4 de novembro de 2010
Up to 31 Brazilian cities can host foreign teams during the World Cup 2014 / Até 31 cidades brasileiras podem hospedar seleções estrangeiras durante a
Porto, praias e Vila Belmiro: esses são alguns dos trunfos de Santos, em São Paulo, para ser uma das cidades que hospedarão seleções na Copa.
Com investimentos de bilhões de reais para expansão do porto e instalação de bases de apoio à exploração do pré-sal, Santos voltou a ser recentemente uma das mais animadas cidades paulistas. Isso não significa que os santistas não estejam interessados em agarrar outra oportunidade de gerar negócios que desponta no horizonte próximo - a chance de tirar proveito do movimento que começa a ser gerado pela Copa do Mundo de 2014.
A forma de entrar nessa onda, que promete projeção de imagem no exterior e atração de turistas e investidores, é ser escolhida como uma das sub-sedes que acomodarão as seleções na fase de preparação para a Copa. Os 31 times que se juntarão ao Brasil para o torneio terão de chegar entre uma semana e um mês antes para se aclimatar e treinar. Isso costuma ser feito fora das cidades-sede - por ora elas são 12, todas capitais -, em hotéis e centros de treinamento localizados em geral na sua vizinhança.
A Federação Internacional de Futebol (FIFA) prepara uma lista de cidades candidatas a sub-sede, indicadas como sugestão para as seleções participantes. Em tese, se cada time ficar em um ponto diferente, há chance de 31 cidades receberem delegações estrangeiras. Essa possibilidade já desencadeou uma corrida entre prefeituras de dezenas de municípios brasileiros - uma espécie de disputa da série B de cidades-sede.
"Pensando na Copa, aceleramos projetos de infra-estrutura e queremos atrair mais investimentos do setor privado", diz João Paulo Tavares Papa, prefeito de Santos. "A idéia é gerar benefícios que permaneçam depois de passado o evento." De acordo com Papa, obras de melhorias de transporte e aumento da rede hoteleira deverão ser concluídas para a Copa. Na área esportiva, cogitasse a ampliação do estádio da Vila Belmiro, casa do Santos Futebol Clube. Projeto à parte Santos tem de fato trunfos: o porto, hotéis, restaurantes, orla preservada e está a menos de 100 quilômetros de São Paulo.
A FIFA, por meio da Match Services, empresa suíça responsável por avaliar as acomodações, e do Comitê Organizador Local da Copa, deve definir até o final deste ano 90 locais (não necessariamente em cidades diferentes) que reúnam instalações aptas a atender as equipes de futebol. Entre as exigências estão a oferta de ao menos 50 quartos de hotel de alto padrão e mais piscina, sala de ginástica e sauna.
O campo para treino deve ficar a até 20 minutos de carro do hotel e também deve.
haver aeroporto e hospital próximos. Semanas antes da competição, cada técnico poderá escolher livremente onde acomodar sua equipe, optando até por uma cidade ou hotel que não conste da relação da FIFA. Só quando começa a primeira rodada de partidas é que os times são obrigados a se instalar em um dos 90 centros indicados.
Quem saiu na frente
Os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais foram os primeiros a se movimentar para credenciar o maior número de cidades. Assim que a vitória do Brasil como palco da Copa 2014 foi anunciada, há três anos, comissões regionais começaram a se organizar mesmo antes de saber onde seriam as sedes dos grupos. Consultorias de estratégia, como a Deloitte e a PWC, também se moveram para oferecer serviços às candidatas.
No início do ano, o governo paulista elaborou um catálogo indicando 50 cidades à FIFA. O Rio Grande do Sul enviou manual de candidatura a todos os municípios gaúchos e reuniu 29 interessados. Alguns, como Bento Gonçalves e Pelotas, despacharam representantes à Copa da África do Sul, munidos de vídeos, folhetos e até cestas de produtos típicos para abordar seleções e mostrar facilidades que se dispõem a oferecer em 2014.
Algumas cidades já começaram a lucrar com a Copa. A mineira Uberlândia é um exemplo. Como o estádio do Mineirão, na sede Belo Horizonte, está em obras desde janeiro, Uberlândia passou a sediar os jogos do Brasileirão no seu João Havelange, com capacidade para 45 000 torcedores. A cidade quer aproveitar o embalo e ser escolhida para hospedar seleções no Mundial. "Temos condições de receber até três seleções", afirma Antônio Carlos Carrijo, diretor da Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer, órgão ligado à prefeitura. Carrijo se refere a estruturas existentes como hotéis, o ginásio Sabiazinho e a Vila Olímpica do Uberlândia Esporte Clube.
Há ainda incertezas em relação ao processo de escolha da FIFA. Na verdade, nem mesmo as sedes estão 100% definidas. Além disso, os locais de jogos de cada grupo só serão conhecidos seis meses antes da Copa. Mesmo tão reféns do acaso, alguns municípios calculam potenciais de ganho.
A 130 quilômetros da fronteira com o Uruguai, Pelotas agita-se com a remota hipótese de hospedar a seleção do país vizinho. "Graças ao desempenho surpreendente que o time deles teve na Copa de 2010, os torcedores uruguaios devem vir entusiasmados para o Brasil", diz Tiago Bündchen, assessor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pelotas. "Estima-se que cada turista numa Copa gaste em média 100 dólares por dia. Se atrairmos 10 000 uruguaios, a cidade pode faturar com eles 1 milhão de dólares por dia durante semanas."
Assim como não há garantias de que um município que atenda aos requisitos da FIFA consiga receber uma delegação, também não é possível prever se a hospedagem será financeiramente vantajosa. Weggis, estância suíça onde a seleção do Brasil ficou por duas semanas na Copa da Alemanha, saiu ganhando. Recebeu milhares de visitantes naquele período e 10% a mais de turistas no ano seguinte. Mas nem sempre o saldo compensa os esforços.
Cuidado com a euforia
De acordo com o sul-africano Shadrach Appanna, consultor da Deloitte na África do Sul, é preciso não se deixar seduzir pela euforia. Segundo ele, a prefeitura de Tshwane, na região metropolitana de Pretória, pagou 2 milhões de dólares para que a seleção italiana (então campeã mundial) ficasse hospedada no Irene Country Lodge, um dos melhores hotéis locais, por um mês na Copa das Confederações de 2009.
As autoridades foram convencidas pela consultoria que prestava serviço à seleção e por Marcello Lippi, então técnico da Itália, de que o investimento traria benefícios ao turismo e à população. "Foi um mês infernal. Cada deslocamento da delegação exigia um esquema de segurança e a população não conseguia nem chegar perto dos atletas", diz Appanna, que na época era funcionário do governo e morava em Tshwane. "A não ser pela imagem na mídia, a cidade teve mais transtornos que benefícios." Já durante a Copa propriamente dita, a prefeitura se recusou a bancar nova extravagância e quem ficou no hotel foram os Estados Unidos - pagando suas diárias.
O exemplo de Tshwane mostra que as cidades precisam ponderar se, e quanto, vale a pena gastar para ter um mês de fama. "As cidades não devem pensar em projetos só voltados para a Copa para não correr o risco de erguer elefantes brancos e se endividar", diz Cláudia Baggio, especialista em finanças da Deloitte. "O ideal é aproveitar o apetite dos investidores para antecipar projetos com boas perspectivas de futuro." Senhores prefeitos, está dado o recado.
Será que o Prefeito de nossa cidade acredita ou pelo menos sabe disso. Temos um clima Europeu e condições de hospedar aqui não apenas uma das Seleções que vem ao Brasil disputar a Copa do Mundo, em 2014, mais clubes europeus e asiáticos para fazerem suas pré-temporadas.
Temos muita coisa que precisam ser olhados, muitos ajustes a serem feitos, mais antes de tudo precisamos ter conhecimento e vontade, falta de visão e atitude é o nosso maior entrave.
Temos o maior trunfo de todos, que vem dos céus, que é o clima, a altitude também é excelente, treinar acima dos 1,000 metros do nivel do mar é muito bom, dará a todos que vierem aqui, melhores condições fisicas que se ficarem ao nivel do mar, além de que não estamos ainda como as grandes metropoles, e por isso somos chamados de “Garanhuns a Suíça Pernambucana”.
Fonte: Exame. Foto: Divulgação.
Comentario e Tradução: Roberto Queiroz de Andrade.
Harbour, beaches and Vila Belmiro: These are some of the assets of Santos in Sao Paulo, to be one of the cities that host teams in the tournament.
With investments of billions of dollars to expand the port and installation of bases to support the operation of the pre-salt Santos recently returned to being one of the liveliest cities in Sao Paulo. That does not mean that the Santos not interested in grabbing another opportunity to generate business that is emerging in the near horizon - the chance to take advantage of the movement that begins to be generated by the World Cup 2014. The way to get that wave, which promises projection image abroad and attract tourists and investors, is to be selected as a sub-headquarters that will accommodate the selections in preparation for the World Cup.
The 31 teams that will join Brazil for the tournament must arrive between a week and a month before to acclimatise and train. This is usually done outside the host cities - for now they are 12, all capitals - in hotels and training centers located generally in their vicinity. The Federation Internationale de Football Association (FIFA) is preparing a list of candidate cities for the sub-office, listed as a suggestion for participating teams.
In theory, if each team staying at a different point, chances are 31 cities to receive foreign delegations. This possibility has triggered a race among local governments of tens of Brazilian municipalities - a sort of contest of the series B of the host cities. "Thinking about the World Cup, accelerate infrastructure projects and we want to attract more private sector investment," says Joao Paulo Tavares Papa, the mayor of Santos. "The idea is to generate benefits that remain after the last event."
According to Papa, improvement works to transport and increase hotel network should be completed for the World Cup. In sports, is considering the expansion of the Belmiro stadium, home of Santos Futebol Clube. Santos separate project has actually trumps: the port, hotels, restaurants, edge preserved and is less than 100 kilometers from Sao Paulo.
FIFA, by Match Services, a Swiss company responsible for assessing the accommodation and the Local Organising Committee of FIFA, you should set the end of this year 90 sites (not necessarily in different cities) that bring together facilities capable of matching teams football. Among the requirements are the provision of at least 50 hotel rooms of high standard and more pool, gym and sauna.
The field for training must be within 20 minutes drive from the hotel and there should also be near the airport and hospital. Weeks before the competition, each technician can freely choose where to accommodate your team, opting instead to a city or hotel that is not on the relationship of FIFA. Only when he starts the first round of matches is that teams are forced to settle in one of 90 centers indicated.
Who came out ahead
The states of Sao Paulo, Rio Grande do Sul and Minas Gerais were the first to move to accredit as many cities. Once the victory of Brazil as the venue of the 2014 World Cup was announced three years ago, regional commissions have begun to organize even before they know where they would be the headquarters of the groups. Strategy consultancies such as Deloitte and PWC, have also moved to offer services to candidates. Earlier this year, the State government has drawn up a catalog indicating 50 cities to FIFA.
Rio Grande do Sul manual application sent to all cities in the state and gathered 29 stakeholders. Some, such as Bento Goncalves and Pelotas, dispatched representatives to the World Cup in South Africa, armed with videos, brochures and even baskets of local products to address selections and display facilities that are willing to offer in 2014.
Some cities have already begun to profit from the World Cup. The mining Uberlândia is an example. As the stadium Mineirao, headquartered in Belo Horizonte, is in the works since January, Uberlândia spent to host the games in their Brasileirão Joao Havelange, with capacity for 45,000 fans. The city wants to seize the momentum and be chosen to host the World Cup selections. "We are able to receive up to three selections," said Antonio Carlos Carrijo, director of the Foundation Uberlandense Tourism, Sport and Recreation, an agency linked to the city. Carrijo refers to existing structures such as hotels, gym of the Olympic Village and Sabiazinho Uberlândia Esporte Clube.
There are still uncertainties regarding the selection process of FIFA. Indeed, even the seats are 100% set. Moreover, the local matches in each group will be known only six months before the World Cup. Even as hostages by chance, some municipalities calculate potential gains.
The 130 km of the border with Uruguay, Pelotas bustles with a remote chance of hosting the selection of the neighboring country. "Thanks to the amazing performance that their team played in the 2010 World Cup, the fans excited Uruguayans should come to Brazil," says James Bundchen, Deputy Under Secretary for Economic Development of Pelotas. "It is estimated that each tourist spends on average a Cup $ 100 per day. If attract 10,000 Uruguayans, the city can bill them $ 1 million a day for weeks."
Just as there is no guarantee that a municipality that meets FIFA's requirements can receive a delegation, is also not possible to predict whether the accommodation will be financially advantageous. Weggis, Swiss resort where the selection of Brazil stayed for two weeks in the German Cup, came out winning. Received thousands of visitors in that period and 10% more tourists next year. But the balance is not always worth the effort.
Beware the euphoria
According to the South African Shadrach Appanna, a consultant with Deloitte in South Africa, we must not be seduced by the euphoria. He said the City of Tshwane, Pretoria metropolitan area, paid $ 2 million for the Azzurri (then world champion) would be staying at the Irene Country Lodge, one of the best local hotels for a month in the FIFA Confederations Cup 2009.
The authorities were convinced by the consulting services it provided to the selection and Marcello Lippi, Italy coach then, that investment would bring benefits to tourism and population. "It was a month of hell. Every shift of the delegation demanded a security scheme and the population could not even get close to the athletes," says Appanna, who was then a government official and lived in Tshwane.
"Unless the image in the media, the city had more trouble than good." Already during the tournament itself, the city refused to fund new extravagance, and who stayed at the hotel were the United States - paying your day. The example of Tshwane shows that cities need to consider whether, and how much it is worth spending to have a month of fame. "Cities should not think only in projects aimed at the World Cup to avoid the risk of building white elephants and go into debt," says Claudia Baggio, a finance expert at Deloitte. "The ideal is to harness the appetite of investors to anticipate projects with good prospects." Lord Mayor, is given the job.
Does the mayor of our city believes or at least know that. We have a European weather conditions and could come here not only one of the selections that come to Brazil to compete in the World Cup in 2014, most European and Asian clubs to make their pre-seasons.
We have a lot that needs to be looked at, many adjustments to make, so before we need to know everything and will, lack of vision and attitude is our biggest obstacle, but we can have they here.
We have the biggest asset of all, who comes from heaven, which is the weather, also we are above the sea level 1,000 meters, so its perfect for trainning, better than stay at the same level of the ocean level, so we have a peace, tranquility, not groud from country side city, we aren't a big City, yet, pacefull we still have here, so we are called the "Switzerland in Pernambuco", "City of the Flower's", and where the Northeastern have "fog" in the State of Pernambuco, in the middle of the Agreste (means, semi desert area one authentic cold weather).
Source: EXAME. Photo: Publicity.
Commentary and Translation: Roberto Queiroz de Andrade.
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