Arenas de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre receberão recursos do banco; outros 5 estádios serão reformados a partir de parcerias público-privadas.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai liberar até 4,8 bilhões de reais para reformas ou construções de estádios que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014, sediada pelo Brasil. Segundo o ministro dos Esportes, Orlando Silva, o governo não participará diretamente dessas obras, a não ser por meio do banco. "Não entrará um centavo sequer do Tesouro federal para essas obras", disse.
O ministro participou de seminário organizado pela Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, nesta segunda-feira (21/09), em São Paulo, onde foram debatidos os possíveis caminhos de investimentos em infraestrutura para que o país tenha condições de receber, adequadamente, um evento com as proporções de uma Copa do Mundo.
De acordo com Orlando Silva, três estádios serão reformados por meio de empreendimentos privados e tomarão empréstimos do BNDES: o Morumbi, em São Paulo; a Arena da Baixada, em Curitiba; e o Beira-Rio, em Porto Alegre. As cidades do Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Recife e Natal, também sedes de jogos, vão realizar obras em seus estádios com o auxílio de parcerias público-privadas. Apenas Manaus, Cuiabá, Brasília e Belo Horizonte vão empregar recursos dos governos estaduais para arcar com os custos da reforma de suas arenas.
Além destes recursos, o ministro dos Esportes informou, ainda, que o governo federal autorizou um financiamento de 5 bilhões de reais para que as cidades que sediarão jogos da Copa realizem obras de melhoria na mobilidade urbana, para garantir maior facilidade de acesso a estádios, aeroportos, hotéis e outros grandes centros de serviços. Em algumas regiões, os investimentos serão feitos não apenas nas cidades-sede, mas também nos municípios vizinhos, que devem receber um significativo aporte de turistas durante as semanas da competição.
Parâmetros
Os critérios do financiamento do BNDES ainda não foram definidos, segundo Orlando Silva, e dependerão dos projetos de reforma ou construção de arenas apresentados pelas cidades. "É importante adequar os projetos às necessidades locais. Queremos evitar elefantes brancos", disse.
Obras que não sejam econômica e ecologicamente sustentáveis estão na mira dos financiadores. Os estados ou cidades terão que apresentar propostas coerentes, pois "o BNDES vai avaliar a sustentabilidade financeira e ambiental pós-Copa das obras. Vamos avaliar como os projetos serão incorporados às cidades depois do evento", disse Ricardo Luiz de Souza Ramos, superintendente da área de inclusão social do BNDES.
Ramos enfatizou que será necessário o envolvimento de outros setores na empreitada rumo à Copa. "O BNDES não vai financiar nada sozinho. É preciso que haja disposição por parte do empresariado para investir e assumir os riscos".
Na próxima sexta-feira (25/09) o governo encerrará as discussões com cada uma das cidades-sede, e serão conhecidos os 12 projetos. A previsão é que até dezembro o governo divulgue como serão feitos os financiamentos via BNDES.
Tenho escutado muitos comentários acerca de soluções que colocaram o estádio do Arruda como a opção B ? De que não sei, já que para a FIFA não foi apresentada este recurso. E quem conhece os estádios que foram construídos na China, para os jogos Olímpicos e os que estão em faze de acabamento na África do Sul, para a copa de 2010, além dos que foram feitos para o último mundial, sabem que os estádios brasileiros estão obsoletos e fora de qualquer parâmetro de modernidade exigidas pelos novos conceitos de conforto, modernidade e funcionamento, por exemplo: não se assiste mais jogo em pé; se exige mais segurança; escoamento mais rápido; e muitos outros requisitos para o século XXI.
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