19 de junho de 2010
Excludente, ´Bolsa Copa` beneficiaria só 24% dos ex-jogadores / Exclusionary, 'Grant' Cup would benefit only 24% of former players.
Click em cima das fotos para saber mais sobre estes ex-jogadores.
Click over the photos to know more about those formers players.
O ‘Bolsa Copa’ ainda nem foi votado pelo Congresso, mas já desagradam os ex-jogadores de futebol. A principal crítica está em beneficiar somente os campeões do mundo e esquecer aqueles que também vestiram a camisa do país, mas não tiveram a sorte de beijar a taça.
Pelo projeto de lei, assinado pelo presidente Lula, somente os vencedores dos Mundiais de 1958, 1962 e 1970 teriam direito ao benefício sob o argumento de que os jogadores de futebol não eram regulamentados na época - a profissão passou a existir em 1976, quando o Ministério Público editou a lei 6354/76.
Até a lei ser criada, 152 atletas defenderam a seleção brasileira entre as Copas de 1930 e 1974. Desses, somente 37 tiveram a felicidade de levantar a taça. Ou seja, do total de atletas que defenderam o Brasil sem direito a aposentadoria, somente 24% teriam direito ao ‘Bolsa Copa’. Obviamente, o projeto está entalado na garganta dos 76% de excluídos.
Indignação, “Eu representei a seleção brasileira. Ajudei de forma ativa na classificação para a Copa e estou fora da lista. Um monte de gente que foi convocada e esteve presente na conquista, mas nem entrou em campo, vai receber o prêmio. E eu estou fora”, reclama o ex-lateral-esquerdo Rildo ao eBand.
Rildo atuou na Copa de 1966 e participou de todos os jogos das eliminatórias do Mundial de 1970. “O Everaldo jogou 15 minutos de uma partida no meu lugar e só. Fui, junto com Carlos Alberto e o Edu, o mais regular do Brasil na classificação para o Mundial”, lembra o jogador excluído da lista final do técnico Zagallo.
Reserva de Gilmar dos Santos Neves em 1966, o ex-goleiro Manga também pede o reconhecimento de todos os que vestiram a camisa do Brasil no torneio mais importante do planeta. Apesar de ser banco na maioria de suas convocações, Manga ficou embaixo das traves brasileiras por 16 vezes (uma delas no Mundial) e acha que também merece ser recompensado. “Servi a Seleção durante mais de quatro anos. Viajei com o time, participei de concentração e entrei em campo como qualquer outro. A diferença é que não fomos campeões.”
Leivinha pede auxílio dos clubes. A opinião é compartilhada pelo meia Leivinha, que formou a primeira seleção brasileira depois da geração de Pelé, em 1974. Além de discordar da exclusão, o ex-jogador acha errado a iniciativa partir de uma ação do governo. Na opinião dele, os clubes e a CBF deveriam se responsabilizar e ajudar os que passam necessidade, independentemente se atuou na Seleção ou não.
“Os jogadores deveriam ter mais atenção dos clubes onde eles jogaram. Os times poderiam ajudar com um emprego e também com uma ajuda psicológica. No Brasil, ex-jogador é abandonado. Isso é errado”, comenta. “A CBF também poderia dar mais atenção aos atletas. Uma instituição milionária como a CBF poderia fazer uma série de ações para beneficiar ex-jogadores de Seleção, mas não faz.”
Os três jogadores ouvidos pelo eBand hoje vivem uma situação financeira estável e não precisariam do dinheiro do governo. No entanto, alertam as entidades responsáveis pelo mundo da bola para tomarem atitudes que, realmente, ajudem quem precisa. “Na verdade, todas as coisas que beneficiam só alguns eu não concordo. Não gosto dessa distinção para qualquer coisa que seja”, opina Leivinha.
“Hoje não passo por problemas financeiros. Mas tenho amigos no futebol que precisam de ajuda. Independentemente se é campeão ou não, ou até se joga futebol, ou prática outro esporte, o Brasil deveria dar mais valor àqueles que representaram o país”, finaliza Rildo.
O projeto:
O ‘Bolsa Copa’ ainda não tem data para ser votado. Na Câmara, passará por quatro comissões (Securidade Social e Família, Turismo e Desporto, Finanças e Tributação, e Comissão de Justiça e Cidadania). Se passar, precisará ser aprovado no Senado.
Se tudo der certo no Congresso, somente os campeões de 1958, 1962 e 1970 teriam direito a uma indenização de R$ 100 mil e ainda uma pensão mensal vitalícia de até R$ 3,4 mil para cada atleta – os herdeiros também têm o direito ao benefício.
O projeto foi criado por Marcelo Neves, filho do ex-goleiro Gilmar dos Santos Neves. Ele preside a Associação dos Campeões do Mundo e conta com apoio dos 36 dos 37 vencedores – Tostão, campeão em 1970, é contra a proposta.
Fonte: e-Band “João Prata.”
Tradução: Roberto Queiroz de Andrade.
Já tive a oportunidade de comentar sobre esta Bolsa Copa e a atitude do governo brasileiro. Também penso como Leivinha e Tostão, quem deveria tomar a frente desta iniciativa seriam a própria CBF, através dos Clubes e do próprio Ministério do Trabalho, afinal todos trabalharam pelo País e tem muita gente que nunca fez nada e mama nas tetas do erário, por exemplo; Deputados de apenas um mandato que recebem pensão vitalícia.
E se alguns irão ter direito a isto, porque não, então fazer a coisa certa desde o começo e não apenas para beneficiar os conhecidos, afinal, como o Rildo mesmo fala, ele é um dos injustiçados e devem ter outros. Infelizmente no nosso País as coisas são feitas apenas para privilegiar os “amigos”, ou alguns "puxa sacos" ao invés de promover a justiça realmente.
Não resta a menor dúvida que alguma coisa precisa ser feita, para corrigir os erros do passado e fiscalizar o que se passa no presente. Não está muito distante a situação atual da que se passava antigamente, existe a Lei, existe o dever dos clubes de regularizar os jogadores com contrato, mas a verdade é completamente diferente e não temos nenhuma atitude por parte de quem tem o dever de fiscalizar e coibir estes desmandos.
English.
The 'Grant Cup' has not even been voted by Congress, but I dislike the ex-football players. The main criticism is only to benefit the world champions and forget those who also wore the shirt of the country but were not lucky enough to kiss the cup.
For voted this Law Project and signed by President Lula, only the winners of the World, 1958, 1962 and 1970 would be entitled to benefit under the argument that football players were not regulated at the time - the profession came into existence in 1976 when the Public Prosecution issued the Law 6354/76.
Until the law was created, 152 athletes supported the national team between 1930 and 1974 World Cups. Of these, only 37 were fortunate to lift the cup. That is, the total number of athletes who defended Brazil without the right to retirement, only 24% would be entitled to 'Grant Cup."
Obviously, the project is stuck in the throat of 76% excluded.
Indignation
"I represented the Brazilian national team. Actively helped in the classification for the World Cup and I'm off the list. A lot of people that was convened and attended the conquest, but neither took the field, will receive the award. And I'm out, "complains the former left-back Rildo to e-band.
Rildo starred in the 1966 World Cup and participated in every World Cup qualifying matches in 1970. "The Everaldo played 15 minutes a game at my place and just. I went along with Carlos Alberto and Edu, the most regular of Brazil in the classification for the World, "reminds the player excluded from the final list of coach Zagallo.
Reserve of Gilmar dos Santos Neves in 1966, former goalkeeper Manga also calls for recognition of all who wore the shirt of Brazil in the most important tournament on the planet.
Despite being on the bench most of his summons, Manga was beneath the beams Brazil by 16 times (one in World) and think also deserves to be rewarded. "I served the national team for over four years. I traveled with the team, participated in merger and entered into a field as any other. The difference is that we were champions."
Leivinha seeks aid clubs.
The opinion is shared by half Leivinha, who formed the first generation after the Brazilian team of Pelé in 1974. Besides disagreeing with the exclusion, the former player believes the wrong initiative from a government action. In his opinion, the clubs and CBF should take responsibility and help those who are in need, regardless of whether he served in the squad or not.
"Players should have more attention from the clubs they where played. The teams could help with a job and also with a psychological help. In Brazil, a former player is dropped. That's wrong, "he says." The CBF also could give more attention to athletes. An institution like the millionaire CBF could make a series of actions to benefit former player’s squad, but does not."
The three players’s that e-band heard by now living a stable financial situation and would not need government money. However, alert the authorities responsible for the world of football to take actions that actually help those in need. "Actually, all things that benefit only a few I do not agree. I do not like this distinction to anything that is," opines Leivinha.
"Today we do not go through financial problems. But I have friends in football who need help. Regardless of whether or not the champion or even if you play football or other sports, Brazil should give more value to those who represented their country," concludes Rildo.
The 'Grant Cup' has no date for a vote. In the House, pass through four committees (Secure Social and Family, Tourism and Sports, Finance and Taxation, and the Commission for Justice and Citizenship). If they pass, you need to be approved in the Senate.
If all goes well in Congress, only the champions of 1958, 1962 and 1970 would be entitled to compensation of $ 100,000 reais, (50,000 USD) plus a monthly pension for life of up to $ 3,400 reais around half that in USD per month for each athlete - the heirs are also entitled the benefit.
The project was created by Marcelo Neves, son of former goalkeeper Gilmar dos Santos Neves. He chairs the Association of World Champions and has support from 36 of the 37winners - Tostão, champion in 1970, is against the proposal.
Source: e-Band and João Prata.
Translation: Roberto Queiroz de Andrade.
I had the opportunity to comment on this Grant Cup before and the attitude of the Brazilian government. I also think as Leivinha and Tostão, who should take forward this initiative would be the very CBF through the Clubs and the Ministry of Labour, after all worked throughout the country and many people who have never done anything in the breast and nipples of the exchequer, for example, members of Deputy Federal Chamber with only one office receiving an annuity for ever and they parents lifes also.
And if some will be entitled to it, why not, then do the right thing from the beginning, not only to benefit the well-known, after all, as Rildo same speech, he is a wronged and must have others.
Unfortunately in our country things are done just to favor the "friends", or a privileged few rather than promote justice really.
Not the least doubt that something must be done to correct past mistakes and monitor what is happening at present. Not far from the current situation of what happened before, there is the Law, there is a duty to regulate the clubs players under contract, but the truth is completely different and we have no attitude on the part of those who have the duty to supervise and curb these problems.
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