Mais uma atuação apagada de Neymar pela Seleção, mais uma
onda de debates sobre suas qualidades e seu futuro. Isso se repete de forma
costumeira apenas pelo fato de que, hoje, ele é o único jogador de grande
destaque do futebol Brasileiro, capaz de atrair as atenções do Mundo, e de
manter a ilusão em relação ao finado futebol-arte Brasileiro. São recentes em
nossa memória os grandes momentos de craques como Romário, Rivaldo, Ronaldo e
Ronaldinho Gaúcho, e ainda não digerimos bem o fato de Robinho e Kaká não terem
se tornado os jogadores que imaginávamos. Neymar é o último representante dessa
linhagem de grandes jogadores, e que ainda permite nos diferenciar do restante,
sem ele ficaríamos órfãos do futebol.
Por trás dessa discussão há uma crise no futebol
Brasileiro. É uma crise que vem desde a formação de jogadores, passa pela
qualidade do futebol que se joga por aqui, pela falta de craques, o calendário
surreal, a situação financeira dos clubes e a falta de atratividade de nossos
campeonatos na comparação com os principais centros, para ficar em apenas
alguns exemplos. Mas essa crise só tomará a devida proporção caso não ganhemos
a Copa do Mundo. Se ganharmos, varre-se a poeira para baixo do tapete e segue a
vida. Até lá, assistimos com apreensão ao avanço de seleções como Espanha,
Argentina e Alemanha, pressentindo o temor de uma nova decepção em 2014. Não é
difícil prever que, neste cenário, a pressão sobre Neymar vai aumentar, e
muito.
Em meio às críticas a Neymar, uma se destaca: Neymar é
cai-cai? Claro que sim, assim como a maioria dos jogadores brasileiros, pois
essa é uma triste característica do nosso futebol. Faria muito bem para sua
carreira se as pessoas próximas a ele o orientassem melhor com relação a isso,
tiraria um bom argumento dos críticos e geraria uma dose de admiração extra. O
argumento de que cai “para se proteger” é contra factual pra dizer o mínimo. E
se não bastasse temos duas vezes por semana a possibilidade de assistir a Messi
jogando para nos certificarmos do quanto isso não faz sentido.
Neymar é um craque, mas tem apenas 21 anos. Estamos
ansiosos para que ele salve a pátria de chuteiras, e talvez isso não seja
possível agora. Desde 2009 só falamos nele, e esse excesso de atenção ocorre
porque não temos alternativas. Quem são nossos outros grandes craques? Que
momentos de brilho temos visto no futebol brasileiro, fora os que ele tem
produzido? Sem Neymar, o que teríamos?
Tenho que discordar da maioria destes argumentos, pois
temos sim, revelado muitos outros craques, mas, por estarem longe de casa, a
maioria os tem esquecidos. Nesta última semana, vimos o Oscar, dar um banho de
futebol, jogando na Inglaterra, pelo Chelsea, e temos também outros, grandes e
jovens craques, diferenciados, porque se assim não fossem, não estariam na Europa.
O que precisamos são sim, termos regras estabelecidos
para que isto não ocorra a miúde e que se tenham parâmetros que possam mantê-los
aqui, como o Santos fez. Muito embora, esta atitude do clube praieiro não pode
servir de exemplo, pois está relegando outros futuros e diferenciados jogadores
em sua base.
Até quando teremos um futebol que tem que ser profissional,
dirigidos por amadores e estagiários, por pessoas que vivem outras coisas, outros momentos, mas
que, insistem em querer aparecer, está na vitrine, ser mais até do que o
artista dentro do campo, chega de mentiras, de fanfarronices e outras
atitudes, precisamos sim, ter atitude, mas, para mudar isto.
O que falta, portanto, é realmente uma postura de quem
comanda nosso País para regularizar e por ordem nesta ordem do futebol
brasileiro, se é que me entendem. Estamos buscando desculpas dentro de campo,
quando na realidade o que nos faz falta é um planejamento com transparência,
uma organicidade do e no futebol de nosso País, partindo dos homens que o
comandam e que não tem lisura para isto.
Até porque, o Brasil nunca parou de produzir jogadores
diferenciados, a questão é que agora estão saindo cada vez mais cedo e engordando
os bolsos de muitos dirigentes de clubes, e os próprios clubes ao redor do mundo
que o digam.
Fonte: Fernando Ferreira. Pluri Consultoria. Foto:
divulgação.
Comentário: Roberto Queiroz. Tradução: Roberto
Queiroz e Roberto Queiroz Junior.
More of a performance
erased of Neymar at our National squad, another wave of debates about its
qualities and its future. This repeats the usual way just for the fact that, today;
he is the only player in major highlight of Brazilian football, able to attract
the attention of the world, and to maintain the illusion in relation to
football late-Brazilian art. Are recent in our memory the great moments of players
like Romario, Rivaldo, Ronaldo and Ronaldinho, and still not well digested the
fact Robinho and Kaka have not become the players we thought.
Neymar is the last
representative of this line of great players, and still allows us apart from
the rest, without it we would be orphans football.
Underlying this discussion
is a crisis in Brazilian football. It is a crisis that comes from training
players, going by the quality of football that is played here by the lack of
superstars, calendar surreal, the financial situation of the clubs and the lack
of attractiveness of our championships compared to the main centers, to be in
just a few examples. But this crisis will only take proper proportion if not
win the World Cup. If we win, sweep up the dust under the carpet and follows
the life. Until then, we watch with concern the advancement of teams like
Spain, Argentina and Germany, sensing the fear of a new disappointment in 2014.
It is not difficult to predict that, in this scenario, the pressure on Neymar
will increase a lot.
Amid criticism of Neymar,
one stands out: Neymar is bandeau? Sure, like most Brazilian players, because
this is a sad feature of our football. Would do well for your career if people
close to him will assist in the better about it, would take a good argument of
critics and would generate an extra dose of admiration. The argument that falls
"to protect" is counterfactual to say the least. And if that was not
enough we have twice a week the possibility of watching Messi playing to make
sure how much this makes no sense.
Neymar is a playmaker, but
has only 21. We look forward to him to save the motherland of football boots,
and maybe that's not possible now. Since 2009 only speak it, and that too much
attention is because we have no alternative. Who are our other big superstars?
What we have seen moments of brilliance in Brazilian football, the outside he
has produced? No Neymar, what would?
I have to disagree with
most of these arguments because we do have revealed many other superstars, but
because they are away from home, most of them have forgotten. This past week,
we saw the Oscar, shows a top football at the field, playing in England for Chelsea, and we
also have others, top and young superstars, differentiated, because if it
were not, would not be in Europe, at tops clubs.
Yes, what we need is under
rules established for it not to occur frequently, but which have more parameters
that can keep them here, like the Santos did. Although this attitude, the beach
club cannot serve as an example because it is relegating other future top players in its youth divisions.
Even when we need to have a
football that has to be professional, the clubs are driven for amateur and trainees presidents and by
persons who have other living things, other professions, but they insist on wanting to appear on the media, will be on display, to be more than the artist at the field, stop to come with lies, empty
talk, and other attitudes, what we need is to have attitude to and change it.
What remains, then, is
really an attitude of who runs our country and in order to regularize this
order of Brazilian football, if you know what I mean. We are looking for
excuses on the pitch, when in fact what we need is a plan with transparency, with the organization of football in our country, because the men who command has no smoothness to it.
Because, Brazil has never
stopped producing differentiated players, top players, the point is that now are coming out
earlier and fattening the pockets of many presidents of the clubs and also at
the clubs around the world I will say and sign under.
Source: Fernando Ferreira. Pluri Consultants.
Photo: publicity.
Comment: Roberto Queiroz. Translation:
Roberto Queiroz and Roberto Queiroz Junior
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