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23 de junho de 2010

Já vai tarde / You go late.


Após se classificar para o Mundial com uma mão escandalosa de Henry, França é eliminada de forma melancólica do torneio. Vitória da África do Sul não impede que os Bafana Bafana sejam o primeiro país-sede a não passar da fase de grupo.

Os deuses do futebol não perdoam. Sete meses após o episódio que manchou a classificação da França para a Copa do Mundo, o time dos astros Thierry Henry e Frank Ribéry foi eliminado de forma vexatória na primeira fase do Mundial. A derrota para a África do Sul por 2 x 1, ontem, em Bloemfontein, pôs fim a uma das piores campanhas da equipe francesa.

Aos Bafana Bafana, fica o alento de terem vencido a primeira partida no torneio, mas também a decepção de ser o primeiro país-sede da história a não chegar as oitavas de final da competição.

Poucas vezes o levante de um grupo disposto para derrubar seu técnico foi tão evidente. Diante da África do Sul, o elenco francês confirmou mais uma vez a falta de espírito esportivo e de simpatia com o técnico Raymond Domenech, se despedindo da Copa 2010 pela porta dos fundos.

Campeã mundial, com jogadores consagrados e titulares nas principais equipes do mundo, a França teve atuação tão pífia que fez até os Bafana Bafana parecerem uma potência do futebol. Visivelmente desinteressados, os Bleus preferiram assistir ao time anfitrião jogar bola de verdade e por muito pouco não aplaudiram os dois gols do adversário no primeiro tempo.

Na etapa complementar, quando a eliminação para a próxima fase já estava sacramentada, o time francês finalmente resolveu jogar. E deixou evidente que faltou vontade aos jogadores para superar o limitado time sul-africano. Apesar de ter um jogador a menos - o meia-armador Gourcuff acabou expulso ainda no primeiro tempo -, foi só a França adiantar em poucos passos a sua marcação e buscar o gol com relativa objetividade para diminuir o placar e mostrar a sua cara, sem as máscaras do descontentamento contra o treinador e suas decisões.

Falta de comando - A trama dos jogadores contra Domenech foi tão intensa que se dentro de campo os atletas jogaram quase nada, teve até quem pediu para ficar de fora. Amigo do banido Anelka e titular da zaga francesa, Eric Abidal pediu para ser reserva. Junto com ele, Gallas, veterano que queria ser capitão, Henry, ídolo descontente com a reserva, e Ribéry, antítese do maestro do Bayern de Munique, são apontados como os líderes desta revolução francesa às avessas. Sem a dedicação dos jogadores mais experientes, que desde a campanha vexatória nas Eliminatórias clamavam por outro comandante, a França repete o fiasco de 2002, quando também caiu na primeira fase.

Fonte: Diário de Pernambuco, Felipe Seffrin.
Tradução: Roberto Queiroz de Andrade.


After qualifying for the World Cup with an outrageous hand of Henry, France is eliminated from the tournament so melancholy. Victory for South Africa does not preclude the Bafana Bafana is the first host country not to pass the group stage.

The soccer gods do not forgive. Seven months after the incident that marred the classification of France for the World Cup, the team of stars Thierry Henry and Frank Ribery was disposed of improperly in the first round of the World.

The defeat to South Africa for 2 x 1 yesterday in Bloemfontein ended one of the worst campaigns of the French team. The Bafana Bafana, is the encouragement of having won the first match in the tournament, but also the disappointment of being the first host nation in history not to reach the eighth finals of the competition.


Few times the uprising of a group willing to overthrow his coach was so evident. Given South Africa, the French squad has once again confirmed the lack of sportsmanship and friendliness with head coach Raymond Domenech, saying goodbye Cup 2010 through the back door. World champion, with established players and owners in major teams in the world, France was acting so pious that even made the Bafana Bafana look like a football power. Visibly disinterested, Les Bleus have preferred to watch the home team play ball for real and only just applauded the two goals of the adversary in the first half.


In the second half, when the disposal site for the next phase was already enshrined, the French team finally decided to play. And made clear that the players lacked the will to overcome the limited time in South Africa. Despite having a player less - the half-owner Gourcuff eventually expelled in the first time - was only France in a few steps forward marking and reach the goal with relative objectivity to decrease the score and show your face, without Shades of discontent against the coach and his decisions.


Lack of command - The plot of the players against Domenech was so intense that the pitch athletes have played almost nothing, even those who had asked to stay out. Friend banned Anelka and holder of the French defense after Eric Abidal had asked to be reserve. Along with him, Gallas, a veteran who wanted to be captain, Henry, idol unhappy with the reservation, and Ribery, antithesis of the maestro of Bayern Munich, are singled out as leaders of the French Revolution in reverse. Without the dedication of more experienced players, since the campaign in the qualifiers vexatious clamored for another master, France repeat the 2002 fiasco, when he also fell in the first phase.

Source: Diario de Pernambuco, Felipe Seffrin.
Translation: Roberto Queiroz de Andrade.

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