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12 de dezembro de 2014

Contratos da Unimed com jogadores garantem: relação termina com rescisão de parceria com Flu

Em que pesem os discursos de conciliação e garantias da UNIMED de honrar os compromissos com jogadores do atual elenco tricolor, a realidade dos contratos isenta a cooperativa. Nos moldes de documentos firmados com alguns atletas do elenco atual existem cláusulas que tiram a obrigação da Unimed de continuar a pagar os direitos de imagem aos atletas com o fim do patrocínio de 15 anos com o Fluminense, tornado público na quarta-feira.
O assunto tem sido debatido pelo conselho da cooperativa. Uma das propostas de médicos que participam da discussão é de que o Fluminense arque com custos desta continuidade ou indenize a cooperativa por valores investidos. Exercer a força de contrato causaria um desgaste à imagem da cooperadora e poderia resultar em questionamentos judiciais de jogadores. A saída mais fácil, por exemplo, seria a negociação dos atletas. Em casos como o de Fred, por exemplo, a UNIMED teria direito a 80% do valor.
Nos contratos aos quais a reportagem teve acesso está estabelecido que, uma vez terminado o patrocínio da UNIMED ao Fluminense, a cooperativa também deixa de ter qualquer obrigação em relação ao pagamento dos direitos de imagem. E isso se dá de forma automática. Como consta no trecho abaixo, na Cláusula Décima Terceira, onde "CONTRATANTE" é a UNIMED, e "CONTRATADA" é a empresa do jogador, que recebe sua fatia de direitos de imagem como pessoa jurídica:

Entre os jogadores cujos contratos não terminam este ano estão nomes como Fred (dezembro/2015), Conca (janeiro/2017), Rafael Sobis (julho/2015), Wagner (dezembro/2015) e Walter (dezembro/2015).
Discursos
No dia do anúncio do fim da parceria, o presidente da UNIMED, Celso Barros, afirmou que vai continuar pagando os direitos de imagem aos jogadores cujos contratos terminam nos próximos anos. Mas internamente, o assunto não é consenso.
Já o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, também disse em coletiva de imprensa que vai honrar os compromissos com os jogadores. No entanto, o que cabe ao clube, na maior parte das vezes, é uma fatia muito menor do que os valores contratados com a UNIMED.
"Os atletas têm vínculo trabalhista com o clube. Vamos procurar honrar o compromisso com os jogadores. Nosso interesse não é a venda desses jogadores", disse Peter nesta quinta-feira.
O presidente do Fluminense deixou claro, também, que as negociações que acontecerem a partir de agora serão de responsabilidade da UNIMED:
"Foi uma opção da UNIMED. A rescisão foi unilateral, portanto, só quem pode responder é a própria UNIMED. Isso foi uma escolha da patrocinadora e não posso responder por ela", completou Peter.
Mesmo em notas em que reafirma a disposição a honrar compromissos há sempre uma ressalva:
"Os contratos serão honrados dentro das condições e particularidades de cada vínculo"
A opção é por uma saída elegante, sem desgaste entre as partes. Por isso conversas com os representantes dos jogadores já acontecem. O ano de 2015, por enquanto, ainda é incerto para Fred, Conca, Sobis e companhia.
Cada dia que passa fico certo que mesmo sabendo das mais recentes normas da FIFA, do Direito, das leis Trabalhistas Brasileiras e de bom senso, fico abismado com as maluquices e arbitrariedades que se promove em nome do futebol. E agora, quem pode apontar a solução, porque onde tem corrupção aliado com fanatismo, o resultado é assombroso, além de ser escandaloso.
Assinar um jogador com salários de 700.00,00 mensais no Brasil, se não for loucura é apenas uma maneira de fazer parte do bolo, nos parece até algo parecido com aquele que recebe 10% do São Paulo pelo contrato com a CAMBUCI S/A (PENALTY), é assim que vejo, é assim que entendo. E tenho certeza de que, nosso futebol e nossa politica, está um mar de lama, alás, o nosso País precisa urgetemente de uma repaginação, do contrário deve ficar muito pior de se viver aqui, porque já estamos na beira do absurdo (não temos segurança, saúde, educação, mobilidade), mas, pode ficar muito pior.

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