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23 de novembro de 2009

Sem etiqueta, sem grife, sem preço. Este é o nosso futebol profissional.

Hoje estava na companhia de pessoas que compartilham de nossa amizade e que chamamos carinhosamente “A Confraria do Café” no centro de Garanhuns. Lá quase que diariamente nos reunimos para comentar as últimas noticias, falar de política e de futebol, logicamente do nosso futebol mais precisamente, e que infelizmente vai de mal a pior.

No começo da volta do segundo turno, se é que podemos chamar assim, já discutíamos a situação dos nossos dois representantes e depois de algumas rodadas, onde os renomados cientistas dos números começaram a fazer cálculos matemáticos nos jornais nacionais e estaduais, exibindo diuturnamente as chances matemáticas das estatísticas e as percentagens de descenso, dividiu-se a opinião dos companheiros.

Uns achavam que os clubes iriam sobreviver, são aqueles torcedores dos seus próprios clubes ou os amantes do futebol, e é nesta categoria que me incluo e os outros; que não torcem por ninguém e também os torcedores do clube “fora de série”, começaram então a usar estes números para discutir e explicar como e porque os nossos dois clubes iriam despencar. Cada um tem sua maneira de ver e de entender o que iria acontecer, baseado nas predições dos jornais, revistas e programas esportivos.

Como não uso a estatística de números que vem de resultados e tampouco de tentativas de “adivinhações”, e analiso o jogo como uma pessoa que já esteve lá dentro e também fora dos gramados como técnico e até dirigente, ou seja; analiso possibilidades técnicas e não matemáticas. E logicamente, deu tudo errado, as minha análises, o que pensávamos que ocorreria não ocorreu e os burros deram n’água.

Mas o interessante é que aqueles que usaram os números de outrem para tentar “predizer” o futuro ou adivinhar as situações que os números mostravam; números de Oswald de Souza, Tristão e outros grandes matemáticos, agora se chamam de “experts” do futebol, mas como no Brasil fala-se que de, técnico, médico e doido todos tem um pouco, o que se pode esperar? Agora todas as vezes que chego nos nossos encontros casuais, tratam de falar que não entendo de futebol, e que errei quando falava sobre as possibilidades mas, nunca falei em possibilidades matemáticas, realmente camaradas vocês estão cobertos de razão. Deste futebol medíocre, irascível, amador, feito por um bando de incompetentes, quero estar distante e errei tudo, porque acompanho o futebol técnico no mundo profissional.

Nunca irei deixar de torcer pelo futebol Pernambucano, nunca irei deixar de pensar num futebol profissional competente, dinâmico e sem melindres de pessoas que não sabem por de lado o casuísmo e o seu próprio “ego” machucado por seu time ser um grande clube, mas sem ter uma divisão, uma direção, uma administração profissional, o que é uma pena (falo logicamente do Santinha)que já vai mexer em tudo para montar um novo time para 2009, e também não aceito esta estranha capacidade de que se um clube caír, o outro tem que cair também, acho isto o "efeito" caranguejo, quando algum caranguejo chega na borda do caldeirão para escapar da água fervente e da morte, outros se agarram em suas pernas e o puxam para baixo também.

E como não tenho MARCA, PREÇO ou GRIFE, e a sociedade só compra isto, que é feito pela mídia, pela imprensa e pelo marketing, fico ao sabor da corrente.

Para deleite de alguns o futebol de nosso estado agora está onde merece, na segunda divisão e descendo.

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