferreira. Pluri Consultants. Photo: publicity.
Comment: Roberto Queiroz. Translation: Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior

Nenhum comentário:

Postar um comentário